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Um trabalho monográfico sobre o papel dos professores na educação infantil no desenvolvimento e aplicação do desenho livre da criança. O texto aborda a história da educação infantil no brasil, o desenvolvimento do desenho infantil e sua importância na prática pedagógica. O autor relata sua experiência durante o estágio e a falta de espaço para o desenho livre na sala de aula, o que a motivou a escrever sobre o assunto. O documento inclui entrevistas com professores sobre suas práticas e conhecimentos sobre o desenho livre da criança.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me proporcionado chegar até aqui, apesar de todas as dificuldades, por ter me dado força e coragem para passar pelos obstáculos desses quatro anos de graduação, e a Nossa Senhora que sempre esteve intercedendo por mim. Agradeço especialmente e com todo o amor, aos meus pais Ana Maria e Alexandre, que me deram a base necessária, me ensinaram, apontaram o caminho certo, e fizeram de tudo por mim, com muito sacrifício para que eu concluísse com êxito mais essa etapa da minha vida. Aqui, também agradeço imensamente minhas irmãs Andreza e Alanis por sempre estarem do meu lado. Agradeço a minha família toda, avós, tios (as), primos (as), padrinhos, afilhada Maria Eduarda, em especial, minhas tias Cristiane, Eliane e Jane, pedagogas maravilhosas, que me incentivaram a seguir esta profissão e me ajudaram e vão me ajudar na minha carreira profissional. Ao meu namorado David, por está junto de mim nesta etapa importante que estou concluindo, me dando o apoio que preciso, estando sempre ao meu lado. As minhas amigas de vida, Caroline, Karoliny, Maria Thamara e Tatiana, ao Grupo Jovem Sinais e todos os seus componentes, que são meus amigos e irmãos de fé, em especial a minha amiga Déborah Gabriely que sempre me deu força e apoio, desde o início. A todos os colegas que tive o prazer de conviver na Universidade de Brasília, algumas amigas que levarei por toda a minha vida, Amanda Coelho, Camila, Samantha, Sarah, Midory e Sofia. Agradeço também, as pessoas que se disponibilizaram a participar da minha entrevista, minhas amigas de serviço, que me deram total apoio no período de estágio. A todos os professores da Faculdade de Educação, que passaram pela minha trajetória acadêmica, transmitindo conhecimentos e auxiliando em alguns desafios da profissão. Principalmente a Professora Drª Maria Fernanda Cavaton, que de maneira ilustre, me ensinou e despertou meu total interesse pelo desenho infantil.
Este trabalho monográfico tem por objetivo, analisar como e para que os professores da Educação Infantil trabalham o desenho livre da criança. Assim, coloco a importância do profissional da primeira etapa da educação básica ter o conhecimento sobre o desenho infantil e possibilitar a realização do desenho pela criança. Apresento também, as fases de desenvolvimento do desenho. Tive como base autores como Vigotski, Henri Luquet e Piaget. Para desenvolver este trabalho, a metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica e por fim, foi aplicado um questionário para professoras da Educação Infantil de uma escola particular, localizada na Ceilândia. O presente trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo trata de alguns aspectos históricos da Educação Infantil no Brasil, explicitando como esta surgiu e ganhou espaço no aspecto legal, tendo como base a Constituição, o Estatuto da criança e do adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e como está a educação infantil no DF, tendo como base o Currículo em Movimento. O segundo capítulo, refere-se ao desenho infantil, apresentando um breve histórico de como surgiu o interesse em estudar o desenho da criança, suas fases de desenvolvimento e a importância deste fazer parte da prática pedagógica do professor. E por fim, foi dialogado com alguns autores, as respostas de algumas professoras da Educação Infantil com relação ao desenho livre trabalhado em sala de aula. Para concluir essa pesquisa, apresento considerações finais, fazendo uma reflexão diante do tema estudado, e a partir das discussões teóricas, que o desenho infantil precisa ser mais estudado pelos professores da Educação Infantil, e ser incentivado em sala de aula, de maneira que a criança desenhe livremente e que nas atividades desenvolvidas, a criança possa usar a criatividade, desenhar e pintar conforme seu interesse e necessidade.
Palavras-chave: Desenho livre. Educação Infantil. Prática Pedagógica.
Meu nome é Amanda Cavalcante Soares, tenho 20 anos e estou concluindo o curso de Pedagogia. Entrei com dois anos e seis meses de idade na escola de educação infantil, Tic-Tac, que ficava no Recanto das Emas, e fiz neste estabelecimento de Ensino, maternal I e II e do Jardim I ao Jardim III. Eu amava essa escola, nunca chorei para ir e ficar nela. Não era uma escola grande, mas era um espaço muito aconchegante, organizado, e os professores eram ótimos, tanto no aspecto do ensino, quanto no trato com as pessoas. Nessa fase, eu me preocupava muito com os meus colegas, queria pegá-los no colo quando eles choravam, ajudá-los a irem ao banheiro, carregar o material, todos os dias queria ser a “ajudante do dia”. Minha mãe fala que desde pequena, tinha um jeito de professora. Depois fui para a Escola Classe 104, também no Recanto das Emas, mudei totalmente minha realidade, porque a minha transição da escola particular para a pública foi um pouco difícil, mas após um tempo, me adaptei. Nesta escola fiz a 1ª série e a professora notou que eu estava um pouco à frente da turma, e solicitou que me adiantassem. No ano seguinte, fiz a 2ª e a 3ª série em apenas um ano. Quando conclui essas séries, minha família mudou para Ceilândia, onde fiz a 4ª série na Escola Classe 17, com certo problema de adaptação, não conhecia ninguém, ambiente novo e as crianças se comportavam diferente, era outra realidade, mas consegui. Fiz da 5ª à 8ª série, na Escola Classe 30 de Ceilândia, sem problema nenhum, apesar de ser a mais nova da turma, em todos os anos, isso nunca me abalou ou me desanimou, minha mãe tinha um grande medo de eu não conseguir, mas eu sempre demonstrava o contrário para ela, e tirei o Ensino Fundamental “de letra”. Nessa época, cheguei a dar aula de reforço para os alunos que estavam com dificuldade em Português, assim como recebi aulas de reforço de Matemática, dadas por outros alunos da minha turma, porque números nunca foi o “meu forte”. Todos os anos que passei nessa escola foram de muito aprendizado, mas sempre achei o ensino muito fraco, muito fácil de passar e ser destaque da turma. Tanto que em todos os anos, no 3º bimestre, já estava aprovada em todas as matérias, era mérito meu? Sim, mas era algo fácil, não exigia muito esforço.
Onde eu moro, todos que concluem o Ensino Fundamental, são diretamente transferidos para o Centro de Ensino Médio 9 de Ceilândia, onde fiz o meu ensino médio. Um ótimo colégio, que possui vários Projetos de Pesquisa e Extensão, tem posições de destaque em Olimpíadas pelo Brasil e também, no exterior, número grande de alunos aprovados na UnB, aulões preparatórios, em turnos contrários aos de aula, com conteúdos focados no PAS^1 , Vestibular e Enem^2 , frutos de um bom trabalho realizado por um excelente diretor (José Gadelha), em colaboração dos ótimos professores. Quase reprovei o 1º ano, tive uma dificuldade muito grande em me adaptar ao ensino do Colégio que era mais “puxado”, exigia mais dos alunos e os professores eram dedicados. No 2º, tive mais cuidado, estudei um pouco mais, acho que com medo de quase reprovar, como havia acontecido no ano anterior, no 3º, não tive dificuldade para concluir de vez e acabar com a fase de escola. A partir dali, eu tinha a consciência de que minhas responsabilidades, cobranças, noites sem dormir, seriam muito maiores. Nunca quis entrar na UnB, mas a pressão em casa foi maior do que a minha vontade de me matricular numa faculdade particular. Como meu pai insistiu muito, decidi fazer a minha inscrição. O meu sonho sempre foi cursar Direito, mas pesquisei qual seria a nota necessária para passar e a concorrência pelo curso, optei por deixar esse sonho mais para frente. Foi então, que estava na casa de uma das minhas tias professoras, e ela pediu para que eu fizesse o Plano de Aula da semana toda para a turma dela, elaborei todos os planos, e a diretora do Colégio adorou e ficou interessada nos meus serviços, só que eu ainda nem estava na faculdade. Ao chegar em casa, minha tia sugeriu que eu marcasse Pedagogia na minha inscrição do PAS e Vestibular. Foi o que eu fiz e passei. Ao entrar na Universidade, foi um choque, sempre fui uma garota protegida pelos meus pais, pela minha família, em geral. Tanto que no primeiro dia de aula, meu pai me levou na faculdade. Conto isso para os outros rindo, mas eu tinha apenas 16 anos, nunca tinha entrado em um ônibus sozinha. Enfim, era tudo novo e o ambiente era diferente. Ao entrar para a Pedagogia, gostei das pessoas que entraram comigo, porém, não muito das disciplinas. Resolvi esperar pelo segundo semestre para ver se as matérias teriam mais relação com a educação, com o exercício de dar aula. Foi
(^1) Programa de Avaliação Seriada (^2) Exame Nacional do Ensino Médio
no meu local de trabalho, já estava lá há um ano e meio, conhecia as crianças, tinha certa intimidade elas. Essa fase talvez tenha sido a mais difícil, afinal, chegou o momento de mostrar serviço, de demonstrar tudo aquilo que estava aprendendo na universidade, realmente chegou a hora de “colocar a mão na massa”. Foi algo enriquecedor, aprendi muito, tive o apoio da professora regente do colégio, pude elaborar e exercer meus planos de aula, da forma que eu havia pensado. E tentei explorar ao máximo, o desenho livre dos alunos, colocar em prática aquilo que achava necessário e que precisaria mudar. Sem dúvida nenhuma, foi uma experiência que vai ficar para sempre na minha memória. No sétimo semestre, estava mais tranquila com relação a disciplinas, não tinha mais projetos, mesmo assim, não optei por escrever o TCC. Apenas pensei no tema, cursei cinco disciplinas e continuei no meu estágio. Gostei muito da disciplina Fundamentos da Linguagem Musical na Educação, aprendi bastante, e era uma aula criativa e nada cansativa. Não tive uma experiência muito boa nesse semestre por conta de outra disciplina que cursava terça a tarde, nunca vivi algo tão desagradável na faculdade de Educação. Fechei meu semestre com meus objetivos alcançados. Enfim, chegou o oitavo e último semestre, onde bate aquele desespero por conta do TCC, porém com aquela sensação de estar quase cumprindo aquilo que é um dos maiores sonhos. Resolvi sair do emprego para conciliar a monografia e as matérias que ainda estavam por cursar. A minha orientadora de inicio, era a Teresa Cristina, porém, por motivos de saúde, teve que se afastar da FE. E aquele medo tomou conta de mim, não sabia quem iria me orientar, quem iria se interessar pelo meu tema, foi então, que a professora Cristina Madeira Coelho aceitou o convite para ser minha orientadora e sou muito grata a ela. Além do TCC, estou cursando mais cinco disciplinas, sendo duas obrigatórias (Orientação Vocacional Profissional e Avaliação das Organizações Educativas). A disciplina que está ajudando muito a escrever a minha monografia, é a Seminário de Final de Curso, com a professora Juliana Crespo, o conteúdo e a metodologia da disciplina abordam os mínimos detalhes que devemos prestar atenção, desde normas da ABNT, até como se portar ao apresentar o trabalho. O tema já estava escolhido, eu estava decidida a escrever sobre a importância do desenho livre da criança, só era preciso organizar as ideias com a minha orientadora, para dar início a minha monografia.
“O ato de desenhar envolve a atividade criadora; é através de atividades criadoras que a criança desenvolve sua própria liberdade e iniciativa...”. (Lowernfeld, 1977 p.16)
Crianças em idade pré- escolar adoram desenhar. Onde houver situações e materiais que propiciam o desenho é uma alegria, e um despertar para a imaginação e criação. O desenho é uma das formas que a criança tem de expressar o que sente e pensa sobre si mesma e o mundo. Ao desenhar, a criança conta sua história, seus pensamentos, fantasias, sonhos, medos, alegrias, tristezas, ela age e interage com o meio. O professor é um dos responsáveis por despertar na criança a vontade de desenhar, porém nota-se que o desenho dentro de sala de aula é muito orientado pelo docente e deve seguir um padrão, onde a criança tem que desenhar do jeito que o professor pede, pintar da cor que todo mundo pinta, desenhar apenas o que está na história. E quando se fala de desenho livre, a criança desenha e se expressa do jeito que ela quer, podendo criar outros personagens em uma história contada. Pintar o sol da cor que sua imaginação permite. É temível que a partir do que os professores exigem e mostram como “desenhar e pintar certo”, as crianças passem a adotar esses modelos como estereótipos, em vez de produzir e criar os seus próprios desenhos (COX, 2010). Durante o meu período de estágio, percebi que o desenho livre da criança não existia dentro de sala de aula, todos os desenhos tinham que ser conforme a história e colorido conforme o livro de literatura infantil. E eu sempre notava que a criança queria inventar, queria contar outra história, queria desenhar outras coisas na folha e a professora não deixava, então despertou a vontade de estudar sobre como o desenho livre da criança é trabalhado em sala de aula, aumentou o meu interesse de escrever um trabalho focando nessa forma da criança se expressar. Este trabalho pretende mostrar como o professor da Educação Infantil está trabalhando o desenho livre da criança, se possuem material necessário, se conhecem o desenvolvimento do desenho, se no cotidiano das crianças, elas têm
Compreender como e para que professores da Educação Infantil trabalham o desenho livre da criança.
Objetivos Específicos:
1.1 Educação Infantil: Breve Histórico no Brasil
A educação infantil normalmente recebem crianças de zero até seis anos de idade. A maioria das atividades feitas nessa fase é relacionada ao lúdico e jogos, as crianças exercitam as capacidades motoras e cognitivas, fazem descobertas, brincam, desenham e têm contato com outras crianças. Deve ser levado em conta também que a educação infantil começa antes da criança entrar na escola, ela aprende algumas coisas em casa e em outros ambientes que propicia o desenvolvimento. Segundo Kuhlmann Jr.:
Pode-se falar de Educação Infantil em um sentido bastante amplo, envolvendo toda e qualquer forma de educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e na cultura em que viva. Mas há outro significado, mais preciso e limitado, consagrado na Constituição Federal de 1988, que se refere à modalidade específica das instituições educacionais para a criança pequena, de 0 a 6 anos de idade. Essas instituições surgem durante a primeira metade do século XIX, em vários países do continente europeu, como parte de uma série de iniciativas reguladoras da vida social, que envolvem a crescente industrialização e urbanização (1998, p.469).
A criança era vista como uma miniatura do adulto, e seu cuidado e educação eram feitos pela família em especial pela mãe. Com o passar dos anos, a criança foi vista com outros olhos, a atenção aumentou, as necessidades que elas tinham foram aos poucos sendo observadas e ouvidas, e assim, foram tomadas medidas para a melhoria dos direitos da criança. Andrade (2010), em seu livro sobre educação infantil, destaca importantes motivos que impulsionaram essas mudanças:
Historicamente, as concepções de infância, direitos das crianças e educação infantil foram modificando-se em decorrência das transformações econômicas, políticas, sociais e culturais ocorridas na sociedade, ocasionando a implantação de determinadas políticas públicas para a infância vinculadas às diferentes esferas de atuação governamental, como a assistência social, a saúde e a educação (p.22).
a exigir profissionais da educação infantil, ou seja, professores. Sobre o novo modelo de escola/ creche, Nascimento (1999), destaca:
Enquanto a LDB afirma o caráter escolar da creche, os documentos produzidos em órgãos de planejamento e execução política educacional enfatizam que é no binômio educar e cuidar que devem estar centradas as funções complementares e indissociáveis dessa instituição (1999, p.104).
Ao pensar a Educação Infantil de uma forma diferente, e pensar em mudanças, em um novo modelo, Kuhlmann Junior (1998), afirma que, “é neste contexto que a educação passou a ser vista como o oposto da assistência. Olhávamos para o cotidiano das creches e ali víamos – como ainda hoje podemos ver em muitas delas
1.2 A Educação Infantil em aspectos legais O tema das crianças de 0 a 6 anos e seus direitos, a política de educação infantil, as práticas com as crianças e as alternativas de formação vêm ocupando os debates educacionais e a ação de movimentos sociais no Brasil por mais de 20 anos. O reconhecimento deste direito afirmado na Constituição de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, está explícito nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e no Plano Nacional de Educação. Na Constituição Federal de 1988, a educação das crianças de 0 a 6 anos, reconhecida nos primeiros anos apenas como amparo e assistência, passou a figurar como direito do cidadão e dever do Estado, numa perspectiva educacional, em resposta aos movimentos sociais em defesa dos direitos das crianças. Nesse contexto, a proteção integral às crianças deve ser assegurada, com absoluta prioridade, pela família, pela sociedade e pelo poder público. A Constituição Federal considera a criança prioridade absoluta, sendo esta, um sujeito de direitos e por ser pessoa em desenvolvimento é imprescindível o atendimento na área educacional desde os primeiros anos de sua vida. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é lei federal (8. promulgada em julho de 1990), que trata sobre os direitos das crianças e adolescentes em todo o Brasil. O ECA tem por objetivo proteger integralmente a criança e o adolescente por meio de lei, que lhes possibilite todas as oportunidades e facilidades a fim de lhe permitir o desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral
e social em condições de liberdade e dignidade. Alguns pontos a serem destacados nesse Estatuto sobre os primeiros tópicos são:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; V- Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
O ECA traz também, a obrigação do Estado com a Educação, em destaque a educação básica, e a obrigatoriedade do atendimento em creches e pré-escolas ás crianças e o acesso gratuito as instituições públicas:
Art. 54. É dever de o Estado assegurar à criança e ao adolescente: V - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.
Em 1996, a Educação Infantil é reconhecida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), como a primeira etapa da Educação Básica. A mesma denomina a instituição educacional que atende crianças de 0 a 3 anos de creche, e a instituição que atende crianças de 4 a 5 anos de idade, de pré escola:
§ Art.29. A Educação Infantil é conceituada como a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico e social, complementando a ação da família e da comunidade. § Art. 30 A Educação Infantil será oferecida em creches para crianças de até três anos de idade e em pré- escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade.
Com a Lei 11.274, aprovada em 6 de Fevereiro de 2006, o Ensino Fundamental passa a ter duração de nove anos e não mais oito, com isso as crianças de seis anos de idade deverão, obrigatoriamente, entrar no ensino fundamental e não mais na pré escola. Foi alterada a redação dos artigos: 29, 30 e 32, da Lei 9.394: