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Vírus: Estrutura, Replicação e Classificação - Prof. Luiz Da Silva Domingues, Resumos de Microbiologia

Informações sobre as unidades constituintes de um vírus, suas estruturas, a presença de enzimas e o processo de infecção de células hospedeiras. Além disso, discute as diferentes classificações de vírus com base em sua estrutura genética, como vírus de dna dupla, vírus de rna simples positivo e vírus de rna simples negativo. O texto também aborda a importância da transcriptase reversa em alguns tipos de vírus.

O que você vai aprender

  • Quais enzimas podem estar presentes dentro da cápsula viral?
  • Quais são as projeções da cápsula viral que realizam o reconhecimento e a ligação em receptores da célula hospedeira?
  • Quais são as unidades constituintes de um vírus chamadas de capsômeros?
  • Como os vírus são internalizados pela célula hospedeira?
  • Quais são as diferentes classificações de vírus com base em sua estrutura genética?

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 03/12/2022

AtLmS
AtLmS 🇧🇷

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Resumo por: Arthur Lemos
Basicamente, podemos definir os vírus como sendo um parasita intracelular obrigatório por não
terem a capacidade de metabolismo próprio. São moléculas complexas, cujo genoma pode ser de
RNA ou DNA, jamais ambos.
As unidades constituintes do capsídeo do vírus são também chamadas de "capsômeros";
Esses parasitos possuem algumas projeções de sua cápsula, que realizam o
reconhecimento e a ligação em receptores da célula hospedeira, as chamadas espículas
(glicoproteínas);
Vírus podem possuir ainda uma camada superior ao capsídeo, chamada de envelope, cuja
função é oferecer maior “proteção” para o material genético ao estar no meio
extracelular;
Enzimas podem estar presentes dentro da cápsula viral, visando realizar alguma função no
auxílio da replicação viral no meio intracelular (como a Transcriptase Reversa);
Entre o capsídeo e o envelope há uma camada de material amorfo chamada de
“tegumento” onde podem ser encontradas as enzimas que auxiliam na infecção.
icosaédrica: forma geométrica;
helicoidal: em formato de bastão;
estrutura complexa: bacteriófagos “fagos”.
GENOMA VIRAL
DNA
fita dupla
fita simples/ única
linear ou circular
RNA
fita única/simples
fita dupla
fita linear ou segmentada
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Resumo por: Arthur Lemos Basicamente, podemos definir os vírus como sendo um parasita intracelular obrigatório por não terem a capacidade de metabolismo próprio. São moléculas complexas, cujo genoma pode ser de RNA ou DNA, jamais ambos.

  • As unidades constituintes do capsídeo do vírus são também chamadas de "capsômeros";
  • Esses parasitos possuem algumas projeções de sua cápsula, que realizam o reconhecimento e a ligação em receptores da célula hospedeira, as chamadas espículas (glicoproteínas);
  • Vírus podem possuir ainda uma camada superior ao capsídeo, chamada de envelope, cuja função é oferecer maior “proteção” para o material genético ao estar no meio extracelular;
  • Enzimas podem estar presentes dentro da cápsula viral, visando realizar alguma função no auxílio da replicação viral no meio intracelular (como a Transcriptase Reversa);
  • Entre o capsídeo e o envelope há uma camada de material amorfo chamada de “tegumento” onde podem ser encontradas as enzimas que auxiliam na infecção.

• icosaédrica: forma geométrica;

• helicoidal: em formato de bastão;

• estrutura complexa: bacteriófagos “fagos”.

GENOMA VIRAL

DNA

• fita dupla

• fita simples/ única

• linear ou circular

RNA

• fita única/simples

• fita dupla

• fita linear ou segmentada

Podem ter várias apresentações no contexto de infecção

• Casos esporádicos: infecções pontuais em alguns poucos indivíduos

• Surtos: rápido alastramento de uma doença em um local específico

• Epidemias: elevação no número de novos casos e sua rápida difusão entre pessoas em

um dado território

• Pandemia: é basicamente uma epidemia em escala global.

Reconhecimento do receptor (glicoproteína) com a espícula viral (glicoproteína). Interação das glicoproteínas (TROPISMO VIRAL) : Por translocação : a partícula viral é transportada através do citoplasma Por endocitose mediada por receptor : os vírus são englobados por vesículas formadas na membrana celular; Por fusão com o envelope viral : proteínas de fusão promovem a fusão do envelope viral com a membrana celular, liberando o nucleocapsídeo para o citoplasma celular. : Desmonte do capsídeo e liberação do genoma no citoplasma. : Transcrição e replicação do ácido nucleico viral. : Síntese de proteínas a partir do RNA mensageiro viral : Pode ocorrer no núcleo ou no citoplasma viral; Centenas ou milhares de partículas podem ser sintetizadas em uma única célula.

FUNDAMENTAL

Um vírus de RNA, para produzir mais RNA, já vem com uma enzima em seu genoma ou

produz essa enzima a partir do RNA que passará a replicar o genoma;

Se um vírus ou qualquer ácido nucleico tiver polaridade (+) pode ser traduzido em

proteína imediatamente (DNA/RNA);

Se o RNA é positivo ele foi produzido por uma fita de DNA (-).

É dessa forma que funcionam

o HIV e a Hepatite B.

O vírus detentor da

TRANSCRIPTASE REVERSA

possui RNA como seu genoma

e, ao entrar no citoplasma da

célula hospedeira, essa enzima

transforma a fita de RNA em

DNA, que posteriormente será

transformado em um DNA de

fita dupla que será integrado

ao DNA celular através da

enzima INTEGRASE e então a célula dará início à produção de novas unidades virais.

  • Internalização da partícula viral devido à existência de receptor específico da célula

hospedeira;

  • Destruição da partícula viral por fatores celulares também conhecido como

infecção aborteira;

  • Realização de todas as etapas da replicação viral em uma célula competente célula

permissiva também conhecida como infecção produtiva;

  • Internalização de partícula viral sem replicação imediata devido à célula estar em

estado não competente infecção improdutiva.

Infecções líticas (lise)

  • as partículas são sintetizadas imediatamente;
  • grande produção viral e morte celular em um curto período.

Infecções persistentes (lisogênicas)

  • A célula produz vírus ou apenas engloba ao seu genoma original sem sofrer lise

imediata, permanecendo infectada por um tempo maior e preservando seu

hospedeiro. (tempo de infecção indefinido ou variável, podendo iniciar a partir de

fatores externos como radiação, por exemplo);

  • Após a infecção, a célula não produz o vírus, mas o genoma permanece no núcleo

integrado ao genoma celular (prováveis), independente do genoma

Infecção com manifestação aguda:

Doença com sintomas clínicos e posterior controle definitivo da infecção

Infecção latente com doença recorrente:

Reativações periódicas da replicação viral com manifestação clínica, apresentando fases com e sem doença (HERPES)

Infecção persistente com doença crônica:

  1. O vírus é produzido indefinidamente no organismo
  2. O sistema imunológico do hospedeiro apresenta falhas no controle da infecção

Expressão viral com ou sem a doença

HEPATITE B pode apresentar doença tardiamente, em longo prazo

Infecção persistente com evolução progressiva da doença (lenta)

Infecções com complicações tardias. A produção das partículas virais aumenta gradualmente ao longo dos anos até que a doença se manifeste (HIV e Sarampo)

  • Secreções respiratórias
  • Saliva
  • Pele
  • Fezes
  • Secreções do trato gênito-urinário
  • Leite materno
  • Urina
  • Contato com o vírus no ambiente
  • Contato com indivíduos infectados
  • Transmissão horizontal
  • Por contato direto
  • Por contato indireto (objetos)
  • Via fecal-oral
  • Aérea
  • Zoonótica

Transmissão vertical

De mãe para filho (embrião, feto ou recém nascido), infecção via placenta (Rubéola, CMV), infecção pré ou pós natal.

  • Isolamento (quarentena)
  • Medidas de higiene e saneamento
  • Controle de vetores (mosquito da dengue, por exemplo)
  • Mudança de comportamentos ou de estilo de vida
  • Imunização Os antivirais são medicamentos que atuam em etapas específicas da replicação viral na célula infectada e inibem 1 ou vários mecanismos imprescindíveis à replicação viral Os vírus infectam células. Logo, para que a replicação desse parasito seja afetada deve-se também afetar a célula (de forma indiferente ou prejudicando o correto funcionamento metabólico celular, devendo-se fazer um balanço entre os riscos e benefícios da utilização dessa classe medicamentosa). A eficácia de um medicamento antiviral está na relação entre o fim da infecção e possíveis efeitos colaterais da molécula no sistema de funcionamento normal da célula hospedeira. Um antiviral pode acabar com a infecção, mas pode, ao mesmo tempo, lesar algumas células de alguma maneira.

1. Antivirais análogos de nucleosídeos/nucleotídeos

São drogas antivirais a base de nucleotídeos sintéticos que interferem de alguma forma na síntese de DNA/RNA

2. Antivirais análogos de piro fosfato

Inibidores não nucleotídicos da polimerase do Herpes-vírus

3. Antivirais interferon-alpha

De forma geral, reduzem o metabolismo celular, tornando a célula não susceptível à replicação viral.

4. Antivirais anti-HBV

Exemplo: Entecavir O Entecavir, um análogo do nucleosídeo guanosina com atividade contra a VHB polimerase, é eficientemente fosforilado na forma trifosfatada (TP) ativa, que tem uma meia-vida intracelular de 15 horas. Por competição com o substrato natural deoxiguanosina TP, o Entecavir TP inibe funcionalmente as 3 atividades da polimerase viral: (1) iniciador da inibição da VHB polimerase, (2) transcrição reversa da cadeia negativa de DNA do mensageiro pré-genômico RNA, e

  • IgM alto: está infectado
  • IgG baixo e subindo: está infectado

Detecção direta

Detecção da presença de antígenos, ácidos nucleicos ou partícula virais, diretamente no material ou na amostra analisada. Realizada através de um microscópio eletrônico de varredura (observando o agente viral diretamente) e não é amplamente utilizada pelo custo e pela logística (não é um método que pode ser utilizado em larga escala para a análise de infecções)

  • Hibridização com sondas de ácido nucléico específicas
  • Reação em cadeia da polimerase (PCR)
  • Comparação de genomas pela identificação do sequenciamento genético
  • Visualização da partícula viral
  • Microscopia Eletrônica (Observação da morfologia das partículas virais)
  • Detecção de alterações celulares e corpúsculos de inclusão
  • Microscopia ótica (coloração de células e cortes histológicos)

Isolamento viral

Método que, assim como a detecção direta, não pode ser utilizado em larga escala pela dificuldade em isolar a partícula viral. Amplificação e evidenciação do número das partículas virais existentes em uma determinada amostra (biológica ou ambiental), utilizando-se um sistema de cultivo celular;

  • Primária: células retiradas de animais ou vegetais, com características do tecido de origem, que podem crescer em cultura por um pequeno período;
  • Secundária: células derivadas a partir do cultivo de células primárias; podem ser cultivadas por um tempo maior, mantendo as características originais;
  • Contínua: células que continuam dividindo-se por tempo indeterminado, com crescimento celular constante, que ainda guardam grande parte das características originais. Muito utilizadas em pesquisa, uma vez que podem ser mantidas por um grande período. Como desvantagem, as células podem vir a perder as características iniciais e sofrer alterações genéticas e/ou morfológicas.