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jogo e a brincadeira no desenvolvimento infantil se propõem a investigar a contribuição do jogo e da brincadeira para o desenvolvimento da criança. Objetivando definir e distinguir o jogo e a brincadeira; analisar a contribuição dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento da criança.
Tipologia: Teses (TCC)
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Flávia Rejane Rosa Tavares
Artigo apresentado ao Instituto Superior de Educação da Faculdade Alfredo Nasser, sob a orientação da Professora Ms. Fernanda Franco Rocha, como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Pedagogia.
Flávia Rejane Rosa Tavares*
Resumo: Esse artigo intitulado: O jogo e a brincadeira no desenvolvimento infantil se propõem a investigar a contribuição do jogo e da brincadeira para o desenvolvimento da criança. Objetivando definir e distinguir o jogo e a brincadeira; analisar a contribuição dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento da criança; compreender o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico e abordar o desenvolvimento afetivo a partir do lúdico. Por isso, esse estudo optou por realizar uma pesquisa bibliográfica pautada no documento RCNEI (1998) e nos autores Moyles (2006); Kishimoto(2003); Friedmann (2006); Oliveira (2002); entre outros. Esse trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: o jogo, a brincadeira e a criança; as contribuições dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento da criança; o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico; por último, tecem-se as considerações finais.
Palavras-chave: Criança. Jogos. Brincadeiras.
INTRODUÇÃO
É preciso dizer que a brincadeira acontece onde quer que a criança se encontre, independentemente do local. Basta um pequeno estímulo para que sua imaginação leve para um mundo repleto de criatividade. Os jogos e as brincadeiras são tão importantes e fundamentais para a criança quanto o alimento que a faz crescer. Pois, além do divertimento, serve como suporte para que a criança na fase escolar alcance o seu desenvolvimento social, emocional, cognitivo e afetivo. Sendo assim, o tema em discussão – O jogo e a brincadeira no desenvolvimento infantil – tem como objetivos, definir e distinguir o jogo e a brincadeira, analisar suas contribuições no desenvolvimento das crianças e compreender o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico. Os professores devem acreditar na capacidade dos jogos e das brincadeiras, tendo a criança, como ser ativo, pensante e participante, que aprecia as novidades e também aprende brincando. Isso foi dito porque muitos professores não concordam que essa metodologia de aprendizado funcione. Através das brincadeiras, as crianças constroem conhecimento e desenvolvem a atenção, a agilidade, a associação, a coordenação motora, entre outros. Quando as crianças brincam, elas ativam sua imaginação, criam sua própria
maneira de brincar, desenvolvem-se sem perceber o que contribui na construção da autonomia e personalidade. Quando está brincando, a criança recria o mundo ao seu redor, refazendo os fatos para adequá-los à sua capacidade de assimilação. Enquanto brinca, seu conhecimento se amplia, pois pode expressar o que sente e vê nessa atividade. Brincar favorece a auto-estima da criança e a interação com seus pares, propiciando situações de aprendizagem que desafiam suas capacidades cognitivas. Por meio do jogo simbólico, elas aprendem a agir, têm a curiosidade estimulada, adquirem iniciativa e exercitam sua autonomia. As atividades lúdicas proporcionam ao ser humano o desenvolvimento integral, ou seja, o desenvolvimento afetivo, social e mental. Com isto, a criança libera energia e imaginação, constrói normas e encontra alternativas para resolver situações que aparecem no período da brincadeira. Com as reflexões apresentadas no desenvolvimento deste artigo, pretende- se, assim, proporcionar aos professores, alunos, pais e a sociedade como um todo a ver no ato de brincar uma ferramenta necessária no aprendizado da criança. Diante dessa reflexão esse trabalho desenvolveu uma pesquisa bibliográfica pautada no documento RCNEI (1998) e nos autores Moyles (2006); Kishimoto (2003); Friedmann (2006); Oliveira (2002); entre outros. Esse trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: o jogo a brincadeira e a criança; contribuições dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento da criança; o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico; por último, tecem-se as considerações finais.
Desde o século passado até os dias de hoje, alguns estudiosos tentam explicar e definir o jogo, a brincadeira e as atividades lúdicas no cotidiano das crianças da educação infantil. Vários teóricos tentam explicar por que as crianças têm necessidade de brincar e jogar. Para Kishimoto (2003), não é tarefa fácil definir e conceituar o que é jogo, porque se têm vários significados e cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa por meio da linguagem. Na concepção dessa autora, cada um interpreta e entende o jogo de
fantasia, as sociodramatizações podem fazer mais sentido para as crianças a partir dos dois anos até, mais ou menos, seis anos de idade. E por último, os jogos com regras que são atividades aplicadas às crianças a partir dos seis anos de idade. Piaget (1951), além de definir as etapas do brincar, pontua também que a brincadeira não é um mero passa-tempo, ela pode ser fonte avaliativa, pode ser uma ferramenta, um instrumento para interagir com o processo ensino-aprendizagem. Segundo Smith (apud MOYLES, 2006), o brincar sócio - dramático pode favorecer as habilidades de linguagem e desempenho de papéis, enquanto o construtivo pode incentivar o desenvolvimento cognitivo e a formação de conceitos, são manifestações que explicitam o nível de maturação no qual a criança se encontra, e que, além disso, ajudam no processo dessa maturação. No brincar sócio-dramático, a criança faz - de - conta interagindo com o outro o que requer o exercício da fala e articulação de pensamento para elaborar um texto adequado a encenação; já no construtivo, a criança aprende regras através dos jogos, pois apresentam exigências que devem ser cumpridas, passiveis de penalidades, caso haja descumprimento de alguma regra. O lúdico no processo ensino-aprendizagem é de suma importância para as crianças, pois elas se identificam com jogos e brincadeiras. Brincar faz com que elas aprendam mesmo sem perceber de forma eficaz, pois um ensino que cause desprazer pode gerar traumas e a aversão aos estudos que seria uma consequência grave, entretanto, se o ensino acontece de maneira prazerosa, pode incentivá-las a uma vontade maior pelos estudos. Moyles (2006), afirma que faz mais sentido considerar o brincar como um processo que, em si mesmo, abrange uma variedade de comportamentos, motivações, oportunidades, práticas, habilidades e entendimentos. Isso significa que não é necessário que as metodologias sejam elaboradíssimas, cheias de atividades, que muitas vezes a criança não dá conta de fazer para se ter uma boa avaliação, porque num simples ato de brincar a criança poderá ser avaliada de forma rica e eficaz.
Nós agora sabemos que o brincar - ‘no sentido de fazer alguma coisa’, quer seja com objetos materiais quer com outras crianças, e de criar fantasias - é vital para a aprendizagem das crianças e, portando vital na escola. Os adultos que criticam os professores por permitir que as crianças brinquem não sabem que o brincar é o principal meio de aprendizagem na primeira infância. (MOYLES, 2006, p.29)
Para que haja um bom desenvolvimento, a criança deve então, por intermédio de um adulto, ter atividades lúdicas que a ajudará no seu desenvolvimento escolar e social. Friedmann (2006) argumenta que o brincar pode e deve não só fazer parte das atividades curriculares, como também ter um tempo preestabelecido durante o planejamento em sala de aula, porque muitas vezes os professores planejam suas aulas e não insere os jogos e as brincadeiras, não sabem para que ou qual seria o objetivo e a finalidade daquelas atividades, eles as consideram como um simples passa-tempo. Atividades lúdicas criam um clima de entusiasmo, é este aspecto de envolvimento emocional que torna a ludicidade um forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Kishimoto (2003, p.13) ressalta que:
[...] no contexto cultural e biológico as atividades são livres, alegres e envolve uma significação. É de grande valor social, oferecendo possibilidades educacionais, pois, favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo preparando para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais.
Dessa forma, o lúdico é um instrumento de desenvolvimento da linguagem e do imaginário, como um meio de expressão de qualidades espontâneas ou naturais da criança, um momento para observar a criança que expressa através dele sua natureza psicológica e suas inclinações. Momento este de aprender valores importantes, a socialização e a internalização de conceitos ocorrem de maneira significativa. O lúdico desempenha um papel vital na aprendizagem, pois, por meio dessa prática, o sujeito busca conhecimento do próprio corpo; resgatam experiências pessoais, valores, conceitos; busca soluções diante dos problemas e tem a percepção de si mesmo como parte integrante no processo de construção de sua aprendizagem. Essa perspectiva resulta numa nova dinâmica de ação, possibilitando uma construção significativa. O lúdico se caracteriza por envolver o sentimento, os questionamentos, a prática social, a mediação professor/aluno, habilidades, autonomia,
Moyles (2006, p.36) ressalta as necessidades básicas de aprender das crianças e essas necessidades incluem oportunidades que são:
-de brincar, escolher, perseverar, imitar, imaginar, dominar, adquirir competência e confiança; -de adquirir novos conhecimentos, habilidades, pensamentos e entendimentos coerentes e lógicos; -de criar, observar, experimentar, movimentar-se, cooperar, sentir, pensar, memorizar e lembrar; -de comunicar, questionar, interagir com os outros e ser parte de uma experiência social mais ampla em que a flexibilidade, a tolerância e a autodisciplina são vitais; -de conhecer e valorizar a si mesmo e as próprias forças e entender as limitações pessoais; -de ser ativo dentro de um ambiente seguro que encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais.
Uma das principais contribuições de Moyles (2002) é que o brincar deve ser visto como um processo e a qualidade do brincar dependem do valor que a criança atribui à brincadeira. As atividades lúdicas podem desenvolver diversas habilidades e atitudes interessantes no processo educacional, os jogos, por exemplo, são fundamentais para o desenvolvimento social, já que o convívio com regras e as histórias são fundamentais para dar contexto a situações abstratas que trabalham com valores éticos. As dramatizações contribuem para habilidade de comunicação e o artesanato para o desenvolvimento estético. Os jogos e as brincadeiras podem colocar o aluno em diversas situações, nas quais ele pesquisa e experimenta, fazendo com que ele conheça suas habilidades e limitações. Desse modo, esses recursos pedagógicos podem propiciar ao aluno diferentes práticas e experiências, entre as quais, ele exercita o diálogo, a liderança, o exercício de valores éticos e muitos outros desafios que permitirão vivências capazes de construir conhecimentos e atitudes. Ao considerar a criança como um ser histórico e social, devemos olhar para o lúdico como um precioso recurso a fim de propor uma aprendizagem mais interessante e significativa, pois o brincar faz parte do mundo infantil, é uma atividade levada a sério pelas crianças, em qualquer parte do mundo. No jogo, a criança tem a oportunidade de interagir consigo mesma e com o outro,
desenvolvendo e criando novas formas de aprender. Cabe a cada um de nós rompermos com alguns paradigmas da infância a fim de permitir e favorecer o brincar como possibilidades da criança entender e vivenciar o mundo que a rodeia, por meio do seu olhar. A instituição de educação infantil do Brasil tem de tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. Uma das atividades que o RCNEI sugere é o brincar:
Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca. Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular. Sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. (BRASIL, 1998, p.28, v.1) O RCNEI (1998) aponta que na educação infantil os professores devem oferecer condições para aprendizagem através das brincadeiras vindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos, essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Alguns tipos de brincadeiras de acordo com o RCNEI (1998) propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis. Isso só será possível se o adulto, na figura do profissional da instituição infantil, ajudar a estruturar esse campo das brincadeiras na vida das crianças. É este quem organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedo ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Na educação infantil devemos transformar as situações lúdicas em momentos prazerosos e consequentemente ricas em conhecimentos e é por meio dos profissionais que a criança deverá ser conduzida. Oliveira (2002, p.231) afirma que:
A brincadeira é o recurso privilegiado de desenvolvimento da criança pequena por acionar ou desenvolver processos psicológicos – particularmente a memória e a capacidade de expressar elementos com
As crianças vão sendo estimuladas através destes jogos de papéis e com os colegas da mesma idade elas aprendem a ter companheirismo, desenvolvem certas habilidades e conhecimentos e com o apoio e a mediação do professor, as crianças aprendem e compreendem através destes jogos. Oliveira (2002) afirma que a intervenção do professor deve basear-se em uma análise das situações de jogos produzidas pelas crianças, em relação tanto a seu conteúdo (temas, personagens, clima emocional etc.) como a seus aspectos externos ou formais (normas, uso dos materiais, organização do espaço, modo de desempenhar os papéis como protagonistas ou não, e outros). Antunes (2003, p. 23-24) argumenta que em todas as fases do jogo, o professor exerce um papel importante para auxiliar no desenvolvimento da criança. Por isso, destaca alguns pontos cruciais para a formação da criança:
-Construir a historicidade, ampliando o vocabulário e fazendo-a pensar em termos de passado, presente e futuro. -Desenvolver seus pensamentos lógicos, levando-a a associar quantidade a números e evoluindo pelo domínio de conceitos como muito, pouco, grande, pequeno. -Ampliar suas linguagens, fazendo com que busque alternativa (frases, cores, figuras, cantos, mímicas, colagens etc.) para expor seus pensamentos. -Desafiando-a pensar propondo questões interrogativas que a façam falar sobre coisas reais e imaginárias e, dessa forma, associar-se ao que convencionalmente se considera “aprender”. -Estimulando a capacidade de associação, fazendo-a ligar figuras e sons, imagens a textos, músicas a palavras. -Aprimorando seu domínio motor, ensinando-a a escovar os dentes, amarrar os sapatos, usar talheres ou palitos orientais para comer, ensinando-as a martelar, parafusar, encaixar, arrumar coisas, varrer, pescar em tabuleiros de areia. -Libertando-a de estereótipos – coisas de meninos e de meninas, profissões de homem e de mulher - e mostrando-lhe a riqueza que existe nas diferenças e a beleza na diversidade cultural. -Ajudando-a fazer amigos, ensaiando teatrinhos, mostrando relações pertinentes em histórias, aprendendo a aceitar e o ganhar e o perder nos jogos que realiza.
Tudo que a criança faz dentro de uma brincadeira tem sentido e quando o professor orienta e estimula, a criança reage de uma maneira positiva, pois, através dos jogos, ela compreende e assimila melhor o conteúdo ou objetivo a ser alcançado. Para BOMTEMPO (Apud OLIVEIRA, 2002), no dia-a-dia da criança, o brincar é algo essencial para o seu desenvolvimento e aprendizagem. A autora
afirma que se quisermos conhecer bem as crianças, então devemos conhecer bem os seus brinquedos e brincadeiras. Com o tempo, as brincadeiras se renovam e as crianças aprendem cada vez mais com a riqueza que essas atividades lúdicas proporcionam. Da mesma forma que a criança adquiriu habilidades para falar, andar, correr, escalar alturas, através da prática repetitiva, ela passa do jogo de exercícios para o jogo simbólico, utilizando o faz-de-conta para imitar os adultos e satisfazer sua vontade de se passar por ele. A criança progride sempre que brinca ou joga, porque daí ela experimenta coisas novas, fantasia e troca experiências com os colegas. Ela aprende que uma bola é redonda e que rola, ao brincar com ela, pode ir a várias direções e de muitas maneiras diferentes. Outro fator que pode ser observado na brincadeira é o desenvolvimento emocional e a personalidade da criança. Para Friedmann (2006) e Dohme (2003), as crianças têm diversas razões para brincar, uma destas razões é o prazer que podem usufruir enquanto brincam. Além do prazer, as crianças também podem, pela brincadeira, exprimir a agressividade, dominar a angústia, aumentar as experiências e estabelecer contatos sociais. Nota-se, portanto, que a partir dos jogos e das brincadeiras, as crianças apresentam maior possibilidade de se desenvolver, por isso que trataremos a seguir o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico.
Aliar as atividades lúdicas ao processo de ensino-aprendizagem pode ser de grande valia para o desenvolvimento do aluno, um exemplo de atividades que desperta muito o interesse do aluno é o jogo.
O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como aliado importante para o ensino, já que coloca o aluno diante de situações lúdicas como o jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem vinculados na escola. (KISHIMOTO 2003, p. 13)
O jogo é por excelência, integrador. Há sempre uma novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança e, na medida em que joga, ela vai
Através do desenvolvimento e interação da criança com o meio e com o grupo social ao qual pertence, são desenvolvidas a sua identidade, o seu valor, a auto-imagem positiva, e sua personalidade. A afetividade é bastante relevante no processo de construção do conhecimento, pois, por meio dela, a criança pode ser influenciada na escolha de seus objetivos. Alguns dos afetos mais comuns na vida da criança como: medo, agressividade, amor, ódio, insegurança, tensão, podem ser um canal, para que o professor encaminhe a criança em seu processo de desenvolvimento. A motivação também é um fator muito importante na vida da criança. Se ela for motivada sempre que estiver produzindo algo, tanto na escola como em casa, se ela for motivada pelos professores, funcionários da escola, pais, irmãos, ela terá um rendimento muito mais significativo e vai se esforçar para se desenvolver em atividades mais complexas. Por outro lado, se a criança estiver passando por problemas familiares ou outras perturbações, ela sofrerá um bloqueio geral na sua vida e isso afetará seu desenvolvimento e rendimento escolar. FRIEDMANN (2006, p.68) afirma que;
A oportunidade de a criança expressar seus afetos e emoções através do brincar só é possível num ambiente e espaço que facilitem a expressão. A tarefa de criar essas condições, no entanto, é de professor.
Depois da necessidade de afeto, de ser aceita, nenhuma outra é tão intensa, na criança, como a necessidade do jogo. Através dele, desenvolvem-se a espontaneidade, a inteligência, a linguagem, a coordenação, o autocontrole, o prazer de realizar algo, a autoconfiança. O jogo pode ser um caminho interessante para a criança experimentar, organizar suas experiências, estruturar a inteligência para construir, aos poucos, a sua personalidade.
Essa pesquisa possibilitou observar, teoricamente, o quanto é (interessante) essencial valorizar os jogos e as brincadeiras na Educação Infantil para o desenvolvimento da criança como também para o professor realizar uma aula pedagogicamente rica e prazerosa.
O brinquedo sozinho é apenas mais um brinquedo, mas no momento que a criança é orientada e estimulada, esse brinquedo passa a ser uma ferramenta muito importante e séria na vida das mesmas. Através dos jogos e das brincadeiras, a criança tem a oportunidade não apenas de vivenciar as regras impostas, mas de transformá-las, recriá-las de acordo com as suas necessidades de interesse e, ainda, entendê-las. Não se trata de uma mera aceitação, mas de um processo de construção que se efetiva com a sua participação. Mais do que propor uma descontração, os jogos e as brincadeiras podem contribuir para a construção de conhecimento dos menores, desde que sejam utilizados em atividades lúdicas, prazerosas, com questionamento e sob orientação do professor. De modo que, com respeito, o professor possa acompanhar e avaliar as etapas do desenvolvimento intelectual da criança. Pode-se afirmar que o lúdico é um grande laboratório que merece toda atenção dos pais e educadores, pois é a partir dele que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas, praticadas com emoção, prazer e seriedade. Por meio do brinquedo e das brincadeiras ocorre a descoberta de si mesmo e do outro, portanto, aprende-se que é no brincar que a criança está livre para criar e é mediante a criatividade que o indivíduo descobre o seu eu. No entanto, pode-se afirmar, também, que é por meio das brincadeiras e dos jogos que se encontra uma das principais atividades físicas para a criança propiciando o seu desenvolvimento físico e intelectual. É jogando que a criança aprende a respeitar regras, limites, esperar a vez e aceitar resultados. A brincadeira e o jogo para a criança não são apenas um passa-tempo ou uma simples diversão, mas, um momento sério, pois esta aprende o que ninguém pode lhe ensinar descobrir o mundo e as pessoas que o cercam. Dessa maneira, a escola, centro do conhecimento, configura-se em um local adequado para essa aprendizagem, daí a necessidade das instituições de educação infantil inserir as brincadeiras e os jogos nas suas atividades pedagógicas, já que, assim, as crianças irão aprender e se desenvolver com maior prazer e significado.