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MINERAIS - MINERAIS
Tipologia: Notas de estudo
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Professora Orientadora: Ms Larissa de Andrade Viana Monitoras: Fabiana Gomes Fernanda Felix da Silva
Minerais são uma grande classe de micronutrientes, sendo em sua maioria considerados essências. São tradicionalmente divididos em macrominerais (elementos de volume) e microminerais (elementos- traço) que são os necessários em pequenas quantidades diárias (miligramas ou microgramas), para manutenção da normalidade metabólica das células.
Biodisponibilidade Com exceção do ferro heme, os elementos as absorvidos no estado iônico, ou seja, os elementos que permanecerem ligados a moléculas orgânicas ou outros não estão biodisponivel e as eliminados nas fezes. Após serem absorvidos na superfície da mucosa (borda em escova), devem se transferir através do citosol das células de absorção antes de serem transportados através da membrana basolateral (serosa) para o sangue. Esta saída do processo absortivo requer um mecanismo de transporte ativo. Ex: transferrina. Muitas moléculas nos alimentos influenciam a biodisponibilidade, seja por intensificar ou inibir a absorção. Ex:
ascorbato intensificador do ferro não heme. A biodisponibilidade pode ser influenciada também por fatores fisiológicos, (acidez gástrica), homeostase e estresse (que afetam a função do TGI).
Interação Mineral – Mineral. Os minerais podem ter interações negativas com outros minerais, afetando sua absorção, transporte e armazenamento. Ex: a absorção de zinco é reduzida pela suplementação com ferro não- heme.
Funções: Os elementos minerais têm muitos papeis essenciais como:
E mineral mais abundante do organismo, constitui cerca 1, a 2% do peso corporal e 39% dos minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% do cálcio esta presente nos ossos e dentes, (por isso a importância do cálcio na alimentação da criança, para a formação óssea e dos dentes). O 1% restante do cálcio esta presente no sangue e fluido extras celulares e dentro das células de todos os tecidos, o qual regula varias funções importantes.
Absorção, Transporte, Armazenamento e Excreção. O cálcio é absorvido por todas as partes do intestino delgado, porém a absorção mais rápida após uma refeição ocorre no duodeno onde uma meio acido (ph<7) prevalece. A eficiência de absorção e de 10 a 60%, dependendo da disponibilidade do mineral na dieta, e de características individuais. O cálcio é absorvido por dois mecanismos:
Sexo Feminino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
Grávidas ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
Lactantes ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
Fontes Alimentares e Ingestão: As hortaliças de folhas verdes escuras, como couve, folhas de mostarda e brócolis; as sardinhas, salmão enlatado, moluscos e ostras são boas fontes de cálcio. A soja, tofú, Paes e produtos de trigo preparados com propionato de cálcio são boas fontes. E o leite e seus derivados.
Deficiência:
Alterações cardiovasculares (incluindo hipotensão, arritmias, insuficiência cardíaca, parada cardíaca) e neuromusculares (fraqueza, espasmos musculares, hiper-reflexia, convulsões, tetania e paretesias), e doenças ósseas (como osteoporose).
Excesso: Uma ingestão muito alta de cálcio (2000 mg ou mais por dia) é causa potencial de hipercalcemia. Pode levar a calcificação excessiva em tecidos moles, especialmente os rins, alem de problemas cardiovasculares e neurológicos. Sintomas gastrintestinais também podem estar presentes.
O fósforo constitui aproximadamente 1% do peso corporal do ser humano. Cerca de 90% do fósforo encontra-se nos ossos. O restante do fósforo orgânico relaciona-se a uma serie de funções metabólicas, sendo metade dessa quantidade encontrada na musculatura. O fósforo, assim como o cálcio, esta sob influencia da vitamina D e do hormônio paratireoidiano.
Absorção, Transporte, Armazenamento e Excreção. A maioria dos fosfatos é absorvida no estado inorgânico. O fosfato organicamente ligado é hidrolisado no lúmen intestinal e
liberado como fosfato inorgânico, principalmente pela ação da fosfatases pancreáticas ou intestinais. Sua absorção é estimulada pela presença de vitamina D. a eficácia de absorção é de 60 a 70% nos adultos. Aproximadamente 90% do fósforo absorvido são secretados por via renal, sendo essa excreção mediada pelo paratormônio. A excreção fecal de fosfato pode ser melhor reguladora e fornecer uma maneira de eliminar parte do fosfato excessivo quando os níveis de PTH são elevados.
Funções. O fósforo participa de várias funções essenciais do corpo. O acido desoxirribonucléico (DNA) e o acido ribonucléico (RNA) são baseados no fosfato. O fósforo relaciona-se intimamente a mineralização óssea e dos dentes, mas também têm um papel estrutural ao nível de célula, notadamente nos fosfolipídios, constituintes das membranas celulares. O fosfato participa de numerosas atividades enzimáticas e, sobretudo tem um papel fundamental para a célula como fonte de energia sob a forma de ATP (adenosina trifosfato). É graças ao fosfato que a célula pode dispor de reservas de energia. Alem disso é importante na absorção e transporte de nutrientes, na regulação da atividade protéica e no balanço ácido-base.
Como parte dos fosfolipídios, o fósforo esta presente em cada membrana celular do corpo. As reações do fosforilação e desfosforilaçao controlam varias etapas na ativação e desativação de enzima citosólicas pela fosfatases.. o sistema de tampão do fosfato é importante no fluido intracelular e túbulos renais, onde o fosfato funciona na excreção do íon hidrogênio. Os íons fosfato combina-se com íons de cálcio para formar hidroxiapatita, a principal molécula inorgânica presente nos dentes e ossos. O mineral ósseo, não o mineral dental, fornece íons fosfatos por meio de regulação homeostática de cálcio sérico pelo PTH.
Ingestões Dietéticas de Referência Idade/ Grupo Etário
Fósforo (mg/dia) Bebês* 0 - 6 meses 7 - 12 meses
100 275 Crianças 1 - 3 anos 4 - 8 anos
460 500 Sexo Masculino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos
**1.
700**
O magnésio é o segundo cátion intracelular mais abundante (após o potássio) no corpo. O organismo do ser humano adulto contém aproximadamente 28g de magnésio, dos quais cerca de 60% se encontram nos ossos, 26% nos músculos e o restante nos tecidos moles e fluidos corporais. Cerca de metade do magnésio no plasma é livre, aproximadamente um terço está ligado à albumina e o restante está ligado à citrato, fosfato ou outros ânions.
Absorção, Transporte, Armazenamento e Excreção O magnésio pode ser absorvido ao longo de toda a extensão do intestino delgado, mas a maior parte da absorção ocorre no jejuno. A eficiência de absorção é de 35 à 45%. A entrada do magnésio no lúmen intestinal ocorre por dois mecanismos: Um processo facilitado por carreador e Difusão simples. Um mecanismo facilitado saturável funciona em baixas concentrações intraluminais, enquanto o movimento paracelular através da mucosa predomina por toda e extensão do intestino delgado, quando as concentrações intraluminais são altas. Sua é excreção é por via renal.
Funções A principal função do magnésio é estabilizar a estrutura do ATP nas reações enzimáticas dependentes de ATP. O magnésio é um co-fator para mais de 300 enzimas envolvidas no metabolismo de componentes alimentares e na síntese de muitos produtos como: Síntese de ácidos graxos e proteínas; Fosforilação da glicose e seus derivados na via glicolítica, etc. O magnésio desempenha um papel na transmissão e atividade neuromuscular, trabalhando em conjunto e contra os efeitos do cálcio, dependendo do sistema envolvido. Na contração muscular normal, o cálcio atua como um estimulador e o magnésio atua como um relaxante. O magnésio atua como um bloqueador do canal do cálcio fisiológico e é chamado de “bloqueador da natureza”.
Ingestões Dietéticas de Referência Idade/ Grupo Etário
Magnésio (mg/dia) Bebês* 0 - 6 meses 7 - 12 meses
30 75 Crianças 1 - 3 anos 4 - 8 anos
80 130
Sexo Masculino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
240 410 400 420 420 420 Sexo Feminino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
240 360 310 320 320 320 Grávidas ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
400 360 320 Lactantes ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
360 310 320 Obs.: Os valores em negrito são as recomendações nutricionais (RDA). Outros valores (não negrito) são ingestões adequadas (AI)
Ingestões Alimentares Boas fontes de magnésio são as sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais moídos, assim como hortaliças de folhas verde-escuras porque o magnésio é um constituinte essencial da clorofila. O leite é uma boa fonte moderada de magnésio. Peixes, carnes e as frutas (como laranjas, maçãs e banana) são fontes pobres (com baixo teor de magnésio).
Deficiência Apesar de muito rara, são sintomas da deficiência grave de magnésio: espasmos musculares, tremores, mudança de personalidade, anorexia, náuseas e vômitos. A tetania, movimentos abruptos, convulsões e coma também foram relatados em indivíduos com deficiência. A hipoglicemia e a hipocalemia ocorrem tipicamente muito cedo, juntamente com a alteração da resposta do individuo ao PTH. Pode também ocorrer alguma retenção de sódio. Entre os efeitos de depleção grave de magnésio sobre o metabolismo ósseo a secreção diminuída de PTH pelas glândulas paratireóide, respostas ósseas e renal prejudicadas ao PTH, resistência à vitamina D, formação alterada de cristais de hidroxiapatita e crescimento ósseo prejudicado nos jovens, ou osteoporose no idoso.
O sódio (Na+) é o principal cátion do fluido extracelular, água e substancias dissolvidas nos espaço fora da células, varias secreções intestinais, tais como a bile e o suco pancreático, contem quantidades substanciais de sódio. Aproximadamente 35 a 40% do total de sódio corporal esta no esqueleto; porém a maior parte desse sódio é imutável ou apenas lentamente permutável com aquele dos fluidos corporal. Ao contrario do que se pensa, o suor é hipotônico e contém uma quantidade relativamente pequena de sódio. Funções O sódio regula o seu volume e o volume do plasma sanguíneo. O sódio também auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da contração muscular. Absorção e Excreção O sódio é rapidamente absorvido no intestino e transportado para os rins, onde é filtrado e retorna para o sangue para manter níveis apropriados. A quantidade absorvida é proporcional ao consumo. Cerca de 90% a 95% da pêra normal de sódio do corpo é através da urina: o resto é perdido em fezes e suor. Normalmente, a
quantidade de sódio excretada diariamente é igual a quantidade ingerida. Quando os níveis de sódio no sangue aumentam, os receptores de sede no hipotálamo estimulam a sensação de sede. A ingestão de fluidos retorna os níveis de sódio ao normal. Quando os níveis sangüíneos estão baixos, a excreção de sódio pela urina diminui. Ingestão Recomendadas Idade Peso (kg)
Sódio (mg) Meses* 0 – 5 6 – 11
4, 8,
120 200 Anos 1 2 – 5 6 – 9 10 – 18
18***
11, 16, 25, 50, 70,
225 300 400 500 500 Obs.: Nenhuma recomendação foi incluída para perdas grandes e prolongadas através da pele como o suor. Nenhuma evidência mostra que as ingestões de sódio maior confiram qualquer benefício à saúde.
Fontes
A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio, ou sal de mesa comum, do qual o sódio constitui 40% do peso. Os alimentos de origem protéica geralmente contem mais sódio de ocorrência natural do que os vegetais e grão, enquanto as frutas contem pouco ou nenhum sódio.
Deficiência e Excesso Pode causar hipertensão; Problemas no sistema nervoso central, distúrbios no volume do plasma sangüíneo e edema.
O cloreto é amplamente distribuído por todo o corpo como o principal ânion dos fluidos extracelulares. As concentrações mais altas de cloreto são encontradas no fluido cérebro-espinhal, bile e sucos gástricos e pancreáticos.
Funções Junto com o sódio, o cloreto ajuda a manter o equilíbrio ácido-base e a pressão osmótica. Absorção e Excreção
O cloreto é quase completamente absorvido no intestino e excretado na urina e suor. A perda de cloreto iguala-se a perda de sódio.
Fontes As maiores partes do cloreto da dieta provem do cloreto de sódio (sal de mesa), que é 60% de cloreto em peso. O cloreto da água contribui apenas com uma fração muito pequena do cloreto consumido na dieta.
Ingestão Recomendadas Idade Peso (kg)
Cloreto (mg) Meses* 0 – 5 6 – 11
4, 8,
180 300 Anos 1 2 – 5 6 – 9 10 – 18
18***
11, 16, 25, 50, 70,
350 500 600 750 750 Obs.: Nenhuma recomendação foi incluída para perdas grandes e prolongadas através da pele como o suor.
Deficiência A ingestão insuficientes de potássio foi ligada a hipertensão e osteoporose.
Uma serie de elemento presentes em quantidade mínima nos tecido corporais são essências para o ótimo crescimento.
Características Gerais Os elementos traço existem tipicamente em duas formas: (1) Como íons carregados; (2) Ligados a proteínas ou complexados nas moléculas (por exemplo, mataloenzimas). No sangue e outros tecidos e fluidos celulares, os elementos traço não existem no estado iônico livre; está tipicamente ligado a proteína de transporte ou retenção. Os íons flúor ligam-se aos cristais de hidroxapatita dos ossos e dos dentes.
O ferro foi reconhecido como nutriente essencial há mais de um século. A anemia por deficiência de ferro é a doença nutricional
mais comum do mundo. O corpo humano adulto contém ferro com dois pools principais: (1) ferro heme; (2) ferro não heme. O ferro é altamente conservado pelo corpo: aproximadamente 90% são recuperados e reutilizados a cada dia. O resto é excretado, principalmente na bile.
Absorção, Transporte, Armazenamento e Excreção. Absorção: A forma ferrosa (Fe2+) é bem mais absorvida (no duodeno) que a forma férrica (Fe3+), que é insolúvel. A acidez gástrica devido ao acido clorídrico e às enzimas hidrolíticas liberam ferro, reduzindo-o à forma ferrosa, que é mais solúvel. Íons ferrosos se ligam a receptores dos enterócitos, penetram na célula e são oxidados novamente ao estado férrico, que se liga a apoferritina. Como os enterócitos são renovados e descamados a cada 5 dias, o ferro ligado à ferritina é perdido no lúmen intestinal. As mucinas provenientes da secreção gástrica associam-se ao ferro ferroso carregando o ferro até o intestino. Chega um ponto que o ferro não é mais oxidado e a ferro férrico, passando da célula para a circulação portal. Na carência de ferro corporal, a síntese de apoferritina diminui, e o ferro passa livremente pelos enterócitos, entrando no plasma. No sangue, o ferro ferroso é reoxidado a ferro férrico e carreado pela transferrina para o fígado, baço e medula óssea, locais de armazenamento, onde o ferro é liberado e retorna a circulação portal. Além da transferrina, a lactoferrina também é uma
proteína de transporte. Somente 10 a 15% do ferro ingerido são absorvidos. Excreção: A maior parte é excretada no sangue intestinal, e também por descamação intestinal, bile, fezes, suor, pele, urina, perdas nutricionais, menstruação, transferência placentária de mãe para feto. Adultos perdem cerca de 1mg/dia.
Função Quimicamente, o ferro é um elemento altamente reativo que pode interagir com o oxigênio para formar intermediários com o potencial de danificar membranas celulares ou degradar o DNA. Este envolvido na função das hemácias, na atividade da mioglobina e nos papeis de várias enzimas não heme e heme. Por suas propriedades de oxidação e redução, o ferro possui papel no transporte no sangue e respiratório de oxigênio e dióxido de carbono (componente ativo dos citocromo, envolvidas no processo de respiração celular e geração de energia). Função imunológica e no desempenho cognitivo. A hemoglobina, presente nas hemácias, é sintetizada nas células imaturas na medula óssea. A hemoglobina trabalha de duas maneiras: (1) o heme que contém ferro se combina com o oxigênio nos pulmões;
(2) o heme libera o oxigênio dos tecidos onde captura dióxido de carbono e então libera nos pulmões após seu retorno dos tecidos. A mioglobina, também uma proteína que contém heme, serve como um reservatório de oxigênio dentro do músculo. A ribonucleotideo redutase, a enzima taxa limitante envolvida na síntese de DNA, também é uma enzima de ferro. O ferro é necessário para as bactérias; portanto sua sobrecarga pode resultar em maior risco de infecções. A deficiência diminui a imunidade humoral e celular. Duas proteínas que se ligam ao ferro transferrina (no sangue) e lactoferrina (no leite materno), parecem proteger o organismo contra infecções por negar o ferro aos microorganismos que o necessitam para sua proliferação. O ferro é utilizado pelas células cerebrais para sua função normal. Ele esta envolvido na função e síntese de neurotransmissores e, possivelmente, da mielina.
Ingestão Dietéticas de Referência Idade/ Grupo Etário
Ferro (mg/dia) Bebês 0 - 6 meses 7 - 12 meses
0, 11
densidade, lesão de vaso arterial e outros efeitos adversos que envolvem o sistema cardiovascular.
O Zinco está abundantemente distribuído em todo o corpo humano e está em segundo lugar apenas em relação ao ferro entre os elementos traço. O corpo humano possui cerca de 2 a 3g de zinco com as maiores concentrações no fígado, pâncreas, rins, ossos e músculos. Outros tecidos com altas concentrações incluem várias partes do olho, próstata, espermatozóide, pele, cabelo e unhas.
Absorção, Transporte, Armazenamento e Excreção. O zinco é absorvido ao longo de todo o intestino delgado, particularmente no jejuno, através de difusão passiva, que predomina quando há altas concentrações luminais de zinco ou da mediação de carreadores localizados na borda “em escova” do enterócito, atuante para baixas concentrações luminais de zinco. O zinco liga-se a uma tioneína citoplasmática (que se torna uma metalotioneína), podendo ser usado pelo enterócito ou passar para a circulação portal, onde é transportado pela albumina (a albumina transporta o zinco para o fígado). O zinco não-absorvido para a circulação, é perdido nas fezes, junto com enterócitos descamados na renovação celular da mucosa.
A metalotioneína, uma proteína com peso molecular entre 3500 à 1400 daltons, tem capacidades de ligar-se ao zinco e outros metais e contribuir para a regulação do zinco disponível no organismo. A absorção do zinco é levemente maior durante a gravidez e lactação. O zinco absorvido é transportado para a circulação portal inicialmente para o fígado, mas a maior parte do zinco é subseqüentemente redistribuída para outros tecidos. O fitato e o ácido fólico (baixas concentrações) diminuem a absorção do zinco; o cobre e o cádmio competem pela mesma proteína carreadora, de forma que eles reduzem a absorção de zinco. A excreção de zinco em indivíduos normais é quase totalmente pelas fezes. Porém, a excreção urinária aumentada foi relatada na inalação e em pacientes com nefrose, diabetes, alcoolismo, cirrose hepática e porfiria.
Funções *Estruturais: É altamente concentrado em determinadas áreas cerebrais, retina, fígado, próstata... O zinco funciona como determinante da forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, assim como na estabilização de certas proteínas ligadas ao DNA. *Enzimáticas: Estima-se que cerca de 3.000 enzimas requerem zinco para sua atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que
estão envolvidas na expressão gênica, incluindo as RNA- polimerases, metaloenzimas, incluindo malato-desidrogenase, as carboxipeptidades A e B, etc. *Regulatórias: O zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento, necessário para síntese protéica, replicação de ácidos nucléicos, divisão celular... É necessário para o funcionamento adequado de linfócitos, mobilização de neutrófilos e ação de fibroblastos, o que torna essencial na defesa imunológica e na cicatrização.
Ingestões dietéticas de referência
Idade/ Grupo Etário
Zinco (mg/dia) Bebês 0 - 6 meses 7 - 12 meses
2 3 Crianças 1 - 3 anos 4 - 8 anos
3 5 Sexo Masculino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos
8 11 11
31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
11 11 11 Sexo Feminino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
8 9 8 8 8 8
Grávidas ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
13 11 11 Lactantes ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
14 12 12 Obs.: Os valores em negrito são as recomendações nutricionais (RDA). Outros valores (não negrito) são ingestões adequadas (AI)
Fontes alimentares As ingestões de zinco são fornecidas por carnes, peixes, aves, cereais matinais prontos para o consumo fortificados com zinco e leite e seus derivados. As ostras e outros mariscos, fígados, cereais
Crianças 1 - 3 anos 4 - 8 anos
0, 1 Sexo Masculino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
2 3 4 4 4 4
Sexo Feminino 9 - 13 anos 14 - 18 anos 19 - 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos
70 anos
2 3 3 3 3 3
Grávidas ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
3 3 3 Lactantes ≤ 18 anos De 19 - 30 anos De 31 - 50 anos
3 3 3
Fontes Alimentares As maiores fontes são a água potável e os alimentos processado que formam preparados ou reconstituídos com água fluretada, os frutos do mar também são ricos em flúor. As sopas e ensopados feitos com peixes e ossos de carne também fornecem boas quantidades de flúor. Fígado bovino e galinha carne desossados mecanicamente são também ricos em flúor.
Deficiência Como não há funções metabólicas conhecidas para o flúor, não pode haver uma deficiência verdadeira que resulte em doença. Excesso Pode ocorrer fluorose dental. *6,0mg/dia – Anulação de toda a parte do efeito benéfico (problemas ósseos e neurológicos em crianças mal nutridas); *10,0 a 20 mg/dia- Quantidade tóxica (problemas gástricos pelo acido fluorídrico); *200mg morte em crianças sensíveis; 2g pode matar um adulto.
O cobre, um constituinte normal do sangue, é outro micronutriente essencial estabelecido. As concentrações do cobre são maiores no fígado, cérebro e rim. O músculo contém baixas concentrações de cobre, mas, em função de sua grande massa, o músculo esquelético contém aproximadamente 40% de todo o cobre no corpo.
Absorção, Transporte, Armazenamento e Excreção. A absorção do cobre ocorre no intestino delgado, estômago e cólon. A entrada na superfície da mucosa basolateral é primeiramente por transporte ativo, porém, a transferência facilitada pode também ocorrer. Dentro das células intestinais de absorção, os íons cobre estão ligados à metalotioneína (com afinidade maior que o zinco) que serve como uma forma de armazenamento, e é incorporado à ceruloplasmina. A absorção líquida de cobre varia de 25 a 60%. A fibra e o fitato, conhecidos por afetar a biodisponibilidade de vários minerais, como o cobre. Aproximadamente 90% do cobre no soro sanguíneo é incorporado à ceruloplasmina e excretado no plasma para ser transportado às células; o restante está ligado de outra forma livre à albumina, transcupreína e outras proteínas. Pequenas quantidades de cobre são encontradas na urina, suor e sangue menstrual. A alta ingestão de ácido ascórbico reduz as
concentrações sangüíneas de cobre, que pode diminuir o papel das ceruloplasmina na formação de hemácias.
Funções O cobre é um componente de muitas enzimas e as manifestações clinicas de cobre são atribuíveis a falhas enzimáticas. O cobre na ceruloplasmina tem um papel bem documentado na oxidação do ferro antes de ser transportado no pasma. A lisil oxidase, uma enzima que contém cobre, é essencial na ligação cruzada derivada de lisina de colágeno e elastina, proteínas do tecido conjuntivo. As proteínas de transporte de elétrons que contém cobre, este também participa da produção de energia mitocondrial. Com parte das enzimas que contém cobre como a superóxido dismutase, o cobre protege contra oxidantes e radicais livres e promove a síntese de melanina e catecolaminas.
Ingestões Dietéticas de Referencia. Idade/ Grupo Etário
Cobre (μg/dia) Bebês 0 - 6 meses 7 - 12 meses
200 220