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Módulo de Engenharia em SCI e construção de edificios, Manuais, Projetos, Pesquisas de Crescimento

Módulo de Engenharia em SCI e construção de edificios

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 30/07/2019

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usuário desconhecido 🇧🇷

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INSTITUTO PROMINAS
FACULDADE ÚNICA
PÓS GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E
PÂNICO
UNIDADE 1
LEGISLAÇÃO, NORMAS, PROJETOS E PLANOS DE
ENGENHARIA EM SCI
PROFESSOR
SILVIA CRISTINA DA SILVA
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
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Baixe Módulo de Engenharia em SCI e construção de edificios e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Crescimento, somente na Docsity!

INSTITUTO PROMINAS

FACULDADE ÚNICA

PÓS GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E

PÂNICO

UNIDADE 1

LEGISLAÇÃO, NORMAS, PROJETOS E PLANOS DE

ENGENHARIA EM SCI

PROFESSOR

SILVIA CRISTINA DA SILVA

FICHA CATALOGRÁFICA

Pós-graduação: Segurança contra incêndio e pânico

Módulo 01 : Legislação, Normas, Projetos e Planos de Engenharia em SCI

Professor/autor : Silvia Cristina da Silva

Data da atualização : 15/07/

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

CAPÍTULO 1 – SUSTENTABILIDADE X INCÊNDIO

CAPÍTULO 2 – PLANOS E PROJETOS DE ENGENHARIA EM SCI

CAPÍTULO 3 – CONCEITOS E APLICAÇÕES REFERENTES AO

INCÊNCIO E AS BRIGADAS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

O homem sempre sentiu necessidade de dominar o fogo. Segundo Seito et al. (2008), há milhares de anos atrás, através de pedras e gravetos, iniciava uma fogueira. O homem era capaz de controlar a ignição, porém, não conseguia controlar o fogo. A partir deste domínio, que foi sendo aperfeiçoado, pode cozinhar e fabricar cerâmicas, vidros, fogos de artifícios, entre outros. Mas, sempre houve perdas de vidas e de propriedade devido a incêndios. Para Mitidieri (2008), os grandes sinistros, tais como, nos edifícios Andraus (dezesseis mortos) e Joelma (cento e oitenta e nove mortos), ambos na cidade de São Paulo – fizeram com que a segurança contra incêndio, no Brasil, fosse repensada e discutida, na década de 70. A principal finalidade da segurança contra incêndio em edificações é minimizar o risco à vida das pessoas expostas ao sinistro. Uma vida humana é perdida a cada dez minutos devido a incêndios, segundo estatísticas internacionais. A principal causa desses óbitos é a exposição à fumaça tóxica que ocorre nos primeiros momentos do sinistro. Entende-se, portanto, como risco à vida, a exposição severa dos usuários da edificação à fumaça, ao calor e aos gases quentes, e em menor nível, à falência de elementos construtivos. Dessa forma a segurança à vida depende da boa concepção do projeto de proteção e prevenção contra incêndio, a fim de permitir a rápida desocupação dos ambientes atingidos e ameaçados pelas chamas. (SILVA et al., 2010). As medidas de proteção contra incêndio são divididas em dois grupos complementares: proteção passiva e ativa. A primeira é formada por medidas que fazem parte do edifício e que independem de uma ação para o seu funcionamento em caso de incêndio, sendo possível a execução de outra função paralelamente ao longo do seu uso. Para Berto (1991 apud ONO, 2004), destacam-se: a acessibilidade, a implantação de meios de abandono seguro do edifício (rotas de fuga) e o estudo da estrutura, dos elementos constitutivos e dos compartimentos – que determinam a limitação ou contenção do crescimento do incêndio no interior da construção, bem como o nível de proteção dos seus ocupantes. Outro elemento a ser analisado nas medidas de proteção passiva, é o controle das características e quantidade de materiais combustíveis reunidos tanto no acabamento interno quanto no conteúdo da

CAPÍTULO 1

INCÊNDIOS X SUSTENTABILIDADE

Primeiramente, para o estudo desta temática, é importante pontuar o que é sustentabilidade e a sua importância no que tange os males ambientais ocasionados pelos incêndios.

Fonte: FIA, 2018

A obra vendeu mais de meio milhão de cópias e foi fundamental para o surgimento do movimento ambientalista. A própria Conferência de Estocolmo, em 1972, teve suas raízes na precipitação de chuvas ácidas sobre os países nórdicos. Na ocasião, a Suécia, propôs a realização de uma conferência mundial, visando a redução da emissão dos gases responsáveis por esses fenômenos. O evento foi marcado por posições antagônicas dos países desenvolvidos, que defendiam o meio ambiente e dos chamados países do Terceiro Mundo (atualmente, em desenvolvimento), que estavam preocupados com seu crescimento econômico. Da tensão surgiu uma comissão técnica que produziu, em 1973, o relatório denominado Only one earth. Foi nesse documento que se incluiu no conceito de sustentabilidade a dimensão social. Para se compreender a atmosfera em que se realizaram as discussões, devemos lembrar que, em 1972, o Clube de Roma havia publicado seu célebre documento Limits to Growth. Nele, aconselhava os países industrializados a promover uma desaceleração no crescimento e para os países em desenvolvimento, uma redução no avanço populacional. Após dez anos, verificou-se que os resultados atingidos ficaram abaixo das expectativas da Conferência de Estocolmo, o que levou a ONU à criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) , que teve como presidente a ex-primeira ministra da Noruega, Gro Harlen Brundtland. Essa comissão produziu, em 1987, o relatório Our common future. Nele, propôs uma agenda mundial para a mudança, no sentido de conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente, dando origem à expressão desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável promove a geração de trabalho e renda O relatório da CMMAD definiu desenvolvimento sustentável nos seguintes termos: “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer suas próprias necessidades”.

A partir desse conceito, verificamos que se adiciona ao conceito de sustentabilidade a noção de responsabilidade entre as gerações. É mencionada a redução das desigualdades sociais e o direito de acesso aos bens necessários para uma vida com qualidade, além de acrescentar uma dimensão ética ao propor o compromisso com a sociedade do futuro. Também é importante mencionar que o relatório reforça a dimensão social dentro do conceito de sustentabilidade. Faz isso ao afirmar que os problemas ambientais decorrem, em grande parte, em razão da pobreza, tornando-se premente a redução das desigualdades entre as nações. Esses avanços no entendimento sobre o desenvolvimento sustentável culminaram com a promoção pela ONU da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92. Foi o ponto de partida para diversos acordos internacionais, dentre os quais se destacam o Protocolo de Kyoto, a Declaração do Rio e a Agenda 21. A Rio-92 manteve a diretriz de atuação da Conferência de Estocolmo (1972), ao propor a gestão dos recursos naturais de forma responsável, sem prejudicar o desenvolvimento econômico. Nessa época, o mundo começava a experimentar uma nova onda de expansão econômica. Ao aderir ao processo de crescimento econômico, a Rio-92 propiciou o engajamento de empresários e políticos, que em sua maioria, aderiram ao movimento da sustentabilidade. Mas essa adesão não foi total, nem de forma incondicional. Como exemplo, temos os Estados Unidos, que até hoje não ratificaram o Protocolo de Kyoto, apesar dos resultados expostos pelo Intergovernmental Panel for Climate Change (IPCC) em 2007, a respeito das mudanças climáticas. A sustentabilidade busca harmonizar os aspectos ambiental, econômico e social. O conceito dos três pilares da sustentabilidade, ou o triple bottom line , foi criado por John Elkington, na década de 1990, em seu livro Sustentabilidade

  • Canibais com garfo e faca.

Fonte: FIA, 2018

O sociólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB), Elimar Pinheiro do Nascimento, argumenta em seu artigo Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico, que a humanidade vislumbrava, inicialmente, dois grandes medos relacionados à extinção da espécie humana:

  • Externo: representado pela possibilidade de um choque por um grande meteorito
  • Interno: o advento de uma epidemia nova e irrefreável. Com o desenvolvimento das armas nucleares, surgiu uma terceira grande ameaça: a autodestruição em uma eventual guerra atômica. Entretanto, essa última possibilidade teve sua importância reduzida nas últimas décadas. Desse modo, a ideia de um desastre ambiental de proporções planetárias, provocado pelo modo de produção e consumo vigente, está cada vez mais em pauta – ainda que isso não ocorra de modo repentino, como se poderia supor em teorias radicais.

Ainda assim, resta a percepção dos efeitos perniciosos da atividade humana sobre o meio ambiente, como a redução das zonas pesqueiras, o desaparecimentos de espécies animais e vegetais e a redução das florestas, dentre outros. Isso justifica que a sustentabilidade assuma um papel de destaque no desenvolvimento do mundo moderno. Afinal, uma vez mantido o ritmo atual de consumo dos recursos naturais, não se tem a garantia da sua disponibilidade para as próximas gerações. Os padrões de produção e de consumo precisam ser reavaliados.

Fonte: FIA, 2019

Dentro do cenário até aqui exposto, podemos citar a especialização da sustentabilidade, sendo seus principais tipos os seguintes: Sustentabilidade ambiental ou ecológica Compreende a preservação e manutenção do meio ambiente, cujo principal objetivo é garantir que as necessidades das gerações futuras não sejam prejudicadas pelo uso indiscriminado dos recursos naturais na atualidade. Com o crescente grau de conscientização dos consumidores em relação às questões ambientais, as empresas têm incluído em seu planejamento estratégico a sustentabilidade dentro da responsabilidade social. Nesse caso, as ações são pautadas pela preservação do meio ambiente e na busca pela melhoria na qualidade de vida das pessoas.

Considerando que o conceito de sustentabilidade pode ser aplicado desde ações individuais até políticas e programas governamentais, como os citados exemplos abaixo. As pessoas, por meio de sua conscientização, podem mudar hábitos de consumo, contribuindo para a sustentabilidade do planeta. Afinal, são mais de 7 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Veja exemplos do que é possível fazer:

  • Economia de água
  • Consumo de produtos biodegradáveis
  • Reciclagem de materiais
  • Separação do lixo para coleta seletiva
  • Utilizar transportes coletivos ou adotar a prática da carona solidária. No grupo de ações comunitárias, as atividades desenvolvidas tem como objetivo alcançar um maior número de pessoas, podendo ser realizadas por instituições da sociedade civil, como igrejas e associações de bairro, ou por empresas conscientes de sua responsabilidade social. São estes os exemplos:
  • Criação de hortas comunitárias
  • Implantação de projetos de geração de renda para a população carente
  • Abertura do microcrédito
  • Utilização de energia solar
  • Adequação à legislação ambiental. Como foi visto ao longo deste capítulo, o meio ambiente é integrado e os reflexos da ação humana se fazem sentir em todas as partes do planeta. Sendo assim, as mudanças implementadas em alguns países têm o potencial de beneficiar várias comunidades, em diferentes territórios. Abaixo, exemplos de ações globais:
  • Adoção de políticas para a preservação da biodiversidade
  • Investimentos para ampliação e melhoria na rede de saneamento básico
  • Criação de unidades de conservação
  • Incentivo à utilização de fontes de energia renováveis
  • Implantação de programas educacionais voltadas à educação ambiental. A conscientização acerca da sustentabilidade é promovida pela educação ambiental.

Fonte: FIA, 2018

Sobre educação ambiental, há diversos conceitos. De modo geral, podemos dizer que ela se ocupa da formação de indivíduos conscientes dos problemas relacionados à sustentabilidade, com a preservação dos recursos naturais em todos os seus aspectos, sejam ambientais, econômicos ou sociais. Ser ecologicamente correto envolve atitudes, processos produtivos e modo de vida. Diz respeito a condutas que se orientem por práticas sustentáveis, de forma a minimizar os impactos causados pela atividade humana e também promovendo a compensação ambiental. O consumo solidário, o comércio justo e as práticas inovadoras de geração de trabalho e renda são todas relacionadas ao conceito de ser economicamente viável. É se preocupar com o fortalecimento do grupo e com a inclusão dos menos favorecidos, baseados na cooperação, solidariedade e autogestão, sem esquecer da adequada remuneração das fontes dos recursos financeiros. Por último, a dimensão social também deve ser contemplada pela educação ambiental.

Com base nos pilares do desenvolvimento sustentável, é possível desenvolver ações nos âmbitos pessoal, comunitário e global, sendo elas capazes de minimizar os impactos negativos provocados pelo homem. Nesse contexto, o desenvolvimento de programas educacionais voltados à educação ambiental são de extrema importância Além de conscientizar as pessoas a respeito dos graves problemas acerca do tema sustentabilidade, é possível prover soluções a essas questões, que necessariamente devem integrar os aspectos ambiental, econômico e social.” No que tange os incêndios, os incêndios florestais têm se tornado cada vez mais corriqueiros, não só no Brasil, mas em diversos países do mundo. Recentemente, incêndios de grandes proporções atingiram países como Portugal, Espanha, Canadá, EUA, entre outros. Além do enorme impacto ambiental causado por este tipo de desastre, existe a questão socioeconômica envolvida, já que diversas famílias próximas ao local do incêndio abandonam seus lares e a região por muitas vezes demora anos para retomar a sua normalidade econômica.