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Atlas básico das principais helmintologia, usado por estudantes de biomedicina e analises clínicas
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
01. Ascaris lumbricoides 02. Ancilostomideo
01.
03. Enterobius vermicularis 04. Strongyloides stercolaris
02.
05. Trichuris trichiura 06. Schistosoma mansoni
03.
07. Taenia sp 08. Hymenolepis diminuta e nana
ÍndiceOcultar
Chamamos de parasito, ou parasita, qualquer ser vivo que se aproveita de outro para conseguir sobreviver.
Para que haja uma relação de parasitismo, o parasito precisa “roubar” do hospedeiro os seus meios de subsistência, sendo essa relação habitualmente vantajosa para o parasito, mas desvantajosa para o hospedeiro.
P u b l i c i d a d e
Quando falamos em parasito, a primeira coisa que vem à mente são os vermes intestinais. Realmente, a maior parte dos parasitos vive dentro do sistema digestivo dos seus hospedeiros, todavia, há formas de parasitismo na qual o parasita não precisa penetrar o trato intestinal para conseguir os seus alimentos. O piolho, a pulga e o carrapato são exemplos de parasitos que vivem no exterior do seu hospedeiro alimentando-se do seu sangue.
Existem também formas de parasitismo na qual o parasito vive dentro da corrente sanguínea, como, por exemplo, são os casos da malária e da doença de Chagas.
Neste texto, porém, vamos falar apenas dos parasitas que habitam nosso sistema digestivo, as chamadas parasitoses intestinais, conhecidas popularmente como vermes ou verminoses.
As parasitoses intestinais são doenças típicas de países e áreas pobres com precárias condições de saneamento básico.
Ao contrário dos protozoários, que se multiplicam dentro do hospedeiro, os helmintos produzem ovos e larvas que só se desenvolvem ao serem lançados no ambiente junto com as fezes. As pessoas se contaminam ao ingerir esses ovos e larvas presentes no ambiente.
P u b l i c i d a d e
Os helmintos causadores de doença intestinal mais comuns são:
Nematoides:
Ascaris lumbricoides. Ancilostomídeos. Enterobius vermicularis. Strongyloides stercolaris. Trichuris trichiura.
Trematódeos :
Schistosoma mansoni.
Cestódeos :
Taenia sp. Hymenolepis diminuta. Hymenolepis nana.
Sintomas de verminose
Cada parasito apresenta uma quadro clínico próprio, muitas vezes bem diferentes uns dos outros. Entretanto, existem alguns sintomas em comum, que costumam sugerir que o paciente possa estar com alguma verminose.
O sinal mais óbvio de parasitose intestinal é a presença de um parasita visível nas fezes. Como já explicado, os protozoários são unicelulares, sendo, portanto, microscópicos. Todavia, os helmintos são organismo complexos, que em muitos casos podem ser identificados a olho nu nas fezes. Nos casos de infecção maciça, eles podem aparecer às dezenas nas fezes. E há casos até de eliminação de vermes através da boca.
Os principais sintomas das verminoses são a diarreia, fezes com sangue, anemia, dores abdominais, náuseas, vômitos, emagrecimento e perda do apetite.
O bruxismo, que é o ato de trincar ou ranger os dentes, costuma ser equivocadamente classificado como um sinal da presença de vermes. Crianças com bruxismo são facilmente rotuladas por familiares e conhecidos como portadoras de verminose. A verdade, porém, é que a verminose até pode desencadear um quadro de bruxismo, mas
na imensa maioria das vezes, o motivo real é outro. Portanto, a maioria das pessoas com verminose não têm bruxismo e a maioria das pessoas com bruxismo não tem verminose.
O ato de comer terra, pedaços de concreto, carvão, ou outras substâncias não alimentares, também é popularmente atribuído à presença de vermes. Neste caso, até há um fundo de verdade. A presença de anemia, principalmente nas crianças, pode desencadear comportamentos alimentares bizarros. Como alguns parasitas podem causar anemia, este é um achado possível nas verminoses.
Exame Parasitológico de Fezes
O exame parasitológico de fezes (EPF) é uma das formas mais utilizadas para o diagnóstico das verminoses, sejam elas causadas por protozoários ou helmintos.
O EPF é uma análise laboratorial que consiste na avaliação de pequenas amostras de fezes do paciente. Através do exame parasitológico de fezes, o laboratório é capaz de detectar e identificar a presença de parasitos ou seus ovos nas fezes, o que é um sinal inequívoco de verminose.
Nem todas as amostras de fezes contêm ovos ou o próprio parasita. Por isso, para aumentar a sensibilidade do exame, sugere-se que sejam colhidas de 3 a 6 amostras de fezes, uma em cada dia ou em dias alternados. O laboratório costuma entregar recipientes contendo conservante para a preservação das fezes.
O paciente deve evacuar em um pedaço de papel ou plástico limpo. Deve-se ter cuidado para não haver contato das fezes com urina nem com materiais de limpeza do banheiro. Com auxílio de uma pequena colher ou pá, geralmente fornecida junto com os fracos, uma amostra dessas fezes deve ser retirada e colocada dentro do recipiente com o material conservante. A amostra deve ser conservada refrigerada (não congelar) até o dia de ser entregue ao laboratório.
Se os recipientes não contiverem soluções para conservação das fezes, as mesmas devem ser entregues ao laboratório no mesmo dia. O tempo de refrigeração não deve ultrapassar 12 horas.
Não é preciso estar em jejum e não se deve usar laxantes para facilitar a evacuação.
Um único resultado positivo do parasitológico de fezes é suficiente para se fechar o diagnóstico. Em contrapartida, para se descartar verminose são precisos, ao menos, três amostras negativas de EPF.
Em caso de exame positivo, cabe ao médico reconhecer se o verme encontrado é patogênico (capaz de causar doença) ou não. Como já explicado acima, há uma lista grande de protozoários inofensivos, que não precisam ser tratados.