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Ovinocultura - Introdução, Notas de estudo de Medicina Veterinária

ovinocultura

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 09/06/2015

caroline-leite-14
caroline-leite-14 🇧🇷

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Ovinocultura.
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 Considerações:

 (^) Está entre as primeiras espécies a ser domesticada pelo homem.  (^) Possibilitava a obtenção de carne e leite e ainda a proteção contra o frio e as chuvas através da lã e do couro.  (^) Adapta-se a uma variedade de climas, relevos e vegetações, e em várias regiões do mundo é fonte de subsistência para as famílias.  (^) Atualmente: distribuída por todos os continentes, sendo que a menor concentração está no continente americano.  (^) Austrália e a Nova Zelândia são reconhecidas por desenvolverem sistemas de produção de alta eficiência.

 Considerações:

 (^) Na Europa destacam-se os rebanhos produtores de corte e leite, este voltado a fabricação de queijos especiais.  (^) Na América do Sul, rebanhos de raças mistas, e com destaque para a produção tanto de lã, como de carne de qualidade para o mercado internacional.  (^) Os países da África e Ásia apresentam menor produtividade, com criações mais extensivas, e com uma produção voltada praticamente para o mercado interno.  (^) A União Europeia e os EUA são os mercados mais rentáveis para a comercialização da carne ovina.  (^) A carne, nestes países é vista como um produto diferenciado, e muito apreciada e valorizada pelos consumidores das classes mais altas.

 Mercado: Desafios e Tendências:

 (^) Os países produtores “enxergam” esta situação e dirigem seu foco de exportação para este mercado comprador.  (^) A lã, tem maior valor nas regiões que produzem animais para esta finalidade, como os países da Oceania. Isto possibilita a obtenção de fibras mais finas, resultando em tecidos de maior qualidade.  (^) O consumo da carne de ovinos, quando comparado a de outras carnes, é ainda limitado. O consumo mundial não atinge sequer os 2 kg/hab./ano, embora na Mongólia, Nova Zelândia e Islândia, considerados os maiores consumidores de carne de ovinos, este mesmo consumo atinge 39 kg, 24 kg e 22 kg/hab./ano (FAO, 2007).

 (^) As tendências são promissoras: I. Segundo a FAO, 2007, a demanda por carne nos países em desenvolvimento vem sendo impulsionada pelo crescimento demográfico, urbanização e uma maior variação nos hábitos alimentares. II. Na produção de carne ovina é estimado um crescimento anual de 2,1% durante o período de 2005 a 2014. E mais uma vez, os países em desenvolvimento serão os responsáveis pelo crescimento. III. A valorização dos cortes cárneos desossados, e também a diversidade étnica estarão favorecendo o comércio. IV. Aguarda-se a elevação nas exportações pelos (para) países da América do Norte, Europa e Oriente Médio. Este benefício porém, estará favorecendo os países da Oceania.

 (^) O Brasil pode se beneficiar desta demanda mundial na exportação da carne ovina.  (^) Os desafios a serem vencidos deverão ser: I. Crescimento, em volume do rebanho nacional. II. Maior percentual na oferta de animais jovens para o abate. III. Fortalecimento da cadeia produtiva, através de uma organização de produtores e técnicos. IV. Divulgação dos benefícios no consumo da carne ovina, e um trabalho de marketing no preparo de novos pratos. V. Uma maior variedade de cortes para que todas as classes possam ter acesso a carne de cordeiro. VI. Sanidade do rebanho e qualidade da carne. Só assim o país poderá alcançar uma fatia no mercado de exportação para a carne ovina.

 (^) O crescimento também vem sendo observado nos estados de São Paulo, Paraná e na região Centro-Oeste, regiões estas de grande potencial para a produção da carne ovina.  (^) A partir da década de 90, com a estabilização da moeda, aumento do poder aquisitivo e a abertura do comércio internacional, cria-se um cenário favorável para o desenvolvimento da atividade.  (^) A partir de meados da década de 90 pode ser notado um crescimento da atividade na região Ne, que ultrapassa a região Sul e passa a ser o novo centro de produção de ovinos.  (^) Nesta mesma época tem início a redução acentuada do número de animais no Rio Grande do Sul, até então principal estado produtor afetado pela crise internacional da lã, e pelo aumento da área cultivada com grãos.

 (^) A produção de carne passa a ser o foco principal da ovinocultura no estado, uma vez que a outrora rentabilidade proporcionada pela lã deixa de ser atrativa.  (^) Nos últimos anos o preço pago pela carne torna a atividade atraente e cresce o número de cordeiros abatidos.  (^) Os maiores frigoríficos para o abate de ovinos estão no RS, e a industrialização desta carne poderia agregar valor e mais renda a cadeia produtiva.  (^) Os frigoríficos compram a matéria prima no mercado interno e externo e disponibilizam os produtos na forma de carcaça e/ou kit cordeiro para as demais regiões do país, e eventualmente, cortes “in natura”.  (^) A oferta de carne de cordeiros, ainda é insuficiente no mercado interno, mesmo diante do crescimento da produção nos últimos anos, e isto vem fazendo com que o país, ainda importe a carne de outros países.

 (^) As expectativas em relação à criação de ovinos no Brasil tem estado em alta nos últimos anos. Relatos sobre as vantagens e perspectivas do crescimento da atividade têm sido constantes (Pérez & Furusho-Garcia, 2002; Borges et al.,2004)  (^) A ovinocultura é uma atividade emergente no Centro-Oeste (Anuário,2008),devendo participar mais intensamente do crescente mercado da carne e da pele ovina, pois reúne oportunidades como presença no mercado, facilidade de alimentação, existência de área disponível, aspectos reprodutivos favoráveis à maior produção/ha/ano, facilidades no controle sanitário e também a pele pode ser considerada como fonte de renda (Plataforma,2001).  (^) Porém, na prática verifica-se que os velhos pontos de garagalo da cadeia produtiva apontados como essenciais para a estruturação deste segmento, dito promissor do agronegócio nacional, têm sido recorrentes e não solucionados – padrão animal e constância no fornecimento, escala de produção, sistema de produção, abatedouros e frigoríficos, abate informal, preço e importação.

Tabela 1. Efetivo do rebanho ovino e sua variação no Brasil , região Centro- Oeste e estado de São Paulo. Regiões / Estado 2005 2006 2007 2008 () Evolução (%) Centro-Oeste 936.565 867.736 904.181 943.506 + 0, MS 439.782 456.322 464.851 342.711 - 22, MT 324.865 349.383 429.176 407.355 + 25, Go 156.746 162.385 172.221 172.190 + 9, DF 16.020 19.000 19.990 21.151 + 32, SP 344.919 378.919 415.431 515.431 + 49, Brasil 15.588.041 16.019.170 16.239.455 14.027.271 - 10, Fonte: Adaptado de Reis, 2009. () – Estimativa ANUALPEC, 2008

 Raças Ovinas.

  1. Merino Australiano:  (^) Resultante do cruzamento de quatro diferentes raças: o (^) Ascendentes espanhóis = 25% o (^) Americanos – Vermont = 40% o (^) Alemães – Eleitoral e Negretti = 30% o (^) Francês = 05%  (^) Considerações: o (^) Adapta-se bem as condições de alta temperatura e pastagens de baixa qualidade;

 Raças Ovinas.

o (^) Seu pequeno porte, velo muito fino e denso funciona como um isolante térmico; o (^) Não tolera umidade; o (^) Potencial: 70% para lã e 30% para carne; o (^) Lã muito uniforme (fina e comprida), branca e bastante sensível ao tato; o (^) Comprimento da mecha favorece o peso da lã.

 Raças Ovinas.

  1. Ideal ou Poliwarth:  (^) Também de origem australiana, apresentando como grau de sangue ¾ Merino Australiano (lã fina) + ¼ Lincoln (raça de grande porte e lã grossa);  (^) Produz lã de alta qualidade;  (^) Adapta-se bem a ambiente de solos fracos e temperaturas elevadas, características herdadas do Merino, porém não tolera umidade relativa alta;  (^) Mostra um satisfatório desenvolvimento de carcaça, e pode ser considerado um animal de dupla aptidão, pois tem 60% para produção de lã e 40% para produção de carne.

IDEAL OU POLIWARTH