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artigo sobre projeto politico pedagogico
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
José Carlos Hahn^1 Evandro José Machado^2 Resumo: O presente trabalho augura tecer algumas considerações referentes ao Projeto Político Pedagógico (P.P.P) da escola atual. E para a efetuação desse objetivo, tomaremos como referencial teórico, textos de fundamental pertinência, pertencentes a Arnoldo Nogaro e Ilma Passos. Veremos que ambos os autores vêem nos chamar a atenção no sentido de nos ajudar a pensar de maneira mais reflexiva acerca do presente contexto educacional. Além disso, veremos no decorrer do trabalho que eles defendem a autonomia da escola, no que concerne a estruturação do P.P.P, ou seja, segundo eles é necessário que haja uma certa rejeição da influência burguesa em relação aos direitos escolares e de acordo com os mesmos, necessitamos mais do que nunca, lutarmos em prol de direitos iguais para todos os estudantes, principalmente na maneira de ensinar. Palavras-chave : Educação. Projeto Político Pedagógico. Currículo. Antes de qualquer coisa é importante nos dar por conta de que o projeto político- pedagógico (P.P.P.) tem se apresentado como objeto de estudos tanto para professores quanto para pesquisadores, perpassando instituições, num âmbito nacional, estadual e municipal. Na busca de um avanço na qualidade de ensino. Esse estudo que Ilma nos apresenta busca repensar a construção do p.p.p, e evidentemente que quem precisa fazer isso é a própria escola, levando sempre em conta os seus alunos. Se formos fazer uma retrospecção do nosso passado, poderemos perfeitamente nos dar por conta que os Gregos foram os que primeiro trataram e refletiram acerca do mecanismo educacional, e há evidências de que eles tenham sido os primeiros a relacionarem o político com o pedagógico. A política para eles é possuidora de uma conotação distinta da política atual, pois ela visa a boa formação e a felicidade de todo e qualquer cidadão. Será que o P.P.P. apresenta alguma função favorável às instituições? Quanta a isso não há dúvida, pois, o mesmo busca dar a ela uma direção e uma melhor organização interior. (^1) Acadêmico do curso de Filosofia pela Faculdade Palotina - FAPAS. E-mail: carllinhos120@yahoo.com.br (^2) Acadêmico do curso de Filosofia pela Faculdade Palotina - FAPAS. E-mail: machadinho27@yahoo.com.br
Em razão disso, todo o projeto pedagógico da escola de certa forma é também um projeto político por estar inteiramente ligado ao compromisso sócio-político. No dizer de Nogaro, a ausência de um P.P.P. impossibilita o desenvolvimento educacional de toda e qualquer escola. É claro que a escola sem ele caminha, mas para aonde? Na verdade, o político juntamente com o pedagógico é visto como um processo contínuo de reflexão e discussão dos problemas da escola, tentando assim encontrar meios favoráveis á efetivação de sua intencionalidade constitutiva, levando assim, todos os membros da comunidade escolar o exercício da cidadania. Ora, uma das coisas que precisamos saber, é que não se pode entender a questão política-pedagógica como mecanismos dissociados e/ou avulsos, quando ambos andam juntos. O P.P.P. preocupa-se em propor uma forma de organizar o trabalho pedagógico visando uma superação dos conflitos, buscando rechaçar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. Na tentativa, de acabar com a rotina do mundo interno da instituição. A maior obrigação da escola é educar e, por falar em educação, sabemos que ela é um dos fatores responsáveis pela transformação e evolução da sociedade. Portanto, precisa dar a sua contribuição. Ela ajuda os educandos à “abrir os olhos” no sentido de perceberem e defenderem seus direitos perante a sociedade, proporcionando-lhes uma maior visão acerca do que compete a eles desenvolver na sociedade em que estão inseridos. Mais ou menos nessa linha Gadotti enfatiza o seguinte: “Todos não terão acesso à educação enquanto todos – trabalhadores e não trabalhadores em educação, estado e sociedade civil – não se interessarem por ela. A educação para todos supõe todos pela educação” (2001, p.40). É sabido que o P.P.P. está relacionado com a organização do trabalho pedagógico em pelo menos dois momentos decisivos, os quais, com base em Ilma citaremos a seguir: “como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imitado, procurando observar a visão da totalidade” (1995, p.14). Entretanto, é necessário entender que o P.P.P. da escola, oferecerá caminhos indispensáveis à montagem do trabalho pedagógico, que engloba o trabalho do docente na ação interna da sala de aula já ressaltado acima. Para a organização desse projeto é de suma importância a ação de todos os que fazem parte do funcionamento da escola, inclusive os pais dos alunos que freqüentam a mesma. Com isso, fica claro que é preciso agir em conjunto, só assim, é possível haver um bom funcionamento no dia-a-dia da vida escolar. Segundo Ilma, para que a construção do P.P.P. seja efetivada não necessariamente se deve induzir os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, mas oferecer oportunidades que lhes possibilitem aprender a pensar e a moldar o projeto pedagógico da
Esperamos que os princípios analisados juntamente com a reflexão da organização acerca do trabalho pedagógico, tragam algumas contribuições voltadas principalmente às classes consideradas mais baixas de nossa sociedade. Na concepção de Ilma, a escola de forma global, dispõe de pelo menos dois tipos básicos de estruturas: administrativas e pedagógicas. Sendo que, as primeiras garantem praticamente, a locação e a gestão de recursos físicos e financeiros. Além disso, é preciso levar-se em conta todos os elementos materiais como, a arquitetura do edifício escolar e a maneira como ele se apresenta no ponto de vista de sua imagem, incluindo também equipamentos e materiais didáticos, mobiliário, distribuição das dependências escolares e espaços livres, levando-se em conta, limpeza, saneamento básico... Ao passo que, as pedagógicas têm além de outras a funções a de teoricamente, organizar as funções educativas para que a escola atinja de forma eficiente e eficaz as suas finalidades. Após estas considerações, passaremos a uma breve análise curricular. E a esse respeito, veremos que na organização curricular se fazem indispensáveis alguns pontos básicos. “O primeiro é de que o currículo não é um instrumento neutro” (Passos, 1995, p.27). mas um mecanismo que implica uma análise e interpretação crítica, voltada tanto à cultura dominante, quanto à cultura popular. Portanto, em última instância o currículo reflete uma cultura. No segundo ponto vamos ver que o currículo jamais poderá deixar de lado o contexto social, já que ele é historicamente situado e culturalmente determinado. O terceiro ponto, tem por objetivo um tipo de organização curricular que a escola deveria adotar, e sobre isso Ilma diz: “a escola deve buscar novas formas de organização curricular, em que o conhecimento escolar estabeleça uma relação aberta e inter-relacione-se em torno de uma idéia integradora” (Bernstain apud Passos Veiga, 1995, p.27). Nomeado de de currículo integração, o qual, procura minimizar o isolamento entre as distintas disciplinas curriculares, buscando uni-las num todo mais amplo. Já, o quarto e último ponto está voltado à questão do controle social, onde o currículo é tido como formal implicando assim, um certo controle, no sentido de, na medida do possível, mantê-lo atualizado, buscando atender as exigências globais do que diz respeito aos alunos oriundos das distintas classes sociais. É importante notar que o controle social, objetiva indicar o chamado currículo oculto, entendido este como as “mensagens transmitidas pela sala de aula e também pelo ambiente escolar” (Corbleth apud Passos Veiga, 1995, p.28) e segue o mesmo conclamando que o resultado do currículo oculto “estimula a conformidade a ideais nacionais e
convenções sociais ao mesmo tempo em que mantêm desigualdades socioeconômicas e culturais” (Veiga, 1995, p. 28). Necessitamos estar cientes de que a orientação e organização curricular voltada a fins emancipatórios implicam, inicialmente desvelar as visões sucintas de sociedade, entendida como um todo homogêneo, e de ser humano como, alguém que está sempre apto a aceitar papéis voltados a sua adaptação ao contexto em que está inserido. No entanto, o controle social numa visão crítica, é um apoio direcionado para a contestação e a resistência ideológica incluída nos currículos escolares. Aqui, todos somos convidados a canalizar o olhar para a importância do tempo na organização do trabalho pedagógico. E o que constitui esse tempo é o calendário escolar. É ele que vai indicar o início e o fim do ano, indicando os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados estabelecidos, as datas programadas à avaliação, tempos reservados para reuniões técnicas, cursos...A fim de modificar a qualidade do trabalho pedagógico, se faz necessário que a escola reformule seu tempo já estabelecido, proporcionando momentos de estudo e reflexão envolvendo os educadores, na tentativa de assegurar que a escola é possuidora de uma instância de educação continuada. No entanto, se faz necessário que os professores mergulharem com mais profundidade no conhecimento a respeito dos alunos e do que eles estão estudando. Além do mais, é preciso tempo para que os estudantes se programem e estabeleçam momentos de estudo que vão além da sala de aula. Considerações finais Se fizermos uma vistoria relacionada ao que dissemos no linear do trabalho, poderemos perceber que uma escola sem P.P.P. fica perdida, vai para todo lado, mas nem um serve. E aí poderíamos nos perguntar; como fica a questão educacional? Eis aí a fundamental importância da função desencadeada pelo P.P.P. Vimos que ele é tido como um guia e ou indicador que dá firmeza e segurança a escola e ao mesmo tempo exerce o papel de canalizá-la rumo a um verdadeiro e significativo progresso. A saber, uma escola que não dá importância ao P.P.P., indiretamente também não valoriza o processo educativo. No entanto, se assim for, jamais poderá pensar numa evolução, mas num destino cada vez mais regressivo, descambando a cada dia num fracasso continuado pelo insucesso.