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Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – Maria Eduarda Gonçalves Suzart
Necrose
Processo resultante da desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática das células lesadas;
Digestão por meio de enzimas lisossômicas da própria célula ou dos leucócitos;
Incapacidade de manutenção da integridade da membrana – extravasamento do conteúdo intracelular pode
levar à inflamação do tecido.
Morfologia
• Eosinofilia aumentada (colorações por
H&E) → perda do RNA citoplasmático e
desnaturação de proteínas citoplasmáticas
• Aparência homogênea mais vítrea → perda
de partículas de glicogênio
• Citoplasma vacuolado
• Presença de figuras de mielina → derivam
das membranas lesadas
• Fagocitadas ou degradadas em ácidos
graxos → calcificam (sais de cálcio)
Alterações nucleares
• Cariólise: reflete a perda de DNA pela
degradação enzimática das endonucleases
o Basofilia esmaecida
• Picnose: adensamento do núcleo
o Retração nuclear e aumento da
basofilia
• Cariorrexe: o núcleo picnótico sofre
fragmentação
o Com o tempo, o núcleo desaparece
Padrões de necrose tecidual
Necrose de coagulação
Arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada;
Tecidos afetados apresentam textura mais firme;
Células anucleadas e eosinofílicas persistem por
semanas ou dias;
Infiltração de leucócitos – fagocitose dos restos
celulares e digestão de células mortas por enzimas
lisossômicas;
Causada por isquemia;
Material necrótico é removido lentamente a partir
da periferia.
Necrose liquefativa
Caracterizada pela digestão das células mortas;
Transformação do tecido em massa viscosa líquida
(pus);
Lesão desnatura enzimas, bloqueando a
proteólise
