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Monografia Wanessa Enf 2010 - Normalizada, Notas de estudo de Enfermagem

Prevenção do HIV na Terceira Idade

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 29/11/2012

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wanessa-pereira-machado-9 🇧🇷

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Faculdade Guaraí – FAG
Wanessa Pereira Machado
PREVENÇÃO DO HIV NA TERCEIRA IDADE
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Faculdade Guaraí – FAG Wanessa Pereira Machado

PREVENÇÃO DO HIV NA TERCEIRA IDADE

Guaraí – TO

2010

Guaraí – TO

2010

Faculdade Guaraí - FAG Wanessa Pereira Machado

PREVENÇÃO DO HIV NA TERCEIRA IDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora da Faculdade Guaraí – FAG, como requisito parcial para obtenção de Grau de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação do Professor Mestre Júlio César Ibiapina Neres

Banca Examinadora

______________________________________________________________

Profª. Esp. Júlio César Ibiapina Neres Orientador - FUNDEG/FAG

______________________________________________________________

Profª. Esp. Christiane Brey Examinador (a) - FUNDEG/FAG

______________________________________________________________

Profª. Esp. Luciana Azevedo Roggiero Duarte Costa Examinador (a) - FUNDEG/FAG

“Dedico este trabalho aos meus pais Welio e Goreth, que sempre tiveram determinação e dedicação para me conceder a oportunidade de cursar uma Faculdade e acreditaram na minha capacidade. A vocês, o meu muito obrigada por tudo e por me conceder mais esta conquista!”

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus pelo dom da vida e por ter ajudado dando-me força de vontade, calma e paciência para concluir mais uma importante etapa da minha vida.

Agradeço à minha família, meu pai Welio, minha mãe Goreth e minha irmã Laena, que acreditaram em mim desde o começo desta caminhada, incentivando-me e principalmente me auxiliando com muito amor e carinho, tranquilizando os meus anseios e medos e incentivando-me a cada dia.

Ao meu orientador Júlio Ibiapina com todo o seu conhecimento e profissionalismo, pela sua dedicação e paciência. Muito obrigada!

Ao meu colega Reobbe Aguiar e minha irmã Laena que contribuíram para o meu trabalho quando precisei.

E por fim a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão deste trabalho.

“A fim de receberes direção de Deus, tens de ser capaz de dele, receber a correção.” (Heb. 12:5,6).

RESUMO

O objetivo deste estudo foi compreender por que o idoso é afastado das campanhas de prevenção ao HIV, expor as políticas públicas de prevenção desenvolvidas e aplicadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as ações desenvolvidas pela equipe de enfermagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com a temática Prevenção do HIV na Terceira Idade, para o levantamento bibliográfico foram utilizadas bases de dados nacionais e internacionais como revistas científicas, artigos científicos e sites de busca como o Scielo, Lilacs, Medline e dados do SINAN, que foram obtidos por meio de uma declaração solicitando os dados de AIDS em pessoas com idade a partir de 60 anos, no Estado do Tocantins, nos anos de 2007 a 2009. Através dos dados obtidos dos três anos subseqüentes, observa-se que no Estado do Tocantins, registrou-se 16 casos de AIDS na faixa etária igual ou superior a 60 anos de idade. A expansão da infecção pelo vírus da AIDS entre os idosos pode estar diretamente vinculada à falha nos esforços de prevenção para esse grupo da população. Portanto, frente à evolução da epidemia da AIDS na população da terceira idade, faz-se necessário a realização de medidas preventivas a fim de reduzir o número de casos de AIDS nessa população.

Palavras-chave: HIV/AIDS. Prevenção. Ações de Enfermagem.

LISTA DE GRÁFICOS

  • Gráfico 01: Investigação de AIDS em adulto no ano 2007.......................................
  • Gráfico 02: Investigação de AIDS adulto no ano 2008.............................................
  • Gráfico 03: Investigação de AIDS adulto 2009.........................................................
  • Gráfico 04: Investigação de AIDS adulto nos anos 2007, 2008 e 2009....................

LISTA DE SIGLAS

AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida.

DST - Doença Sexualmente Transmissível.

EUA - Estados Unidos da América.

HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IST - Infecção Sexualmente Transmissível.

OMS - Organização Mundial de Saúde.

PNDA - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

RN - Recém Nascido.

RNA - Ácido Ribonucléico.

SESAU - Secretária Estadual de Saúde.

SIDA - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

SINAN - Sistema Nacional de Informações de Agravos a Saúde.

SUS - Sistema Único de Saúde.

UBS - Unidade Básica de Saúde.

UDI - Usuário de Droga Injetável.

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, poucos assuntos têm despertado tanta atenção da sociedade (nacional e internacional) quanto à propagação da infecção pelo vírus HIV.

O HIV é uma sigla para a expressão em inglês que significa Vírus da Imunodeficiência Humana, é o agente viral causador da AIDS, constituí-se de RNA que é o (ácido ribonucléico) e pertencente à família Retroviridae (retrovírus). (DANTAS; et al., 2005, p. 144).

A síndrome da imunodeficiência adquirida, habitualmente conhecida como AIDS, identificada em meados do ano de 1981, nos EUA, devido a um número elevado de pacientes do sexo masculino e homossexuais, tornou-se um marco na história da humanidade. A epidemia da infecção pelo vírus representa um fenômeno planetário, dinâmico e instável. (BRITO; CASTILHOS; SWARCWALD, 2001, p. 207).

Nos meios de telecomunicações, o enfoque das campanhas de prevenção é dirigido aos adolescentes, porém é também na imprensa que estão as propagandas que prometem acabar com a impotência sexual. Os dados epidemiológicos são alarmantes.

Estima-se que 33 milhões de pessoas estavam infectadas por HIV no ano de 2007 e dois milhões morreram em consequência da infecção. No Brasil são 630 milhões de indivíduos contaminados, 190 mil óbitos até Dezembro de 2006. (FRANÇA, 2008, p. 5).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000 os idosos representavam 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos (8, 6%) da população total do País. Estima-se que nos próximos 20 anos, o número de idosos brasileiros poderá ultrapassar os 30 milhões, representando 13% da população. (IBGE, 2002).

A Política Nacional do Idoso foi estabelecida por meio da Lei n.º 8.842, de 04/11/94 e regulamentou-se através do Decreto n.º 1948, de 03/07/96, tendo como objetivo resguardar essa faixa etária da população. São organizadas algumas campanhas profiláticas direcionadas ao HIV, para os idosos, em execução ao Artigo 10 do capítulo IV, as quais visam a garantir ao idoso o cumprimento da assistência à

saúde nos distintos níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde, além de prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, através dos programas e medidas profiláticas. (BRASILEIRO; FREITAS, 2006, p. 149). A carência de campanhas dirigidas aos idosos para a prevenção de doenças sexualmente transmitidas (DSTs), aliada ao preconceito em relação ao uso de preservativos nessa população e a sua maior atividade sexual, expõe um segmento importante da população ao risco de contrair infecção pelo HIV.

Porém, é de suma importância destacar que os próprios idosos se consideram imunes ao vírus HIV. Raramente ou quase nada se fala sobre uma provável propagação da epidemia entre esse grupo da população. (PRILIP, 2004).

Sabe-se que essa patologia não tem cura, porém desde o surgimento da AIDS existem opções de medicamentos que controlam, melhoram e prolongam a vida dos indivíduos portadores do HIV. A AIDS talvez seja vista por muitos como a morte, horror e medo, e principalmente vergonha, pois é uma patologia que pode ser evitada.

A partir das informações disponibilizadas, decidiu-se estudar esse novo contexto, com o objetivo de descrever os motivos que levam os idosos a não serem inseridos nas campanhas de prevenção do HIV, relatando o impacto desta exclusão sobre os idosos, os fatores predisponentes para infecção, bem como adoção de políticas públicas de prevenção desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Portanto é importante esclarecer que a infecção pelo vírus HIV, ao contrário da sociedade, não discrimina e não escolhe sexo, cor, idade, nacionalidade ou cultura.

atinge apenas os jovens, atualmente a patologia está sendo registrada de forma espantosa entre os idosos. (MULLER, K.; MULLER, A.; BRAGA, 2008, p. 98). Souza e Leite (2008) citado por Lima (2010, p. 38), diz que devemos recordar que uma evolução nos números da população idosa infectada, está relacionada ao aumento da expectativa de vida desse grupo populacional.

As três últimas décadas nos permitiu assistir à progressão no aumento da Aids, que passou pelos homossexuais, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo. Dados recentes demonstram um crescimento da infecção pelo HIV em indivíduos acima de 60 anos. Observa-se que mais de 50% de acometimento de infecção pelo vírus HIV em idosos nos Estados Unidos e no Brasil, estão ligados à transmissão sexual, práticas homossexuais, bissexuais e heterossexuais. Dos acometimentos atribuídos, podemos mencionar a evolução dos fármacos relacionados aos transtornos sexuais e adesão às informações que favorecem um desempenho sexual mais ativo, incluem-se a isso a discriminação ligada ao uso dos preservativos e receio em obter os mesmos. (BELAUNDE; SAITO; MORAES, 2005, p. 16).

2.1 ENVELHECIMENTO

Devido à idade, algumas mudanças ocorrem no corpo, e são consideradas naturais da idade.

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, onde ocorrem alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que alteram progressivamente o organismo, este se torna mais apto às agressões intrínsecas e extrínsecas que levam o indivíduo à morte. (LYRA; JESUS, 2007, p. 24).

O envelhecimento pode ser entendido como um processo comum a todos os seres que depende e será influenciado por múltiplos fatores (biológicos, econômicos, psicológicos, sociais, culturais, entre outros) conferindo a cada um que envelhece características particulares. É um processo dinâmico e

progressivo no qual modificações tanto morfológicas como funcionais e bioquímicas podem interferir na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio social em que vive, tornando-o mais vulnerável aos agravos e doenças, comprometendo sua qualidade de saúde. (SOUZA; SKUBS; BRÊTAS, 2007, p. 263-264).

No Brasil, a Política Nacional do Idoso por meio da Lei 8.842/94, em seu artigo 2º ressalta que “se considera idosa, a pessoa maior de sessenta anos de idade” e o Estatuto do Idoso de acordo com a Lei 10.741/2003 em seu artigo 1º, afirma que “é instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.” (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).

2.2 HIV/AIDS

Em 1983 identificou-se o agente etiológico, denominado vírus da imunodeficiência humana, HIV1, anteriormente (LAV e ATLV-III). Em 1986 identificou- se o segundo agente etiológico, relacionado ao HIV1, denominado HIV2. Apesar de não se saber ao certo a origem do HIV1 e 2, tem-se conhecimento que uma grande família de retrovírus relacionado a eles encontra-se presente nos primatas não- humanos na África sub-Sahariana. Devido a estas informações, presume-se, que o HIV é de origem africana e de disseminação característica da sociedade contemporânea. (LIMA; et. al., 2006, p. 101).

O vírus da imunodeficiência humana (HIV – human immunodeficiency vírus ) não é responsável por si só pela maior parte das doenças e mortes associadas à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS – acquired immunodeficiency syndrome ). O HIV pode danificar diretamente os órgãos; mas progressivamente diminuindo as defesas do organismo, o vírus também propicia o desenvolvimento de doenças oportunistas (invasões de microorganismos que proliferam abundantemente somente porque o sistema imunológico se encontra danificado). Tais infecções, que raramente causam doenças em pessoas com o sistema imunológico intacto, podem