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Otites externa, média e interna, Resumos de Otorrinolaringologia

Otites externa, média e interna

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 17/10/2021

danielly-luz
danielly-luz 🇧🇷

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São doenças inflamatórias ou infecciosas do ouvido.
Podem ser divididas quanto a localização (externa e
media) ou pela apresentação (aguda ou crônica).
Doenças do ouvido externo
Infecção e Trauma (pavilhão ou conduto
auditivo externo)
Obstrução (corpo estranho ou cerume)
Oto-hematoma
Coleção sero-hemática entre pericôndrio e a pele,
sempre após um trauma.
Comum em lutadores.
Tratamento
Drenagem + curativo compressivo + antibiótico
sistêmico
Cefalexina 500mg, de 6/6h, 7-10 dias.
Pericondrite do Pavilhão
Infecção bacteriana da cartilagem e pericôndrio do
pavilhão auditivo externo.
Uso de brincos ou complicação de otite
externa.
Pode ser secundária a um otohematoma
infectado (trauma) ou infecções de pele.
Agentes: Staphylococcus, Streptococcus e
Pseudomonas.
Quadro Clínico
Pavilhão auricular aumentado, endurecido,
deformado e congesto;
Secreção e eliminação de fragmentos da
cartilagem;
Dor intensa
Tratamento
ATB sistêmico e tópico + corticoterapia sistêmico e
tópico + drenagem (se flutuação)
Ciprofloxacino 500mg, 12/12h, 7-10 dias.
SEQUELA: deformidade do pavilhão auricular.
Otite externa difusa aguda
Infecção da derme e epiderme do conduto auditivo
externo (CAE).
A umidade excessiva causa uma remoção da
camada lipídica (cera) e facilita processos
infecciosos.
Agentes: P. aeruginosa, S. aureus, Streptococcus e
Proteus.
Fungos (após administração de gotas tópicas
prolongadas): Aspergillu niger e Candida
albicans.
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São doenças inflamatórias ou infecciosas do ouvido. Podem ser divididas quanto a localização (externa e media) ou pela apresentação (aguda ou crônica).

Doenças do ouvido externo

 Infecção e Trauma (pavilhão ou conduto auditivo externo)  Obstrução (corpo estranho ou cerume)

Oto-hematoma

Coleção sero-hemática entre pericôndrio e a pele, sempre após um trauma.  Comum em lutadores.

Tratamento

Drenagem + curativo compressivo + antibiótico sistêmico  Cefalexina 500mg, de 6/6h, 7-10 dias.

Pericondrite do Pavilhão

Infecção bacteriana da cartilagem e pericôndrio do pavilhão auditivo externo.  Uso de brincos ou complicação de otite externa.  Pode ser secundária a um otohematoma infectado (trauma) ou infecções de pele. Agentes: Staphylococcus, Streptococcus e Pseudomonas.

Quadro Clínico

 Pavilhão auricular aumentado, endurecido, deformado e congesto;  Secreção e eliminação de fragmentos da cartilagem;  Dor intensa

Tratamento

ATB sistêmico e tópico + corticoterapia sistêmico e tópico + drenagem (se flutuação)  Ciprofloxacino 500mg, 12/12h, 7-10 dias. SEQUELA: deformidade do pavilhão auricular.

Otite externa difusa aguda

Infecção da derme e epiderme do conduto auditivo externo (CAE).  A umidade excessiva causa uma remoção da camada lipídica (cera) e facilita processos infecciosos. Agentes: P. aeruginosa, S. aureus, Streptococcus e Proteus.  Fungos (após administração de gotas tópicas prolongadas): Aspergillu niger e Candida albicans.

Fatores de predisposição

Trauma e umidade (otite do nadador – comum no verão)  Retenção de agua;  Corpos estranhos;  Secundária a otites médias crônicas;  Ferimentos ou escoriações do meato (coçar/contonete).

Quadro clínico

 Dor piora com a manipulação e pressão do tragus + edema do CAE + otorreia. Exudação serosa (pode ser purulenta); Dor intensa; Pode ter sensação de pressão no ouvido.  À otoscopia: Edema + hiperemia + secreção purulenta.

Tratamento

ATB oral  Cefalexina, 500mg, 6/6h.  Amoxicilina+clavulanato, 500mg/125mg, 8/8h. ATB tópico (gotas otológicas)  Ciprofloxacina (OTOSPORIN, OTOSYNALAR, OTOCIRIAX: + hidrocortisona ) o 3 gotas, 3x/dia.  Pomada: TROK ou TROK- G (sem perfuração de membrana – gentamicina ) o Toxicidade vestibular e coclear. Proteção contra água (algodão com óleo no ouvido para tomar banho, depois remove) Limpeza mecânica (remover no consultório) Fungos:  Antifúngico tópico  Limpeza mecânica (+ frequente)

Otite externa localizada

Infecção estafilocócica do complexo pilosebáceo (FURÚNCULO).  Região de pelos do meato e do pavilhão. Agente: Staphylococcus.

Quadro clínico

Dor intensa (sinal dominante), piora à manipulação, tem evolução rápida. Edema localizado com reação inflamatória. Aspecto de pústula, com ou sem drenagem de secreção.

Tratamento

ATB oral (se necessário);  Cefalexina, 500mg, 6/6h, 7 dias. ATB gotas tópicas; Analgésicos e antitérmicos; Drenagem (se flutuação) Corticoide (sistemico, se dor muito intensa).

Rolha de cerume

Produção de cerume normal no 1/3 externo do Meato acústico externo. Função do cerume: umidade, elasticidade, lubrificação, limpeza e proteção da MAE e MT. O cerúmen é ácido e inibe o crescimento de fungos e bactérias. Expulsão do cerume fisiológica: cílios e a movimentação ATM

O que é a rolha de cerume?

Acumulo de cerume + descamação de pele causando obstrução em CAE. Sintomas: diminuição da acuidade auditiva, zumbido, otalgia, plenitude auricular, prurido, otite, otorreia, odor, tosse e, raramente, sensação de desequilíbrio.

Tratamento

Lavagem otológica:

 Remoção de micélios (aspiração ou lavagem).

Doenças do ouvido médio

Otosclerose

Osteoporose dos ossículos da audição - > processo degenerativo dessa cadeia ossicular e capsula ótica.

  • comum em mulheres, em idade fértil, e se relaciona ao pico hormonal (piora na gestação).

Tratamento

 Cirurgia: estapedotomia (troca o estribo por prótese de titânio)  Amplificação sonora individual (aparelho auditivo)  Fluoreto de sódio ou alendronato (evita a progressão da doença)

Perfuração timpânica traumática

Perfuração aguda da MT. Mecanismo: penetração de corpo estranho ou aumento súbito da pressão no CAE, pode ocorrer por:  OMA  Inserção de objetos  Traumatismo craniano  Barotrauma  Perfuração iatrogênica

Quadro Clínico

Otalgia + otorragia +otorréia + hipoacusia + zumbido + vertigem. Diagnóstico:  Clínico + otoscopia  Audiometria

Tratamento

Tem cicatrização espontânea em 80% dos casos.  Proteção auricular (manter seca a orelha) + observação clínica.  AINE tópico (se inflamação)  ATB (se houver infecção)  Cirurgia: indicada para perfuração por mais de 2 meses.

Fratura de osso temporal

Pode ter acometimento de estruturas internas (labirinto, canal do nervo facial, capsula óptica e base do crânio) Trauma transversal tem pior prognóstico – são traumas de muita energia. QC: Otorralgia, hipo/anacusia, otorreia, paralisia facial. Diagnóstico: TC Se paralisia facial: descompressão cirúrgica do n facial.

Otite média aguda

Quadro mais comum da infância, processo inflamatório/infeccioso da orelha média (fenda timpânica) Acomete mais crianças por conta da posição da Tuba auditiva (comunica o nariz com a orelha média). No adulto é maior e mais inclinada, na criança é horizontalizada e curta, favorecendo que a secreção e bactérias migrem do nariz para a tuba auditiva.  S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis. Geralmente secundaria a IVAS. Quadros virais são predominantes, mas são mais importantes os bacterianos.

OBS.: O osso temporal é pneumatizado, uma inflamação na orelha média pode acometer também osso temporal e mastoide (mastoidite), o ápice petroso e células perilabirínticas.

Fatores de Risco

 Tabaco (fumante passivo)  Creche/escola  Rinite  Ausência de aleitamento materno  Posição de mamada deitada ou inclinada e chupeta

Quadro Clínico

 Otalgia súbita (geralmente após nasofaringite aguda);  Hipoacusia;  Febre;  Plenitude auricular e ruídos. Com evolução do quadro: perfuração da MT, otorreia, e melhora da dor (diminui a pressão dentro do ouvido). Otoscopia: Hiperemia (não é o principal) + abaulamento (principal achado, ocorre pelo aumento da pressão dentro da OM)+ opacidade de membrana timpânica. Na OMA SUPURADA :  MT perfurada e espessada + otorreia fluida. Sinal de Scheibe: pulsação auriculares sincronizadas com os batimentos cardíacos.

Exames Complementares

Pneumotoscopia:  Otoscopia com teste de mobilidade da MT. Otoendoscopia e otomicroscopia Timpanometria, impedanciometria e reflectometria:  Verificar grau de resistência da MT e presença de liquido na orelha média. TC de ossos temporais com contraste (SUSPEITA DE COMPLICAÇÕES).

Classificação

Otite média agudaOtite média aguda supurada Perfuração da MT + secreção  Otite média recorrente

ou= 3 episódios de OMA em 6 meses ou >ou= 4 episódios em 12 meses.  Otite média com efusão Liquido na orelha média sem evidencia de infecção com MT integra.

Tratamento

ATB oral:  Amoxicilina + clavulanato (500mg/125mg), 8/8h, 10 dias.  Cefalexina 500mg, 6/6h, 10 dias. OU, TÓPICO:

Ocorre com a epitalização dentro da OM (ao invés de mucosa), ele começa a crescer e comprimindo estruturas.  Pode erodir a cadeia ossicular, o canal do nervo facial, e o teto do ouvido (duramater). TT: Indicação cirurgia

Complicações da otite média

Mastoidite aguda (+ comum): hiperemia + edema retroauricular. É um processo inflamatório/infeccioso das células e da parede mastoidea, e promove a destruição do osso. Ocorre pela proximidade entre a OM e a mastoide , pode ocorrer por defeito ósseo, tromboflebite, extensão de vias pré-existentes. Quadro clínico  Otorreia > 2 sem  Dor retroauricular persistente  Abaulamento do conduto auditivo externo Exames Complementares: Pedir TC, procurar lise óssea (falhas) por erosão da parede. Tratamento:  Internação hospitalar  ATB EV: Cefalo 3° geração.  Tratamento cirúrgico: Meringotomia (drenar, facilitar a ação do ATB ou para cultura bacteriana). Abcesso de Bezold Dor e dificuldade de movimentação cervical (ECM) Labirintite É uma extensão da infecção para a OI (cóclea e vestíbulo) Causa uma tontura importante, com vômitos, e ocorre após um quadro de OMA. Tratamento:  Internação hospitalar + ATB EV (guiado pela cultura) + corticoide. Complicação da labirintite: Ossificação da cóclea (perda auditiva até mesmo completa) Paralisia facial periférica O nervo facial passa dentro da OM, por isso ele pode ser acometido em OMA. Tratamento  ATB EV  Miringotomia e tubo de ventilação

Mastoidectomia: se houver má evolução, sem melhora do quadro, é feita a limpeza, mas não faz descompressão do nervo. Petrosite É uma extensão da infecção da mastoide para o ápice petroso. Causa Sindrome de Gradenigo:  OMA  Dor facial profunda (glanglio de Gasser)  Paralisia do VI par ipsilateral Complicações intracranianas Não são tão comuns, mas tem alta taxa de mortalidade.

Otite serosa ou OM com efusão

Presença de fluido da orelha média, sem sinais ou sintomas de inflamação. É apenas um processo inflamatório. Não ter dor ou febre. Passa desapercebido em crianças, é descoberto por causa de atraso da aquisição de linguagem.

Fisiopatologia

Ocorre na criança por disfunção da tuba auditiva (igual a OMA).

Diagnóstico

 Otoscopia (ou pneumotoscopia – se a MT vibra, não tem secreção atras)  Timpanoscopia

Tratamento

Normalmente é um quadro autolimitado, com resolução em até 3 meses. Não usar: ATB, corticoide, anti-histamínico, descongestionante. Após 3 meses de OM de efusão:  Indicar precoce no grupo de risco.  < 4 anos - > apenas tubo de ventilação  > 4 anos - > tubo de ventilação e/ou adenoidectomia.