






Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial à aprovação no terceiro semestre do curso de Pedagogia.
Tipologia: Trabalhos
1 / 10
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Dois Irmãos do Buriti/MS 2021
Dois Irmãos do Buriti/MS 2021
Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial à aprovação no terceiro semestre do curso de Pedagogia.
Este texto constitui-se uma revisão de literatura que se propõe a realizar uma análise sobre a formação docente no contexto da sociedade brasileira contemporânea. O estudo utilizou os pressupostos da abordagem qualitativa, amparando-se em referenciais teóricos que abordam a formação de professores e colaboram para uma compreensão mais aprofundada do contexto atual no que se refere à formação docente no Brasil. O artigo objetiva identificar qual a concepção de formação docente que é influenciada pelas teorias pedagógicas hegemônicas e as tendências de desvalorização do trabalho docente. Além disso, o artigo faz uma reflexão sobre a formação como um contraponto à hegemonia do capital. Conclui-se que a formação de professores na ótica de um projeto que se contrapõe ao capital deve ser pensada em uma perspectiva de formação humana, configurando-se como um desafio para a formação de educadores inseridos em um cenário excludente e desigual. Nos últimos anos, o debate no campo das políticas públicas educacionais no Brasil, acirrou as discussões que envolvem a formação de professores da educação básica, com a aprovação de políticas públicas que contemplam metas e diretrizes para formação desses profissionais. Segundo Saviani (2009, p. 148) as sucessivas mudanças implantadas no processo de formação docente expõem um cenário de descontinuidade, porém sem rupturas, e o que se revela permanente “é a precariedade das políticas formativas, cujas sucessivas mudanças não lograram estabelecer um padrão minimamente consistente de preparação docente para fazer face aos problemas enfrentados pela educação escolar em nosso país”.
Avaliação da Aprendizagem - Nesse ponto da discussão, faz-se necessário realizar uma breve análise sobre algumas pedagogias contemporâneas, levando-se em conta o modelo de formação e valorização que é proposto, implícita ou explicitamente aos docentes. Observar a questão da formação por esse viés é extremamente relevante, tendo em vista os impactos na educação frente aos modismos dessas teorias pedagógicas que trazem um enfoque pragmático à educação escolar, e registram uma proximidade com o espaço ideológico dominante. Segundo Duarte (2010, p. 34) os princípios preconizados por essas pedagogias “assumem novos sentidos dados especialmente pelo contexto ideológico no qual predomina uma visão de mundo pós-moderna acrescida de elementos neoliberais quase nunca admitidos como tal”. Nesse entendimento, é indispensável discutir a influência das teorias pedagógicas, uma vez que interferem no trabalho docente e traduzem no campo educacional, uma luta ideológica que não pode ser analisada criticamente de forma desvinculada do seu contexto histórico, pois surgiram no momento que uma determinada classe deteve o poder revolucionário na sociedade. Essas pedagogias nortearam as reformas na educação brasileira durante a década de noventa e “são essas pedagogias que continuam a dar sustentação ideológica a esse misto de neoliberalismo e pós-modernismo que tem caracterizado as políticas educacionais”. Sem desconsiderar o legado das teorias pedagógicas e suas repercussões produtivas para a prática docente, é preciso despertar o olhar crítico, analisar a que servem, a que modelo de sociedade correspondem. (DUARTE, 2005, p. 214-215). Ao tratar sobre esse assunto, Saviani e Duarte (2010, p. 432, grifo dos autores) recomendam cautela no julgamento das correntes pedagógicas ao apontar que “não cabe, pois, aderir a elas ou rejeitá- las em função dos slogans por meio dos quais se deu ou se vem dando a sua divulgação”. Desta maneira, a intenção não é adentrar no mérito didático- pedagógico dessas teorias, mas refletir sobre a concepção de formação docente que está associada com a ideologia dominante na sociedade capitalista contemporânea, ideologia essa, que reforça a desvalorização do professor e a secundarização do seu trabalho, além do esvaziamento da teoria e a
desigualdades sociais e dos preconceitos que naturalizam tais desigualdades”. II. Currículo Escolar – De acordo com: MCCULLOCH (2012). O Currículo anteriormente tinha uma carga horaria maior para Historia e Filosofia da Educação, e que normalmente formavam uma única disciplina e tinha suas funções de manuais de modelos educacionais do passando, apresentando as doutrinas pedagógicas anteriores. Já o atual tem uma carga horaria menos para Historia e Filosofia da Educação, que anteriormente eram disciplinam independentes. E a sua função passa a oferecer elemento para o exercício de pensar historicamente contextualizados, a partir dos exemplos dos acontecimentos passados para a pratica da contextualização educacional do presente. III. Práticas Pedagógicas: Pode-se observar que, de modo geral, as questões relacionadas a gestão em sala de aula limitam-se ao problema da indisciplina, defende-se que a compreensão dessa dimensão do trabalho pedagógico poderá proporcionar elementos que permitam melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. No entanto, Walters e Frei (2009) afirmam que gerir e controlar são termos muitas vezes utilizados como sinônimos, mas que se referem a aspectos diferentes. Para os autores, “a razão pela qual essas expressões muitas vezes são usadas como sinônimos é que o professor primeiro tem de estabelecer como a sala de aula funciona para então esperar dos alunos que se comportem” (WALTERS; FREI, 2009, p. 21). Desse modo, a gestão da sala de aula diz respeito à organização geral das atividades, enquanto controle limita-se ao comportamento dos alunos. Assim, gerir a sala de aula é uma atividade que envolve, sem dúvida, muitos aspectos relacionados à disciplina, mas não se limita a ela, sendo vinculada à aplicação de procedimentos e rotinas eficientes para o ensino. IV. Didática - O ensino não ocorre sem a aprendizagem. Para que possa ocorrer aprendizagem, o professor deve levar em consideração o desenvolvimento social e individual do aluno, privilegiando não apenas o aspecto cognitivo, mas outros aspectos éticos, afetivos, motores e atitudinais, que são importantes para que o conhecimento possa ter sentido segundo as necessidades e interesses dos estudantes no contexto social, tornando a aprendizagem significativa. Para Veiga (1995) a compreensão do ensino
deve considerar as relações entre ensino-aprendizagem, conteúdo-forma, ensino-pesquisa, teoria-prática e professor-aluno na busca de superar dicotomias e alcançar visão mais totalizante do ensino como prática social. Vale ressaltar que o ensino da Didática nos cursos de formação docente só pode ser compreendido se for analisado historicamente considerando os aspectos sócio políticos em que se faz presente no contexto educacional brasileiro. A trajetória da Didática revela um caminho no sentido oferecer elementos significativos para a formação do professor. Um percurso que busca ultrapassar abordagens reducionistas, avançar em relação a uma compreensão de Didática limitada a uma racionalidade técnica. Dessa forma consideramos ainda atual o desafio proposto no âmbito do Seminário a Didática em Questão, ou seja, a ruptura com uma didática exclusivamente instrumental e a construção de uma didática fundamental, que de acordo com Candau (1997) toma como objeto o ensino, numa perspectiva multidimensional, a partir das analises sobre as práticas pedagógicas, contextualizando-as e repensando-as a partir das reflexões sobre a prática.
CANDAU, Vera Maria. (Org.) A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 1997. DUARTE, Newton. O debate contemporâneo sobre as teorias pedagógicas. In: Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias. Ligía Márcia Martins, Newton Duarte (Org.). São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 33-49,
DUARTE, Newton. Por que é necessário uma análise crítica marxista do construtivismo? In: José Claudinei Lombardi, Dermeval Saviani (Org.). Marxismo e educação: debates contemporâneos. Campinas, SP: Autores Associados: HISTEDBR, p. 203-221, 2005. MCCULLOCH, G. História da educação e formação de professores. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, v. 17, n. 49, jan./abr. 2012. SALA, Mauro. Alienação e emancipação na transmissão do conhecimento escolar : um esboço preliminar. In: Ligía Márcia Martins, Newton Duarte (Org.) Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias. São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 83-97 2010. SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação. v. 14, nº 40, jan. p. 143-155 2009. WALTERS, Jim; FREI, Shelly. Gestão do comportamento e da disciplina em sala de aula. São Paulo: Special Books, 2009.