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Óleos e Graxas, Fenóis e Detergentes 2006, Notas de estudo de Engenharia Ambiental

Óleos e Graxas

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 25/01/2013

alisson-oliveira-carlos-4
alisson-oliveira-carlos-4 🇧🇷

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Óleos e Graxas (Material Solúvel em Hexano)
1. Definição: Óleos e graxas, de acordo com o procedimento
analítico empregado, consiste no conjunto de substâncias que
um determinado solvente consegue extrair da amostra e que
não se volatiliza durante a evaporação do solvente a 100o C.
Estas substâncias compreendem ácidos graxos, gorduras
animais, sabões, graxas, óleos vegetais, ceras, óleos minerais,
etc.. Este parâmetro costuma ser identificado também por
MSH – material solúvel em hexano.
2. Fontes de óleos e graxas nas águas naturais
Efluentes industriais: prospecção de petróleo, petroquímicas,
óleos comestíveis, laticínios, matadouros e frigoríficos, etc.
Esgotos sanitários: 50 a 100 mg/L.
Derramamentos provenientes de acidentes marítimos e
fluviais.
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Baixe Óleos e Graxas, Fenóis e Detergentes 2006 e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Ambiental, somente na Docsity!

Óleos e Graxas (Material Solúvel em Hexano)

  1. Definição: Óleos e graxas, de acordo com o procedimento

analítico empregado, consiste no conjunto de substâncias que

um determinado solvente consegue extrair da amostra e que

não se volatiliza durante a evaporação do solvente a 100

o

C.

Estas substâncias compreendem ácidos graxos, gorduras

animais, sabões, graxas, óleos vegetais, ceras, óleos minerais,

etc.. Este parâmetro costuma ser identificado também por

MSH – material solúvel em hexano.

  1. Fontes de óleos e graxas nas águas naturais

Efluentes industriais: prospecção de petróleo, petroquímicas,

óleos comestíveis, laticínios, matadouros e frigoríficos, etc.

Esgotos sanitários: 50 a 100 mg/L.

Derramamentos provenientes de acidentes marítimos e

fluviais.

Óleos e Graxas

  1. Importância nos Estudos de Controle da Qualidade das Águas
  • Obstrução em redes coletoras de esgotos e inibição em

processos biológicos de tratamento. SP (Decreto 8468 Art. 19-A):

OG < 150 mg/L.

  • Águas naturais: Óleos e graxas acumulam-se nas superfícies,

dificultam as trocas gasosas entre a água e o ar especialmente a

de oxigênio. Acumulam-se em praias e margens de rios, trazendo

problemas estéticos e ecológicos.

SP (Decreto 8468 Art. 18): OG < 100 mg/L.

BR (Resolução n

o

357 do CONAMA. Art. 34): Limites de 50 mg/L

para óleos de origem vegetal e gorduras animais e 20 mg/L para

óleos minerais.

Aquecedor e Condensadores para Óleos e Graxas

Cartuchos de Extração

Detergentes

3. Importância nos Estudos de Controle de Qualidade das

Águas

Prejuízos de ordem estética, provocados pela formação de

espumas. Exemplo: Município de Pirapora do Bom Jesus,

localizado às margens do Rio Tietê, à jusante Região

Metropolitana de São Paulo.

Os detergentes têm sido responsabilizados também pela

aceleração da eutrofização. Além de a maioria dos detergentes

comerciais empregados ser rica em fósforo, sabe-se que

exercem efeito tóxico sobre o zooplâncton, predador natural

das algas. Segundo este conceito, não bastaria apenas a

substituição dos detergentes superfosfatados para o controle da

eutrofização.

Formação de espuma

no município de

Pirapora de Bom Jesus

Poluição das águas

Detergentes em Águas

4. Determinação Analítica (Método do Azul de Metileno)

O método colorimétrico do azul de metileno se baseia na formação de

um par iônico de coloração azul, obtido pela reação entre o azul de

metileno catiônico e um surfactante aniônico, o LAS ou outros

sulfonatos e ésteres sulfatados. A amostra é misturada com uma

solução aquosa de azul de metileno acidificada e os pares iônicos

hidrofóbicos resultantes são extraídos em clorofórmio. Os extratos de

clorofórmio são reunidos e lavados com uma solução ácida para a

remoção dos pares iônicos menos hidrofóbicos (que possuem baixos

coeficientes de partição) que poderão ser formados e interferir nos

resultados. A camada de clorofórmio retém o par iônico azul de

metileno-LAS, altamente hidrofóbico. A intensidade de coloração

azul que permanece no extrato de clorofórmio é medida

fotometricamente a um comprimento de onda de máxima absorção

igual a 650 nm.

Detergentes em Águas

5. Remoção de detergentes

Esgotos Sanitários: Adsorção às partículas que se

sedimentam nos decantadores ou por degradação biológica em

reatores aeróbios. Em reatores anaeróbios, a degradação de

detergentes é bastante limitada.

Nas indústrias de detergentes, para o tratamento dos

efluentes que apresentam concentrações que atingem a 2.

mg/L de MBAS, aplica-se a floculação química com cloreto

férrico, cal e polieletrólito, produzindo-se efluentes, após a

sedimentação dos flocos, com concentrações de 30 mg/L de

MBAS. Nesta faixa de concentração, é possível a

complementação do tratamento através de processos

biológicos como lodos ativados ou lagoas aeradas

mecanicamente, sendo obtidas concentrações de MBAS

inferiores a 5 mg/L e elevadas eficiências na remoção de

DBO.

Compostos Fenólicos em Águas

3. Determinação da Concentração de Fenóis em Águas

Índice de Fenóis: Método da 4-aminoantipirina. Neste, em

linhas gerais, ocorre uma etapa inicial de destilação, de

colorimetria empregando-se a 4-aminoantipirina e ferrocianeto

de potássio, extração com clorofórmio e leitura em

espectrofotômetro. Através deste método obtém-se a

concentração de fenóis, não envolvendo algumas substituições

que não são acusadas por colorimetria.

Cromatografia Gasosa: Obtém as concentrações individuais

de cada composto fenólico.

Compostos Fenólicos em Águas

4. Remoção de Compostos Fenólicos das Águas

Oxidação Química: Apresenta eficiência variável de acordo com as 

características dos efluentes. A cloração dos efluentes é o processo

de oxidação mais utilizado devido ao custo mais baixo. A oxidação

com peróxido de hidrogênio ou a ozonização dos efluentes pode ser

mais eficiente, devendo-se conduzir ensaios de tratabilidade.

  • Adsorção em Carvão Ativado: Produz em geral melhor eficiência e

maior faixa de aplicabilidade. Carvão ativo em pó ou sistemas de

coluna com carvão granulado podem ser utilizados.

  • Degradação Biológica. Este processo não pode ser generalizado,

pois somente quando o índice de fenóis é baixo com relação à DBO é

que há condição de biodegradabilidade. Observa-se a degradação

biológica de fenóis em sistemas de lodos ativados implantados em

siderurgia, onde os despejos fenólicos se originam na coqueria.