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Microsoft Word - Apostila Desenho-Técnico Móveis 2008, Notas de estudo de Desenho Industrial

desenho técnico

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 27/06/2011

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marlon-symczecym-2 🇧🇷

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SENAI SC Desenho Técnico - 1 -
1. Introdução ao Desenho Técnico
O desenho é umas das primeiras formas de comunicação e expressão do
homem. Já na pré-história encontrou-se rochas com representações gráficas.
Os recursos utilizados tem sido os mais afinados, nas diferentes épocas. Cem
anos antes de Cristo traçava-se em pergaminhos com auxilio de bastões de chumbo.
Por volta do século XVI, após a utilização do chumbo junto ao estanho e à prata,
chegou-se ao GRAFITE. No século XVII, na Alemanha, foi desenvolvida a idéia de
colar tiras de grafite em madeira, proporcionando maior firmeza para o traçado e
fazendo surgir então o LÁPIS. Em 1795 o francês Conté aperfeiçoou o uso do grafite
por meio de uma mistura de grafite moído com cerâmica seca e posteriormente
submetida a um processo de estiramento por pressão. Dependendo da proporção de
grafite e cerâmica eram obtidos diferentes graus de dureza.
Durante séculos o desenho, hoje entendido como técnico, foi um
conhecimento e um processo grafo-representativo de acesso restrito, e por isso
mesmo sem compromisso com regras e normas de execução. Uma das maiores
dificuldades era representar a volumetria das formas em superfícies planas,
problema que foi minimizado no século XV quando LEONARDO DA VINCI
desenvolveu um estudo relativo à teoria do desenho e representou graficamente
inúmeros de seus inventos.
As técnicas de representação basicamente passaram a ter maior
fundamentação e importância a partir do século XVIII, quando então o francês
GASPAR MONGE criou a geometria descritiva. Colaboraram ainda para que o
desenho fosse aceito como um potencial instrumento de autonomia e de
desenvolvimento tecnológico, alguns eventos tais como: a Exposição Universal de
Desenho, realizada em 1828 na França e a Exposição Industrial de Londres em
1851. Hoje o desenho técnico assume uma posição difusa e multidisciplinar e,
aliado a importantes recursos, corno os computadores, auxiliam na produção do
mundo material, utilizando-se de uma linguagem normalizada e universal. Das idéias
preliminares aos estágios finais de representação, sua aplicação se faz presente em
projetos mecânicos, elétricos, mobiliários, arquitetônicos, aeroespaciais, navais e em
inúmeras outras áreas.
O conhecimento que vamos estudar neste semestre é apenas a base
necessária para um aprofundamento específico posterior.
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1. Introdução ao Desenho Técnico

O desenho é umas das primeiras formas de comunicação e expressão do homem. Já na pré-história encontrou-se rochas com representações gráficas. Os recursos utilizados tem sido os mais afinados, nas diferentes épocas. Cem anos antes de Cristo traçava-se em pergaminhos com auxilio de bastões de chumbo. Por volta do século XVI, após a utilização do chumbo junto ao estanho e à prata, chegou-se ao GRAFITE. No século XVII, na Alemanha, foi desenvolvida a idéia de colar tiras de grafite em madeira, proporcionando maior firmeza para o traçado e fazendo surgir então o LÁPIS. Em 1795 o francês Conté aperfeiçoou o uso do grafite por meio de uma mistura de grafite moído com cerâmica seca e posteriormente submetida a um processo de estiramento por pressão. Dependendo da proporção de grafite e cerâmica eram obtidos diferentes graus de dureza. Durante séculos o desenho, hoje entendido como técnico, foi um conhecimento e um processo grafo-representativo de acesso restrito, e por isso mesmo sem compromisso com regras e normas de execução. Uma das maiores dificuldades era representar a volumetria das formas em superfícies planas, problema que foi minimizado no século XV quando LEONARDO DA VINCI desenvolveu um estudo relativo à teoria do desenho e representou graficamente inúmeros de seus inventos. As técnicas de representação basicamente só passaram a ter maior fundamentação e importância a partir do século XVIII, quando então o francês GASPAR MONGE criou a geometria descritiva. Colaboraram ainda para que o desenho fosse aceito como um potencial instrumento de autonomia e de desenvolvimento tecnológico, alguns eventos tais como: a Exposição Universal de Desenho, realizada em 1828 na França e a Exposição Industrial de Londres em

Hoje o desenho técnico assume uma posição difusa e multidisciplinar e, aliado a importantes recursos, corno os computadores, auxiliam na produção do mundo material, utilizando-se de uma linguagem normalizada e universal. Das idéias preliminares aos estágios finais de representação, sua aplicação se faz presente em projetos mecânicos, elétricos, mobiliários, arquitetônicos, aeroespaciais, navais e em inúmeras outras áreas. O conhecimento que vamos estudar neste semestre é apenas a base necessária para um aprofundamento específico posterior.

Quando vamos executar uma determinada peça na empresa, necessitamos receber todas as informações e dados sobre a mesma. Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como:

  1. Descrição verbal da peça.
  2. Fotografia da peça.
  3. Modelo da peça.
  4. Desenho técnico da peça. Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para a execução da peça, vejamos:
  1. Uma Descrição Verbal não é o bastante para transmitir as idéias de forma e dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experimentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto, de maneira que outra pessoa o execute, concluiremos que isto é praticamente impossível.
  2. A Fotografia transmite relativamente bem à idéia da parte exterior da peça, mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso problema.
  3. O Modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas. Nem todos, porém. Por exemplo, se tivéssemos que transportar uma peça de grande tamanho, para reproduzi-la pelo modelo. Além disso, a peça pode estar sendo “projetada”, não existindo ainda um modelo da mesma.

As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e o quadro, sendo que o quadro limita o espaço para o desenho.

No formato A4, também pode-se trabalhar com a margem de 20 e 5, respectivamente.

3. Legenda

No canto inferior direito dos formatos, existe uma pequena área para colocação da Legenda, ou seja, coloca-se neste espaço, toda a informação possível referente ao desenho a ser executado. Informações que a legenda pode trazer:

• Nome da peça.

• Número do desenho.

• Número da peça.

• Tipo de Projeção

• Cliente

• Tolerância

• Material

• Quantidade

• Escala.

• Código ou nome do conjunto a que pertence.

• Data da execução do desenho.

• Data de modificação.

• Descrição das modificações feitas

• Nome da empresa

• Nome do desenhista ou responsável

Disposição do desenho nas folhas

Nos exemplos a seguir, representamos à disposição mais conveniente do desenho da peça na folha. Para a representação da peça escolhemos a escala 1:1 e o formato A4 (210x297mm). Em uma folha de desenho com margem, ainda resta uma área livre para desenho de 287mm de altura por 180mm de largura. Na largura colocam-se: largura da elevação = 60mm largura da lateral = 40mm e uma distância entre as vistas de 30mm.

4. Caligrafia Técnica

Uma caligrafia simples, perfeitamente legível e facilmente desenhável, constitui uma das mais importantes condições dos desenhos técnicos. Você usará a caligrafia e não a comum, com a qual escrevemos habitualmente. Observe a diferença.

As principais exigências na escrita de desenhos técnicos são: legibilidade, uniformidade e adequação a microfilmagem, e ou aos processos de reprodução.

A escrita pode ser vertical ou inclinada em um ângulo de 15º para a direita, sendo usada, de preferência, quando se escreve a mão livre a forma inclinada. A altura e a dimensão funcional para o tamanho nominal das letras maiúsculas, sendo definida a seguinte escala de tamanhos nominais em mm: 2,5 - 3,5 - 5 - 7 - 10 - 14 e 20.

As alturas h e c não devem ser menores que 2,5 mm, sendo que na aplicação simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, isto significa, c = 2,5 mm, quando h = 3,5 mm.

Tabela - Proporções e dimensões de símbolos gráficos: Característic as

Relaçã o

Dimensões (mm) Altura das letras maiúsculas h (10/10) h

Altura das letras minúsculas c (7/10)h - 2,5 3,5 5 7 10 14 Distância mínima entre a caracteres a

(2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 Distância mínima entre b Linhas de base (14/10) h

Distância mínima entre palavras e (6/10)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 Largura da linha d (1/10)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

Para melhorar o efeito visual, a distância entre dois caracteres pode ser reduzida pela metade, como por exemplo: LA, TV, ou LT, neste caso a distância corresponde à largura da Linha “d”.

Exercícios

  1. Escreva de acordo com os modelos, o que se pede abaixo:

5. Figuras Geométricas

Se olhar ao seu redor, você verá que os objetos têm forma, tamanho e outras características próprias. As figuras geométricas foram criadas a partir da observação das formas existentes na natureza e dos objetos produzidos pelo homem. Todos os objetos, mesmo os mais complexos, podem ser associados a um conjunto de figuras geométricas.

5.1 Figuras geométricas elementares

Ponto Pressione seu lápis contra uma folha de papel. Observe a marca deixada pelo lápis. Ela representa um ponto. O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem largura, nem altura. No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para identificar, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os exemplos:

5.2 Figuras Geométricas Planas

Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo plano. Observe a representação de algumas figuras planas de grande interesse para nosso estudo:

As figuras planas com três ou mais lados são chamadas de polígonos.

Plano

Podemos ter uma idéia do que é um plano observando uma parede ou o tampo de uma mesa. Você pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de retas dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o resultado do deslocamento de uma reta numa mesma direção. O plano é ilimitado, isto é, não tem começo nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se representar delimitado por linhas fechadas.

Prismas

O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Podemos imaginar como uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros, como mostra a ilustração:

O prisma pode também ser imaginado como o resultado do deslocamento de um polígono. Ele é constituído de vários elementos. Veja quais são eles na ilustração a seguir:

Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele recebe o nome de prisma retangular. Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é chamado prisma triangular. Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras geométricas iguais, temos um sólido geométrico regular. O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome de cubo.

5.4 Pirâmides

A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Podemos imaginá-lo como um conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns sobre os outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um polígono qualquer a um ponto P do espaço.

5.5 Sólidos de revolução

Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa ação de rodar, dar uma volta completa. A figura plana que dá origem ao sólido de revolução chama- se figura geradora. A linha que gira ao redor do eixo formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz. O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução.

No desenho Geométrico, a todo o momento estamos aplicando os ângulos dos esquadros. Então de imediato temos os ângulos de 30°, 60°, 45°, e 90°. Com exceção do ângulo de 90°, chamado de ângulo reto, os demais ângulos dos esquadros são agudos. Denominamos os esquadros por uma dos seus agudos.

Outros ângulos que podemos traçar com o auxílio do esquadro:

Exercício

  1. Construa de acordo com o solicitado, a partir do vértice A: