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Os princípios são básico ao extremo do básico possivelmente básico
Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos
Universidade Federal da Bahia esCOla de adMinisTraÇÃO espeCializaÇÃO eM GesTÃO de pessOas COM ÊnFase eM GesTÃO pOr COMpeTÊnCias
Salvador, 2017
3.3.1 Preparação de roteiros de entrevistas 105 3.3.2 Preparação de roteiros para defesa oral (argumentação) 107
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Princípios e técnicas para elaboração de textos acadêmicos
no âmbito dos setores técnicos e administrativos da instituição ao qual está vinculado ou que pretenda se vincular (como gestor ou como prestador de serviços de consultoria técnica em gestão pública) e para a qual, sabemos, tem muito a contribuir.
Para alcançarmos esse objetivo geral, estruturou-se esse texto em três Unidades Temáticas com as seguintes configurações e abordagens:
Este material foi pensado e estruturado para contribuir com sua formação acadêmica e ajudá-lo, assim, a avançar na sua trajetória como pesquisador, seja no âmbito de pesquisa profissional ou no que diz respeito à produção acadêmica.
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Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro
Desejamos que, durante esse percurso de aprendizagem, você possa fazer novas e prazerosas descobertas que estimulem o desenvolvimento de competências em produção técnico-científica e que o ajudem a produzir academicamente e a melhorar seu desempenho profissional.
Bom estudo!
Professora-Autora
Bacharel em Biblioteconomia e Documentação e mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente é coordenadora editorial da Editora da UFBA. Tem experiência em edição de artigos de periódicos na área de Informação e Comunicação. Atua principalmente em temas relacionados à economia política do livro, indústria editorial, políticas para o livro e a leitura e políticas de comunicação da produção científica.
Professora-Autora
Bacharel em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) (1979), mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Bahia (2006) e doutorado em Cultura e Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar da FACOM/ UFBA (2011). Atualmente é professor associado III da UFBA, vinculada ao Curso de Design Gráfico, na Escola de Belas Artes e ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade (IHAC/UFBA). É diretora de comunicação da Associação Brasileira de Editoras Universitárias e diretora da Editora da UFBA. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Editoração, atuando principalmente nos seguintes temas: universidade, comunicação científica, editoração, atividade editorial e acesso a informação.
Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro
conceber projetar testar analisar colaborar publicar divulgar Fonte: Adaptado de Príncipe (2015)
Nesta unidade, serão apresentados o conceito e o processo de comunicação científi ca, introduzindo a temática que servirá de ponto de partida para a elaboração de textos acadêmicos, mostrando como ocorre essa conversação própria do ambiente acadêmico. Serão abordados, ainda, os aspectos mais relevantes sobre a ética na comunicação científica.
INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
Produto
Insumo
Fonte: Le Coadic (2004)
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Princípios e técnicas para elaboração de textos acadêmicos
1.1 Conhecimento científico
O que é conhecimento científico? Porque ele precisa ser comunicado? Esses são os primeiros questionamentos que nos vêm em mente quando abordamos essa temática.
O que podemos dizer sobre o conhecimento científico?
O conhecimento científico é um tipo de conhecimento sobre determinado fenômeno que foi estudado e analisado por meio de métodos, procedimentos e técnicas. Esse, no entanto, não é o único tipo de conhecimento existente. Na literatura encontramos, em geral, quatro tipos de conhecimento: o popular, o científico, o filosófico e o religioso.
O conhecimento popular , também denominado vulgar , ou ainda senso comum, é um tipo de conhecimento que tem como base as experiências pessoais e é transmitido de geração para geração. Por isso, o conhecimento popular é carregado de valores e, como é adquirido de forma espontânea, tende a ser superficial, subjetivo, acrítico e assistemático. Como podemos exemplificar o conhecimento popular?
Figura 1 – Calendário agrícola extraído do manuscrito de Pietro Crescenzi, (1306) Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Crescenzi_calendar.jpg Acesso em:14 mar. 2016
Conforme mostra a Figura 1, um bom exemplo desse tipo de comunicação popular é um agricultor que vive no interior da Bahia, também filho de agricultores. As imagens
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Princípios e técnicas para elaboração de textos acadêmicos
Já o conhecimento religioso , também conhecido como teológico , não busca evidências e tem como base doutrinas resultantes da revelação divina. Embora seja um conhecimento sistemático, suas evidências estão sempre apoiadas na fé e suas verdades são consideradas infalíveis e incontestáveis por terem sido reveladas pelo sobrenatural.
Você pode concluir que os diferentes tipos de conhecimento geram, portanto, diferentes formas de se conhecer a realidade, não sendo o conhecimento científico a única forma para se chegar à “verdade”.
Cabe destacar que não se pode negar a importância da ciência para a vida social, mas é fundamental reconhecer também que jamais se conseguiria, por exemplo, mandar pessoas para morar em Marte, como pretende o “projeto Mars-One ” , sem que os resultados das atividades de pesquisa tivessem sido registrados e acumulados ao longo do tempo. Por esse motivo, a comunicação do conhecimento científico é fundamental para o desenvolvimento da ciência, que tem como base uma memória coletiva de conhecimentos gerados, aceitos, ou contestados, e acumulados ao longo do tempo.
Atividade
Para consolidar sua aprendizagem, sugere-se refletir sobre o conhecimento científico, com base nas seguintes questões: a) Que características diferenciam o conhecimento popular do conhecimento científico? E o que eles têm de semelhante?
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Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro
Vamos agora entender o que é Comunicação ....
Comunicar é um processo inerente ao ser humano. É um ato de troca de informações entre um emissor e um receptor. Comunicar é compartilhar algo com alguém. Ao transmitir uma informação, estamos compartilhando algo que apreendemos e reconfiguramos, conforme nossas experiências e nossas trocas com o contexto no qual vivemos. Na atualidade, as possibilidades de interação entre emissor e receptor aumentaram consideravelmente devido aos avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação, conhecidos como Revolução Tecnológica, onde os indivíduos são agora multiorientados e tanto produzem quanto consomem informação (em tempo real).
Le Coadic (2004), Ziman (1979), Mueller (2007) e Garvey (1979), importantes autores/ pesquisadores da área de ciência da informação, trataram muito bem o tema da comunicação do conhecimento científico e nos ajudam a entender melhor esse processo dinâmico. Vamos lá!
Para Le Coadic (2004), o conhecimento científico é resultado das atividades científica e técnica, registradas e armazenadas. Como ele é obtido por meio de métodos, técnicas e procedimentos que podem ser aplicados por outros cientistas, é considerado confiável. Outro aspecto que torna esse conhecimento confiável é o fato de passar pelo crivo de outros cientistas, desde o momento em que são publicados os primeiros resultados e trabalhos subsequentes até que seja aceito pela comunidade científica. Sendo assim, o conhecimento científico precisa ser comunicado para que seja aceito, validado. Ou seja, a comunicação dos resultados de pesquisas é um princípio fundamental da ciência moderna e sobre esse ponto há um consenso na literatura.
Para Ziman (1979, p. 24), o conhecimento científico deve “[...] passar por um crivo, por uma fase de análises críticas e de provas, realizadas por outros indivíduos competentes e desinteressados, os quais irão determinar se eles são bastante convincentes para que possam ser universalmente aceitos.” No entendimento de Meadows (1999, p. vii), a comunicação é tão importante quanto a própria pesquisa, porque esta não pode ser legitimada se não for comunicada e avaliada pelos pares e, conforme ressalta o autor, “[...] situa-se no próprio coração da ciência. É para ela tão vital quanto a própria pesquisa.”
Mueller (2007) esclarece que, para ser considerado e aceito, o resultado da pesquisa deve passar por dois tipos de avaliação: uma avaliação prévia à publicação, no caso de artigos submetidos a publicação em periódicos, por exemplo, ou no caso de trabalhos a serem apresentados em eventos para publicação em anais; e avaliação após a publicação, quando o artigo ou o trabalho fica disponível para ser julgado de forma mais ampla pelos leitores, podendo, ainda, não ser aceito pelos pares ou pela comunidade acadêmica.
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Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro
Sabendo um pouco mais
Indicação de leitura Se desejar aprofundar seus estudos sobre comunicação científi ca leia o texto indicado: MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. Literatura científica, comunicação científica e ciência da informação. In: TOUTAIN, Lídia Maria Batista Brandão. Para entender a Ciência da Informação. Salvador: EDUFBA, 2007. p. 125-144. Disponível em: <https:// repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/145/1/Para%20entender% a%20ciencia%20da%20informacao.pdf>
1.2 O ciclo da comunicação científica
Dentre as acepções trazidas pelo Dicionário Houaiss (2009) para o termo ciclo, a que mais se aproxima do nosso interesse aqui é a seguinte: “Série de fenômenos, fatos ou ações de caráter periódico que partem de um ponto inicial e terminam com a recorrência deste”. Ou seja, na busca pelo conhecimento, o pesquisador acessa informações em diversas fontes, de forma a obter subsídios para construir um novo conhecimento, que é publicado, certifi cado (ou não) e acessado por outro pesquisador, que poderá usar esse conhecimento para construir um novo saber e, assim, sucessivamente. Segundo essa defi nição, esse ciclo de comunicação se retroalimenta continuamente e por isso a ciência evolui. Daí a ideia defendida por diversos estudiosos, a que fundamenta uma das características do conhecimento científi co: ser provisório.
INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
COMUNIDADE CIENTÍFICA Fonte: Targino (2007, p. 98)
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Princípios e técnicas para elaboração de textos acadêmicos
A famosa frase creditada a Isaac Newton, escrita em carta destinada a Robert Hooke, “Se enxerguei mais longe foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes”, consegue exprimir, de forma muito simples e direta, como acontece o avanço científico, dando, assim, uma ideia do que vem a ser o ciclo da comunicação do conhecimento científico.
Contudo, uma nova informação, gerada a partir de um conhecimento comunicado, não será absorvida pelos pares de forma automática. Há, antes, um processamento que depende das experiências individuais e do contexto social no qual o indivíduo está inserido. Disso vão depender sua leitura e interpretação sobre o novo conhecimento gerado e vão determinar as conexões que irão estabelecer com outros autores que já abordaram o mesmo tema.
1.3 Etapas da comunicação científica
Serão abordadas nesta subseção as etapas da comunicação científica como complementação à discussão iniciada no tópico anterior sobre ciclo de comunicação.
O processo de comunicação do conhecimento científico se inicia quando um pesquisador se depara com uma questão de pesquisa. Para formular seu problema, ele precisa, inicialmente, recorrer a outros registros, publicados ou não, em canais formais e/ ou informais. Já nesse momento, muitas vezes sem nem perceber, o pesquisador já está se comunicando com seus pares.
Na fase de elaboração do projeto de pesquisa, momento em que se deve aprimorar o levantamento bibliográfico, inicia-se a primeira etapa da comunicação desse conhecimento mediante o recebimento de informações. (GOMES, 2007) Essas informações são, então, processadas, ou seja, compreendidas e acrescentadas às experiências do pesquisador e ao seu estoque de conhecimento, podendo ou não gerar novos conhecimentos, modificando ou ampliando o entendimento que tem sido incorporado e aceito na comunidade científica sobre o que já se conhece. O pesquisador é, portanto, um sujeito que tem duplo papel: o de produtor e o de consumidor da informação. (TARGINO, 2007)
O esforço do processamento da informação e sua transformação em conhecimento resulta, pois, na segunda etapa da atividade de pesquisa: a publicação dos resultados alcançados. Para Targino (2007), a comunicação científica tem como base a informação científica. O que significa afirmar que o sujeito acessa e apreende a informação, transformando-a em conhecimento. Esse conhecimento é registrado, publicado e legitimado pelos pares. Depois de disseminado, que corresponde à terceira etapa da atividade de pesquisa, é acessado, possibilitando, assim, o processo de transferência do novo conhecimento gerado para outros pares.
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Princípios e técnicas para elaboração de textos acadêmicos
Os pesquisadores, no entanto, são os agentes centrais na comunicação científica, porque, além de produzirem e consumirem informação científica, também avaliam, editam, constituem conselhos editoriais e comissões de agências de fomento etc.; além de acumularem e conciliarem atividades regulares de ensino, pesquisa, extensão e/ou gestão do conhecimento.
Sobre a figura do pesquisador, de acordo com Le Coadic (2004, p. 30), inicialmente, atuava isoladamente, sem apoio institucional. Posteriormente, passa-se por uma fase de amadorismo científico, quando ocorrem as primeiras iniciativas de trabalho coletivo. No momento seguinte, surgem as academias, importantes instituições, sobretudo para os estudiosos das ciências naturais; e mais tarde surgem as universidades.
O autor destaca ainda que a fase seguinte é a da ciência organizada, responsável por permitir a estruturação de “[...] um programa de desenvolvimento e formação para a pesquisa.” (LE COADIC, 2004, p. 33) E, por fim, indica que a megaciência é uma etapa de valorização da ciência seja pelo aumento de orçamentos, pela complexidade de equipamentos ou outros fatores. Le Coadic (2004, p. 33) expõe, ainda, que o pesquisador, com a mudança de status da ciência – de atividade privada para atividade social –, “tornou-se, então, como a maior parte dos trabalhadores, um indivíduo inserido em um ambiente social que dele exige competitividade e produtividade a fim de obter resultados.”
Em síntese, os pesquisadores, como agentes de comunicação, estão vinculados às seguintes instituições: universidades, institutos de pesquisa, sociedades científicas, associações de cientistas, laboratórios, incubadoras, entre outras que tenham compromisso com o desenvolvimento de pesquisas. Qualquer vinculação, no entanto, irá exigir esforços de publicação de resultados das pesquisas, que é inerente à atividade.
Outro agente relevante, responsável pela publicação dos resultados de pesquisa, é o editor. Praticamente todas as áreas do conhecimento são contempladas por várias organizações que fornecem diferentes tipos de publicações, de natureza comercial ou não. Podemos classificar as editoras da seguinte forma: comerciais, universitárias e institucionais. Não se pode esquecer, entretanto, que sociedades e associações científicas e profissionais também são casas publicadoras. Os editores são responsáveis por garantir a adequação e qualidade do manuscrito para publicação, considerando a ampliação da audiência. Após a etapa de avaliação, o editor tratará da produção do material, buscando adequação da linguagem e adoção de padrões editoriais, definindo tiragem, no caso de impressos e projeto gráfico, de acordo com o tipo de texto e público-alvo. Em seguida, o editor deve resolver questões ligadas à impressão, promoção, divulgação e comercialização das publicações.
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Susane Barros, Flávia Rosa e Elizabeth Matos Ribeiro
As editoras universitárias têm buscado atingir um público mais amplo, trabalhando com o mesmo padrão de qualidade das editoras comerciais, com uma diferença, no caso do Brasil, que é a constituição de conselhos editoriais formados por outros pesquisadores reconhecidos em suas áreas de atuação. Em geral, seus catálogos atendem a diversas áreas, mas é comum que se destaquem na produção de livros da área de ciências sociais, porque é a área que valoriza publicações em livros.
No que se refere aos periódicos, as editoras de associações ou de sociedades científicas se destacam, pois têm mais prestígio na comunidade científica. Muitas dessas associações foram criadas com a finalidade de editar, embora terceirizem diversas etapas do processo editorial. As grandes editoras comerciais tendem a publicar livros e periódicos em diversas áreas. Já as pequenas editoras, em geral, definem sua atuação em determinada área. Essas editoras são detentoras de status e poder, concedidos pela própria comunidade científica, de forma que controlam o sistema de comunicação científica.
Conheça um pouco mais sobre o que é um periódico científico!
Sabendo um pouco mais
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através da NBR 6021 define a publicação periódica impressa e eletrônica: [...] publicação seriada, que se apresenta sob a forma de revista, boletim, anuário etc. editada em fascículos com designação numérica e/ou cronológica, em intervalos prefixados (periodicidade), por tempo indeterminado, com a colaboração, em geral, de diversas pessoas, tratando de assuntos diversos, dentro de uma política editorial definida, e que é objeto de Número Internacional Normalizado (ISSN) [...]. (ASSOCIAÇÃO..., 2003, p. 3) No Brasil, o Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia (Ibict) é órgão responsável, dentre outras atribuições, pela coordenação e representação do ISSN (International Standard Serial Number) – um identificador aceito internacionalmente e que individualiza o título de toda e qualquer publicação seriada.
O modus operandi dessas editoras está apoiado, ainda que indiretamente, em recursos públicos. Em muitos países, como no caso do Brasil, as pesquisas são financiadas com recursos públicos em todas as etapas do sistema: desde a elaboração dos primeiros