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Manual Técnico em Saúde Bical, Esquemas de Odontologia

Manual Técnico em Saúde Bucal / Auxiliar em Saúde Bucal

Tipologia: Esquemas

2025

Compartilhado em 06/07/2025

luciana-duarte-55
luciana-duarte-55 🇧🇷

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Manual do TSB e ASB - Página 1
Manual do
TSB e ASB
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Manual do TSB e ASB - Página 1

Manual do

TSB e ASB

Volume 2

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO
    1. BIOSSEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
    1. CONTROLE DE INFECÇÃO EM ODONTOLOGIA
    1. RESÍDUOS DE SAÚDE

Manual do TSB e ASB - Página 5

1. INTRODUÇÃO

Em novembro de 2015, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, lançou, em solenidade realizada na sede do CROSP, o 1º Vo- lume do Manual do ASB e TSB, produzido pela Câmara Técnica de Auxiliar e Técnico em Saúde Bucal, composto por conceitos gerais de orientação técnica como forma de buscar a valorização dessas res- pectivas profissões. Em face à alta receptividade alcançada no meio odontológico por esse importante documento, vimos agora, apresentar o 2º Volume do referido Manual, que traz inserido em seu contexto, conceitos de Biossegurança,

Manual do TSB e ASB - Página 7 Membros Efetivos: TSB Aline Cantão dos Santos TSB Camila Campos Lutz Machado – Santos/SP CD Edélcio Francisco Anselmo – Cubatão/SP CD Julie Silvia Martins – São Paulo/SP CD Lusiane Camilo Borges – São Paulo/SP CD Maria Regina da Silva Amorim – Santos/SP CD Rogério de Mesquita Spínola – São Paulo/SP Contato: camaratecnicatsbasb@crosp.org.br PORTAL DE ESPECIALIDADES

- Câmara Técnica de ASB e TSB Endereço eletrônico: http://goo.gl/1429Gw

2. BIOSSEGURANÇA E

SAÚDE DO TRABALHADOR

Medidas de Biossegurança são essenciais ao trabalhador de saúde de tal forma que a relevância do assunto corroborou sobremaneira para a regulamentação das profissões de TSB e ASB. Conceito de Biossegurança: Conjunto de ações destinadas a prevenção e minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades profissionais. Tais atividades podem estar relacionadas à produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando a saúde do homem, animais, preservação do meio ambiente e qualidade dos resultados. Como o conceito é bastante amplo cabe neste manual pontuar os temas centrais e essenciais para que o ASB e TSB trabalharem em segurança: PRECAUÇÕES PADRÃO São medidas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a todos os pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e contato com mucosas e pele não-íntegra. Isso independe do diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa (HIV/AIDS hepatites B e C). Essas medidas incluem a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), com a finalidade de reduzir a exposição do profissional a sangue ou fluidos corpóreos, e os cuidados específicos recomendados

As mãos constituem a principal via de transmissão de micro-organismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos micro-organismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:

  • Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato
  • Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico. A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo: USO DE ÁGUA E SABÃO Água corrente e sabão antisséptico Indicação: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais:
  • Ao iniciar o turno de trabalho
  • Após ir ao banheiro
  • Antes e depois das refeições
  • Antes de preparo de alimentos
  • Antes de preparo e manipulação de medicamentos
  • Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA Álcool Gel 70% Indicação: Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não

Manual do TSB e ASB - Página 11 estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:

- Antes de contato com o paciente Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro- organismos oriundos das mãos do profissional de saúde. - Após contato com o paciente Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próxi¬mos ao paciente, evitando a transmissão de micro- organismos do próprio paciente. - Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro- organismos oriundos das mãos do profissional de saúde. - Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro- organismos oriundos das mãos do profissional de saúde. - Após risco de exposição a fluidos corporais Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de micro- organismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. - Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de micro- organismos de uma determinada área para outras áreas de seu corpo. Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional. Deve-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistên- cia na sequencia: sítio menos contaminado para o mais contaminado. - Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de micro- organismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

Manual do TSB e ASB - Página 13 procedimento, além de ser uma barreira mecânica contra a contaminação dos cabelos por secreções, por aerossóis e por produtos. O gorro deve ser preferencialmente do tipo descartável, deve cobrir todo o cabelo e as orelhas e ser trocado sempre que necessário ou a cada turno laboral (MIRANZI, 2006).

  • Aventais - devem ser utilizados durante os procedimentos com possibilidade de contato com material biológico, inclusive em superfícies contaminadas
  • Sapatos fechados - proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante como centro cirúrgico ou situação de hemorragia.

C. IMUNIZAÇÃO

Seguem abaixo as vacinas necessárias para a proteção do profissional ASB e TSB:

  • Hepatite B – É administrada em 3 doses. Via intramuscular, músculo deltoide com intervalo de um mês entre a primeira dose e a segunda e de seis meses entre a segunda e a terceira dose. É indicado fazer o Anti- HBs entre o 7º e 13º mês para documentar a viragem sorológica para ratificar a imunidade para a Hepatite B. OBS: Uma vez imunizado, ou seja, com o Anti-HBS+ não há necessidade de revacinação.
  • Gripe (Influenza) – É administrada em dose única anualmente. Via intramuscular. Altamente recomendada ao profissional da Odontologia por lidar direta e exclusivamente com as vias respiratórias do paciente. Contra-indicada para indivíduos alérgicos a ovo.
  • Tétano e Difteria (dT adulto ou toxóide tetânico) – É administrada em 3 doses, via intramuscular sendo a 2ª dose realizada de 4 a 8 semanas após a primeira e a 3ª dose, de 6 a 12 meses após a segunda. O reforço deve ser feito em dose única a cada 10 anos.

Gestantes devem ser vacinadas a partir do segundo trimestre.

  • Varicela – É administrada em 2 doses com intervalo entre as doses de 4 a 8 semanas em via subcutânea. É contra-indicado para gestantes e é aconselhável evitar gestação até 1 mês após receber a vacina. Fortemente recomendada para profissionais de saúde suscetíveis à varicela e, em especial, aos profissionais que atendem bebês e crianças.
  • Rubéola, Sarampo e Caxumba (MMR Tríplice Viral) – Administrada em dose única, via subcutânea. Recomenda-se uma 2ª dose para atingir melhores índices de proteção sendo intervalo de 30 dias. É contra-indicada na gestação e recomenda-se evitar gestação até um mês após receber a vacina. Contra-indicada para indivíduos alérgicos a ovo e neomicina.
  • Tuberculose (BCG) – Apesar de não existir estudos que comprovem sua eficiência na fase adulta, alguns autores ainda indicam a BCG (Bacille Calmette-Guérin) para prevenção da turberculose em profissionais de saúde
  • Tríplice bacteriana para adultos (DTP: Coqueluche, Tétano e Difteria) - Diante de surtos de coqueluche descritos nos últimos anos, cujo reservatório identificado foram os profissionais de saúde, recomenda- se a vacinação, especialmente para os que lidam com recém-nascidos, crianças e pacientes imunodeprimidos. É administrada via intramuscular em dose única como 3º reforço, já que faz parte do calendário básico de vacinação da criança.
  • Hepatite A – É administrada em 2 doses com intervalo de 0 e 6 meses. Via intramuscular. Deve ser considerada para o profissional de saúde que trabalha em comunidades carentes, sem saneamento básico e com pacientes institucionalizados. Indicada na profilaxia pós-exposição. OBS: Estas vacinas devem ser preferencialmente administradas nos serviços públicos de saúde ou na rede credenciada para a garantia do esquema vacinal. Importante!
  • A portaria do MTE – Norma Regulamentadora 32 – Segurança e Saúde

de dermatites ou feridas abertas

  • Por mordeduras humanas: consideradas como exposição de risco quando envolvem a presença de sangue. Devem ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto para aquele que tenha sido exposto. MATERIAIS PERFUROCORTANTES Recomendações específicas devem ser seguidas durante a realização de procedimentos que envolvam a manipulação de material perfurocortante:
  • Máxima atenção durante a realização dos procedimentos
  • Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes
  • Agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos. No caso da seringa carpule deve-se reencapar sempre “pescando” a capa da agulha e jamais com as duas mãos.
  • Não utilizar agulhas para fixar papéis
  • Todo material perfurocortante (agulhas, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração com tampa e o símbolo de infectante
  • Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. RECOMENDAÇÕES EM CASO DE EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO Os procedimentos recomendados à exposição de material biológico incluem cuidados locais na área exposta, recomendações específicas para imunização contra tétano e, medidas de quimioprofilaxia e acompanhamento sorológico para hepatite e HIV. Situações de mordeduras, são consideradas como exposição de risco

Manual do TSB e ASB - Página 17 quando envolver sangue. Seguem as seguintes recomendações:

  • Manter a calma e lavar com água e sabão abundantemente o ferimento, mucosa ou pele exposta ao sangue ou líquido orgânico
  • Atos de espremer a lesão e /ou colocar antissépticos NÃO apresentam evidências de redução de risco, ao contrário, podem promover maior sangramento do local ferido e aumentar a área lesada. - REALIZAR A NOTIFICAÇÃO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! Dirija-se imediatamente ao Centro de Referência no atendimento de acidentes ocupacionais de sua região. A literatura comprova que o TEMPO é essencial para que os resultados das medidas profiláticas sejam satisfatórios. Assim, quanto mais próximo do momento do acidente for a notificação, mais garantia de reversão do risco.
  • Nesse local, deverá ser comunicado o fato aoTécnico de Segurança do Trabalho, preenchido o inquérito de notificação e emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.O ideal é que o acidentado e as condições do acidente sejam avaliados por uma equipe multiprofissional. O paciente-fonte deve ser abordado de forma cautelosa evitando situações delicadas, ou mesmo que pense que foi “contaminado” ou que estão desconfiando dele. - O IDEAL É REALIZAR A NOTIFICAÇÃO EM ATÉ 2 HORAS APÓS O ACIDENTE. O protocolo de quimioprofilaxia pós-exposição visa a reversão de risco para: - Hepatite B (HBV) Verificação da imunização do trabalhador (Anti-HBS+) Administração de imunoglobulina hiperimune Vacinação posterior (3 doses)

Manual do TSB e ASB - Página 19

3. CONTROLE DE INFECÇÃO

EM ODONTOLOGIA

O Controle de Infecção Odontológico é estabelecido mediante os recur- sos materiais e os protocolos que agrupam as recomendações e nor- matizações de órgãos competentes mundiais como OSHA (Occupation Safety and Health Administration), ADA (American Dental Association), CDC (Centers for Disease Control and Prevention), OSAP (Organization for Safety and Asepsis Procedures), FDA (Food and Drug Administra- tion). No Brasil, esse controle é estabelecido pela Vigilância Sanitária, através de Leis, Resoluções e Normas do Ministério da Saúde, podendo ser ge- renciada pela Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Os aspectos inerentes ao Controle de Infecção podem ser minimizados ou eliminados instituindo um programa efetivo, por meio de Protocolo, sendo que esta conscientização inicia-se nas atividades que são incor- poradas pelo aluno em seu curso de capacitação ou formação.

3.1 - CONCEITO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO

Conceito: Infecção cruzada é a transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e equipe, dentro de um ambiente clínico, podendo resultar do contato de pessoa a pessoa ou do contato com objetos contaminados. Transmissão da Infecção:

- Veículos Sangue Saliva, secreções Instrumental contaminado - Vias de Transmissão Inalação (transmissão Aérea) Ingestão Inoculação (membranas e mucosas ou rupturas de pele) 3.2. RISCOS DE INFECÇÃO NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA Podemos ter diversas formas de infecção na clínica odontológica: - Contaminação orofecal Devido ao baixo nível de higiene pessoal de algum membro da equipe profissional que não higieniza corretamente as mãos quando utiliza sanitários. Ex: Hepatite A. - Contaminação de parentes O profissional contamina seus entes queridos ao portar em seu corpo. Não utiliza EPIs (gorro, máscara, avental, luvas, etc). - Infecção de paciente para paciente Ocorre com o uso de instrumentos não esterilizados ou descartáveis: Inoculação direta: Ocorre por meio de instrumento perfurocortante que incisa, se contamina e fere o outro indivíduo. Inoculação indireta: É feita por meio de líquidos orgânicos de lesões de pele ou mucosa bucal, nasofaríngea e das demais estruturas do trato