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Este documento analisa a expansão econômica do brasil antes da crise global de 2008, enfatizando a importância do setor de commodities e investimentos estrangeiros. O texto também discute as falhas do governo em aproveitar esses bons tempos, como a falta de melhorias na infraestrutura e a política financeira extremamente austera. A crise atingiu o brasil, afetando a balança comercial, a competitividade e a pressão inflacionária. No final, o texto apresenta perspectivas atuais e possíveis medidas do governo para enfrentar a crise.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A economia do Brasil se encontrava em plena expansão! Os preços das “Commodities” estavam altos. Os investimentos estrangeiros idem. As demandas interna e externa se encontravam em um nível elevado. O Brasil crescia de forma mais lenta, porém mais consistente comparado aos outros países do BRIC ( 4 a 5 %).
No entanto o governo perdeu a chance de fazer o seu dever de casa nestes bons tempos: Apesar de muita propaganda, o PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) não avançou nas prometidas melhorias da infra-estrutura. Os gastos do governo aumentaram significativamente! A oferta de crédito era restrita e escassa. O empresariado sofria com o alto nível de impostos e poucos incentivos. Uma política financeira extremamente austera com uma das maiores taxas de juros do mundo.
Apesar disso tudo o Brasil avançava, mas já sofria com as conseqüências dessa política econômica O Real sobrevalorizado As importações aumentaram impactando na balança comercial A competitividade do país recuava Aumentava a pressão inflacionária.
AÍ COMEÇOU A CRISE
Como se sabe se trata de uma crise de crédito e de confiança que se iniciou nos EUA e se alastrou globalmente num primeiro momento entre os bancos, afetando mais tarde também a economia real.
Os bancos brasileiros foram os menos afetados. Porque isso?
A proporção do capital próprio sobre o capital emprestado é uma das mais altas mundialmente. Os bancos brasileiros não participaram da “festa” Sub-Prime. A regulamentação por parte do Banco Central sempre foi muito forte, exigindo por exemplo altos depósitos compulsórios de capital.
Mesmo assim houve muita especulação mal sucedida principalmente com o câmbio, e alguns bancos foram comprados (Unibanco, Banco Real)
Em seguida, no final de 2008 os preços das commodities caíram e as exportações diminuíram. A crise definitivamente atingia a economia real brasileira As más noticias se espalharam mundialmente.
Na contramão dessas más noticias, o câmbio se normalizou e a pressão inflacionaria diminuiu.
Além disso algumas medidas adotadas por parte do governo surtem efeitos positivos :
Diminuição da taxa básica de juros (e ainda tem chão); Diminuição do imposto de renda e IPI sobre veículos; Maior oferta de crédito pelo BNDES; Medidas de fomento à industria da construção; Os investimentos na infra-estrutura pelo PAC agora serão acelerados?
Os Investidores e os consumidores obviamente estão cautelosos Más noticias.
Quanto aos consumidores devemos diferenciar entre os de alta renda (mais cautelosos) e os de baixa renda, que ainda tem muito consumo represado, principalmente em alimentos, na chamada linha branca e nos medicamentos, (nem tanto cautelosos)
O primeiro semestre 2009 se mostra recessivo com muitas demissões, que ocorrem mais nos grandes centros e SP que no interior. No segundo semestre já se espera a retomada de crescimento. Economistas calculam um crescimento do PIB 2009 de zero a 2 %
Boas novas nos chegaram mais recentemente: => Os preços das Commodities começam a subir => A China recomeça a compra de aço => A Argentina perde boa parte da colheita de soja e trigo => O preço do açúcar e do café começa a subir.
O governo tem agora a chance de fazer o seu dever de casa :
Continuar baixando os juros sem correr o risco da inflação; Aumentar a oferta de crédito; Tomar medidas de fomento à economia – Infra-estrutura – Exportação – liberar impostos de alguns setores etc.; Diminuir os gastos públicos! Fazer a reforma tribátaria!
O Brasil obviamente depende da demanda Norte Americana, da China e da Europa e por isso vai ser afetado pela crise como todo o resto do mundo.
Contudo algumas vantagens competitivas podem nos levar a sentir um impacto menos forte dessa onda que está assustando todo o planeta:
O Brasil é um país de matérias-primas que exporta principalmente SOJA CARNE E MINÉRIOS. A demanda por esses bens provavelmente e comparativamente não diminuirá tanto quanto a demanda por bens industriais de alto valor agregado;
Uma sólida demanda interna que ainda tem muito a crescer;
Um povo acostumado a crises que pensa positivamente e aprendeu a se adaptar rapidamente.
Adrian von Treuenfels (tradução Cecilia v.T.) Fevereiro 2009