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INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA
ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS
DE DRENAGEM URBANA
DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
OUTUBRO DE 2004
SCOMURBE – Secretaria Municipal da Coordenação de Política Urbana e Ambiental
SMEU – Secretaria Municipal de Estrutura Urbana
SMRU – Secretaria Municipal de Regulação Urbana
SMHAB – Secretaria Municipal da Habitação
SUDECAP – Superintendência de Desenvolvimento da Capital
URBEL – Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte
GRUPO DE TRABALHO
SMEU
Eliana Marzulo Ribeiro
Ilda Maria Carvalho Aguiar
José Martins Guimarães Ferreira
Maria de Lourdes do Prado Reis
Marisa Ferreira Furtado
Odília da Cunha Peixoto Cançado
Rosana Loureiro Cheib
Túlio Vanni
Vanessa Miranda Santana
SMRU
Denise Holl
Suzana Rachid Nunes
SUDECAP
José Roberto Borges Champs (GGPD)
Eduardo de Oliveira Bueno (GGPD)
Miriam Terezinha Bragança Lana Prata (GGSAN)
Sônia Mara Miranda Knauer (GGSAN)
URBEL / SMHAB
Leila Lustosa Cabral de Almeida
SCOMGER-PAMPULHA
Flávia Cerávolo Silva
COORDENAÇÃO
Gerência de Normas e Padrões
REDAÇÃO FINAL
José Roberto Borges Champs
Í N D I C E
Esta Instrução têm por objetivos:
- estabelecer a padronização dos procedimentos técnicos para a elaboração de estudos e
projetos de microdrenagem no Município de Belo Horizonte;
- estabelecer procedimentos para implantação de sistemas de drenagem urbana capazes de
oferecer aos munícipes condições favoráveis de conforto e segurança quando da ocorrência
de eventos chuvosos.
São aplicáveis aos sistemas de microdrenagem, compreendendo a parte da drenagem urbana
que consiste na coleta, na condução e no lançamento final dos deflúvios superficiais.
Os projetos de novos loteamentos e da expansão da malha viária urbana, bem como a reforma ou
melhoria do sistema atual de microdrenagem, estarão condicionados a estas Instruções.
Estas instruções serão aplicáveis nas áreas classificadas como ZEIS (Zonas de Especial
Interesse Social), de atuação da URBEL, exceto onde, em razão de suas características
urbanísticas, dispõem de instruções próprias para seus sistemas de microdrenagem.
22 .. PPAARRÂÂMMEETTRROOSS HHIIDDRROOLLÓÓGGIICCOOSS
b) Para canais revestidos, o tempo de concentração deve ser calculado pelo método cinemático.
Método Cinemático
∑ = × V L tc 16,
Sendo: tc = tempo de concentração, em min
L = comprimento do escoamento, em km
V = velocidade média no trecho, em m/s
A aplicação do método cinemático deve ser realizada com base na velocidade correspondente
a um escoamento em regime permanente e uniforme, supondo-se a área molhada à meia
seção. Para canais e galerias bem definidas deve ser usada a fórmula de Manning para
cálculo de V.
2.1.4. Duração da chuva de projeto (D)
A duração (D) da chuva de projeto deve igualar ao tempo de concentração (tc).
D = tc = 10 min
2.1.5. Intensidade da chuva de projeto ( I )
As intensidades deverão ser calculadas através da equação de chuvas intensas apresentada na
dissertação de mestrado de Márcia Maria Guimarães Pinheiro (Escola de Engenharia da UFMG,
Orientador: Prof. Mauro Naghettini, 1997) estabelecida com base nas relações intensidade-
duração-frequência e de ietogramas típicos de distribuição temporal, para as precipitações
históricas da Região Metropolitana de BH.
A expressão geral da equação é:
T, d 0,7059 0, IT, (^) i = 0,76542 × D × P ×μ −
IT,i é a estimativa da intensidade de chuva no local “i” associada ao período de retorno T (mm/h).
D é a duração da chuva (horas). P é a precipitação média anual no local “i” (mm). μμμμ T,d é o quantil
adimensional de frequência regional associado ao período de retorno T e à duração d (tabelado).
A precipitação média anual a ser adotada nos estudos e projetos de microdrenagem, no município
de Belo Horizonte, será de 1.500 mm.
Para as aplicações práticas da equação acima, elaborou-se as tabelas 1 e 2.
Tabela 1 – Quantis Adimensionais de Frequência Regional ( μμμμ T,d )
Duração
Duração
Duração
2.1.6. Coeficiente de Escoamento Superficial (C)
Para os estudos e projetos de drenagem em áreas com extensão superficial de porte, o
coeficiente de escoamento superficial (C) deverá ser estabelecido com base nas condições de uso
e ocupação do solo, conforme a Lei 7166 de 27 de agosto de 1996, do Parcelamento, Ocupação e
Uso do Solo, alterada pela Lei 8137 de 20/dezembro/2000.
Os valores de C devem ser obtidos através do coeficiente volumétrico C2, onde
C = 0,67.C 2
de acordo com a tabela 3 abaixo:
Tabela 3 – Coeficiente Volumétrico
em função do zoneamento urbano
N.
Zoneamento
urbano
Código
da Zona C 2
Zona de Preservação
Ambiental
ZPAM 0,20-0,
Zona de Proteção – 1
ZP – 1 0,30-0,
Zona de Proteção – 2
ZP – 2 0,
Zona de Proteção – 3
ZP – 3 0,
Zona de Adensamento
Restrito – 1
ZAR – 1 0,
Zona de Adensamento
Restrito – 2
ZAR – 2 0,
Zona Adensada
ZA 1,
Zona de Adensamento
Preferencial
ZAP 0,
Zona Hipercentro
ZHIP 1,
Zona Central do Barreiro ZCBA
Zona Central de
Belo Horizonte
ZCBH 1,
Zona Central de Venda
Nova
ZCVN 1,
Zona de Especial Interesse
Social
ZEIS 0,
Zona de Grandes
Equipamentos
ZE 0,30-0,
A critério da consultoria e supervisão da PBH, para projetos de drenagem em áreas restritas com
uso e/ou ocupação específicos, podem ser utilizados os valores de C indicados na Tabela 4.
Tabela 4 – Valores de C para áreas urbanas restritas
C
Características da Área
mínimo máximo
Pátios e estacionamentos
Áreas cobertas
Lotes urbanos grandes
Parques e cemitérios
Terreno rochoso montanhoso
Relvado arenoso plano
Referência: Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais
Hidrosistemas / Copasa – 1993
2.1.7. Vazão De Projeto (QP)
Por vazão de projeto entende-se o valor instantâneo de pico (ou o hidrograma de cheia), calculado
indiretamente à partir da transformação da chuva de projeto em vazão do escoamento superficial.
As vazões de projeto para o sistema de microdrenagem serão calculadas pelo Método Racional,
empregando-se a seguinte fórmula :
Qp = 0,00278 × C × I × A
Onde:
Qp = Vazão de projeto, em m^3 /s
C = Coeficiente de escoamento superficial
I = Intensidade da chuva de projeto, em mm/h
A = Área de drenagem, em ha
2.2. PARÂMETROS HIDROLÓGICOS UTILIZADOS NA DRENAGEM DE VIAS URBANAS
Em Belo Horizonte, adota-se o limite de 1,67 m para a largura de alagamento nas sarjetas. Uma
exceção é admitida para os trechos iniciais (trecho entre o divisor de águas e a primeira boca-de-
lobo) das vias locais (vias com até 15 m de largura), onde se adota uma largura de alagamento
máxima de 2,17 m para o caudal de escoamento.
Figura 1– seção típica de uma via