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MANUAL TUDO SOBRE SARCOPENIA, Manuais, Projetos, Pesquisas de Saúde Pública

SARCOPENIA COM CONTEÚDO BEM DIDÁTICO

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 19/12/2019

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ana-paula-cardoso-44 🇧🇷

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SARCOPENIA
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Tudo o que você

precisa saber sobre

SARCOPENIA

Tudo o que você precisa saber sobre Sarcopenia

O que é?

Quais as causas?

Quem pode sofrer com essa condição?

Estudos brasileiros

Quais são os sintomas?

Como é feito o diagnóstico?

Sarcopenia x Desnutrição

Como é feito o manejo da Sarcopenia?

Sumário

O que é?

Atualmente, a definição mais aceita e utilizada é a estabelecida em 2010 pelo Grupo Europeu de Trabalho sobre Sarcopenia em Idosos (EWGSOP, do inglês). Na ocasião, a sarcopenia foi definida como uma síndrome de causas multifatoriais, caracterizada pela perda progressiva de massa muscular, diminuição da força e piora do desempenho dos músculos. Por esses motivos, as pessoas que sofrem com essa condição podem ter sua qualidade de vida bastante comprometida, uma vez que esses sintomas limitam suas capacidades motoras, tornando-as mais dependentes da ajuda de terceiros e mais propensas ao aparecimento de outras complicações e doenças. Além disso, por apresentarem uma maior fragilidade muscular, tornam-se também mais suscetíveis a quedas e internações e adentram um grupo de risco com taxas de mortalidade mais altas.

Quais são as causas?

O termo ‘sarcopenia’ vem do grego e significa, literalmente, “falta de carne”. Como comentamos, trata- se de uma condição multifatorial, proveniente de uma série de alterações fisiológicas que ocorrem no organismo à medida que envelhecemos, prejudicando a integridade da musculatura. Com o passar dos anos, é normal que haja uma perda progressiva da massa muscular, um processo que se inicia já a partir dos 40 anos de idade e tende a acelerar a partir dos 50. Dentre as principais causas para isso, destaca-se a queda na produção de hormônios importantes, como a testosterona, essenciais para a síntese de proteínas, processo que é fundamental para a criação de novos músculos. Para as mulheres, essa fase da vida traz ainda mais uma preocupação, uma vez que, durante a menopausa, também caem os níveis de estrogênio. Essas condições levam ainda ao acúmulo de gordura (na barriga, para os homens; e nos quadris, para as mulheres), sendo associado a uma maior resistência à insulina. Essa resistência é uma das causas do diabetes e também está relacionado a prejuízos ao tecidos muscular. Outros quadros também colaboram para o surgimento e agravamento da sarcopenia. Com o avançar da idade, é comum que pessoas idosas sofram com doenças como desnutrição e distúrbios nos sistemas digestivo, circulatório e nervoso. Essas complicações podem, entre outras coisas, levar à imobilidade do paciente, como no caso de uma internação, por exemplo, o que

Quem pode sofrer

com essa condição?

Estudos brasileiros

Devido à s suas características, a sarcopenia é uma síndrome que afeta, majoritariamente, pessoas idosas, especialmente as maiores de 60 anos, mas pode acometer a partir de 4 0 anos. P essoas sedentárias e, principalmente, as que combinam ambos fatores também estão no g rupo de risco.

Nesse cenário, h á dois estudos recentes que chegaram a números muito semelhantes sobre a indecência da sarcopenia na sociedade, mostrando que se trata de uma condição bem mais comum do que possa parecer. Uma dessas pesquisas foi desenvolvida pela F aculdade de Saúde Pública da U niversidade de São P aulo, ainda em 2 0 1 4. Esse estudo avaliou idosos residentes da capital paulista, acompanhando mais de mil pessoas acima dos 6 0 anos de idade. Foram levantados í ndices relativos à massa muscular, força e ao desempenho físico dessas pessoas. O resultado foi que 1 6 , 1 % das mulheres estudadas sofriam sarcopenia, enquanto nos h omens esse í ndice era de 14 , 4 %. Por sua vez, também no ano de 2 0 1 4 , um estudo conduzido pelo epidemiologista Thiago Gonzalez Barbosa e Silva realizou uma avaliação semelhante na cidade de Pelotas, no R io G rande do Sul. Além dos mesmos índices estudados pela pesquisa paulista, também foram

realizados outros exames detalhados, de ultrassonografias a medidas antropométricas. O estudo avaliou mais de 1.200 idosos da cidade e chegou, basicamente, à mesma conclusão: cerca de 14% das pessoas acima dos 60 anos de idade sofriam com a sarcopenia. Além disso, concluiu-se que 1 e cada 10 idosos encontram-se no grupo de risco para o desenvolvimento da síndrome, uma fase chamada de pré-sarcopenia. Vale destacar ainda que ambos os estudos mostram que a incidência da síndrome aumenta consideravelmente em pessoas acima dos 80 anos, alcançando índices quase quatro vezes maiores do que os detectados em idosos mais jovens.

A sarcopenia é uma síndrome de difícil percepção quando está nas suas fases iniciais. Por sua condição progressiva e pelo fato de que a perda de massa muscular é encarada como um aspecto normal do envelhecimento, muitas pessoas não dão a devida atenção ou sequer percebem os sinais que vão surgindo com o tempo. Além disso, após os 40 ou 50 anos de idade, o ritmo com que a perda muscular acontece acelera e acontece um fenômeno em que há a troca dos músculos por gordura. Isso leva a uma estabilidade no peso e no Índice

Quais são os

sintomas?

Como é feito o

diagnóstico?

Assim como acontece com a percepção dos primeiros sintomas, o diagnóstico da sarcopenia em estágio iniciais também não é simples. No entanto, o Grupo Europeu de Trabalho sobre Sarcopenia em Idosos determinou a adoção de testes que podem averiguar se o paciente sofre ou não com a síndrome, ajudando a obter diagnósticos cada vez mais precoces. São eles:

- mensuração da massa muscular: obtida por meio de exames, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. - teste de força: o método mais utilizado é a medição da força de preensão por meio de dinamometria manual. - teste de performance muscular: são testes que medem o desempenho físico do paciente. Um exemplo é o chamado Time Up and Go , em que o paciente sai da posição sentada em uma cadeira, anda alguns metros e retorna até a posição inicial. Há outros métodos recentes que podem auxiliar na identificação da sarcopenia. Um exemplo é o chamado SARC-F, criado em 2013 por pesquisadores norte-americanos. Trata- se de um questionário com cinco perguntas objetivas que busca identificar pessoas que estejam no grupo de risco para a sarcopenia. O pesquisador Thiago Gonzalez Barbosa e

Silva propôs em seus trabalhos uma forma de aprimorar o questionário, validando-o com uma ferramente de triagem para a sarcopenia, mas também buscando melhorar sua eficácia. Para isso, o estudo incorporou às perguntas do SARC-F a verificação da circunferência da panturrilha. Criou-se assim, o SARC-F + CC. método que obteve resultados mais assertivos na identificação de pessoas com sarcopenia, permitindo a sua aplicação na prática clínica. Nesse sentido, é importante destacar a especial importância que a panturrilha tem na identificação da sarcopenia. Por se tratar de uma área que possui pouquíssima gordura, a circunferência dessa parte do corpo fornece aos profissionais de saúde uma noção mais precisa do estado muscular geral do paciente, ajudando-os a fazer o diagnóstico e o encaminhamento mais apropriado.

Por fim, para facilitar o encaminhamento dos pacientes, foi proposta pelo grupo a divisão em três categorias distintas, que variam de acordo com o estágio de evolução da condição. São eles: pré-sarcopenia: quando é detectada apenas a perda de massa muscular; sarcopenia: quando a perda de músculos é acompanhada de perda de força ou da performance muscular; sarcopenia grave: quando o paciente já apresenta as três condições juntas (perda de massa, de força e de performance muscular).

Como é feito o manejo

da Sarcopenia?

O tratamento da sarcopenia envolve ações em diferentes frentes. Em primeiro lugar, é preciso combater os problemas nutricionais. Para isso, é importante adequar não apenas o aporte calórico do paciente, mas principalmente a quantidade de proteínas que ele consome, nutriente fundamental na construção do tecido muscular. Nesse sentido, idosos que sofrem com a síndrome devem aumentar consideravelmente o aporte proteico ao organismo. Vale destacar que a proteína também está presente em vegetais, como feijão, soja e grão- de-bico. Para pessoas vegetarianas ou veganas, o segredo está na combinação entre diferentes fontes proteicas de origem vegetal. É nas proteínas em que se encontra a maior parte dos chamados aminoácidos essenciais, aqueles que o corpo não consegue sintetizar e, por consequência, deve obter por meio da alimentação. Um exemplo é a leucina, uma molécula de rápida digestão e absorção, fundamental para a manutenção do tecido muscular. O ajuste da quantidade de proteína a ser ingerida vai depender da indicação do profissional nutricionista. Porém, a recomendação geral é que o idoso aumente o consumo para cerca de 1,2 grama de proteína por quilo de peso corporal todos os dias.

Se o aporte proteico merece especial atenção, é importante que todos os outros nutrientes também estejam em equilíbrio e sejam consumidos em quantidades adequadas. Minerais como magnésio e potássio, por exemplo, são fundamentais para a integridade do tecido muscular. Para isso, no entanto, é fundamental que o paciente conte com acompanhamento nutricional individualizado, garantindo que o equilíbrio e a eficácia da dieta. A segunda frente de ação contra a sarcopenia é a realização de exercícios regulares. Apesar de a perda muscular ser inevitável com o passar dos anos, as atividades físicas - tanto aeróbias quanto anaeróbias

  • são fundamentais para a criação e manutenção da musculatura. Uma vez que a prática de exercícios, quando iniciada precocemente, fornece uma boa margem para quando a musculatura começar a diminuir. Para pessoas que já sofrem com a síndrome, é preciso que haja um foco ainda maior nos exercícios que proporcionam a hipertrofia, como musculação, ioga ou pilates, sempre com aumento progressivo do esforço, com o objetivo de recuperar a massa perdida ao longo dos anos. Podemos perceber que a sarcopenia é uma síndrome que merece atenção em diversas áreas da saúde, necessitando o acompanhamento do médico, fisioterapeuta, educador físico e nutricionista. Dessa forma, para que o paciente compreenda a importância da combinação entre a alimentação adequada e a atividade física para a melhora da força e da função muscular.

Um paciente com peso corporal de 60 kg deve consumir ao longo do dia:

  • 72 g/ de proteína

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