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Saiba como aproveitar resíduos orgânicos na vila de balbina através da compostagem orgânica. Aprenda sobre os produtos de origem vegetal e animal, como folhas, galhos, frutas, estercos e vísceras, e como transformá-los em materiais úteis na agricultura. Encontre instruções práticas para a elaboração de pilhas de composto e os benefícios para as culturas agrícolas.
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 18/12/2015
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Não perca as partes importantes!
A vila de Balbina apresenta uma área verde bastante ociosa, no entanto podemos
aproveitar folhas, galhos e frutos para a produção de adubo orgânico através do
processo de compostagem. Nas propriedades rurais muitas das vezes não há um
aproveitamento dos resíduos orgânicos que sobram durante uma atividade agrícola, e a
exemplos podemos citar na hora da colheita, pós-colheita e no seu processamento
industrial. Portanto procuramos oferecer as famílias uma alternativa bastante prática de
aproveitar os resíduos orgânicos, a compostagem orgânica na Vila de Balbina no uso de
suas atividades na horta comunitária.
Produtos de origem vegetal:
Os produtos de origem vegetal podem considerar os resíduos que são produzidos
diariamente nas propriedades rurais nas atividades que envolvem os tratos culturais,
fornecimento de capim para o gado e beneficiamento de frutos, hortaliças e sementes,
pois esses resíduos especificamente são fontes de carbono, mas nos oferece uma
Todos os restos de alimentos, estercos animais, aparas de grama, folhas, galhos, restos de culturas agrícolas, enfim, todo o material de origem animal ou vegetal pode entrar na produção do composto.
Contudo, existem alguns materiais que não devem ser usados na compostagem, que são:
1- Madeira tratadas com pesticidas contra cupins ou envernizadas. 2- Vidro, metal, óleo, tinta, couro, plástico e papel, que além de não serem facilmente degradados pelos microorganismos, podem ser transformados através da reciclagem industrial ou serem reaproveitados em peças de artesanato.
A fabricação do composto imita este processo natural, porém com resultado mais rápido e controlado. A seguir, serão descritos os materiais e as etapas para a elaboração das pilhas de composto numa propriedade rural.
Materiais para fazer o composto:
Esterco de animais. Qualquer tipo de plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas e palhas; Todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras de comida, cascas de ovo, entre outros; Qualquer substância que seja parte de animais: pêlos, penas, couros, víceras escamas de peixe osso e etc.
Observação: Quanto mais variados e mais picados (fragmentados) os componentes usados, melhor será a qualidade do composto e mais rápida o término do processo de compostagem.
Modo de preparo das pilhas de composto:
1- Escolha do local: deve-se considerar a facilidade de acesso, a disponibilidade de água para molhar as pilhas, o solo deve possuir boa drenagem. Também é desejável montar as pilhas em locais sombreados e protegidos de ventos intensos, para evitar ressecamento. 2- Iniciar a construção da pilha com uma base de 2 metros de largura e comprimento variável e uma altura de 1,5 metro, e posteriormente colocando uma camada de material vegetal seco de aproximadamente 15 a 20 centímetros, com folhas, palhadas, troncos ou galhos picados, para que absorva o excesso de água e permita a circulação de ar. 3- Terminada a primeira camada, deve-se regá-la com água, evitando encharcamento e, a cada camada montada, deve-se umedecê-la para uma distribuição mais uniforme da água por toda a pilha. 4- Na segunda camada, deve-se colocar restos de verduras, grama e esterco. Se o esterco for de boi, pode-se colocar 5 centímetros e, se for de galinha, mais concentrado em nitrogênio, um pouco menos.
5- Novamente, deposita-se uma camada de 15 a 20 cm com material vegetal seco, seguida por outra camada de esterco e assim sucessivamente até que a pilha atinja a altura aproximada de 1,5 metro. A pilha deve ter a parte superior quase plana para evitar a perda de calor e umidade, tomando-se o cuidado para evitar a formação de “poços de acumulação” das águas das chuvas.
6- Vale lembra que durante a compostagem existe toda uma seqüência de microorganismos que decompõem a matéria orgânica, até surgir o produto final, o húmus maduro. Todo este processo acontece em etapas, nas quais fungos, bactérias, protozoários, minhocas, besouros, lacraias, formigas e aranhas decompõem as fibras vegetais e tornam os nutrientes presentes na matéria orgânica disponível para as plantas.
Processo da compostagem traz em si, outros resultados que favorecerão o posterior desenvolvimento das culturas agrícolas no campo, tais como:
Diminuição do teor de fibras do material, o que no caso do composto que será incorporado ao solo evitará o fenômeno da “fixação do nitrogênio”, que provoca a falta deste nutriente para a planta. Destruição do poder de germinação de sementes de plantas invasoras (daninhas) e de organismos causadores de doenças (patógenos). Degradação de substâncias inibidoras do crescimento vegetal existente na palha in natura (não composta)
Manutenção, cuidado e verificando a maturidade do composto:
1- Durante os primeiros dias, em função da decomposição da matéria orgânica e do acamamento do material, a pilha pode ter seu volume reduzido até um terço do inicial, tornando as camadas inferiores mais densas. Para descompactar essa camada, recomenda-se fazer o revolvimento da pilha, usando pás e enxadas. 2- Cabe lembrar que o revolvimento manual da pilha dá trabalho e deve ser feito de acordo com a disponibilidade de mão-de-obra do local. O ideal é que sejam feitos pelo menos seis revolvimentos a cada 15 dias aproximadamente. Nessas datas, deve-se aproveitar para verificar a umidade da pilha e, caso seja necessário, irrigar o material para torná-lo úmido, mas não encharcado. 3- É importante manter sempre a umidade adequada, entre 40% e 60%, ou seja, de modo que quando aperte um punhado composto na mão pingue, mas não escorra água. No período sem chuvas, deve-se cuidar que não seque, regando por cima um pouco. Se ocorrerem chuvas fortes e por um longo período, é bom cobrir o composto enquanto chove com plásticos seguros por tijolos ou pedras. O reviramento da pilha faz perder o excesso de umidade. 4- No verão, se o composto estiver a pleno sol, é bom cobri-lo com folhagem ou capim para evitar a evaporação de água. 5- Uma vez que a pilha de composto foi montada, não se devem acrescentar novos materiais. Pode-se começar a juntá-los novamente no lugar destinado a fazer as próximas pilhas de composto.
Composteira: solução para fazer a compostagem em pequenos espaços:
Embora a compostagem em pilhas apresente a vantagem de não exigir equipamento especial, apenas algumas ferramentas como pás e enxadas, por exigir amplos espaços e volumes relativamente grandes de resíduos animais e vegetais, seu uso fica restrito às propriedades rurais, não podendo ser praticada por quem dispõe de um quintal na cidade, por exemplo.
Contudo, essas limitações de espaço e de quantidade de resíduos não impedem quem deseja reciclar seus resíduos orgânicos de realizar a compostagem. O uso de composteiras é indicado para quintais, varandas de apartamentos ou mesmo garagens, pois ocupam uma superfície pequena quando comparadas à pilhas de composto aberta.
A composteira mais conhecida atualmente é uma caixa de madeira sem fundo nem tampa desenvolvida na década de 1940, na Nova Zelândia. A caixa neozelandesa tem um tamanho padrão: 1 metro por 1 metro na base e também 1 metro de altura, permitindo s circulação de ar pelas laterais. Quando cheia. Ela pode ser desmontada novamente ao lado da posição anterior, porque suas paredes laterais são removíveis. Ao transferir a matéria orgânica de uma posição para outra, a pessoa estará fazendo o revolvimento do material. Podem-se também construir duas ou três caixas, simultaneamente, para que a matéria orgânica seja transferida de uma caixa outra. Em hortas domésticas ou jardins, o tempo para o enchimento da caixa pode ser de um mês ou mais.
Considerações Finais
Após ser feito o composto o monitoramento da pilha é muito importante para que o material esteja pronto dentro de 90 a 120 dias, considerando os seguintes fatores como: Temperatura que não pode ultrapassar os 70ºC, e após cada reviramento fornecer água na pilha para manter o teor de umidade em torno de 40 a 60 %. Pois a decomposição de todo o material esta dependetente dos microorganismos que atuam nas diferentes fases de decomposição dando-lhes as condições citadas anteriormente. E que possamos de agora em diante aproveitar melhor os resíduos orgânicos beneficiando a saúde humana e o meio ambiente.
Francisco Pereira de Brito Júnior (Técnico Agrícola) Presidente Figueiredo-Balbina Rua: Uatumã, nº 02, Vila de Balbina Fone: 3312-1088 Casa da ARS 3312 - 1296 CPA 9618 - 1272 E-mail: fcojrbiol@yahoo.com.br