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Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 21/04/2014
4.3
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Dilontino Amido Nacotho
O Papel da Actividade Experimental no Ensino de Química caso: Escola Secundária de Nampula, 8ª Classe, em 2013
Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Gestão de Laboratório
Universidade Pedagógica Nampula 2014
Dilontino Amido Nacotho
O Papel da Actividade Experimental no Ensino de Química caso: Escola Secundária de Nampula, 8ª Classe, em 2013
Universidade Pedagógica Nampula 2014
Monografia Científica apresentada ao Departamento de Ciências Naturais e Matemática, Delegação da Nampula, para a obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Gestão de Laboratórios. Supervisor: dr. Adélio Joaquim Cônsula
i
Lista de tabelas e gráficos
Tabelas
Gráficos
iv
Tabela 1: Existência de Laboratório de Química na Escola Secundária de Nampula………….
Tabela 2: Importância do Laboratório de Química para as aulas experimentais…………………
Tabela 3: Actividades experimentais em sala de aula com materiais de fácil acesso……………
Tabela 4: Formação dos professores em técnicas laboratoriais………………………………. 28
Tabela 5: Razões que levam a não realização de experiências químicas………………………
Tabela 6: Papel da experimentação na mediação de aulas……………………………………...
Tabela 7: Mediação das aulas sem o recurso a experiências……………………………………
Tabela 8: Resultados globais do pré-teste e pós-teste aplicados aos alunos da Turma de controlo e experimental…………………………………………………………………………………….
Gráfico 1: Distribuição percentual das respostas da pergunta 1 a) do pré-teste e pós-teste…
Gráfico 2: Distribuição percentual das respostas da pergunta1 b) do pré-teste e pós-teste….
Gráfico 3: Distribuição percentual das respostas da pergunta2 a) do pré-teste e pós-teste….
Gráfico 4: Distribuição percentual das respostas da pergunta 3 a) do pré-teste e pós-teste…
Gráfico 5: Distribuição percentual das respostas da pergunta 3 b) do pré-teste e pós-teste…
Gráfico 6: Distribuição percentual global dos resultados do pré-teste e pós-teste……………
Declaração
Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico.
Nampula 08 de Abril de 2014
Dilontino Amido Nacotho
vi
Dedicatória
Dedico este trabalho à Esmeralda Estêvão Berta, minha esposa.
À Helton e Estêvão, meus filhos.
Ao Amido Nacotho e Filomena Tomás, meus pais que aqui os eternizo.
Ao António, Julieta, Francisco, Afito, Tomás e Joaquina, meus irmãos.
À Matilde, Joaquim, Paulo e Colutua, meus tios.
Ao Estêvão Artur Berta e Felismina António Berta, meus sogros.
vii
Resumo O presente trabalho tem como tema o Papel da Actividade Experimental no Ensino de Química cujo objectivo é analisar as causas da não realização das actividades experimentais no ensino de química. A presente pesquisa, teve como ponto de partida as dificuldades dos alunos na interpretação dos fenómenos físicos e químicas durante a realização das experiências químicas sobre a manifestação de um fenómeno físico e de um fenómeno químico (reacção química) da unidade temática III: Estrutura da matéria e reacções químicas, na 8ª classe. A metodologia foi desenvolvida por meio de uma pesquisa com carácter qualitativo utilizando-se como instrumento de colecta de dados o questionário aplicado a 5 professores em exercício e testes aplicados a duas turmas da 8ª classe da Escola Secundária de Nampula. Os resultados da pesquisa mostram que as dificuldades de aprendizagem da química pelos alunos estão relacionadas com a ausência de actividades experimentais motivadas pela fraca formação em técnicas laboratoriais e a falta de criactividade por parte do professor no uso de material de fácil acesso e localmente disponível.
Palavras – chave : Actividade, Experiência, Ensino, Aprendizagem, Química.
ix
A actividade experimental no ensino de química é um tema que cria conversas, provoca “discussões” sobre o seu papel. Tanto aos alunos como os professores ou educadores, políticos, pais ou cidadãos em geral, manifestam alguma preocupação em relação o grau de dificuldade que os alunos enfrentam na aprendizagem dos conteúdos de química.
Mostrar a importância de utilização de situações relacionadas com o quotidiano pode despertar interesse do aluno para buscar respostas das questões relacionadas com a transformação das substâncias à sua volta. Entretanto, nos últimos anos, o ensino de química tem-se traduzido na transmissão de informações, definições de leis isoladas sem qualquer relação com a vida do aluno, exigindo a memorização sem estabelecer relação entre o conhecimento e a prática. Não havendo uma articulação entre a teoria e a prática os conteúdos não serão muito relevantes à formação do indivíduo.
Com esta nobre preocupação para o ensino-aprendizagem significativa da química e com vista a redução das dificuldades da sua compreensão surge a necessidade de estudar o papel que desempenha a actividade experimental, no ensino-aprendizagem da química, levando acabo este trabalho que tem como tema: “O Papel da Actividade Experimental no Ensino de Química caso: Escola Secundária de Nampula, 8ª Classe, em 2013”.
Em termos de estrutura, o trabalho está dividido em cinco capítulos. No primeiro capítulo, apresenta-se a introdução, onde insere-se o tema, a formulação do problema, a justificativa, as hipóteses da pesquisa, os objectivos da pesquisa.
No segundo capítulo, apresenta-se as diferentes abordagens já existentes sobre o tema.
No terceiro capítulo, apresenta-se a metodologia usada e a delimitação do estudo.
No quarto capítulo, apresenta-se e analisam-se os dados que completam esta pesquisa, nomeadamente; o questionário, o pré-teste e o pós-teste dirigido ao grupo-alvo deste estudo.
Por último, no quinto capítulo, apresentam-se os resultados da pesquisa e sugestões.
1.2. Problematização
O problema desta pesquisa é uma situação sentida na Escola Secundária de Nampula, na qual, durante as actividades de leccionação de aulas, no âmbito de Estágio Pedagógico de Química constatou-se que os alunos da 8ª classe, turma 8, curso diurno, enfrentam dificuldades na interpretação dos fenómenos físicos e químicas durante a realização das experiências químicas. Perante este fenómeno formulou-se a seguinte pergunta de partida: Quais são as causas de não realização das actividades experimentais no ensino de Química, na Escola Secundária de Nampula?
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo geral
Analisar as causas da não realização das actividades experimentais no ensino de química.
1.3.2. Objectivos específicos
Identificar as causas da não realização das actividades experimentais; Descrever as regras a seguir durante a realização de experiências; Propor estratégias que possam facilitar a realização de experiências nas aulas de química.
1.4. Hipóteses
Falta de laboratório de Química na escola influencia a não realização da actividade experimental; Fraca formação em técnicas laboratoriais, por parte do professor, pode levar a não realização de experiências; Falta de criactividade por parte do professor no uso de material de fácil acesso e localmente disponível faz com que não realizem experiências químicas.
Neste capítulo apresentam-se os pressupostos teóricos dos termos ligados ao tema em abordagem. Para isso, importa dizer que a monografia irá debruçar-se sobre “O Papel da Actividade Experimental no Ensino de Química”. Neste contexto, fez-se uma breve revisão teórica que alguns autores tanto apresentam sobre o tema em estudo, nomeadamente: GONÇALVES (2005), SCHWAHN e OAIGEN (2009), CAMUENDO (2006), VALADARES e PEREIRA (1991), ALMEIDA et al ( 2001), MENDES (2012), BARROS et al ( 2004) e mais outros estudiosos merecem referência neste estudo, dada a sua contribuição e a convergência das suas posições para a percepção dos reais motivos do recurso ou não da actividade experimental, por parte do professor como caminho ideal para a superação das dificuldades da aprendizagem da ciência química pelos alunos.
2.1. O conceito de experiência
A experiência química é uma actividade prática de grande importância pedagógica no processo de construção de conhecimentos. Na utilização do termo experiência, torna-se difícil encontrar o denominador comum da sua identidade semântica. A bibliografia apresenta várias maneiras de definir o conceito experiência.
NEVES (1998:20) define o termo experiência, em duas aproximações, etimológica e filosófica. Na aproximação etimológica, o conceito experiência provém do vocábulo latino “experientia” que, por sua vez, deriva do verbo “experir”, cujo significado é ensaiar, testar, experimentar, submeter à prova.
Na aproximação filosófica, o termo conhece também muitos usos. Por experiência, entende-se o conjunto das percepções e da recapitulação das recordações homogéneas que resultam num determinado saber. “ A experiência provém da capacidade de conservar na memória o que se aprende, da lembrança repetida de um mesmo objecto e da actividade ou prática” (Ibid:21).
Segundo ROSITO (2000), a experimentação é essencial para um bom ensino de ciências e aprendizagem científica dos alunos .” O uso de actividades práticas permite maior interacção entre o professor e os alunos, proporcionando a oportunidade de uma planificação conjunta e o uso de estratégias de ensino que podem levar a melhor compreensão dos processos das ciências.
SZIBURIES (1986:41), classifica as experiências no sentido didáctico em: “ experiências de demonstração, realizadas pelo professor e pelos alunos; experiências dos alunos no laboratório, realizadas individualmente ou grupo; experiências de preparação, de apresentação da matéria nova; experiências de trabalho do conteúdo; experiências de consolidação; experiências de controlo e avaliação.”
De acordo com VALADARES e PEREIRA (1991:183), há três tipos de actividades experimentais nas aulas de química:
“experiências efectuadas pelo professor, intercaladas em aulas teóricas mais ou menos expositivas; experiências efectuadas pelos alunos, em equipas mais ou menos extensas, exclusivamente dedicadas a experimentação (aulas práticas); experiências efectuadas pelos alunos sob orientação do professor em aulas teórico-práticas (aulas teórico-práticas.) ”.
2.4. Regras para a realização de experiências no ensino de Química
2.4.1. Regras para a realização de experiências do aluno CAMUENDO (2006:83) e SZIBURIES (1986:45) afirmam que existem factores que devem ser tomados em consideração para utilizar o experimento:
as experiências devem ser fáceis de realizar para facilitar o manuseio dos aparelhos por parte do aluno; devem ser utilizadas quantidades pequenas de substâncias para evitar o perigo e também deve-se evitar a utilização de substâncias venenosas e facilmente explosivas.
2.4.2. Regras para a realização de experiências de demonstração feita pelo professor Para que uma demonstração seja feita é necessário prepará-la com antecedência para que na altura da sua execução seja realizada da melhor forma possível. Neste sentido, o professor utiliza aparelhos que possuem um tamanho aceitável que dê o efeito de demonstração; o arranjo dos aparelhos e instrumentos tem de ser distinto a fim de que todos alunos possam acompanhar de perto o decorrer da experiência; os tubos de interligação devem curtos e a corrente dos produtos químicos da reacção deve ser conduzida da esquerda para direita, tal e qual, como se escreve no quadro preto (SZIBURIES; 1986:45).
2.5. Conceito de laboratório
A palavra laboratório foi adaptada do francês laboratoire que designa lugar onde são realizadas experiências. O elemento de composição desta palavra é o prefixo labor – cujo significado é realizar a custa de esforço ou trabalho, trabalhar com cuidado. É também derivada do latim científico laboratorium, cujo significado é local de trabalho, onde a actividade laboratorial implica não somente em fazer com as mãos, sentir e experimentar, mas, também, está relacionada à análise criteriosa e à articulação da teoria com a prática. (SCHWAHN e OAIGEN, 2009:4).
Segundo JUNIOR et al (2009), o laboratório de química
“é o lugar privilegiado para a realização de experimentos, possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda local especial para manipulação das substâncias tóxicas (a capela), que dispõe de sistema próprio de exaustão de gases. O laboratório é um local onde há um grande número de equipamentos e reagentes que possuem os mais variados níveis de toxidez e, portanto, é um local bastante vulnerável a acidentes”.
2.6. Tipos de Laboratórios didácticos
FILHO (1999) citado por (SCHWAHN e OAIGEN, 2009:12) apresenta e comenta as diferentes maneiras que o laboratório didáctico é concebido e seus possíveis enfoques ou abordagens. Para este autor “a diferença está relacionada às características organizacionais diferenciadas e por apresentarem procedimentos característicos com cada enfoque dado, onde temos: Laboratório de Demonstração, Laboratório Tradicional ou Convencional, Laboratório de Projectos, entre outros”.
2.6.1. Laboratório de Demonstração
Para FILHO (1999) “o Laboratório de Demonstração é aquele em que o professor actua de modo activo, realizando o experimento e os resultados obtidos são de sua inteira responsabilidade”.
No entanto, FERREIRA (1978) acredita que “este tipo de experiência que faz uso apenas da demonstração, seja mais motivadora para aqueles que as realizam (professores) do que para os observadores (alunos).”
2.7.2. Trabalho Laboratorial
HODSON (1988) Apud ALMEIDA, et al (2001:14), “ o trabalho laboratorial inclui actividades que requerem a utilização de materiais de laboratório, mais ou menos convencionais, e que podem ser realizadas num laboratório ou mesmo numa sala de aula normal, desde que não sejam necessárias condições especiais, nomeadamente de segurança, para a realização das actividades.”
O facto de o trabalho laboratorial poder permitir alcançar objectivos daquela diversidade de domínios não significa que o consiga (pelo menos de igual forma) na prática, pois essa consecução depende do modo como é implementado. Assim, diversos autores (como WELLINGTON, 1998 e HODSON, 2000) assinalam que o papel motivador do trabalho laboratorial não pode ser assumido como um dado adquirido, argumentando como principal causa o facto de o trabalho laboratorial realizado ser o que interessa ao professor e não necessariamente ao aluno.
2.7.3. Trabalho de Campo
O trabalho de campo é realizado ao ar livre, onde, geralmente, os acontecimentos ocorrem naturalmente. (PEDRINACI, SEQUEIROS & GARCIA, 1992) Apud (ALMEIDA, et al 2001:14).
2.7.4. Trabalho experimental
Determinadas actividades são inadequadamente consideradas TE, quando na realidade não o são. A realização de experiências não corresponde sempre à realização de trabalho experimental (ALMEIDA, et al ; 2001:14).
Para LEITE (2001), “ trabalho experimental inclui actividades que envolvem controlo e manipulação de variáveis. Assim, apenas as experiências que cumpram com este critério são consideradas TE.”
Segundo FONSECA, (2001), “o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois, só assim, elas terão papel importante no desenvolvimento cognitivo.”
2.7.5. Distinção entre Trabalho Laboratorial e Trabalho de Campo de outros Trabalhos Práticos
O critério que distingue TL e TC de outros TP corresponde ao local de realização das actividades e o critério que permite distinguir o TE de trabalho não experimental centra-se na metodologia utilizada, especificamente nos aspectos referentes ao controlo e manipulação de variáveis independentemente do local onde ocorrem, pelo que pode ser laboratorial, de campo ou de um outro tipo de actividade prática desde que se reúna aquele requisito (Ibid:14).
2.8. A experimentação e o seu papel fundamental no ensino
De acordo com VALADARS e PEREIRA (1991:182):
“a experimentação desempenha um papel fundamental não só na investigação, como também no ensino das ciências químicas. A importância da experimentação é ainda maior ao nível elementar, quando o aluno não está ainda em condições de assimilar processos dedutivos baseados em cálculos matemáticos. Para além disso, a experimentação contribui enormemente para que sejam alcançados objectivos de elevado valor, em todos campos (cognitivo, afectivo e psicomotor) ”: Proporcionar base concreta e sólida à ciência adquirida; Melhorar a compreensão dos conceitos químicos; Desenvolver o espírito de observação crítica de um modo sistemático; Fomentar o espírito de iniciativa e criactividade; Adquirir maior destreza manual e técnica de medição e manuseamento de material; Melhorar a capacidade de análise de dados e de interpretação de resultados; Desenvolver a auto-confiança e autonomia; Desenvolver o poder indutivo; Fomentar o espírito de colaboração e de integração em trabalho de equipa; Proporcionar uma atitude de respeito pelos colegas.
Para CAMUENDO (2006:81), no ensino de Química,
“o método experimental é um dos principais métodos que permite o desenvolvimento do aprendiz no domínio de saber e saber fazer. Durante a realização da experiência, há uma unidade de actividades manuais e mentais onde se criam e se desenvolvem capacidades, habilidades e pensamentos e as experiências visam: aumentar a motivação do aluno para a actividade escolar; Estimular a curiosidade e o interesse dos alunos; desenvolver habilidades manuais conjuntamente com os conhecimentos sobre a estrutura e a função