O USO DE CÉLULAS TRONCO EMBRIONÁRIAS E A EDIÇÃO GENÉTICA
As células tronco embrionárias derivadas da massa interna do blastocisto, são
pluripotentes e podem dar origem a todos os tipos celulares diferenciados do
ectoderma, endoderma e do mesoderma (as camadas germinativas primárias).
São consideradas células especiais por surgirem no ser humano ainda na fase
embrionária. Suas principais características são: conseguir se reproduzir,
duplicando-se e gerando duas células, com características iguais e conseguir se
diferenciar, ou seja, transforma-se em diversas outras células de seus
respectivos tecidos e órgãos.
As células tronco, podem ser utilizadas no tratamento de diversas doenças. No
entanto, em muitos locais as pesquisas com células tronco que na teoria
comprovam a possível eficácia dessas células, não podem ser realizadas na
prática. As células tronco embrionárias, na teoria, poderiam curar diversas
doenças que causam degeneração dos tecidos, como por exemplo, Parkinson,
diabetes e doenças neurológicas. Já as células tronco adultas, podem ser
utilizadas no processo de renovação de órgãos, as células tronco
hematopoiéticas por exemplo, derivadas da medula óssea, são usadas no
tratamento da leucemia, imunodeficiências primárias e de diversas doenças
metabólicas hereditárias.
Tratando-se de Edição genética, procedimento no qual trechos específicos do
DNA são eliminados, permitindo sua substituição por novas sequências de
genes, pode-se dizer que é uma ferramenta terapêutica promissora, mas deve-
se atentar e discutir sobre os riscos. O desenvolvimento dessa técnica abre
caminho para a modificação do genoma humano, afetando áreas como, o
tratamento de doenças, nas pesquisas biomédicas de base, agropecuária e
ciências ambientais. Poderiam também, ser usadas para fins extraterapêuticos
de melhoramento. Entre os pontos positivos da edição genética está o fato de
que ao menos nove áreas médicas se valeriam dos avanços nesses campos: 1)
infectologia; 2) oncologia; 3) hematologia; 4) hepatologia; 5) neurologia; 6)
dermatologia; 7) oftalmologia; 8) pneumologia; e 9) transplante de órgãos. Um
outro aspecto positivo é que esse avanço poderia não somente tratar doenças,
como também potencializar capacidades humanas, como cognição,
