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Olericultura Básica, Notas de estudo de Agronomia

Olericultura básica

Tipologia: Notas de estudo

2017
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Compartilhado em 18/04/2017

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
OLERICULTURA BÁSICA
INSTALAÇÃO DA LAVOURA
“O SENAR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento
profissional e na promoção social,
destacando-se a saúde do produtor
e do trabalhador rural.”
Fábio Meirelles
Presidente da FAESP e do SENAR/SP
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

OLERICULTURA BÁSICA

INSTALAÇÃO DA LAVOURA

“O SENAR/SP está permanentemente

empenhado no aprimoramento

profissional e na promoção social,

destacando-se a saúde do produtor

e do trabalhador rural.”

Fábio Meirelles

Presidente da FAESP e do SENAR/SP

FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente JOSÉ CANDÊO Vice-Presidente JOSÉ MATHEUS GRANADO Vice-Presidente

MAURÍCIO LIMA VERDE GUIMARÃES Vice-Presidente WILSON MACENINO PALHARES Vice-Presidente LENY PEREIRA SANT’ANNA Diretor 1º Secretário MANOEL ARTHUR B. DE MENDONÇA Diretor 2º Secretário ARGEMIRO LEITE FILHO Diretor 3º Secretário

Diretor 1º Tesoureiro^ LUIZ SUTTI IRINEU DE ANDRADE MONTEIRO Diretor 2º Tesoureiro EDUARDO DE MESQUITA Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

A DMINISTRAÇÃO R EGIONAL DO E STADO DE S ÃO P AULO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente GERALDO GONTIJO RIBEIRO Representante da Administração Central BRAZ AGOSTINHO ALBERTINI Presidente da FETAESP ANTONIO EDUARDO TONIELO Representante do Segmento das Classes Produtoras AMAURI ELIAS XAVIER Representante do Segmento das Classes Produtoras Superintendente em Exercício do SENAR-AR/SP^ JOSÉ VICENTE ROCCO

SUMÁRIO

  • INTRODUÇÃO
  • ASPECTOS GERAIS
  • I - TIPOS DE HORTAS..................................................................................................................
      1. Horta Caseira ou Domiciliar...................................................................................................
      1. Horta Comunitária
      1. Horta Escolar ou Institucional
  • II - ESCOLHA E PREPARO DO LOCAL.....................................................................................
      1. Limpeza do terreno.................................................................................................................
      1. Clima
      1. Solo.........................................................................................................................................
      1. Acesso ao local
      1. Água
      1. Profundidade do solo..............................................................................................................
      1. Declividade do terreno
      1. Insolação.................................................................................................................................
      1. Proteção contra ventos (Quebra-Ventos)................................................................................
  • III - PREPARO DO SOLO
    • 1.Coleta da amostra do solo......................................................................................................
    • 2.Aração do terreno
    • 3.Gradagem do solo..................................................................................................................
    • 4.Aplicação de calcário
    • 5.Preparo dos canteiros.............................................................................................................
    • 6.Cercamento da horta..............................................................................................................
    • 7.Exigências culturais...............................................................................................................
      • 7.1. Irrigação
      • 7.2. Adubação
  • IV - PRODUÇÃO DE MUDAS....................................................................................................
    • 1.Adubação da sementeira........................................................................................................
    • 2.Irrigação da sementeira..........................................................................................................
  • V - PLANTIO................................................................................................................................
      1. Plantio em sulcos..................................................................................................................
      1. Plantio em covas...................................................................................................................
  • VI - BIBLIOGRAFIA

INTRODUÇÃO

A olericultura é uma palavra derivada do latim, "Olus, oleris" - que significa hortaliça , e "colere", que significa cultivar. Assim, em bom português, o termo é aplicado para designar o cultivo de certas plantas de consistência herbácea, geralmente de ciclo curto e tratos culturais intensivos, cujas partes comestíveis são consumidas diretamente, ou seja: as hortaliças.

As culturas abrangidas pela “olericultura” são denominadas também de culturas “oleráceas”, como sinônimo de “hortaliça”, segundo uma boa terminologia agronômica e correto emprego da língua portuguesa. Entretanto, tais plantas são também popularmente conhecidas como “verduras” e “legumes” - termos pouco esclarecedores, mas muito utilizados pela população.

É de suma importância a capacitação de mão-de-obra para que os trabalhadores rurais obtenham melhores resultados em suas atividades profissionais, atuando corretamente, de acordo com as técnicas indicadas.

A profissionalização, por sua vez, proporciona ao trabalhador rural o preparo para a atuação profissional e a competitividade no mercado de trabalho, estando apto para desempenhar as tarefas referentes à sua ocupação.

O SENAR/SP oferece cursos e treinamentos de Formação Profissional Rural que possibilitam a profissionalização ao trabalhador rural.

Com isto, poderemos oferecer melhor serviço e, conseqüentemente, bons resultados, tanto no aspecto pessoal quanto financeiro, proporcionando benefícios ao Homem do Campo.

I - TIPOS DE HORTAS

As hortas devem ser implantadas de acordo com a disponibilidade de área e recursos financeiros. Dependendo do tamanho da área de produção, determina-se o tipo de horta a ser instalada.

As hortas podem ser classificadas em:

a) Extensivas: grandes áreas (acima de 10 hectares).

b) Intensivas: pequenas áreas (de 1 a 2 hectares).

c) Caseiras, Comunitárias ou Escolares (de 50 a 5.000 metros quadrados).

As hortas do tipo extensivas e intensivas geralmente são de caráter comercial, enquanto que as do tipo caseira, comunitária ou escolar não têm esta finalidade.

Assim sendo, as hortas dividem-se em:

  1. Horta Caseira ou Domiciliar

É, geralmente, implantada em uma pequena área (de 50 a 500 metros quadrados), cuja produção é destinada ao abastecimento familiar.

  1. Horta Comunitária

É implantada numa área comunitária, sendo formada por um grupo de pessoas ou famílias, que dividem o trabalho, gastos e a produção obtida.

  1. Horta Escolar ou Institucional

É implantada numa área disponível do estabelecimento escolar. Normalmente, é feita por profissionais e educadores e sua finalidade é educacional. A produção é destinada à alimentação dos alunos, podendo gerar auto-abastecimento.

É implantada com finalidade lucrativa, visando à alta produtividade. Esse tipo de horta pode ser praticada de forma extensiva ou intensiva.

O produtor cultiva uma ou mais espécies olerícolas com a intenção de comercialização nos postos de abastecimento, feiras livres, supermercados e outros.

II - ESCOLHA E PREPARO DO LOCAL

É o primeiro passo a ser observado, pois é necessário obedecer a alguns critérios técnicos para sua implantação, como: limpeza do terreno, condições climáticas e topográficas, acesso ao local, água, insolação, proteção contra ventos, profundidade e declividade do solo.

  1. Limpeza do terreno

Consiste em retirar, do local onde será implantada a horta, todos os objetos que possam atrapalhar o bom desenvolvimento da cultura, como: paus, pedras, plásticos, madeiras etc. Somente quando o terreno estiver livre destes resíduos, poderá ser iniciado o preparo do solo.

  1. Clima

É muito importante conhecermos os fatores climáticos do local, como a temperatura, umidade e a época das chuvas. Baseando-se nesses dados, poderemos determinar o tipo de cultura que deverá ser instalada, ou seja, aquela que melhor se adapta à região. Devemos lembrar que o clima de uma região não pode ser mudado; desta forma, deveremos escolher a espécie que melhor se adapte ao local e à época do ano.

  1. Solo

O solo é quem dá sustentação às raízes e fornece água e nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento das plantas. A fertilidade do solo contribui para a produtividade e a qualidade das hortaliças; portanto, é muito importante que os nutrientes estejam disponíveis no solo em quantidades suficientes para o

desenvolvimento das plantas.

  1. Acesso ao local

O acesso ao local onde será instalada a horta precisa estar em bom estado, pois por ele passarão os veículos que transportarão a produção colhida e os insumos necessários à produção.

  1. Água

A água é indispensável para o desenvolvimento das plantas; portanto, deverá ser de boa qualidade e em quantidade suficiente durante o ano todo.

Atenção! Certifique-se de que a fonte de água seja de boa qualidade.

  1. Profundidade do solo

A profundidade do solo ideal, para o cultivo de hortaliças, deve ser de 0,40 a 0,50 metro, o que possibilitará às raízes absorverem, de forma satisfatória, água e nutrientes.

III - PREPARO DO SOLO

O preparo do solo consiste em adaptar o terreno para o plantio e, para isso, utilizam-se critérios técnicos, de forma que o solo fique em condições para receber as sementes. Devemos, inicialmente, retirar uma amostra do solo e fazer sua análise; em seguida, tomar as providências para restituir os nutrientes necessários para o desenvolvimento da cultura.

  1. Coleta da amostra do solo

É o processo pelo qual se extraem camadas do solo para serem analisadas em laboratório, onde se verificará a disponibilidade de seus nutrientes. A partir destes dados, faz-se a adubação e a correção da acidez que forem necessárias.

Procedimentos para coletar as amostras de solo:

a) inicialmente, realize uma limpeza da área, retirando todos os resíduos e vegetação existentes no terreno; em seguida, faça uma cova de 25 centímetros de profundidade no local;

b) corte uma fatia de 2 a 3 centímetros de largura de um dos lados da cova e coloque-a em um balde (amostra simples);

c) repita a operação anterior, de 15 a 20 vezes, coletando várias amostras simples e caminhando em ziguezague pela área toda;

d) em seguida, misture as amostras simples, formando uma amostra composta;

e) coloque-a para descansar à sombra;

f) meça cerca de 500 gramas da amostra composta e coloque-os em um saco plástico ou caixa de papelão novos;

g) para finalizar, identifique a amostra e a envie para um laboratório de análises, com os respectivos dados: nome do remetente, nome da propriedade, endereço completo, telefone para contato, número de amostras coletadas, cultura a ser implantada e data do envio.

Atenção! As embalagens para colocação da amostra devem ser novas e, de preferência, adquiridas em locais credenciados (laboratório de análises).

Atenção! Após receber o resultado da análise de solo, entre em contato com um agrônomo, para que seja feita a interpretação da análise.

  1. Aração do terreno

A aração do terreno é a operação destinada a preparar o solo para receber as sementes ou as mudas. É realizada, também, para:

a) inverter as camadas do solo (a parte que estava embaixo vai para cima e vice-versa), acelerando as atividades biológicas;

b) permitir melhor penetração e retenção de água;

c) quebrar as camadas endurecidas e impermeabilizadas do solo;

d) melhorar a aeração do solo;

e) incorporar ao solo a matéria orgânica, os adubos e o calcário.

Pode ser feita com trator e implementos (arado de discos ou aiveca), quando se tratar de grandes áreas. Em áreas pequenas, pode-se fazer a aração usando tração animal, enxada ou enxadão.

  1. Gradagem do solo

É o processo de uniformizar (nivelar) e destorroar o solo. A gradagem é feita após a aração, utilizando-se grade de discos. Além desse serviço, que é o mais importante, a gradagem também serve para:

a) picar e incorporar ao solo adubos verdes e restos de culturas;

b) controlar a erosão no solo;

c) eliminar a vegetação fina;

d) revirar as plantas daninhas recém-germinadas.

Atenção! Nunca faça o preparo do solo (aração e gradagem) em condições de umidade excessiva, como em época chuvosa, pois favorecerá a compactação e a destruição das estruturas do solo.

  1. Aplicação de calcário

O calcário não é um adubo, mas um corretivo para o solo. É também um elemento químico que serve para corrigir o pH do solo (diminuir a acidez), que deverá oscilar em torno de 5,5 e 6, o que proporcionará as condições ideais para absorção de nutrientes pelas raízes.

Os produtos corretivos da acidez do solo mais usados são: calcário calcítico (maior porcentagem de cálcio em sua formulação), dolomítico (porcentagens médias de cálcio e

b) separe um ou dois canteiros para serem usados como sementeira (se não houver instalação

própria para produção das mudas);

c) retire a terra dos locais que servirão de caminho entre as plantações e coloque-a nos canteiros,

deixando-os num plano mais elevado, para possibilitar o escoamento do excesso de umidade e proteger as plantas do perigo das enxurradas (na produção em grandes áreas, os canteiros devem ficar no mesmo nível, entre si, para facilitar os tratos culturais realizados com tratores e implementos);

d) identifique as quadras dos canteiros com uma placa, facilitando a divisão das hortaliças

plantadas.

Os canteiros deverão ter, preferencialmente, as seguintes medidas:

a) largura de 1 a 1,20 metro;

b) comprimento de 10 a 20 metros;

c) altura de 0,10 a 0,15 metro;

d) largura entre um canteiro e outro (ruas do canteiro) de 0,40 a 0,50 metro;

e) distância entre uma quadra e outra de 1 a 2 metros.

Atenção! As dimensões dos canteiros variam com o tamanho da área, a topografia e o tipo de solo onde será instalada a horta.

  1. Cercamento da horta

O terreno onde for instalada a horta deve ser cercado para proteger a área de plantio, evitando, assim, a entrada de animais e pessoas estranhas. Essa providência deve ser tomada logo que se iniciar o preparo do solo.

Para o cercamento da área poderão ser utilizados os seguintes materiais: arame liso ou farpado, bambu ou alvenaria de tijolos.

Atenção! Faça a manutenção da cerca periodicamente para mantê-la em boas condições.

  1. Exigências culturais

A produção de hortaliças apresenta exigências mínimas que devem ser satisfeitas, para

poder proporcionar produtos de qualidade. Dentre essas exigências, são fundamentais a irrigação e a adubação.

7.1. Irrigação

A irrigação da horta é um fator importante para o aumento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos produtos.

As hortaliças constituem o grupo cultural que mais necessita de água. No caso das hortaliças herbáceas (alface, couve, espinafre etc.), devem ser mantidas as irrigações em todo o ciclo vegetativo da cultura. Mesmo as espécies plantadas no período chuvoso, exigem irrigações complementares freqüentes, devido à irregularidade das chuvas.

Os sistemas de irrigação utilizados na olericultura são: por gotejamento; por meio de aspersores ou manual, utilizando regadores; e por meio do sistema de pivô central, utilizado em grandes áreas.

A quantidade de água a aplicar em cada irrigação vai depender, dentre outros fatores, do ciclo da cultura, da temperatura do local, do tipo de solo, da incidência de ventos etc.

Atenção! Recomenda-se que as irrigações sejam feitas no início da manhã e no final da tarde.

Atenção! A água de irrigação a ser utilizada deve ser isenta de contaminação.

7.2. Adubação

A adubação da horta é necessária para prover o solo de nutrientes, indispensáveis para o bom desenvolvimento das plantas. É feita de acordo com a análise do solo, a qual determinará a quantidade de nutrientes necessários para o desenvolvimento da cultura.

A fertilidade do solo contribui para a produtividade e a qualidade das hortaliças e, para tanto, recomenda-se fazer uma adubação fundamental no plantio e outras em cobertura, durante o desenvolvimento da cultura.

A adubação pode ser feita mecanicamente, quando se tratar de grandes áreas de plantio, ou manualmente, quando se tratar de áreas menores.

Atenção! Recomenda-se a orientação de um agrônomo ou técnico agrícola, para verificar a quantidade e o tipo de adubo a ser aplicado.

7.2.1. Adubação de plantio

A adubação de plantio deve ser feita cerca de 5 a 7 dias antes do plantio propriamente dito, quando se procura colocar à disposição das plantas os nutrientes essenciais exigidos.

Quando se utilizar esterco ainda não-curtido, deve-se fazer a adubação orgânica cerca de 30 a 40 dias antes do plantio.

A adubação orgânica com esterco curtido deve ser feita uma semana antes do plantio, isto é, durante a adubação básica de plantio.

A quantidade a ser adicionada deverá ser de 15 a 20 litros de esterco de curral curtido ou de 2 a 5 litros de esterco de galinha curtido por metro quadrado de canteiro.

Atenção! A adubação orgânica é fundamental para o bom desenvolvimento da cultura, o aumento da produtividade e a qualidade dos produtos.

Atenção! É conveniente, em hortas próximas das residências, colocar sobre o adubo orgânico uma camada de 2 a 4 centímetros de terra, para evitar a presença de mosquitos e outros insetos.

IV - PRODUÇÃO DE MUDAS

Como citamos anteriormente, as mudas podem ser produzidas em sementeiras, de onde serão, posteriormente, transplantadas para o local definitivo.

A produção de mudas propicia a seleção do material a ser plantado, assegurando melhores condições de desenvolvimento na fase inicial das plantas, melhor uniformidade e melhor vigor.

As espécies semeadas em sementeiras são aquelas que possuem sementes miúdas (tamanho pequeno), impossibilitando o plantio direto em sulcos ou covas.

As sementes devem ser adquiridas de produtores ou empresas idôneas que comercializem sementes certificadas e corretamente embaladas, de acordo com as normas de comercialização, garantindo, assim, o seu poder germinativo.

As sementeiras são estruturas ou locais adequados para a produção de mudas, as quais serão, posteriormente, transplantadas para o local definitivo.

Podem ser construídas de madeira, tijolos ou separa-se um canteiro para essa finalidade. Também são usadas bandejas de madeira, plástico ou isopor.

A sementeira deve satisfazer às exigências próprias de cada espécie no que se refere aos principais fatores que interferem na germinação das sementes e no desenvolvimento inicial das plantas, como: temperatura, luminosidade, teor de umidade, arejamento, água, adubação etc.

Ela deverá ainda estar posicionada em local que propicie boa luminosidade, proteção contra ventos e umidade, solo fértil e temperatura ideal. Estes fatores são importantes para que haja boa germinação das sementes.

Procedimentos a produção de mudas em sementeiras:

a) inicialmente, deve-se usar substrato ou terra peneirada, de boa qualidade, sem a presença de fungos, bactérias e plantas daninhas que prejudiquem a germinação e o crescimento inicial;

b) após o preparo da terra, fazer sulcos rasos com profundidade de 1 a 2 cm e a uma distância de 10 cm entre si, colocando a quantidade de sementes recomendada dentro dos sulcos;

c) cobrir as sementes com terra peneirada;

d) em seguida, proteger a sementeira com uma cobertura morta (restos vegetais secos, tela etc.), com a finalidade de diminuir a insolação, evitar que os pássaros comam as sementes e que as fortes chuvas arrastem-nas do canteiro;

e) devem ser feitas irrigações diárias com regadores de crivo fino, para que as gotas d’água não enterrem demais as sementes;

  1. Irrigação da sementeira

A irrigação da sementeira é fundamental para garantir o desenvolvimento satisfatório das plantas após a sua germinação, uma vez que nesta fase a sementeira é muito sensível à falta de água.

A irrigação das sementeiras deve ser feita duas (2) vezes ao dia; uma pela manhã e outra à tarde, quando forem instaladas em canteiros no solo.

Quando a produção de muda for feita sob cultivo protegido em bandejas, a freqüência das irrigações será maior, uma vez que haverá uma maior perda de água no ambiente protegido.

Neste caso, costuma-se fazer de quatro (4) a cinco (5) irrigações ao dia, com períodos de aplicação de água reduzidos, cerca de 2 a 3 minutos. A irrigação, nesta situação, é automatizada, sendo feita por microaspersores ligados automaticamente.

Nas sementeiras instaladas em canteiros no solo, as irrigações são manuais feitas com regadores ou aspersores de pequeno porte, que não danifiquem as plantas ainda pequenas.

V - PLANTIO

O plantio tem a finalidade de proporcionar as condições ideais para que as sementes germinem e as plantas se desenvolvam. Podemos fazê-lo de forma direta ou indireta.

Plantio de forma direta : as sementes são plantadas no local definitivo, onde germinarão e crescerão até que se tornem plantas e completem o seu ciclo vegetativo.

Plantio de forma indireta : as sementes são plantadas, inicialmente, em um local apropriado (sementeiras), em que ficarão até o transplante das mudas; após esta fase, elas serão transplantadas para o local definitivo (canteiros), onde completarão o seu ciclo vegetativo.

Atenção! O uso do plantio direto ou indireto será definido de acordo com a espécie de planta a ser cultivada.

Na prática, todas as espécies de hortaliças podem ser plantadas diretamente no local definitivo, onde se desenvolverão até a época da colheita.

As espécies que possuem sementes muito pequenas e de lento crescimento inicial devem ter suas mudas produzidas em sementeiras e depois, transplantadas para o local definitivo, para facilitar as suas germinações e possibilitar um aumento na produtividade e na qualidade dos produtos colhidos.

Quanto à época de plantio, as hortaliças podem ser dividadas em: espécies de verão, espécies de inverno e espécies para o cultivo durante o ano todo.

Atualmente, em virtude dos trabalhos de melhoramento genético, muitas espécies que originalmente eram tidas como de verão ou de inverno apresentam hoje, disponíveis, cultivares apropriados que permitem o plantio durante o ano todo.