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o uso da acupuntura no tratamento síndrome da tensão pré menstrual
Tipologia: Teses (TCC)
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Belém-PA 2019
Belém-PA 2019 Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado para obtenção do grau de Bacharel em Biomedicina, da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA). Orientador(a): Prof. Diego Luiz Silva de Castro
Dedico esse trabalho à minha mãe Socorro, por todo carinho e compreensão. Essa mulher guerreira sempre é a maior fonte de inspiração para mim, sem o seu incentivo e suas palavras de apoio eu não teria conseguido.
Agradeço primeiramente à Deus, que em sua infinita sabedoria colocou força em meu coração para vencer essa etapa de minha vida. Agradeço а minha mãe Socorro, heroína que mе dеu apoio, incentivo nаs horas difíceis, de desânimo е cansaço. Que sempre esteve ao meu lado e foi a minha maior incentivadora. Agradeço а todos оss professores pоsr mе proporcionar оs conhecimento nãоs apenas racional, mаs а manifestação de caráter е afetividade dа educação nоs processo dе formação profissional, por tanto que se dedicaram а mim, nãоs somente pоsr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça аоss professores dedicados аоss quais sem nominar terão os meus eternos agradecimentos. Agradeço especialmente aos professores Diego Castro e Flávio Nascimento que foram meus orientadores, me auxiliaram nas pesquisas e me deram todo o suporte para realizar o projeto. Agradeço também ao professor Eduardo Bastos que me orientou e me acompanhou até o final do TCC1. Agradeço aos meus amigos e colegas que fizeram parte dessa jornada. Agradeço as minhas pacientes desta pesquisa pela confiança e paciência que depositaram em mim participando do projeto.
A Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (STPM) é um conjunto de sintomas físicos, emocionais e de comportamento, que iniciam na semana anterior a da menstruação e cessam com o início do fluxo menstrual. Os sintomas apresentam caráter clínico e recorrente, sendo variáveis em quantidade e intensidade. A sintomatologia da síndrome aparece na fase lútea do ciclo menstrual, onde o óvulo se transforma em corpo lúteo, produzindo o principal hormônio dessa fase: a progesterona. Caso não ocorra fecundação, após a ovulação os níveis de progesterona caem gerando a descamação do endométrio, ocorrendo a menstruação causando sintomas que incluem alterações emocionais, comportamentais, cognitivas, somáticas, motoras, entre outros. A sintomatologia da síndrome afeta mulheres com sintomas bastante incômodos interferindo nas tarefas em seus cotidianos, prejudicando a qualidade de vida destas. A Acupuntura estimula determinados pontos mobilizando e restabelecendo a circulação e equilibrando energias nos canais, órgãos e vísceras, causando desbloqueio, eliminação de energias perversas, promovendo harmonização e fortalecimento do organismo. Este artigo tem como objetivo analisar o efeito da acupuntura nos sintomas da STPM. O tipo de pesquisa foi experimental, randomizado e simples cego, foram realizadas 8 sessões de acupuntura com 30 pacientes e ao final entregue um questionário avaliativo sintomatológico do estudo. Devido adversidades não foi possível concluir o número amostral proposto, finalizando-o com 15 pacientes. Foi observado ao término das sessões uma melhora considerável nos sintomas da síndrome, principalmente na intensidade da dismenorreia e displasia mamaria. Pode-se concluir que a acupuntura é uma alternativa viável para tratamento dos sintomas da STPM. Palavras-chave : Acupuntura, Síndrome da Tensão Pré-Menstrual, Ciclo Menstrual.
Premenstrual Tension Syndrome (PMSD) is a set of physical, emotional, and behavioral symptoms that begin in the week prior to menstruation and cease with the onset of menstrual flow. Symptoms are clinical and recurrent, varying in quantity and intensity. The symptomatology of the syndrome appears in the luteal phase of the menstrual cycle, where the egg becomes the corpus luteum, producing the main hormone of this phase: progesterone. If no fertilization occurs, after ovulation progesterone levels fall causing endometrial peeling, menstruation causing symptoms that include emotional, behavioral, cognitive, somatic, motor changes, among others. The symptomatology of the syndrome affects women with very uncomfortable symptoms interfering with their daily tasks, impairing their quality of life. Acupuncture stimulates certain points by mobilizing and restoring circulation and balancing energies in the channels, organs and viscera, causing unlocking, elimination of perverse energies, promoting harmonization and strengthening of the body. This article aims to analyze the effect of acupuncture on PMSD symptoms. The type of research was experimental, randomized and simple blind, 8 acupuncture sessions were performed with 30 patients and, at the end, a symptomatic evaluation questionnaire of the study was delivered. Due to adversity, it was not possible to conclude the proposed sample number, ending it with 15 patients. At the end of the sessions, a considerable improvement in the symptoms of the syndrome was observed, especially in the intensity of dysmenorrhea and mammary dysplasia. It can be concluded that acupuncture is a viable alternative for treating PMS symptoms. Keywords : Acupuncture, Premenstrual Tension Syndrome, Menstrual Cycle.
O sistema genital feminino está relacionado com a reprodução da espécie e com a geração de prazer. Esse sistema é formado por órgãos genitais internos e externos. São internos, o útero, que tem a função de abrigar o feto durante toda a gestação; os ovários, que produzem óvulos e hormônios como o estrógeno; a tuba uterina, que capta o óvulo do ovário e a vagina, que tem a função de acoplar o pênis. São externos, a vulva, representada pelos lábios maior e menor; o clitóris, órgão que tem a capacidade de ficar erétil e as glândulas anexas (MONTEIRO, 2009). 1.1.1 Órgãos internos do sistema genital feminino 1.1.1.1 Ovários Órgão parenquimatoso homólogo ao testículo. Apresenta forma semelhante a uma amêndoa e se localiza nas paredes laterais da cavidade pélvica, ou seja, sua localização é intraperitoneal. Não é revestido por peritônio, estando apenas fixado a ele pelo mesovário. O ligamento suspensor do ovário tem importância topográfica, porque, através dele, chegam os vasos ováricos. O outro ligamento (ligamento útero-ovárico) fixa o ovário ao útero. Do ponto de vista histológico, é uma glândula mista por apresentar produção exócrina e endócrina. Ao corte longitudinal, observa-se uma área cortical e uma região medular. Na camada cortical, estão localizados os folículos primários desde o nascimento da criança, que, após entrar na puberdade, inicia seus ciclos menstruais. Em cada ciclo menstrual, ocorrem as seguintes fases: crescimento folicular, ovulação e formação do corpo lúteo. Na primeira fase, há uma produção maior de estrógeno, principal responsável pelos caracteres sexuais femininos secundários e, após a ovulação, produção maior de progesterona (FILHO, 2009). 1.1.1.2 Tubas uterinas Órgão de aspecto tubular que se constitui de uma porção proximal intrauterina e uma porção distal livre, apresentando as seguintes partes: intramural, istmo, corpo, ampola, pavilhão e as fímbrias. As fímbrias da tuba uterina “varrem” a superfície ovariana no momento da ovulação, captando o óvulo (FILHO, 2009).
O ciclo menstrual é o resultado de uma sequência de interações cuidadosamente orquestrada entre o hipotálamo, a hipófise, o ovário e o endométrio, nos quais os hormônios sexuais agem como moduladores e efetores em cada nível. O estrogênio e as progestinas têm potentes efeitos nos neurônios serotoninérgicos e opióides, modulando a atividade neuronal e a densidade do receptor (HABEK, 2002). O ciclo menstrual seria um conjunto dessas modificações que se repetem periódica e temporariamente sendo variável de mulher para mulher, para algumas esse ciclo é de 28 dias e para outras de 21 dias, podendo ser de 36 dias, mas todas são consideradas normais (BERENSTEIN, 1995). O ciclo menstrual tem início no primeiro dia de sangramento da menstruação. Os primeiros catorzes dias desse ciclo constituem a fase chamada folicular, isto porque no interior do seu ovário um dos óvulos é recrutado e passa a se desenvolver dentro de uma espécie de bolha chamada de “folículo”. Nesse folículo, o óvulo se desenvolve até o 14° dia, quando acontece a ovulação. A ovulação nada mais é do que a liberação do óvulo de dentro do folículo para então aqui começar seu transporte pela trompa. Até aqui, o grande responsável é o estrogênio. Ele comanda os múltiplos efeitos sobre o corpo, a mente e o comportamento feminino da fase folicular (BERENSTEIN, 1995). No 15° dia do ciclo é a vez da progesterona, conhecido como o hormônio da maternidade. Aqui se tem início a segunda fase do ciclo, chamada fase lútea, em que o folículo leva o óvulo até a superfície, onde este se transforma em corpo lúteo, que produz o principal hormônio dessa fase: a progesterona (BERENSTEIN,1995). No corpo da mulher, a progesterona prepara o endométrio para o útero ser mais receptivo ao óvulo que poderá ser fecundado também altera os seios, tomando-os maiores para a amamentação, e ajuda no organismo, com a retenção de líquidos, a se prevenir para uma eventual hemorragia do fim do ciclo. (BERENSTEIN,1995). A fase lútea no 15° dia do ciclo começa após a ovulação e dura até o início do fluxo menstrual (TEIXEIRA, 2012). 1.3 FASES DO CICLO OVARIANO E MENSTRUAL As fêmeas humanas produzem gametas em ciclos mensais (em média 28 dias, com duração normal que varia entre 24-35 dias). Esses ciclos são comumente chamados ciclos menstruais porque eles são marcados por um período de sangramento uterino de 3-7 dias
conhecido como menstruação. O ciclo menstrual é descrito de acordo com as mudanças que ocorrem nos folículos dos ovários (ciclo ovariano) e na cobertura do endométrio do útero (ciclo uterino) (SILVERTHORN, 2003). O ciclo ovariano é dividido em três fases: Fase folicular: A primeira parte do ciclo ovariano, conhecida como fase folicular, é o período em que o folículo cresce dentro do ovário. Essa fase é a mais variável em relação à sua duração e leva de 10 dias a 3 semanas (SILVERTHORN, 2003). Ovulação: Uma vez que um ou mais folículos tenham amadurecido, o ovário libera os óvulos durante a ovulação (SILVERTHORN, 2003). Fase lútea: A fase do ciclo ovariano seguinte à ovulação é conhecida como pós- ovulatória, ou fase lútea. O segundo nome vem da transformação dos restos foliculares em um corpo lúteo, assim denominado devido ao seu pigmento amarelo e depósito de gordura O corpo lúteo secreta hormônios necessários à continuação da preparação do organismo para a gravidez. Se a gestação não ocorrer, o corpo lúteo interrompe a sua função cerca de duas semanas depois, e então o ciclo ovariano começa novamente. A cobertura endometrial do útero tem seu próprio ciclo regulado por hormônios ovarianos (SILVERTHORN, 2003). Menstruação: O começo da fase folicular no ovário corresponde ao sangramento menstrual do útero (SILVERTHORN, 2003). Fase proliferativa: A última parte da fase folicular do ovário corresponde à fase proliferativa no útero, durante a qual o endométrio adiciona uma nova camada de células em antecipação à gestação (SILVERTHORN, 2003). Fase secretora: Após a ovulação, hormônios do corpo lúteo convertem o endométrio em uma estrutura secretora. Então, a fase lútea do ovário corresponde à fase secretora do útero. Se a gravidez não acontecer, as camadas superficiais do endométrio serão perdidas durante a menstruação, no momento em que o ciclo uterino recomeçar (SILVERTHORN, 2003). 1.4 SÍNDROME DA TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL A Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (STPM), também conhecida como tensão pré- menstrual (TPM), é representada por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, que apresentam caráter cíclico e recorrente, iniciando-se na semana anterior à menstruação e que aliviam com o início do fluxo menstrual. Esses sintomas ocorrem de uma
O controle cíclico das menstruações é dado pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovário, com a participação dos hormônios esteroides. Essa função, na Medicina Tradicional Chinesa, é atribuída ao Jing armazenado no Shen (Rins), juntamente com o Gan (Fígado). (YAMAMURA, 2015). Segundo Maciocia (2000), a função menstrual depende de três Vasos Maravilhosos: Du Mai, Ren Mai e Chong Mai. Todos os três canais surgem do espaço entre Rins onde pulsa a Força Motriz e, assim fluem através do Útero nas mulheres e da “Sala do Esperma” nos homens (MACIOCIA, 2000, p,14). O Meridiano Ren Mai está conectado ao Yin, a Essência e Fluidos e se conecta aos três Meridianos Yin, o que o torna o “Mar de Meridianos Yin”. Devido a esta característica, o Ren Mai fornece as substâncias Yin (Yin Qi, Essência, Sangue e fluidos) para todos os processos fisiológicos da mulher, em especial aos relacionados a processos hormonais (puberdade, concepção, gravidez, parto e menopausa), ao contrário do Chong Mai que está mais relacionado com o Sangue, menstruação e nas suas irregularidades (MACIOCIA, 2000, p,16) O Meridiano Du Mai é de origem Yang e se conecta com os Meridianos Yang, o que lhe dá o estatus de governador do Yang. Do ponto de vista da MTC, o Du Mai (Yang) e o Ren Mai (Yin) se completam, promovendo o equilíbrio energético do organismo. Devido as suas características, conectam o Útero ao Rins e o Coração ao Cérebro, o que explica a influência dos problemas emocionais e mentais sobre a menstruação, função ovariana e vice-versa. Por outro lado, este circuito conecta-se à Essência (Rins), ao Sangue (Útero e Coração), a Medula (Espinha e Rins) e Mar de Medula (Cérebro), o que na visão da medicina ocidental representa o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, responsável pela ovulação (MACIOCIA, 2000, p.18). Dentro da Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura é um método terapêutico milenar que se baseia na inserção de agulhas em determinados pontos específicos do corpo, com a finalidade de estimular o sistema nervoso a liberar neurotransmissores que favoreçam o processo de restauração e manutenção de saúde do corpo. Com esse embasamento, a acupuntura mostra-se como um tratamento promissor em direção à promoção da saúde da mulher, uma vez que visa através de instrumentos como agulha, moxa e ervas, dissipar os fatores etiológicos causadores da síndrome da tensão pré-menstrual, harmonizar os sistemas energéticos do corpo e promover uma mudança no estilo de vida da mulher, através de orientações básicas, porém com embasamento científico, através de seus conceitos milenares (NASCIMENTO, 2012).
Para a Medicina Tradicional Chinesa, as doenças e os padrões de desarmonias que ocorrem na mulher têm correlação, em grande parte, com fatores emocionais, emoções reprimidas ou excessivas, que exercem efeito deletério sobre a saúde por atuarem sobre órgãos internos específicos. Raivas reprimidas, frustrações, medos, decepções, etc., de forma exacerbada, impedem o correto funcionamento do sistema Zang Fu (Órgãos e Vísceras) da Medicina Tradicional Chinesa, bloqueando o livre fluxo de Qi (Energia) e Xue (Sangue) e promovendo padrões de desarmonias, o que pode repercutir na Matriz (Bao Gong), como ocorre na dismenorreia primária. Fatores inatos, erros alimentares e hábitos de vida também têm importância na formação e nutrição da Matriz (Bao Gong) (YAMAMURA,2015). O sistema genital feminino, denominado Matriz ou Bao Gong, que corresponde ao útero e anexos, é formado e nutrido pelo Gan (Fígado), pelo Pi (Baço/Pâncreas) e pelo Shen (Rins). Os três Canais de Energia Yin do pé e os Canais Curiosos Chong Mai e Ren Mai participam da sustentação desse sistema de Zang Fu (Órgãos e Vísceras), Jing Lou (Canais e Colaterais) e Matriz (Bao Gong). Além disso, os vasos sanguíneos que irrigam o corpo e os órgãos pélvicos são comandados pelo Xin (Coração). Esse sistema proporciona nutrição e fluxo adequado de Qi (Energia) e Xue (Sangue) para a realização harmônica das funções da Matriz (Bao Gong). Quando ocorrem desequilíbrios de Qi (Energia) ou de Xue (Sangue), ou de ambos, aparecem as manifestações na Matriz (Bao Gong), como dismenorreia, síndrome da tensão pré-menstrual, infertilidade, entre outras. A dismenorreia é compreendida, na Medicina Tradicional Chinesa, como Estagnação de Qi (Energia) e Xue (Sangue) na Matriz (Bao Gong) ou presença de Frio Perverso impedindo a circulação de Qi (Energia) e Xue (Sangue), com a obstrução dos Canais de Energia relacionados à Matriz (Bao Gong) (YAMAMURA, 2015). 1.6 HISTÓRIA DA ACUPUNTURA NO BRASIL E MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) Desde a década de 1970, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem incentivando o uso da acupuntura e de outras práticas complementares pelos países membros. Posteriormente, criou-se um documento intitulado "Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional (MT) 2002-2005", com o objetivo de promover o desenvolvimento de políticas para a implantação de Medicina Tradicional e estabelecer requisitos de segurança, eficácia, qualidade, uso racional e acesso (ROCHA, 2015). Originada de um conjunto de conhecimentos teórico-empíricos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que aborda de modo
interno e externo se referem à profundidade e a direção da evolução da doença. O conceito de frio e calor estão relacionadas as sensações climáticas. O conceito de excesso pode surgir quando o corpo sofre agressão por fatores externos a doença, ou também pela atividade excessiva de um ou mais Zang Fu; e o de deficiência ocorre geralmente quando existem padrões internos crônicos associados com a debilidade de uma ou mais substâncias e de um ou mais Zang Fu. E por fim, na Medicina Tradicional Chinesa, as concepções do Yin e do Yang são a base da fisiologia, da patologia e do diagnóstico diferencial. Todos os fatores podem ser vistos em termos da desarmonia fundamental de Yin e de Yang (ROSS, 1985, p. 46). As matérias básicas, segundo as concepções da Medicina Tradicional Chinesa, são o Qi (Energia), Xue (Sangue), Jing (Essência), Shen (Espírito) e Jin Ye (Líquidos Orgânicos) (ROSS, 1985, p.9). 1.8 O MECANISMO DE AÇÃO DA ACUPUNTURA EM DISFUNÇÕES GINECOLÓGICAS O mecanismo de ação da acupuntura em disfunções ginecológicas pode ser explicado com base nos ensinamentos da neurociência, pela modulação neuro-hormonal no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, com a regularização das funções dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras) e dos Canais de Energia relacionados à Matriz (Bao Gong), bem como a dela própria. Considera-se também que, com a inserção da agulha de acupuntura em um ponto do corpo, ocorre estímulo de terminações nervosas periféricas que o enviam informações ao sistema nervoso central (SNC), que responde por meio da liberação de neurotransmissores e hormônios. Tais substâncias são liberadas na corrente sanguínea, mais sinapses e têm ação analgésica, anti-inflamatória e relaxante muscular. A ação sobre o SNC também é considerada, com o efeito de acalmar o Shen (Mente) – importante no controle de sintomas ansiosos e depressivos que frequentemente acompanham as cólicas menstruais (YAMAMURA,2015).
Analisar o efeito da acupuntura nos sintomas da Síndrome de Tensão Pré-Menstrual que normalmente surgem na fase lútea do ciclo menstrual. 2.2 ESPECÍFICO Evidenciar um grave problema de saúde que afeta milhares de mulheres em seu cotidiano; Conhecer os sintomas mais frequentes da STPM; Descrever como funciona o ciclo menstrual; Apresentar uma alternativa para os sintomas da STPM por meio da acupuntura; Agregar conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa para o tratamento desta moléstia. 3 ARTIGO