Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Crise Econômica no Brasil: Antecedentes e Impactos, Notas de estudo de Urbanismo

Este documento analisa a expansão econômica do brasil antes da crise global de 2008, enfatizando a importância do setor de commodities e investimentos estrangeiros. O texto também discute as falhas do governo em aproveitar esses bons tempos, como a falta de melhorias na infraestrutura e a política financeira extremamente austera. A crise atingiu o brasil, afetando a balança comercial, a competitividade e a pressão inflacionária. No final, o texto apresenta perspectivas atuais e possíveis medidas do governo para enfrentar a crise.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 30/01/2010

gilson-bergoc-3
gilson-bergoc-3 🇧🇷

2 documentos

1 / 2

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
O BRASIL E A CRISE
ANTES DA CRISE
A economia do Brasil se encontrava em plena expansão!
Os preços das “Commodities” estavam altos.
Os investimentos estrangeiros idem.
As demandas interna e externa se encontravam em um nível elevado.
O Brasil crescia de forma mais lenta, porém mais consistente comparado aos outros países do BRIC (
4 a 5 %) .
No entanto o governo perdeu a chance de fazer o seu dever de casa nestes bons tempos:
Apesar de muita propaganda, o PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) não avançou nas
prometidas melhorias da infra-estrutura.
Os gastos do governo aumentaram significativamente!
A oferta de crédito era restrita e escassa.
O empresariado sofria com o alto nível de impostos e poucos incentivos.
Uma política financeira extremamente austera com uma das maiores taxas de juros do mundo.
Apesar disso tudo o Brasil avançava, mas já sofria com as conseqüências dessa política econômica
O Real sobrevalorizado As importações aumentaram impactando na balança comercial A
competitividade do país recuava Aumentava a pressão inflacionária.
AÍ COMEÇOU A CRISE
Como se sabe se trata de uma crise de crédito e de confiança que se iniciou nos EUA e se alastrou
globalmente num primeiro momento entre os bancos, afetando mais tarde também a economia real.
Os bancos brasileiros foram os menos afetados.
Porque isso ?
A proporção do capital próprio sobre o capital emprestado é uma das mais altas mundialmente.
Os bancos brasileiros não participaram da “festa” Sub-Prime.
A regulamentação por parte do Banco Central sempre foi muito forte, exigindo por exemplo altos
depósitos compulsórios de capital.
Mesmo assim houve muita especulação mal sucedida principalmente com o câmbio, e alguns bancos
foram comprados (Unibanco, Banco Real)
Em seguida, no final de 2008 os preços das commodities caíram e as exportações diminuíram. A crise
definitivamente atingia a economia real brasileira As más noticias se espalharam mundialmente.
Na contramão dessas más noticias, o câmbio se normalizou e a pressão inflacionaria diminuiu.
Além disso algumas medidas adotadas por parte do governo surtem efeitos positivos :
Diminuição da taxa básica de juros (e ainda tem chão);
Diminuição do imposto de renda e IPI sobre veículos;
Maior oferta de crédito pelo BNDES;
Medidas de fomento à industria da construção;
Os investimentos na infra-estrutura pelo PAC agora serão acelerados?
PREVISÕES ATUAIS
Os Investidores e os consumidores obviamente estão cautelosos Más noticias.
pf2

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Crise Econômica no Brasil: Antecedentes e Impactos e outras Notas de estudo em PDF para Urbanismo, somente na Docsity!

O BRASIL E A CRISE

ANTES DA CRISE

A economia do Brasil se encontrava em plena expansão! Os preços das “Commodities” estavam altos. Os investimentos estrangeiros idem. As demandas interna e externa se encontravam em um nível elevado. O Brasil crescia de forma mais lenta, porém mais consistente comparado aos outros países do BRIC ( 4 a 5 %).

No entanto o governo perdeu a chance de fazer o seu dever de casa nestes bons tempos:  Apesar de muita propaganda, o PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) não avançou nas prometidas melhorias da infra-estrutura.  Os gastos do governo aumentaram significativamente!  A oferta de crédito era restrita e escassa.  O empresariado sofria com o alto nível de impostos e poucos incentivos.  Uma política financeira extremamente austera com uma das maiores taxas de juros do mundo.

Apesar disso tudo o Brasil avançava, mas já sofria com as conseqüências dessa política econômica  O Real sobrevalorizado  As importações aumentaram impactando na balança comercial  A competitividade do país recuava  Aumentava a pressão inflacionária.

AÍ COMEÇOU A CRISE

Como se sabe se trata de uma crise de crédito e de confiança que se iniciou nos EUA e se alastrou globalmente num primeiro momento entre os bancos, afetando mais tarde também a economia real.

Os bancos brasileiros foram os menos afetados. Porque isso?

 A proporção do capital próprio sobre o capital emprestado é uma das mais altas mundialmente.  Os bancos brasileiros não participaram da “festa” Sub-Prime.  A regulamentação por parte do Banco Central sempre foi muito forte, exigindo por exemplo altos depósitos compulsórios de capital.

Mesmo assim houve muita especulação mal sucedida principalmente com o câmbio, e alguns bancos foram comprados (Unibanco, Banco Real)

Em seguida, no final de 2008 os preços das commodities caíram e as exportações diminuíram. A crise definitivamente atingia a economia real brasileira  As más noticias se espalharam mundialmente.

Na contramão dessas más noticias, o câmbio se normalizou e a pressão inflacionaria diminuiu.

Além disso algumas medidas adotadas por parte do governo surtem efeitos positivos :

 Diminuição da taxa básica de juros (e ainda tem chão);  Diminuição do imposto de renda e IPI sobre veículos;  Maior oferta de crédito pelo BNDES;  Medidas de fomento à industria da construção;  Os investimentos na infra-estrutura pelo PAC agora serão acelerados?

PREVISÕES ATUAIS

Os Investidores e os consumidores obviamente estão cautelosos  Más noticias.

Quanto aos consumidores devemos diferenciar entre os de alta renda (mais cautelosos) e os de baixa renda, que ainda tem muito consumo represado, principalmente em alimentos, na chamada linha branca e nos medicamentos, (nem tanto cautelosos)

O primeiro semestre 2009 se mostra recessivo com muitas demissões, que ocorrem mais nos grandes centros e SP que no interior. No segundo semestre já se espera a retomada de crescimento. Economistas calculam um crescimento do PIB 2009 de zero a 2 %

Boas novas nos chegaram mais recentemente: => Os preços das Commodities começam a subir => A China recomeça a compra de aço => A Argentina perde boa parte da colheita de soja e trigo => O preço do açúcar e do café começa a subir.

O governo tem agora a chance de fazer o seu dever de casa :

 Continuar baixando os juros sem correr o risco da inflação;  Aumentar a oferta de crédito;  Tomar medidas de fomento à economia – Infra-estrutura – Exportação – liberar impostos de alguns setores etc.;  Diminuir os gastos públicos!  Fazer a reforma tribátaria!

O Brasil obviamente depende da demanda Norte Americana, da China e da Europa e por isso vai ser afetado pela crise como todo o resto do mundo.

Contudo algumas vantagens competitivas podem nos levar a sentir um impacto menos forte dessa onda que está assustando todo o planeta:

 O Brasil é um país de matérias-primas que exporta principalmente SOJA CARNE E MINÉRIOS. A demanda por esses bens provavelmente e comparativamente não diminuirá tanto quanto a demanda por bens industriais de alto valor agregado;

 Uma sólida demanda interna que ainda tem muito a crescer;

 Um povo acostumado a crises que pensa positivamente e aprendeu a se adaptar rapidamente.

Adrian von Treuenfels (tradução Cecilia v.T.) Fevereiro 2009