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Monitoração Hemodinâmica
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 25/04/2014
4.4
(172)415 documentos
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Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.
Apresentação
No curso de monitorização hemodinâmica, nosso foco será a monitorização dos estados hemodinâmicos apresentados pelo paciente, sendo que estes estados podem ser obtidos de forma não invasiva ou invasiva. A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo para fazer prognóstico com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis complicações do estado hemodinâmico do paciente e intervir em tempo hábil com terapia adequada, prevenindo maiores complicações. Abordaremos, inicialmente, a monitorização hemodinâmica não invasiva, descrevendo os conceitos, aplicações clínicas e cuidados de enfermagem. Em seguida, abordaremos a monitorização hemodinâmica invasiva, apresentando um módulo especialmente para cateter de Swan Ganz e outro para monitorização invasiva neurológica. Em todos os módulos encontram-se descritos os conceitos, indicações, complicações e cuidados de enfermagem.
“Monitorar significa prevenir, avisar, avaliar e agir, visando à medição frequente e repetida das variáveis fisiológicas” (Ribeiro, 2003).
Objetivo
O objetivo do curso de monitorização hemodinâmica é capacitar a equipe de enfermagem para o desempenho eficaz dos cuidados de enfermagem, auxiliando a equipe médica no tratamento do paciente e atendendo prontamente as possíveis complicações.
Monitorização Hemodinâmica não invasiva (SINAIS vitais)
Apresentação
Neste módulo, analisaremos as variáveis fisiológicas comumente monitorizadas pelo método não invasivo: pressão arterial não invasiva, frequência cardíaca, temperatura, frequência respiratória, oximetria de pulso. Estes muito conhecidos por sinais vitais. A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas unidades de cuidados críticos e centro cirúrgico. O objetivo principal de utilizar a técnica não invasiva é reduzir as complicações associadas às técnicas de monitorização hemodinâmica invasiva. A escolha do sistema de monitorização hemodinâmica não invasiva dá-se por ser uma técnica menos invasiva, com facilidade no manuseio, de menor custo e que em estados clínicos duvidosos pode ser confirmada por exames complementares. Assim, asseguramos ao paciente a uma monitorização eficaz, menos invasiva, prevenindo até mesmo uma infecção. Por fim, abordaremos as definições de cada tipo de monitorização, a aplicação clínica e os cuidados de enfermagem.
Quando aferimos a pressão arterial encontramos duas pressões: sistólica e diastólica. A pressão arterial sistólica é a pressão correspondente ao final da sístole, determinada pelo volume sistólico ventricular esquerdo, pela velocidade de ejeção do sangue e elasticidade da parede aórtica. O valor normal da pressão arterial sistólica é de 90 a 130 mmHg (RIBEIRO, 2003). A pressão arterial diastólica corresponde ao relaxamento do ventrículo. Ela se estabelece pela resistência periférica e pela frequência cardíaca. O valor normal da pressão arterial diastólica é de 60 a 90 mmHg (RIBEIRO, 2003). A pressão arterial não invasiva pode ser mensurada de duas formas: pelo método auscultatório e pelo método automatizado. Vamos exemplificar cada um deles.
Método auscultatório
É o método mais comumente utilizado para mensuração da pressão arterial. Para sua realização é necessário um esfignomanômetro e um estetoscópio.
Figura 2. Esfignomanômetro (adaptado de arquivo pessoal).
O manguito é enrolado em volta da parte superior do braço e inflado por uma pera. A pressão no manguito é aumentada até que o pulso radial desapareça (Figura 2). O estetoscópio será colocado na área onde melhor se sente a artéria braquial antes de ser ocluída. A partir daí, começa-se a desinsuflar o manguito, e quando o sangue surgir na artéria, as pulsações passarão a ser ouvidas. Neste momento, o manômetro deverá ser observado com atenção e a leitura feita ao se ouvir o primeiro som, o qual corresponde à pressão sistólica. Continuando a desinsuflar, os sons continuam a ser ouvidos; o momento em que os sons se tornam menos intensos, abafados, desaparecendo logo a seguir, corresponde à pressão diastólica. A medida da pressão arterial por este método baseia-se na obstrução parcial do fluxo sanguíneo pelo manguito, que produz vibrações e sons de baixa frequência (sons de Korotkoff). Na figura a seguir apresenta-se uma ilustração com o fundamento da técnica auscultatória de Korotkoff.
Na tabela a seguir observam-se as principais vantagens e desvantagens deste método.
Tabela 1. Vantagens e desvantagens do método não invasivo auscultatório Vantagens (^) • Equipamento mínimo.
O tamanho do manguito e a posição deste no membro podem interferir na exatidão da medida. Conforme Ribeiro (2003), manguitos muito largos tendem a subestimar os valores de pressão arterial e manguitos pequenos podem fornecer medidas superiores ao valor real. A largura ideal de um manguito apropriado deve ser igual a dois terços da circunferência do membro no qual o mesmo é posicionado. Na tabela a seguir encontram- se tamanhos adequados de manguito por faixa etária.
Tabela 2. Tamanho do manguito de acordo com a faixa etária Faixa etária Circunferência do braço (cm)
Tamanho do manguito (cm) Recém-nascidos 6-11 2,5 x 5 Crianças pequenas 10-19 6 x 12 Crianças maiores 18-26 9 x 18 Adultos 25-35 12 x 23 Adultos com braços grandes 33-47 15 x 33 Obesos 46-66 18 x 36
É possível encontrar algumas divergências na mensuração da pressão arterial pelo método auscultatório. Na tabela a seguir apresentam-se as principais intercorrências na mensuração da pressão arterial pelo método auscultatório.
Tabela 3. Intercorrências na mensuração da pressão arterial pelo método auscultatório Problema Causa Falsa leitura para cima (^) • Manguito muito pequeno.
Na tabela a seguir observam-se as principais vantagens e desvantagens deste método.
Tabela 4. Vantagens e desvantagens do método não invasivo auscultatório Vantagens (^) • Elimina a variação do examinador.
Em ambos os métodos de aferição da pressão arterial a alteração da pressão arterial pode levar ao paciente algumas complicações, tais como:
Cuidados de Enfermagem
9 Utilizar manguito de pressão arterial adequado conforme circunferência do membro do paciente, permitindo um valor exato na pressão arterial. 9 Evitar a superinsuflação (insuflação exagerada), evitando o garroteamento do membro do paciente. 9 Ao obter uma pressão inaudível com o método auscultatório, solicitar que outro colega faça a mensuração da pressão arterial, confirmando a pressão arterial. Também se deve estar atento à campânula do estetoscópio, que pode estar com defeito, e com isso não permitir a ausculta dos sons de Korotkoff. 9 Em pacientes com a patologia de coartação de aorta, geralmente se verifica a pressão em todos os membros anotando todos os valores com sua respectiva identificação (estes pacientes possuem irregularidade vascular em função do estreitamente da artéria aorta, diminuindo o fluxo em membros inferiores e aumentando em membros superiores, tornando necessário ao médico a mensuração de todos os membros para tratamento adequado da pressão arterial). 9 Em pacientes com monitorização de pressão por método automatizado, deve- se estar atento à programação do aparelho, pois pacientes instáveis com uso de drogas vasoativas necessitam de mensuração da pressão arterial a cada cinco minutos, já pacientes mais estáveis necessitam de mensuração da pressão arterial a cada quinze minutos. Pacientes estáveis sem uso de drogas vasoativas podem ter mensurada a pressão arterial a cada 60 minutos. 9 É fundamental o rodízio do manguito de pressão arterial por método automatizado. Devendo este ser realizado a cada quatro horas, evitando o garroteamento do membro. 9 Deve-se também estar atento à desconexão do equipamento, ou afrouxamento do manguito no membro do paciente. Verificações errôneas no método automatizado podem comprometer o tratamento do paciente. 9 Ao encontrar alterações repentinas no valor mensurado, fazer uma certificação desta medição, repetindo o processo. Em alguns casos há um erro do equipamento.
Ao se examinar o pulso, é importante, além da frequência e ritmo, estar atento à forma de onda do pulso e a característica do próprio vaso. Observe na tabela abaixo, uma análise do pulso e as possíveis alterações encontradas.
Tabela 5. Exame do pulso radial e alteração com possível diagnóstico
Acima de 100 bat/min.
Frequência^ estar.
Abaixo de 50 bat/min.
Ritmo
Forma Elevação abrupta e queda súbita (“pulso em martelo d’água”).
Característica do vaso Obstruído.^
Cuidados de Enfermagem
9 A verificação do pulso deve ser realizada apenas pelo dedo indicador e médio, não encostando o seu polegar no braço do paciente, pois o polegar é o único dedo que possui pulso, e isso pode interferir na contagem da frequência de pulso do paciente. 9 Também não se deve apertar demais o braço do paciente, esta ação pode causar o garroteamento da artéria radial e ulnar, diminuindo o fluxo sanguíneo no local e permitindo a contagem errônea. 9 Em casos de PCR, ou instabilidade do quadro do paciente o pulso de escolha para verificação da frequência é o pulso carotídeo. 9 Deve-se estar atento a pacientes com irregularidade vascular, pois o pulso será diminuído e pode confundir a contagem da frequência de pulso. 9 Em pacientes com arritmia a verificação da frequência cardíaca deve ser realizada por meio da ausculta cardíaca por um minuto, uma vez que, algumas arritmias produzem valor de pulso irregular e consequentemente a mensuração da frequência cárdica pelo pulso pode gerar um valor errôneo. 9 Ao encontrar valores alterados deve-se comunicar imediatamente ao médico e/ou a enfermeira, prevenindo possíveis complicações.
Em média, considera-se a temperatura oral normal de 37ºC, sendo a temperatura axilar 0,6º mais baixa e a temperatura retal 0,6º mais alta. Alterações na temperatura são denominadas:
Cuidados de Enfermagem
9 O termômetro digital deverá ser higienizado com álcool a 70% a cada uso. A sonda retal pode ser lavada com água e sabão (somente a extremidade), e depois higienizada com álcool a 70%. A sonda esofágica deve ser esterilizada a cada uso. 9 Em pacientes febris deve-se aumentar a frequência de verificação da temperatura para acompanhar o efeito do antitérmico. 9 Quando utilizar temperatura automática por meio de termômetro esofágico e/ou retal deve-se estar atento à diferença de valores de referência. 9 A sonda do termômetro esofágico deve ser fixada com fita adesiva, assim como a sonda nasogástrica e proceder à troca da fixação diariamente. 9 A sonda do termômetro retal deve ser fixada com fita adesiva no glúteo do paciente. Deve-se ter cuidado nas trocas de fralda para a mobilização do termômetro. 9 Ao encontrar valores alterados na sonda esofágica e/ou retal deve-se chegar o possível deslocamento da mesma. Em geral, sondas retais tendem a se deslocar nas evacuações. 9 Ao encontrar valores alterados comunicar imediatamente ao médico e/ou a enfermeira.
Unidade 4 - Frequência Respiratória (FR)
Na respiração, o oxigênio do ar inalado entra no sangue e o dióxido de carbono é exalado para a atmosfera. O intercâmbio destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos, que é a parte funcional do pulmão. É aí que o sangue venoso se transforma em sangue arterial. Normalmente, a expansibilidade do tórax é simétrica. Qualquer doença que afete a caixa torácica, sua musculatura, o diafragma, a pleura ou o pulmão de um lado, pode ser precocemente percebido pela assimetria dos movimentos ventilatórios. A frequência respiratória, em geral, é mensurada por meio da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto (Figura 7).
Figura 7. Ilustração do tórax durante a avaliação da respiração (adaptado de arquivo pessoal).
A frequência respiratória é dada pelos movimentos de inspiração e expiração, correspondente ao processo metabólico de troca de gases com o meio ambiente. (Ribeiro, 2003)
O adulto normal em repouso respira confortavelmente 12 a 18 vezes por minuto. (PEACH, 1998). Em recém-nascidos o valor normal é de 30 a 40 respirações por minuto e em crianças de 25 a 30 respirações por minuto. Durante a avaliação da respiração, deve-se avaliar a frequência, profundidade, ritmo e característica da respiração.