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plano de negocios completo
Tipologia: Notas de estudo
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Eliseu Mineiro Pischke
Eliseu Mineiro Pischke
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração.
Orientador: Prof. Dr. Eugênio Ávila Pedrozo.
Porto Alegre 2011
Aos meus pais Eliseu e Margarete, pelo incentivo aos estudos desde criança. A minha namorada Andrisa Ferrugem de Fraga, pelo seu amor, companherismo e incentivo nesse momento importante.
Agradeço ao meu professor e orientador, Eugênio Ávila Pedrozo, pela dedicação, auxílio e conhecimentos passados.
Agradeço também ao Claudir Veronese, proprietário da empresa Espaço Lanches, pela disponibilidade e informações fornecidas para o desenvolvimento do trabalho.
The opening of a new enterprise is a challenge for any entrepreneur, who must be prepared to face the risks involved in such activity. It is necessary to know the market you want to act, as well as the whole context in which it is inserted. Moreover, it is essential to create a business plan tool that prepares and assists the entrepreneur in developing strategies and analyzing the viability of the new business. Starting from the observation that there is little choice of snack bars in the city of Eldorado do Sul (RS), this paper proposes the establishment of a viable business plan for opening a snack bar that specializes in snacks and tele-service delivery in this city. Based on the literature review on entrepreneurship, and more specifically about business plans, it was possible to prepare the plan as intended. To this end, data were collected through consultation to secondary sources and interviews with competitors and potential customers. Thus, it was possible to structure a business plan containing a description of the business and the plans for human resources, marketing and finance. Through the analysis of three possible scenarios (optimistic, likely and pessimistic), came to the conclusion that the business is viable, even in the pessimistic scenario. The author wants to put the planning to action, starting the project „Lanches da Hora‟ in a near future.
Keywords : Business Plan. Entrepreneurship. Snack. Viability Analysis.
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negócios, é importante que o empreendedor esteja atento às mudanças do cenário econômico e social da cidade, pois questões como essas também podem influenciar diretamente no desempenho da empresa. Partindo deste contexto, este trabalho tem como objetivo elaborar um Plano de Negócios para viabilizar a abertura de uma lancheria especializada em lanches rápidos e serviço de tele-entrega, na cidade de Eldorado do Sul – RS. Para tanto, serão estimados os custos e receitas necessárias para a abertura do empreendimento, bem como a previsão de faturamento nos primeiros cinco anos. Justifica-se a elaboração deste plano levando em conta as poucas opções de lanches na cidade e a grande demanda de clientes potenciais para esse ramo alimentício, observada pelo autor deste trabalho. A opinião e os comentários de consumidores desse segmento, colegas de trabalho do autor na empresa Dell Computadores, certamente foram uma das maiores motivações para a realização desse trabalho. O nome do empreendimento será „Lanches da Hora‟, reforçando a idéia ao consumidor de que ele terá um cardápio completo a sua disposição a qualquer hora do dia, com a opção de realizar sua refeição em um local de ambiente agradável e seguro, ou com rapidez e comodidade que um serviço de tele-entrega pode oferecer. Além disso, os consumidores também contarão com um cardápio diferenciado, com novas opções de composições de recheios e com o diferencial de montar seu próprio lanche dentro das opções oferecidas, tornando o atendimento ainda mais personalizado e a gosto de cada cliente. Este trabalho apresenta, na continuação, a fundamentação teórica, resultado da revisão bibliográfica sobre empreendedorismo e plano de negócios. Na sequência, o capítulo da metodologia, no qual são descritos os procedimentos de pesquisa seguidos para o alcance do objetivo proposto. O quarto capítulo apresenta a elaboração do plano de negócios em si, contendo sumário executivo, plano de recursos humanos, de marketing e financeiro. Por fim, são apresentadas as considerações finais.
De acordo com Dornelas (2001), o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. O mesmo autor ainda acrescenta que “o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização” (DORNELAS, 2001, p.15). Muitas são as definições sobre empreendedorismo e sua importância para o desenvolvimento econômico (DORNELAS, 2001). Porém, todas estas definições incluem sempre a busca pelo novo, a identificação de oportunidades de novos negócios ou de oportunidades dentro de negócios já existentes. Sandroni (2005) descreve que para Schumpeter: [...] o início de um novo ciclo econômico viria principlamente das inovações tecnológicas introduzidas por empresários empreendedores. [...] por “inovações tecnológicas”, Shumpeter entende cinco categorias de fatores: a fabricação de um novo bem, a introdução de um novo método de produção, a abertura de um novo mercado, a conquista de uma nova fonte de matérias-primas, a realização de uma nova organização econômica [...] (p.
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) definem o empreendedorismo como um processo dinâmico de gerar cada vez mais riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os principais riscos em temos de patrimônio, tempo e comprometimento com a carreira, ou que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve, de algum modo, ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades e recursos necessários. Os autores também citam a definição de empreededorismo como o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal. Ainda segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009), a busca de um novo empreendimento está atrelada ao chamado „processo de empreender‟, que envolve mais do que a simples solução de problemas em uma posição administrativa típica.
problemáticas sejam rapidamente identificadas e resolvidas” (p. 35). Para os autores, alguns empreendedores têm muita dificuldade para desenvolver e manter o empreendimento que criaram. Esses aspectos são a força impulsionadora subjacente à noção de empreendedorismo. Diferente do passado, no qual empreendimentos transformavam-se em grandes negócios apenas no longo prazo, vive-se a era do empreendedor, onde o empreendedorismo pode apresentar grandes resultados no curto prazo, e justamente por isso, está sendo endossado por instituições educacionais, unidades governamentais, sociedade e corporações com a atenção devida que até então não existia. Até mesmo empresários renomados e já bem estabelecidos no mercado estão adotando novas práticas baseados no processo de empreender.
Seguindo o padrão dos nossos descobridores, mesmo que inconscientemente, a sociedade brasileira acreditou ao longo dos anos, que algumas profissões seriam garantia e reconhecimento de sucesso e, conseqüentemente, teriam estabilidade de emprego e situação financeira privilegiada. Nos vestibulares, desde as mais conceituadas universidades até as recém constituídas, a procura pelos cursos de Medicina, Direito e Engenharia, continua sendo intensa. Os concursos públicos da União e dos Estados também estão cada vez mais concorridos. O que comprova que, assim como no Império, ser padre, militar, funcionário público ou usar um „anel de doutor‟, continua sendo sonho de muitos que ocupam as cadeiras dos pré-vestibulares e concursos públicos (SEBRAE, 2010). Do outro lado, uma massa de trabalhadores com baixa escolaridade, muitos migrados da zona rural, executaram durante anos, funções operacionais nas indústrias de transformação do País. Com o crescimento e globalização da economia mundial, as indústrias brasileiras passaram a utilizar alta tecnologia, aumentando a produtividade e qualidade com um número mais reduzido de mão-de-
obra, objetivando manter e conquistar novos mercados, uma vez que a concorrência se torna cada dia mais acirrada. Aos que tem acesso à formação universitária e pós-universitária, é oportunizado o domínio de conhecimentos tecnológicos e estratégicos, que podem ser aplicados em diversas áreas de grandes empresas ou do poder público. A expectativa é desenvolver e aplicar essas informações, onde alguém lhe ofereça um trabalho com um problema já instalado e a necessidade de mercado identificada. Para este modelo de economia, é preciso formar empregados. Hoje o que se têm é a oferta reduzida de empregos, salários sucateados e instabilidade de emprego. Os valores da nossa sociedade têm contribuído negativamente para o rompimento desta mentalidade dependente nas relações de trabalho, tão útil no modelo econômico que se esgotou. Situação diariamente comprovada pelas altíssimas taxas de desemprego, dificuldade da obtenção do primeiro emprego e quase inatingível recolocação (SEBRAE, 2010). No inconsciente coletivo, a idéia de que „sou brasileiro e não desisto nunca‟, está mais ligada à capacidade de resistência e adaptação as condições adversas, do que à força para exigir mudanças econômicas e estruturais que possam pelo menos amenizar a situação atual no curto prazo. Forjar este novo comportamento, que alie criatividade, entusiasmo e „jeitinho‟ brasileiros, tem exigido dedicação de pesquisadores e muito trabalho da sociedade civil, para, enfim, desenhar um modelo de organização com potencial para o sucesso financeiro e qualidade de vida. O potencial empreendedor do Brasil parece ser tão grande quanto seu território e é justamente a diversidade cultural do país a fonte das inúmeras possibilidades e do diferencial regional a ser agregado em nossos produtos. Apesar de tantas possibilidades tipicamente brasileiras, e dos problemas competitivos que a economia globalizada impõe, alguns entraves nacionais atrapalham nossa economia, como a falta de capacitação para empreender, a burocracia e a indolência dos legisladores (SEBRAE, 2010). A discussão sobre se sempre um empreendedor será um empresário e vice e versa, torna-se irrelevante quando o que se busca é trazer à tona possibilidades de empreendimento que movam a economia brasileira atual.
na extração e comercialização de recursos naturais, tratadas como países impulsionados por fatores; (ii) economias norteadas para a eficiência e a produção industrial em escala, que se configuram como os principais motores de desenvolvimento, denominados países impulsionados pela eficiência; (iii) economias fundamentadas na inovação ou simplesmente impulsionadas por ela (SCHWAB, 2009). A pesquisa baseia-se na Taxa de Atividade Empreendedora Total (TEA), que é a proporção de pessoas na faixa etária entre 18 e 64 anos envolvidas em atividades empreendedoras, na condição de empreendedores de negócios nascentes ou empreendedores à frente de negócios novos, ou seja, com menos de 42 meses de existência. A análise global do relatório internacional afirma que para 50 economias que participaram da Pesquisa GEM, em 2009 e 2010, a metade manteve ou aumentou a TEA de um ano para o outro. Em 2010, as economias impulsionadas por fatores apresentaram maiores taxas TEA, em média, seguidas pelas economias impulsionadas por eficiência. As menores taxas médias são encontradas no grupo de países impulsionados pela inovação. De acordo com a pesquisa GEM no Brasil, a TEA de 2010 foi de 17,5%, a maior desde que a pesquisa GEM é realizada no país, demonstrando a tendência de crescimento da atividade empreendedora (SEBRAE, 2010). Considerando a população adulta brasileira de 120 milhões de pessoas, isto representa 21,1 milhões de brasileiros que estavam à frente de atividades empreendedoras no ano. Em números absolutos, apenas a China possui mais empreendedores que o Brasil: a TEA Chinesa de 14,4% representa 131,7 milhões de adultos à frente de atividades empreendedoras no país. Entre os 17 países membros do G20^1 que participaram da pesquisa em 2010, o Brasil é o que possui a maior TEA seguido pela China e pela Argentina com 14,2%. Nos países do BRIC^2 , o Brasil tem a população mais empreendedora, seguido da China e Rússia (3,9%). A Índia não participou da pesquisa nos últimos dois anos. Em 2008, a TEA da Índia foi de 11,5%.
(^1) O Grupo dos 20 (ou G20) é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais 2 das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. BRIC é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China, que se destacaram no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento
O que se observa sobre Brasil de 2010, é que o crescimento da TEA é resultado do maior número de empreendedores de negócios novos. Os empreendedores nascentes no Brasil mantiveram-se na mesma proporção que em 2009, permanecendo acima da média do período em que a pesquisa foi realizada. Desde o ano de 2003, os empreendedores por oportunidade são maioria no País, sendo que a relação oportunidade versus necessidade tem sido superior a 1, desde o ano de 2007. Em 2010, o Brasil novamente supera a razão de dois empreendedores por oportunidade para cada empreendedor por necessidade, o que já havia ocorrido em 2008. Em 2010, para cada empreendedor por necessidade havia outros 2,1 que empreenderam por oportunidade. Este valor é semelhante à média dos países que participaram do estudo nesse ano, que foi de 2, empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade. Segundo o estágio do empreendimento (nascentes ou novos), tem-se que a razão é ainda maior entre empreendedores nascentes. Desde 2004, a razão entre oportunidade e necessidade para empreendedores nascentes é superior à verificada na TEA. Em 2010, esta razão foi de 3,1, ou seja, para cada empreendedor iniciando seu negócio por necessidade, havia outros 3,1 que o faziam por oportunidade. A mulher brasileira é historicamente uma das que mais empreende no mundo. Apenas em Gana as mulheres atingiram TEAs mais altas que os homens, entre todos os 59 países da pesquisa em 2010. Em 2010, entre os empreendedores iniciais, 50,7% eram homens e 49,3% mulheres, mantendo o equilíbrio entre gêneros no empreendedorismo nacional. Entre os 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 10,7 milhões pertencem ao sexo masculino e 10,4 milhões ao feminino. Em relação à faixa etária, em 2010, o Brasil teve aumento nas taxas de empreendedorismo em todas as faixas etárias. Verificou-se que a faixa etária que obteve a mais alta taxa é aquela que vai dos 25 aos 34 anos com 22,2%. Isto quer dizer que esse percentual de brasileiros estava envolvido em algum empreendimento em 2010. Neste ponto, o Brasil segue a mesma tendência dos grupos de demais países analisados, nos quais esta é a faixa etária que prevalece. Os países impulsionados pela eficiência situam-se próximo a média global de 12,8%, tendo a sua taxa média de empreendedorismo mais alta (13,4%) entre a população com formação universitária, ou seja, com mais de 11 anos de estudo. Dentro deste grupo, os países da América Latina e Caribe com taxas bem mais elevadas alcançam a média de 19,4%. Por sua vez, o Brasil acompanha o grupo da