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Este documento explica a metodologia do projeto integrador, uma unidade curricular diferenciada e obrigatória nos cursos de aprendizagem profissional comercial, qualificação profissional e habilitação profissional técnica de nível médio do senac. O projeto integrador tem como objetivo articular todas as competências do perfil profissional do curso, alinhado às concepções do modelo pedagógico senac. O documento detalha as etapas de planejamento, desenvolvimento e consolidação do projeto, destacando o papel do docente do projeto integrador e dos demais docentes do curso na sua execução. Além disso, apresenta os resultados esperados do projeto integrador em termos de aprendizagem e desenvolvimento das marcas formativas senac pelos alunos.
Tipologia: Teses (TCC)
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Os Projetos Integradores são, nesse sentido, espaços importan- tes para a articulação das competências, capazes de contribuir para evidenciar as Marcas Formativas Senac e, principalmente, para o desenvolvimento do perfil profissional. A prática de pro- jetos educacionais encontra sua sustentação nas concepções educacionais expressas nas Diretrizes de Educação Profissional do Senac, em especial na compreensão do trabalho como prin- cípio educativo e da pesquisa como princípio pedagógico^2.
Tendo por guia essas concepções gerais, foram elaborados os referenciais para o Desenvolvimento de Projetos Integradores, organizados neste Documento Técnico, integrante da Coleção de Documentos Técnicos do Modelo Pedagógico Senac. A in- tenção, aqui, é tanto explicitar o entendimento do Senac so- bre o Projeto Integrador como estratégia pedagógica e Unida- de Curricular de Natureza Diferenciada quanto propor para a equipe pedagógica (docentes, coordenadores ou supervisores pedagógicos e responsáveis técnicos) uma orientação para o desenvolvimento de projetos nos diversos ambientes de apren- dizagem em que atuam os docentes.
Estruturalmente, este Documento traz, no primeiro capítulo, uma discussão sobre a Metodologia de Projetos, referencial que sustenta a abordagem da Unidade Curricular destinada ao de- senvolvimento do Projeto Integrador na perspectiva do Modelo Pedagógico Senac. No capítulo seguinte, são sugeridas etapas de elaboração do Projeto Integrador, apresentadas nos tópicos Planejamento Integrado do Curso, Problematização, Desenvol- vimento e Síntese do Projeto. No capítulo final, são discutidos alguns apontamentos para a prática do Projeto Integrador. (^2) CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (Brasil). Câmara de Educação Bási- ca. Resolução CNE/CEB nº 06/2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Diário Oficial da União , Brasília, DF, 21 set. 2012. Seção 1, p. 22.
A Metodologia de Projetos é uma alternativa pedagógica que privilegia a relação dialógica e aprendizagem coletiva. Parte da concepção de que se aprende em comunhão, em experiências e vivências de construção colabo- rativa, ao assumir responsabilidades em ações conjuntas e promover o prota- gonismo do aluno diante de situações problematizadoras. A aprendizagem se faz pela experiência proporcionada durante o desenvolvimento do proje- to, ou seja, aprende-se problematizando, pesquisando, testando hipóteses, tomando decisões e agindo em equipe para atingir os objetivos.
A utilização dos projetos em ambiente educacional tem suas raízes no mo- vimento da Escola Nova, também chamada de Escola Ativa ou Progressista, surgida entre o fim do século 19 e início do seguinte, no contexto da indus- trialização que se processava na vida moderna na Europa e na América do Norte. Essas mudanças sinalizavam para uma nova atitude perante a educa- ção, baseada na experimentação, no desenvolvimento da ciência e de suas aplicações às atividades humanas.
Na literatura sobre o assunto é possível identificar diversos pesquisadores cujos trabalhos contribuíram para o avanço de propostas pedagógicas ba- seadas em projetos educacionais. Entre eles, destacam-se os franceses Ovide Decroly e Celestin Freinet, além de Maria Montessori, na Itália e, em es- pecial, John Dewey, importante nome da Escola Nova nos Estados Unidos e William Kilpatrick, seu discípulo. Dewey (1967) e, em prosseguimento, Kilpatrick (1967), inovaram ao atribuir aos projetos educacionais o sentido de instrumentos pedagógicos organizados de forma a proporcionar uma experiência significativa, fixada nos pressupostos da participação coletiva, estímulo à autonomia e tomada de decisão dos alunos. Esse entendimento, basilar nos trabalhos e pesquisas posteriores sobre o uso dos projetos na educação, aponta para uma necessária revisita às principais ideias desses dois pesquisadores.
Originalmente, nos trabalhos de Dewey, a educação é entendida como ne- cessidade social. Deve estar centrada no incremento da capacidade de ra- ciocínio e crítica dos alunos, de maneira a aprimorar seu potencial como cidadão e pessoa, na defesa da democracia e da liberdade de pensamento. A sala de aula, na perspectiva de Dewey (1967), é compreendida como “comunidade em miniatura”, a partir da qual são organizadas atividades centradas na resolução de problemas concretos da vida dos alunos. Ao pro-
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A metodologia
de projetos
mula hipóteses, relaciona a sua história com as problemáticas e desafios, toma decisões e passa a atribuir novo significado às suas descobertas. Desde então, a prática de projetos em situação educacional vem sendo revista e atualizada, inclusive recebendo outras denominações: como Pedagogia de Projetos, Projetos de Trabalho e, mais usualmente, Metodologia de Projetos.
Na atualidade, a compreensão sobre o trabalho com projetos na educação tem se ampliado. Os educadores espanhóis Fernando Hernández e Montser- rat Ventura Hernández (1998) defendem a organização do currículo escolar a partir de projetos, e não de disciplinas ou conteúdos. Nessa perspectiva, o projeto é uma oportunidade para os alunos perceberem que o conheci- mento não é exclusividade de uma disciplina, que ele se articula, transcende e se transforma na relação com os demais conhecimentos. Trata-se de uma estratégia educativa voltada à superação da fragmentação curricular, ao as- sumir o aspecto de articulação entre os saberes e dotar de sentido o currículo para o aluno.
De forma geral, na literatura sobre o tema, o uso dos projetos na educação se alicerça no princípio da autonomia e na problematização como dinâmica fundamental de ensino e aprendizagem. Pressupõe um processo de reflexão sobre a própria prática, de forma a se estabelecerem diferentes tipos de rela- ções entre fatos e objetos, desencadear novas interpretações e construir novas formas de agir em diferentes situações. Sua aplicação pressupõe atividades organizadas em três processos: I) problematização, etapa em que é discutida a questão, tema ou problema gerador do projeto e seus desdobramentos em desafios; II) desenvolvimento, quando são executadas as estratégias para bus- car respostas às questões e aos desafios, e; III) síntese, etapa final de sistemati- zação dos resultados, na qual se busca confrontar as convicções iniciais com as respostas encontradas de forma a gerar novas aprendizagens.
A potencialidade da Metodologia de Projetos facilita o alcance das dimen- sões afetivas e intelectuais dos alunos, de forma a tornar a aprendizagem mais sólida e duradoura, o que explica a valorização, revitalização e perma- nência dessa proposta nos dias atuais.
A Metodologia de Projetos vem sendo utilizada já há algum tempo na edu- cação profissional e, no Senac, essa prática adquire maior expressão na exe- cução do Projeto Integrador.
1.1 O Projeto Integrador no Modelo Pedagógico Senac
O Projeto Integrador, na perspectiva do Senac, visa propiciar experiências de aprendizagem que se sustentem no “aprender fazendo” e no diálogo entre a sala de aula e a realidade do mundo do trabalho. Com foco no de- senvolvimento do Perfil Profissional de Conclusão e das Marcas Formati- vas, suas atividades pressupõem participação coletiva, decisões em grupo e trabalho em equipe, daí se concluir que o projeto pode ser desenvolvido como estratégia pedagógica para o incremento do processo de ensino e aprendizagem em qualquer Unidade Curricular.
Além de estratégia pedagógica, o Projeto Integrador é uma Unidade Cur- ricular de Natureza Diferenciada, obrigatória nos cursos de Aprendizagem Profissional Comercial, Qualificação Profissional, Habilitação Profissional Téc- nica de Nível Médio e respectivas certificações intermediárias. Por sua natu- reza diferenciada, entende-se que o Projeto Integrador não tenha por fina- lidade desenvolver uma competência específica, seu objetivo é ser o espaço privilegiado para a articulação de todas as competências do Perfil Profissional destes cursos, alinhado às concepções do Modelo Pedagógico e à definição de competência assumida pelo Senac^3.
A Unidade Curricular de Natureza Diferenciada Projeto Integrador apresenta, nesse sentido, carga horária específica, docente responsável e Plano de Tra- balho Docente^4 próprio, no qual são detalhadas as atividades a serem reali- zadas. Ainda são definidos, para o Projeto Integrador, indicadores e menções para avaliação dos alunos, ambos na perspectiva do Modelo Pedagógico Senac. Sua execução ocorre ao longo de todo o processo formativo, o que lhe confere a característica de ser correquisito das demais Unidades Curri- culares. A ideia é que, em cada Unidade Curricular, os docentes realizem atividades, situações de aprendizagem^5 e ações que contribuam para o desenvolvimento da competência e efetivação do Projeto Integrador. São as Unidades Curriculares que propiciarão os insumos para que os alunos respondam aos desafios e problemáticas advindos do tema gerador, isso não representa, contudo, mera cessão de carga horária.
A carga horária dos Projetos Integradores que consta na organização cur- ricular é reservada para as ações estratégicas de apresentação, monitora- mento e avaliação dos resultados. Um curso com 160 horas, por exemplo,
(^3) O Senac adota o seguinte conceito para competências: “Ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo, que articula conhecimentos, habilidades, atitudes e valores e permite desenvolvimento contí- nuo”. Para saber mais sobre esse assunto, conferir o Documento Técnico Competência, da Coleção de Documentos Técnicos do Mo- delo Pedagógico Senac. (^4) Os Planos de Trabalho Docente para todas as Unidades Curriculares são detalhados no Documento Técnico Planejamento Docente, da Coleção de Documentos Técnicos do Mo- delo Pedagógico Senac.
A partir de uma análise da prática de projetos educacionais, já efetivada nos Departamentos Regionais do Senac, e da literatura sobre a Metodo- logia de Projetos, este Documento Técnico propõe a execução de Proje- tos Integradores em quatro etapas: I) Planejamento Integrado do Curso; II) Problematização; III) Desenvolvimento; e IV) Síntese.
Espera-se que essa organização contribua para a proposição de projetos significativos, inovadores e capazes de trazer múltiplas possibilidades de articulação das competências de um curso.
Etapa Participantes Período Processos Resultados Esperados
Planejamento Integrado do Curso
Equipe Pedagógica. Antes de iniciar o curso. Definir o tema gerador do Projeto Integrador e seus desdobramentos em desafios;
Preparar o plano de ação;
Identificar as contribuições das Unidades Curricu- lares para o Projeto Integrador.
Tema do Projeto Integrador;
Proposta do plano de ação.
Para facilitar Problematização
Alunos;
Docente do Projeto Integrador.
Início do curso. Validar o tema gerador do Projeto Integrador e seus desdobramentos em desafios;
Validar o plano de ação.
Plano de ação detalhado.
Desenvolvimento
Alunos;
Equipe Pedagógica.
Ao longo das Unidades Curriculares.
Executar, monitorar e avaliar o plano de ação. Respostas às problemáticas.
Síntese
Alunos;
Equipe Pedagógica;
Outros participantes, a de- pender da natureza da apre- sentação dos resultados.
Ao final da Unidade Curricular Projeto Integrador.
Consolidar os resultados;
Apresentar os resultados.
Resultados finais apresentados.
2
Etapas para
elaboração de
Projetos
Integradores
Para facilitar o entendimento dessas etapas e sua aplicabilidade nos am- bientes de aprendizagem do Senac, são utilizados, como recurso de com- preensão, alguns fluxos de processos e atividades.
Em seu caráter de orientação para a elaboração do Projeto Integrador, esses fluxos – abertos e flexíveis – indicam um possível modo de fazer, já que as experiências de aprendizagem são dinâmicas e escapam às ten- tativas de instrumentalização de suas vivências. Parte-se da premissa de que os projetos podem ser desenvolvidos de múltiplas formas, ou seja, a equipe pedagógica poderá optar por outras perspectivas para o seu desenvolvimento, de acordo com a realidade e o contexto de oferta do curso no Departamento Regional.^7 Os fluxos, neste Documento Técnico , têm sua estrutura organizada conforme na Figura 1:
(^7) No segundo semestre de 2015, o Departa- mento Nacional do Senac convidou docentes e supervisores de 12 Departamentos Regionais a testarem os fluxos de desenvolvimento de Projetos Integradores. As análises desse grupo foram fundamentais para a proposição de fluxos condizentes com a proposta desenvolvi- da na Instituição, detalhados neste Documento Técnico.
Processo
Tomada de decisão
Resultados esperados
Fim da etapa
Representa a abertura de uma etapa da execução de Projetos Integradores. Informa o momento em que se inicia a etapa, quem são os envolvidos e quais os objetivos da etapa.
Identifica a sequência de ações pedagógicas a serem realizadas na etapa em questão.
Representa um momento crítico do fluxo de atividades. Requer uma avaliação do trabalho que foi desenvolvido, até este ponto, a partir do qual se define o rumo das próximas ações.
Identifica os resultados esperados ao final de cada etapa.
Marca o fim de uma etapa e o início de outra.
Sinaliza o fluxo entre os processos e os prováveis caminhos para cada decisão a ser tomada.
Apresenta, no formato de pergunta e resposta, notas explicativas para alguns processos considerados críticos Informa também as características dos resultados esperados.
Início da etapa
rança do idoso em sua rotina diária; como promover autonomia e melhores condições para os idosos que moram com seus fami- liares? (Qualificação Profissional de Cuidador de Idoso).
Em virtude do ineditismo do Projeto Integrador como Unidade Curri- cular de Natureza Diferenciada, optou-se por sugerir, nos Planos de Cursos, temas que fossem capazes de gerar projetos aplicáveis nos mais diversos contextos profissionais, daí serem denominados Temas Geradores. Os Temas Geradores apresentam o assunto do projeto e também indicam perspectivas para a sua problematização, formula- das de maneira a promover a articulação das competências. Assim, nos Planos de Cursos, constam o tema do projeto, alguns indicativos de desafios e, em alguns casos, até mesmo alguns possíveis métodos (visita técnica, estudo de caso, entre outros), considerando-se a ne- cessidade de maior ou menor diretividade das propostas.
Vale considerar que os Temas Geradores, nos Planos de Cursos, são propostas que deverão ser discutidas com a equipe pedagógica e po- dem sofrer alterações ou até mesmo serem substituídas por novos temas. O Tema Gerador e seus desdobramentos em desafios serão, portanto, definidos nessa etapa, no entanto, será junto aos alunos que ocorrerá sua validação. Uma pré-definição para o plano de ação poderá, também, ser organizada no Planejamento Integrado.
Para o Planejamento Integrado das Habilitações Técnicas de Nível Mé- dio, há de se considerar uma especificidade. Quando as certificações intermediárias forem ofertadas pelo Departamento Regional, deverá ser realizado um Projeto Integrador para cada Qualificação Profissio- nal Técnica do curso. No entanto, como elas estão no itinerário de um mesmo Perfil Profissional, cada Projeto precisará se relacionar com os demais Projetos, colaborando para a articulação de todas as compe- tências da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio. Essa pers- pectiva deve ser considerada nos debates do Planejamento Integrado para esse tipo de curso.
A etapa de Planejamento Integrado do Curso pode ser organizada em três processos, apresentados a seguir.
(^9) Para mais informações sobre os princípios filosóficos e pedagógicos norteadores do Modelo Pedagógico Senac, pode-se consultar o Documento Técnico Concepções e Princípios, da Coleção de Documentos Técnicos do Mode- lo Pedagógico Senac.
I) Definir o tema gerador para o Projeto Integrador: as propos- tas apresentadas nos Planos de Cursos são pontos de partida para a discussão da equipe pedagógica sobre o tema gerador e prováveis projetos a serem realizados. Os docentes podem sugerir outras pro- postas, desde que constituam temas significativos e desafiadores para os alunos. Os temas devem estimular a pesquisa e investigação, estar contextualizados com a realidade local e, principalmente, mobilizar as competências do curso. Os docentes também poderão refletir sobre as características locais e regionais que podem impulsionar a realiza- ção de Projetos Integradores com foco em inovação.
Para definição do tema gerador, deve-se ter em mente a perspectiva do trabalho como princípio educativo e da pesquisa como princípio pedagógico, bem como as possibilidades de articulação das compe- tências e construção das Marcas Formativas Senac 9.
Outro importante ponto a ser considerado diz respeito aos desafios e às problemáticas decorrentes do tema e que sinalizam os resultados esperados para o projeto. Os desafios, nesse sentido, podem variar entre questões que apontem para: I) criação de um novo produto, relacionado ao fornecimento de serviços que pertencem ao escopo da ocupação; II) introdução de novas ferramentas gerenciais ou no- vos modelos de gestão organizacional, e; III) análise de processos já existentes, a partir de pesquisas sobre aspectos da ocupação, para promover possibilidades de aprimoramento na prestação de um ser- viço ou nos procedimentos de atendimento a usuários ou clientes. É interessante que as atividades envolvidas na solução aos desafios extrapolem os limites da sala de aula e incidam sobre organizações ou setores em que a ocupação é exercida.
II) Organizar o plano de ação: após a proposição do tema gerador para o Projeto Integrador, pode-se discutir os resultados esperados, a abrangência – pessoas e instituições envolvidas na execução do proje- to –, as ações e recursos necessários à realização do projeto em cada Unidade Curricular e as formas de apresentação dos resultados. Nesse processo, essas informações ainda são de caráter geral e devem ser validadas pelo docente do Projeto Integrador junto aos alunos, na etapa Problematização.
- Proposta do Plano de Ação: consiste em uma projeção das ati- vidades a serem realizadas no âmbito de cada Unidade Curricu- lar para cumprir os objetivos do Projeto Integrador. A proposta do plano de ação deve prever as entregas parciais, organizadas a partir das contribuições de cada competência, bem como o esboço do cronograma de realização das atividades.
Apesar de a proposta para o Plano de Ação ser um produto esperado para essa etapa, a equipe pedagógica pode optar por definir apenas um tema geral e deixar para a etapa da Problematização os possíveis desdobramentos. Também pode ser definido um único tema para o curso ou até mais de um por turma. Essas decisões dependem de diversos fatores, que variam de acordo com a realidade da Unidade Operacional e do Departamento Regional.
Os dois produtos dessa etapa devem ser organizados pelo docente do Projeto Integrador, para serem validados com os alunos na etapa de Problematização, nos primeiros dias do curso. Importante salientar que cada Projeto Integrador é único. Mesmo com temas idênticos, as diferentes turmas de um curso ou grupos de alunos de uma mesma turma poderão desenvolver ações diferentes e trilhar percursos distin- tos na execução do projeto, o que gera resultados diferentes.
O fluxo na Figura 2 apresenta, de forma esquemática, os processos do Planejamento Integrado discutidos aqui.
Figura 2 - Fluxo da Etapa do Planejamento Integrado do Curso
Planejamento Integrado do Curso
Como identificar as contribuições de cada Unidade Curricular? Com base no plano de ação, os docentes identificam o que a Unidade Curricular, da qual são responsáveis, tem a contribuir para o desenvolvimento do Projeto Integrador. A partir da identificação das contribuições de cada Unidade Curricular é que se organiza a articulação entre as competências, condição necessária para o desenvolvimento do Projeto Integrador.
O que esses resultados apresentam?
Identificar as contribuições das UCs para o Projeto Integrador
Preparar o plano de ação
Resultado :
As contribuições foram identificadas?
Não
Sim
Início da Problematização
Definir o tema gerador para o Projeto Integrador O que é o plano de ação do Projeto Integrador? O plano de ação descreve as etapas e atividades que serão necessárias para o cumprimento das problemáticas e dos desafios propostos.
Quando? Antes do início do curso. Com quem? Equipe Pedagógica. Quais os objetivos?