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O imaginário e o adoecer, Notas de estudo de Administração Empresarial

Psicologia aplicada à Enfermagem

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 29/01/2010

helder-mira-4
helder-mira-4 🇧🇷

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Docente: Maria Elisa
Turma AN03
Faculdade Dom Pedro II
Faculdade Dom Pedro II
Bacharelado em
Bacharelado em
Enfermagem
Enfermagem
Componentes:
Ana Paula Magalhães
Carla Rodrigues do Nascimento
Cristiane de Andrade Oliveira
Helder Araujo Mota Mira
Luziane Oliveira Bonfim da Silva
Maiza Santana de Lima
Marivalda Batista Nascimento
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Docente: Maria Elisa Turma AN Faculdade Dom Pedro II Faculdade Dom Pedro II Bacharelado em Bacharelado em Enfermagem Enfermagem Componentes: Ana Paula Magalhães Carla Rodrigues do Nascimento Cristiane de Andrade Oliveira Helder Araujo Mota Mira Luziane Oliveira Bonfim da Silva Maiza Santana de Lima Marivalda Batista Nascimento

A crise põe em perigo o equilíbrio habitual ou a harmonia existencial de um sujeito, porque traz com ela uma revelação brutal: a precariedade de um status anterior. Moura Afirma que o paciente traz, com a sua doença, a sua história. A gravidade do quadro clínico, a incerteza do diagnostico e a imprevisibilidade da evolução do tratamento de encontro à estrutura psíquica de cada paciente e de seus familiares vão atualizar peculiarmente no hospital a vivência de “extremo desamparo” que é o destino humano.

É o caso de muitas pessoas que possuem soropositivividade, não apresentando nenhuma sintomatologia e que, entretanto, apos saberem dessa condição em decorrência de algum exame casual e rotineiro,entram num estado de pânico total e não só passam a apresentar sintomas decorrentes da descoberta,como perecem num período curto de tempo, assim como também ate mesmo ocorrência de outras doenças que embora não sendo letais trazem o espectro da morte pelo estigma de que são revestidos. Trazem sofrimento provocados pela conceituação criada do imaginário.

As condições emocionais é que determinarão uma parcela bastante significativa no processo de recuperação do paciente, não apenas no seu ímpeto de recuperação do processo de hospitalização em si, mas, principalmente, pela maneira como a doença foi configurada e sedimentada em seu imaginário. Cavallari ensina que estar contaminado pelo HIV não significa estar com a síndrome,o diagnóstico HIV equivale a uma sentença de morte independentemente de seu estágio e desenvolvimento.Com resultado positivo, sente-se doente,mesmo sem estar doente.

A representação de uma pessoa é criação do imaginário que elabora uma auto-imagem a partir de como eu mim percebo e de como percebo que o outro me percebe. A AIDS na realidade contemporânea, é exemplo maior dessa configuração. Silva descrevendo sobre AIDS como sendo a “doença do outro” aponta que a doença não dá margens a idealizações românticas, como a tuberculose de outrora ou mesmo sífilis.

O que significa o adoecer? “... é a ausência de saúde ou falta de condições orgânicas para o enfrentamento de manifestações contrárias ao organismo”. “... significa estar em contato com a possibilidade da doença; conviver com patologias que até então existiam apenas como meras possibilidades, sem chance efetiva de se tornarem realidade”. “O imaginário determina a própria maneira como algumas patologias, ao se manifestarem agem e determinam até mesmo em níveis organísmicos”. “A associação da morte a certas patologias implica ainda em uma configuração mais drástica, não apenas ao seu surgimento, como também da faticidade que se impõe a determinadas ocorrências”.

Antes da ciência do corpo – que implica relação com outrem - a experiência de minha carne como ganga de minha percepção ensinou-me que a percepção não nasce em qualquer, mas sempre emerge no recesso de um corpo. É a necessidade do estabelecimento de um relacionamento onde as coisas sejam fatos perceptíveis na realidade que possa ser alcançada em diversos níveis da consciência. Ribeiro a ponta que as novas drogas perseguem o agente infeccioso no corpo doente, tentando inibir sua reprodução (bacteriostase, ou destruí-lo com ação bactericida.)

Teorizar sobre a incidência emocional do câncer diante de um corpo totalmente quedado em ferida e dor diante de sua ocorrência; é buscar acoplamento teórico em possíveis manifestações psíquicas e se defrontar com o torpor medicamentoso provocado pela quimioterapia; é hipotetizar sobre desarvoros emocionais e se deparar com os efeitos aniquiladores de toda dignidade existencial provocado pela quimioterapia; é afirmar do relacionamento existente entre a depressão e o surgimento do câncer e enfrentar o olhar da mastetomizada diante do órgão mutilado; é buscar congruência entre as teorizações do psiquismo humano e encontrar o olhar do doente acuado e assustado diante da morte; é buscar compreensão no irreal do imaginário e desaguar na angustia humana diante da mutilação e da perspectiva do morrer espraiado em dor.

Muitos profissionais de saúde tratam seus pacientes como se fossem maquinas, objetos que através deles ganham o salário, não prestou os devidos cuidado, médicos passam a medicação e exames, mais não lhe dão a atenção devida. A psicologia surge falando da humanização, da necessidade de se escutar a dor do paciente de abranger a totalidade aos relacionamentos pessoais e familiares do paciente para uma compreensão mais abrangente da patologia que o acomete. A psicologia está mostrando a necessidade do olhar e do toque humano sobre o paciente.

Na maioria das vezes, às explicações que dependem única e exclusivamente de fé dogmática para se tornarem realidade. Doloso ataque à dignidade: Esse tipo de ataque determinou diferentes representações, dentre as quais ressaltaram aquelas em que os trabalhadores demonstram uma identificação com escravos ou animais. A imagem de escravo associa-se simultaneamente à perda de liberdade e ao sobretrabalho. “ Ser tratado como animal ”, expressão que estava correlacionada à vivência de desqualificação.