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A história, biologia e importância cultural da espécie de peixe chamada de 'ginga' ou 'sardinha-bandeira', que é um prato típico tradicional na cidade de natal, rio grande do norte. A autora rosimeire dantas descreve a origem da tradição, a localização e riqueza biológica do estuário do rio potengi, onde a sardinha é capturada, e as considerações finais sobre a importância socioambiental e econômica desse peixe na cultura local.
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
4.5
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Por Rosimeire Dantas
Introdução
Nos seus 410 km de costa, o Rio Grande do Norte é banhado pelo Oceano Atlântico, abrigando, dentre vários estuários, o do rio Potengi , que nasce nas imediações da Serra de Santana, situada a pouco mais de 700 metros de altitude. Cruzando a Caatinga, o Potengi percorre aproximadamente 176 km até sua chegada à Natal. Na margem direita está o rio Jundiaí, seu principal afluente, já na margem esquerda chegam os rios Camaragibe, Golandim e Doce, que, juntos, formam o complexo estuarino do Potengi, desaguando no mar entre os paralelos 05°52’00” e 05º41’57” de latitude Sul e os meridianos 35°19’16” e 35º08’24” de longitude Oeste. Na sua porção final o Potengi banha suavemente as areias da praia da bela Redinha, diga se de passagem , um dos melhores lugares para se apreciar a boa gastronomia potiguar.
Foto 01. Entrada do Estuário do Potengi pelo oceano Atlântico, R. Dantas.
História da Ginga
A Redinha é um lugar pitoresco, com identidade própria, bairro antigo de Natal com inúmeras tradições dentre elas, a arte na mesa dos apreciadores da Ginga com Tapioca, prato típico criado a mais de seis décadas pelos nativos, Dona Dalila do Nascimento e seu esposo, pais da Senhora Ivanize Januário Barbosa que mantém a tradição viva e afirma ter sido sua mãe, a pioneira no preparo da famosa ginga com tapioca, hoje considerada patrimônio imaterial do povo potiguar.
Biologia da Espécie
A Ginga como é popularmente conhecida, é capturada por redes de arrasto com malha fina específica para a pesca da espécie sardinha-bandeira, Opisthonema oglinum e demais espécies como Anchoviella lepidentostole que predominam na faixa litorânea do nordeste. A sardinha é encontrada em abundância na zona de influência direta da Boca da Barra, conforme ilustra a imagem abaixo (Foto 02). Esse trecho é bastante rico para alimentação das sardinhas por sua dinâmica marinha.
Foto 02. Zona de pescada da sardinha-bandeira( Opisthonema oglinum ), R. Dantas
Considerações Finais
A sardinha faz parte da cultura da pesca artesanal do Estuário do Rio Potengi, onde dezenas de famílias de pescadores artesanais dependem exclusivamente dessa pesca para sua sobrevivência e paralelamente há valores histórico-culturais envolvidos nessa arte. Se captura também a tainha ( Mugil cephalus ) nessa fase prematura nessa faixa do Rio.
Por fim, falar da “Ginga com tapioca” é falar de um grande patrimônio socioambiental com valor agregado a economia do Estado do Rio Grande do Norte. É o peixe frito com azeite de dendê, goma de mandioca fresca e molhada com coco que revela uma típica identidade do povo potiguar.