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Mecânica de Máquina de Costura Industrial
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Belo Horizonte – MG
Presidente da FIEMG Olavo Machado Junior
Gestor do SENAI Petrônio Machado Zica
Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Lúcio José de Figueiredo Sampaio
Gerente de Educação e Tecnologia Edmar Fernando de Alcântara
Elaboração Equipe Senai / Modatec - BH
Unidade Operacional Senai / Modatec - Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário
ApAprreesesennttaaççããoo
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.“ Peter Drucker
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação.
O SENAI , maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência : “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada ”.
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI , cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – Internet - é tão importante quanto zelar pela produção de material didático.
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI , fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!
Gerência de Educação e Tecnologia
_SENAI / Modatec - BH ________________________________________________________________________________
1. 1. InInttrroodduuççããoo
Este é um material de apoio para o curso de MECÂNICA DE MÁQUINAS DE COSTURA INDUSTRIAL, tem como objetivo capacitar profissionais para desempenhar com competência e habilidade a manutenção preventiva e produtiva em máquinas de costura industrial, em conformidade às normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde.
(a) Máquina Ponto Fixo
Reta – SIRUBA Reta – PFAFF Pespontadeira – BROTHER Pespontadeira - SINGER Zig-zag – SINGER Coluna – IVOMAC 335/Fitar – IVOMAC 335/ Fitar - Singer
(b) Máquina Ponto Fixo Eletrônica
Reta - BROTHER
(c) Máquina Ponto Corrente
Overloque - GN1-6D Overloque - Singer Overloque - SIRUBA Interloque - SIRUBA Interloque - Ponto Especial Interloque - YAMATO Galoneira - KANSAY SPECIAL Pespontadeira de ponto corrente (P.T.F) – SIRUBA Pespontadeira de braço - SINGER
_SENAI / Modatec - BH ________________________________________________________________________________
3. 3. FFererrraammeennttaass ee sseegguurraannççaa
Podemos definir como ferramentas objetos adaptáveis à finalidade de execução de determinado trabalho, sendo estes facilitadores do processo tanto em agilidade como em esforço.
Alguns fatores há que se considerar como: a qualidade das ferramentas, conservação das mesmas, manutenção, limpeza, ordem, treinamento, etc.
A ferramenta correta no momento oportuno significa qualidade, economia e segurança.
Podemos classificar as ferramentas em: manuais, mecânicas ou motorizadas.
Ferramentas manuais:
Chave de fenda: A chave de fenda é utilizada para regular a pressão de parafusos que nas suas cabeças tenham ranhuras que permitam a entrada da cunha e através de giros aperta-se ou folga-se o parafuso.
Chave Philips: Chave com a mesma finalidade da chave de fenda, porém aplicada a parafusos com ranhuras em forma de cruz.
Chave de boca fixa: Também chamada de chave de porca, é aplicada sobre porcas ou cabeças de parafusos, e através de giros aperta-se ou folga-se o parafuso. Pode ser encontrada com uma ou duas bocas.
_SENAI / Modatec - BH ________________________________________________________________________________ Chave de estrias ou estrela: As chaves de estrias ou estrela são identificadas pela dimensão nominal entre faces do sextavado formado pelas estrias.
Chave de boca combinada: As chaves deste grupo consistem na combinação entre as chaves de boca fixa e de estrias ou estrela. Neste caso, ambos os lados possuem dimensões iguais.
Chave de boca regulável: Também conhecida como chave inglesa, permite regular a abertura da mandíbula móvel, de acordo com a peça a ser ajustada por meio de um parafuso regulador ou porca reguladora, ( rosca sem-fim ). Durante a utilização não se deve colocá-la em qualquer direção. A direção preferencial de uso é voltada para o operador, pois ao contrário pode escapar e feri-lo.
Chave de encaixe hexagonal (ALLEN): Destinadas a regular a pressão de parafusos cuja a sua cabeça possui um sextavado interno. Esse tipo de chave encontra-se geralmente em jogos de 6 unidades, são encontradas tanto em milímetros quanto em polegada, e nessa classificação encontraremos também a chave Allen de tork conhecida como chave Allen estrela.
Alicate: Os alicates em destaque são: alicate universal, de corte diagonal, de bico chato, de bico redondo para anel interno e externo, etc.
_SENAI / Modatec - BH ________________________________________________________________________________ Tesouras: As tesouras manuais são empregadas em muitas profissões. Elas fazem parte de uma família cujas atividades variam conforme o material a ser cortado. Cada profissão requer tesouras diferentes, mas com as mesmas características gerais: Duas laminas no prolongamento dos respectivos cabos, que são articulados por parafusos ou rebites.
Percutidas: São fabricadas em aço, bronze, alumínio, são forjadas e tratadas termicamente.
A curiosidade deste tipo de ferramenta é que ela depende de impacto de outras ferramentas para efetuarem seu trabalho.
Sempre que apresentarem rebarbas em suas cabeças, em forma de cogumelo provocadas pelos impactos que recebem, devem ser retificadas para evitar a projeção de estilhaços. Uma recomendação importante para quem utiliza este tipo de ferramenta é a utilização de óculos de segurança.
Morsa de bancada: É um dispositivo de fixação constituído de duas mandíbulas, sendo uma fixa e outra móvel que se desloca por meio de um parafuso e uma porca. As mandíbulas estão providas de mordentes estriados para maior segurança na fixação das peças. Em certos casos estes mordentes devem ser cobertos por mordentes de proteção, para evitar marcas nas faces já acabadas das peças.
As morsas podem ser constituídas de aço ou ferro fundido, de diversos tipos e tamanhos. Existem morsas de base fixa e de base giratória. Os tamanhos encontrados no comércio são dados por um número e sua equivalência em milímetros corresponde à largura do mordente.
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4. 4. LuLubbrriiffiiccaaççããoo
Sem a devida lubrificação, qualquer equipamento mecânico terá sua vida útil
reduzida, devido aos desgastes que ocorrem nas partes dos equipamentos que
possuem elementos móveis trabalhando em contato uns com os outros. A finalidade da lubrificação é a redução mínima do atrito entre as peças da
máquina, na máquina de costura quando ocorre a falta dessa lubrificação,
teremos com certeza paradas desnecessárias para que se corrija o problema,
isso indica sempre baixa na produção e prejuízo por tempo ocioso da máquina.
Muitas são as indústrias que não levam a sério a lubrificação de seus
equipamentos, atribuindo muitas vezes a função da lubrificação a funcionários
despreparados sem conhecimentos técnicos para essa função tão importante na
indústria, o problema da lubrificação inadequada pode ser evitado mediante a uma programação técnica para lubrificação das máquinas da qual constam os
seguintes fatores, ciclo de lubrificação, lubrificação adequada, quantidade
requerida de lubrificante.
Os óleos industriais são fabricados para satisfazerem especificações rígidas que
variam de acordo com a utilidade a que se destinam. Muitos óleos contêm aditivos
que lhes proporcionam as propriedades exatas requeridas para o serviço que
devem exercer, o óleo lubrificante melhor adaptável ao mecanismo de determinada máquina de costura industrial, encontra-se especificado nos manuais
de instruções das máquinas, fornecidos pelos próprios fabricantes.
Tipos de lubrificação
Lubrificação Manual ou por Gravidade;
Lubrificação Semi-automática ou por Respingo;
Lubrificação por Capilares;
Lubrificação Automática ou Forçada.
Lubrificação Manual ou por Gravidade:
Esse tipo de lubrificação é feito com almotolia, através dos orifícios existentes nas
máquinas que tem como finalidade levar o óleo às buchas, eixos, mancais e todas
as partes móveis da máquina a fim de manter os elementos móveis adequadamente lubrificados.
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5. 5. TiTippooss ddee TTrraannssppoorrttee
Os tipos de transporte são basicamente seis:
Transporte Simples ou Comum; Transporte Duplo; Transporte Triplo; Transporte Inferior Comum e Superior Variável; Transporte Inferior Diferencial e Superior Variável; Transporte inferior com Diferencial.
Transporte Simples ou Comum: Esse tipo de transporte é feito mediante ao
deslocamento da serrilha, que desloca o material que está sendo costurado,
quando a agulha encontra-se fora do contato com este material.
Transporte Duplo: Esse tipo de transporte é realizado mediante a um movimento
sincronizado da serrilha com o auxílio da agulha, o material a ser costurado
desloca-se quando a agulha penetra no mesmo e avança juntamente com a
serrilha.
Transporte Triplo: Neste tipo de transporte existe uma sincronização da serrilha
com a agulha e os calcadores, no início do transporte o calcador de arraste
abaixa-se e o calcador que segura o material sobe, o calcador de arraste
desloca o material juntamente como a serrilha e a agulha, no final do transporte, o
calcador de arraste levanta-se e o que segura o material abaixa-se, o calcador de
arraste volta a sua posição de partida.
Transporte Inferior Comum e Superior Variável: Neste tipo de transporte a
agulha e a serrilha trabalham sincronizados enquanto uma parte do calcador fará
a variação no deslocamento do material costurado, de acordo com o franzimento.
Ex: Para unir camadas múltiplas com um acabamento liso na parte inferior e
franzimento na camada superior da costura.
Transporte Inferior Diferencial e Superior Variável: Neste tipo de transporte a
máquina possui duas serrilhas que trabalham em conjunto ou separadamente uma da outra, adiantando ou atrasando o material, e uma parte do calcador fará a
variação no deslocamento do material de acordo com o franzimento.
Ex: Para dar franzimento extra à camada superior ou inferior, para o esticamento
das duas camadas do material em costuras elásticas.
Transporte inferior com Diferencial: Neste tipo de transporte a máquina possui
duas serrilhas que trabalham em conjunto ou separadas uma da outra, e a barra
da agulha só realiza movimentos na vertical. Ex: Para dar franzimento extra da camada inferior, ou para esticamento de alguns
materiais.
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6. 6. TiTippooss dede PoPonnttooss
A costura tem por finalidade unir diferentes componentes de uma peça de vestuário pela formação de uma costura constituída por pontos. Outros métodos existem, tais como a utilização de ultra-sons, a termocolagem, etc., que tem importância limitada em confecção e se aplicam a materiais termoplásticos por ação do calor e da pressão. Entre as técnicas de união mecânica, a costura mantém uma posição predominante devido a sua simplicidade, sofisticação e método de produção econômica, com uma elasticidade controlável. A classificação dos pontos encontra-se normatizada através da NBR 13483 (set/1995). Os diferentes pontos são designados por um número com três algarismos. O algarismo das centenas corresponde a uma das seis classes de pontos.
Classe 100 – ponto corrente simples Classe 200 – ponto feito à mão, originalmente. Classe 300 – ponto fixo Classe 400 – ponto corrente de duas ou mais linhas Classe 500 – ponto corrente de acabamento de bordas Classe 600 – ponto corrente de cobertura Classe 700 - ponto fixo de uma linha
Máquinas Industriais
As máquinas de costura mais utilizadas nas confecções dividem-se em duas classes; as que fazem ponto fixo e as que fazem ponto corrente. Existem no mercado, máquinas muito avançadas, para os mais diversos trabalhos. A seguir, algumas noções sobre algumas delas.
Características das máquinas de ponto fixo:
Todas possuem bobina e caixa de bobina. A amarração da linha superior com a linha inferior fica no meio do material.
Vantagens:
Desvantagens:
Características das máquinas de ponto corrente:
Todas as máquinas que fazem o ponto corrente trabalham com loopers. O looper é um dispositivo que fica abaixo da chapa da agulha e é utilizado na formação da
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Ponto 201_**
Ponto formado por duas linhas 1 e 2 que devem ser passadas através do material pela mesma perfuração, seguindo direções opostas, sem se entrelaçarem.
Ponto 202
É formado por uma linha que atravessa o tecido e cujo processo de formação é o seguinte:
Ponto 204
È formado por uma linha, conforme o esquema da figura. Um exemplo, é o ponto X, muito utilizado para fazer bainhas.
Ponto 209
É um tipo de alinhavo. ( Pontos Largos )
Classe 300 – Ponto fixo
O ponto fixo é formado por duas linhas e tem a mesma aparência dos dois lados da costura. Todas as categorias desse ponto utilizam a bobina (linha inferior). O resultado é uma costura resistente, duradoura e econômica. A única desvantagem é ter que, periodicamente, recarregar a bobina. O ponto 301 é feito pela máquina reta de ponto fixo.
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Ponto 301_**
É formada por duas linhas, uma da agulha ( a ) e outra da bobina ( b ). O laço da linha ( a ) passa através do tecido e é entrelaçado pela linha ( b). A linha ( b ) é depois puxada para cima para fixar a costura.
Ponto 304
Este ponto é igual ao 301, com exceção de que os sucessivos pontos simples formam um desenho simétrico em zigue-zague.
Classe 400 – Ponto corrente de duas ou mais linhas
Ponto formado por três linhas: duas linhas das agulhas (1) e (2) e uma linha do looper (a). As laçadas das linhas (1) e (2) devem ser passadas através do material, vindas pelo lado da agulha, e entrelaçadas com a linha do looper (a) na parte de baixo.
Estes pontos diferenciam-se dos da classe 100 porque são formados por duas ou
mais linhas. Essa classe abrange os pontos feitos por máquinas de costura com loopers tais como a galoneira, fechadeira de braço ( engrazadeira ),
pespontadeira de base plana, essa com a mesma aparência de uma máquina reta
usa para fazer viés de ombro a ombro em camisetas, pespontadeira de ponto
corrente ( P.T.F ), muito empregada na área de jeans.
Devido à sua geometria, o ponto de cadeia tipo 401 é mais resistente do que o
ponto fixo do mesmo tipo, existindo ainda menor possibilidade de causar costuras
franzidas. É possível utilizar tensões mais baixas aumentando a elasticidade das costuras, sendo a produtividade mais elevada em relação ao ponto fixo devido ao
fato de as linhas serem alimentadas diretamente de cones de grandes dimensões
sem necessidade de parar freqüentemente para a troca de bobina.
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Ponto 502
É formado por duas linhas uma linha da agulha ( 1 ) e uma linha do looper ( a ).
Ponto 504
O ponto 504 é o mais conhecido, a máquina de overloque é um exemplo de máquina que executa esse ponto. É formado por três linhas: uma linha da agulha (1), uma do looper inferior (b) e outra do looper superior (a). As linhas dos loopers entrelaçam-se no meio da espessura do material.
Ponto 516
O ponto 516 formando simultaneamente uma fileira de ponto tipo 401 a uma distância específica da agulha que faz o ponto 504 na borda (máquina interloque). Ideal para pregar mangas e fechar camisas, fechar calças, etc.
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Classe 600 – Ponto corrente de cobertura
As máquinas que fazem o ponto de cobertura utilizam um looper superior,
também chamado de trançador ou looper cego (não possui furo). São chamados
recobridores por serem freqüentemente usados nas costuras decorativas e
acabamentos finais ou por recobrirem outras costuras.
Ponto 602
Este tipo de ponto é formado por quatro linhas: duas linhas das agulhas (1) e (2), uma linha do looper inferior (a) e uma linha de cobertura (Z) ( trançador ).
Ponto 605
O ponto 605 é formado por cinco linhas (três linhas das agulhas, uma do looper inferior e a quinta do looper superior). Ambos os pontos são muito usados para recobrir costuras em peças de malharia, principalmente as de moda praia e lingeries. A galoneira é um exemplo de máquina que executa esses tipos de pontos.
CLASSE 700: Ponto fixo de uma linha
É similar ao ponto 301, porém diferencia-se pela bobina que se enche automaticamente com a própria linha da agulha. O primeiro ponto não possui pontas livres.