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Módulo de Pedogeografia rafique Anusse, Notas de estudo de Geografia

pedogeografiaq

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 29/03/2015

Rafique-Anusse-130
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PEDOGEOGRAFIA G0139
Elaborado por: Rafique Anusse
© ® CED - Nampula, 2014
E-mail: rafiqueanusse@gmail.com
Rafiqueanusse@yahoo.com.br
Telef: 23-311718; vodacom: 840594393
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UNIVERSIDA PEDAGÓGICA DE MOÇAMBIQUE
FUNDAÇÃO CASA
Rafique Anusse
G0139
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Elaborado por: Rafique Anusse

© ® CED - Nampula, 2014 E-mail: rafiqueanusse@gmail.com Rafiqueanusse@yahoo.com.br

UNIVERSIDA PEDAGÓGICA DE MOÇAMBIQUE

FUNDAÇÃO CASA

Rafique Anusse

G

Elaborado por: Rafique Anusse

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UNIDADE – 01: INTRODUÇÃO A PEDOGEOGRAFIA: Conceito e a História Pedogeografia

Justificação da Unidade O conhecimento do conceito e da composição do solo e importância dos seus constituintes é importante na medida em que ajuda a compreender a necessidade de preservação do solo bem como ajuda a escolher o melhor solo para a actividade agrícola.

Objectivos específicos da Unidade Ao concluir o estudo desta unidade, o estudante deverá ser capaz de:  Definir Pedogeografia;  Dar o conceito de solo;  Explicar a composição do solo

Desenvolvimento do Tema: 1.1 Introdução a Pedogeografia Geografia de solos, também chamada Pedogeografia , estuda a distribuição de solos, as associações características dos solos com a vegetação, drenagem, relevo, rochas, clima e o significado dos solos na economia e cultura de uma região. A pedologia (ciência do solo) surgiu no século passado e os geógrafos contribuíram muito para o seu desenvolvimento.

A real natureza do solo como uma entidade isolada, separada do material rochoso subjacente, do qual é originário, foi descoberta por um geólogo russo, V. V. Dokuchaev, por volta de 1875. Uma classificação apropriada dos solos, baseada em suas características inerentes, ao invés de no material geológico do qual são formados, foi criada em 1927 pelo geógrafo americano C. F. Marbut.

Na relação do ambiente com o homem, o solo é de fundamental importância. A agricultura ainda emprega os esforços de aproximadamente dois terços da população mundial, e a maior parte das matérias primas para a indústria é proveniente do solo. Muitos problemas de uso da terra tais como erosão, desertificação e plantações improdutivas requerem, para serem solucionados, um estudo completo das características e origens do solo.

Para alguns geógrafos, os solos são a expressão de todos os outros factores do ambiente e como tal eles constituem indícios da região natural. Para "ler" estes indícios, no entanto, o geógrafo deve entender todos os vários factores — geológicos, biológicos, físicos e químicos — que originam os solos, bem como as forças naturais e humanas que os modificam.

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Solo, cobertura exterior da maior parte da superfície continental da Terra. É um agregado de minerais não- consolidados e de partículas orgânicas produzidas pela acção combinada do vento, da água e dos processos de desintegração orgânica.

1.2 Histórico da Ciência do Solo O conceito mais popular de solo vem a ser a capa mais superficial do globo terrestre. Para uns, solo é tido como a superfície inconsolidada que recobre as rochas e mantém a vida animal e vegetal na terra.

Dependendo do seu uso, pode ser visto sob diversos aspectos como: Para o geólogo, engenheiro de minas, engenheiro civil, o solo constitui verdadeiro estorvo, visto o seu interesse pelo subsolo onde são encontrados as riquezas minerais. Para a engenharia civil é visto também sob o aspecto de resistência e estabilidade das construções, aspecto que deu origem a mecânica de solos.

Para o Engenheiro Agrónomo o solo como a camada superficial da litosfera constituindo o meio natural para o crescimento das plantas.

O solo tem sido estudado e interpretado de diferentes maneiras a medida que os conhecimentos do homem evoluem.

O cultivo de plantas começou quando o homem foi se transformando de nómada em sedentário tendo isso ocorrido nos primórdios da humanidade. Foram descobertos escritos de 2500 a.C. onde se menciona a fertilidade da terra.

Também Heródoto 2000 a.C. e Teofrasto 3000 a.C. deixaram registros sobre fertilidade do solo. Entre os romanos vários deixaram escritos sobre o tema sendo condensado por Petrus Crescentuis, em 1240, em um livro intitulado "De Agriculture Vulgare". Durante a idade média, um dos períodos mais obscuros da ciência, pouco ou nenhum conhecimento foi acrescentado sobre esse assunto.

No século XVIII apareceu a teoria fisiológica de Mitscherlich dizendo que o solo era um mero reservatório passivo de nutriente as plantas, considerando o solo como um objecto estático, só como sustentáculo das raízes.

No início do século XIX esse conceito foi rejeitado com o aparecimento da teoria Húmica de A. Von Thaer que dizia serem apenas as substâncias orgânicas responsáveis pela fertilidade do solo. Com o surgimento da teoria mineral de Justus Von Liebig, em 1840 , a anterior foi abandonada embora hoje se saiba que ela é em parte verdadeira. Liebig determinou que eram as substâncias minerais do solo, os alimentos das plantas que entravam no metabolismo vegetal. Logo em seguida Humphreey Davy apoiou a teoria de Liebig reconhecendo a importância da rocha matriz para a fertilidade do solo. Só não soube explicar porque a mesma rocha determinava mais de um tipo de solo.

Com Carl Sprengel de 1830-1840 apareceram os conceitos de que o solo é função da influência do clima e dos seres vivos.

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- Auto – Avaliação:

  1. Porque é o solo um corpo dinâmico?
  2. Estabeleça a diferença entre chão e solo.
  3. Explique o papel da matéria orgânica para o solo
  4. Explique quando é que a água é um factor limitante para o solo

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UNIDADE – 02: Noção e Composição de Solo

Justificação da Unidade O conhecimento do conceito e da composição do solo e importância dos seus constituintes é importante na medida em que ajuda a compreender a necessidade de preservação do solo bem como ajuda a escolher o melhor solo para a actividade agrícola.

Objectivos específicos da Unidade Ao concluir o estudo desta unidade, o estudante deverá ser capaz de:  Definir o papel do solo;  Indicar e explicar a composição do solo

Desenvolvimento do Tema: 2.1 Definição do solo Pode definir-se solo como uma formação móvel situada na superfície da crosta terrestre, na qual se desenvolvem as plantas. O solo tem, em relação à planta, um duplo papel:

  • Serve-lhe de suporte(é o seu abstracto), devendo apresentar um estrutura física conveniente, que permita a penetração das raízes, a circulação do ar e a das soluções nutritivas;
  • Fornece-lhe as substâncias químicas necessárias à sua alimentação.

2.2 Composição volumétrica do solo Se observarmos um determinado volume de solo, verificaremos que o mesmo é constituído de partículas sólidas, em íntimo contacto entre si, e de espaços entre estas partículas. Estes espaços, denominados poros ou vazios, permitem a constatação de que o solo é um corpo poroso constituído de material sólido e de poros com dimensões variadas.

Um solo agrícola ideal, na sua camada arável, deve ser constituído de 50% de material sólido e 50% de poros. O material sólido deve ser constituído de 45% de material mineral e 5% de matéria orgânica, e os poros devem ser constituídos de 25% para armazenamento de água e 25% para aeração.

Nos diferentes solos a distribuição dos sólidos e poros varia; da mesma forma esta distribuição também varia em um mesmo solo, em função da profundidade, práticas agrícolas, processos de formação, etc.

2.3 Componentes sólidos Os componentes sólidos do solo são representados pela Matéria Mineral e pela Matéria Orgânica.

Matéria Mineral A matéria mineral do solo é representada pelos minerais constituintes do material de origem do solo, e pelos minerais formados como resultado do seu intemperismo. Tais minerais possuem dimensões variadas,

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2.6 Composição das partículas Pode parecer à primeira vista que a composição das partículas de um solo é uma característica muito importante deste. No entanto, não existem correlações práticas entre a composição das partículas de um solo e os seus comportamentos. O que é importante é que ajuda na interpretação e a compreensão desse comportamento.

A natureza e arranjo dos átomos em uma partícula de solo, isto é, a sua composição química, influencia de forma significativa na permeabilidade, compressibilidade, resistência ao cisalhamento e na propagação de tensões nos solos, especialmente aqueles de natureza mais fina.

Existem, com efeito, certos minerais que conferem propriedades especiais. Já se referiu anteriormente que a montmorilonita dá grande expansibilidade ao solo. Também a haloisita, com as suas formas alongadas, dá origem a solos com pesos específicos muito baixos. Estas e muitas outras razões que serão referidas mais tarde justificam que a base indispensável na compreensão dos fundamentos do comportamento das argilas e em particular como evolui no tempo, é afectado pela pressão e ―ambiente‖. Apresentar-se-ão alguns elementos de mineralogia das argilas e descrever-se-ão alguns minerais de interesse para o engenheiro civil.

As partículas de solo podem ser orgânicas ou inorgânicas. As partículas inorgânicas são minerais. Um mineral é um elemento ou um composto químico natural (tem composição química que pode ser expressa por uma fórmula) formado por processos naturais. Os minerais classificam-se de acordo com a natureza e arranjo dos seus átomos. Os mais importantes são os silicatos, pois que mais de 90% do peso dos solos existentes na terra são minerais de silicatos.

  • Actividades:
  • Fazer os exercícios: constantes na Auto-avaliação.
  • Entregar o exercício: 2 desta unidade, trabalho com código T - **G- 0139
  • Auto – Avaliação:**
  1. Os componentes do solo podem ser sólidos, líquidos e gasosos. Caracterize um dos tipos.
  2. A cor do solo reflecte por vezes o tipo de clima a que está submetido> Qual é a relação?

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UNIDADE – 03: Formação do Solo: Pedogênese

Justificação da Unidade O conhecimento do conceito e da composição do solo e importância dos seus constituintes é importante na medida em que ajuda a compreender a necessidade de preservação do solo bem como ajuda a escolher o melhor solo para a actividade agrícola.

Objectivos específicos da Unidade Ao concluir o estudo desta unidade, o cursista deverá ser capaz de:  Definir Pedogênese  Indicar e explicar os factores de formação de solo

Desenvolvimento do Tema:

PEDOGÊNESE

Pedogênese vem a ser a formação do solo, incluindo os fatores e processos de formação de solos, fazendo com que, em virtude da variação desses fatores e processos, os vários solos apresentem propriedades e características que diferenciam uns dos outros.

Fatores de formação de solos

Os fatores de formação de solos são: material de origem, clima, organismos, relevo e tempo.

Material de origem

Vem a ser o material que dá origem ao solo, podendo ser constituído de rochas (magmáticas, metamórficas e sedimentares ), sedimentos e material de decomposição de rochas transportados. Vários minerais constituintes do material de origem permanecem inalterados, enquanto outros sofrem decomposição, por ação química, transformando-se em minerais extremamente úteis no solo, e liberando cátions e ânions que poderão ser absorvidos pelas plantas. Materiais de origem diferentes darão origem a solos diferentes, e mesmo material de origem pode dar origem a solos iguais ou a solos diferentes, de acordo com os outros fatores de formação de solos. O material de origem assume uma grande importância, visto que as propriedades e características do solo dependem, em primeiro lugar, da composição do material de origem, bastando observar as diferenças existentes entre uma Terra Roxa Estruturada (derivada de basalto) e de uma Areia Quartzosa ( derivada de arenito ).

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Processos de formação de solos

Os processos de formação de solos são o resultado da combinação dos factores de formação, e são os seguintes:

Adição Diz respeito a tudo o que entra no corpo do solo, vindo de fora dele, seja através da adição de compostos orgânicos, seja pela adição de componentes minerais, trazidos pela erosão ou pela água do lençol freático.

Perda Diz respeito a tudo o que sai do corpo do solo, seja pela erosão ou pelas queimadas ( pela superfície ), seja pela lixiviação ( em profundidade ).

Transporte

Diz respeito a tudo o que é transportado dentro do corpo do solo, por processos seletivos ( migração de argila , etc), ou por processos não seletivos ( transporte por formigas, cupins, etc. )

Transformação

Diz respeito à transformação sofrida pelos minerais constituintes do material de origem, dando origem aos minerais secundários, principalmente aos minerais de argila, ou à transformação dos compostos orgânicos adicionados ao material durante a formação do solo.

Elaborado por: Rafique Anusse

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO

A principal característica física do solo é a textura que será descrita a seguir, estando bastante relacionada com a utilização e produtividade do solo. Textura diz respeito às dimensões e características das partícula primárias do solo. Essas partículas são agrupadas em função do tamanho, porém apresentam características comuns.

Fração Areia Compreende partículas de dimensões entre 2 e 0,05mm, é constituida quase que essencialmente de quartzo, apresenta aspereza ao tato, é responsável pelo aparecimento de macroporos, e portanto pela aeração do solo, retem pouca água e poucos nutrientes.

Fração Silte Compreende partículas de dimensões entre 0,05 e 0,002mm, é constituída em sua maior parte por quartzo, apresenta a sensação de serosidade ( sensação de seda ) ao tato, promove o aparecimento de poucos poros, podendo causar adensamento do solo, retém pouca água e poucos nutrientes.

Fração Argila Compreende partículas com dimensões menores que 0,002mm. Constituída em sua maior parte por minerais de argila, apresenta sensação de untuosidade ( sensação de talco ) ao tato, promove a estruturação do solo, fazendo com que ocorra o aparecimento de um alto volume de poros, principalmente de microporos, retém muita água e muitos nutrientes.

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SOLO

As principais características químicas do solo, descritas a seguir, são aquelas utilizadas para fins de classificação de solos; no entanto essas características químicas estão relacionadas com o uso do solo e o desenvolvimento das plantas.

Determinações efetuadas

Numa análise química de solo determina-se: pH ( em água, KCl e CaCl 2 ), Matéria orgânica ( % ),

hidrogênio (H), alumínio (Al), fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio (K), soma de bases (S), capacidade de troca catiônica (CTC), saturação por bases (V%) e saturação por alumínio (m).

PH :

mede a acidez do solo, isto e´, quanto menor o valor +( abaixo de 7 ), mais ácido é o solo; valor igual a 7 indica neutralidade e valores superiores a 7 indicam caráter alcalino . Matéria orgânica :

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UNIDADE – 04: Evolução do Solo

Justificação da Unidade

O conhecimento do conceito e da composição do solo e importância dos seus constituintes é importante na medida que ajuda a compreender a necessidade de preservação do solo bem como ajuda a escolher o melhor solo para a actividade agrícola.

Objectivos específicos da Unidade Ao concluir o estudo desta unidade, o cursista deverá ser capaz de: Descrever a evolução do solo Definir e explicar o perfil de um solo

Desenvolvimento do Tema:

Evolução e Perfildo Solo Quando efectuamos um corte vertical no solo(perfil do solo), podemos observar, com frequência, uma sucessão de camadas horizontais ou horizontes, com constituição e aspectos diferentes. Cada nível possui composição química, textura e estrutura próprias.

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A formação de horizontes está relacionada com a evolução do solo. Esta é caracterizada essencialmente por migrações de substâncias que dependem dos movimentos da água, nos sentidos ascendente e descendente. Estes movimentos são responsáveis pela mobilização dos elementos solúveis e coloidais. Os deslocamentos da água para baixo provocam a lixiviação e são frequentes nas zonas de clima com forte pluviosidade. Os deslocamentos ascendentes são dominantes nos climas onde predomina a evaporação.

A intensidade das migrações depende de numerosos factores, entre os quis a pluviosidade, o teor do solo em cálcio e a natureza do húmus formado. Se fizermos uma representação do perfil numa zona de lixiviação intensa, este é o tipo ABC(fig.3). Se estivermos em presença do perfil de um solo numa zona de clima quente e seco, consequentemente com intensa evaporação, o perfil é do tipo BAC(fig.4).

Fig. 3 Fig. 4

O horizonte de acumulação está, em geral, situado acima do horizonte de lixiviação porque as águas profundas sobem, por capilaridade, e acabam por evaporar-se á superfície, abandonando as substâncias dissolvidas. Podemos considerar, em termos de evolução, dois grandes tipos de solo: solos jovens ou pouco evoluídos, pouco profundos, não diferindo muito da rocha-mãe de que provêm e constituídos, geralmente, por um só horizonte, acima da rocha-mãe; solos maduros, evoluídos, geralmente mais profundos, cujo perfil nos apresenta vários horizontes.

PERFIL DO SOLO

A medida que o material de origem se transforma em solo, ele vai se diferenciando em camadas, mais ou menos paralelas as superfícies, camadas essas que denominamos Horizontes. O conjunto de horizontes, situados em uma seção vertical que vai da superfície até o material originário, é o perfil do solo.

Os horizontes de um perfil de solo são formados por processos de adição, perdas, transformações translocações devido ao fato de estes processos ocorrerem com intensidade diferentes através do regolito. Entende-se por regolito todo material inconsolidado ou começando a se decompor, que esta sobre uma rocha.

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Os horizontes morfológicos são aqueles que podem ser determinados no campo através sua forma e suas características observadas a olho nu. Esses horizontes são denominados por letras, conforme suas características.

O - horizonte superficial, com acúmulo de matéria orgânica total ou parcialmente decomposta, ocorrendo em solos de mata ou em solos orgânicos, principalmente em baixadas.

H – horizonte superficial ou não, de constituição orgânica pouco ou não decomposta, típica de locais com estagnação de água. A - horizonte superficial, constituído de material mineral escurecido por matéria orgânica, podendo ser também o horizonte de perda de coloides minerais, apresentando, então, textura mais grosseira (mais arenoso).

B - horizonte de subsuperfície, que ganha o material perdido pelo horizonte A, textura mais fina (mais argiloso) que o horizonte A, mais colorido e mais estruturado.

C - horizonte de subsuperfície, parcialmente intemperizado, constitui transição do solo para a rocha (material de origem).

R - rocha (material de origem).

A pode ser dividido em : A 1 - superficial, constituído de material mineral e escurecido por matéria orgânica;

E - subsuperficial, apresenta máxima perda de colóides minerais;

AB- transição entre horizontes A e B, com mais características do A.

O horizonte B pode ser dividido em: BA- transição entre os horizontes A e B, com mais características do B; B 2 - apresenta ganho de material perdido pelo horizonte A, e máxima expressão de cor e estrutura;

BC - transição entre os horizontes B e C, com mais características do B.

Subdivisões desses horizontes, como: A 11 , A 12 , A 21 , A 22 , B 21 , B 22 , B 23 , C 1 , C 2 , C 3 , etc., indicam seqüência

em profundidade.

Os horizontes morfológicos são utilizados para descrição do solo no campo, fornecendo elementos muito valiosos para a classificação desse solo.

Elaborado por: Rafique Anusse

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Actividades:

- Fazer os exercícios: constantes na Auto-avaliação.

  • Entregar os exercícios: 1 desta unidade, trabalho com código T - G- 0139

Auto – Avaliação: Estabeleça a diferença entre horizonte A e C. Caracterize o orizonte O