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Este manual contém as normas técnicas pertinentes às atividades de hemovigilância, em todo o território nacional.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Brasília – DF Série A. Normas e Manuais Técnicos
Hemovigilância
2004 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Série A. Normas e Manuais Técnicos Tiragem: 1.ª edição – 2004 – 150 exemplares Edição, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Agência Nacional de Vigilância Sanitária Coordenação Nacional de Hemovigilância Gerência-Geral de Sangue, Outros Tecidos, Células e Órgãos SEPN W3 Norte, quadra 515, bloco B, 1.º andar, sala 8 CEP: 70770-502, Brasília – DF Tels.: (61) 448 1236 / 448 1000 Fax: (61) 448 1355 E-mail: hemovigilancia@anvisa.gov.br Home page: www.anvisa.gov.br Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual técnico de hemovigilância / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 40p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
Manual Técnico de Hemovigilância Apresentação Este manual contém as normas técnicas pertinentes às atividades de hemovigilância, em todo o território nacional. O Sistema de Hemovigilância, aqui denominado HEMOVIGILÂNCIA, tem por objetivo aumentar a segurança nas transfusões sangüíneas, com particu- lar ênfase nos incidentes transfusionais. A transfusão sangüínea é um processo que, mesmo realizado dentro das normas preconizadas, bem indicado e corretamente administrado, envolve risco sanitário. Por isso, há necessidade de se conhecer os incidentes a ela re- lacionados e a sua prevalência, a fim de que possam ser introduzidas medidas corretivas e preventivas que contribuam para aumentar a segurança transfu- sional, objetivo maior de um sistema de hemovigilância. Para realização dessa importante atividade, torna-se fundamental o mo- nitoramento de todo o processo, da captação do doador à transfusão. O sis- tema deve ser integrado, articulado e realimentado, em todo o seu processo, com as informações necessárias para tomada de decisões e desencadeamen- to de ações. Portanto, deve estar preparado para:
Manual Técnico de Hemovigilância
Hemovigilância 2.1 O que é hemovigilância? Hemovigilância é um sistema de avaliação e alerta, organizado com o objetivo de recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou inesperados da utilização de hemocomponentes a fim de prevenir o apareci- mento ou recorrência desses efeitos. O sistema de hemovigilância ocupa-se do processo da cadeia transfusio- nal e foi justamente proposto para monitorar e gerar ações para correção de eventuais não-conformidades. Para implantação de um sistema de hemovigilância, deve-se estar aten- to à monitorização dos incidentes transfusionais imediatos e tardios. Para efeito deste manual técnico, está sob a denominação de incidentes transfusionais todas as reações e efeitos adversos, sejam agudos, imediatos ou tardios. Em relação aos incidentes transfusionais tardios, tem especial importân- cia a transmissão de doenças por meio da transfusão de sangue. É importante ressaltar que a notificação compulsória de doenças transmitidas pelo sangue, ou a soroconversão de um doador, para a coordenação de vigilância epide- miológica, permanecerá com o fluxo atual. Para que o sistema tenha sucesso e alcance seu objetivo, é fundamen- tal que os médicos responsáveis pela transfusão participem ativamente do processo de notificação. Para encorajar essa participação, deve-se assegurar que, fora do hospital, o sistema seja anônimo, ou seja, sem possibilidade de identificar o paciente nos arquivos finais. Outro aspecto fundamental para um sistema de hemovigilância é a ga- rantia da rastreabilidade de um hemocomponente, ou seja, saber com preci- são em quem foram transfundidos os hemocomponentes e quais hemocom- ponentes os pacientes transfundidos receberam. A partir de cada receptor de transfusão de sangue, conseguir identificar o(s) doadores(s) e, de cada doador, conseguir identificar os receptor(es) e os respectivos hemocomponentes que foram administrados. A rastreabilidade permite que se realize tanto a investi-
Manual Técnico de Hemovigilância gação ascendente – do receptor ao doador – quanto a investigação descen- dente – do doador ao receptor. 2.2 Quem participa da hemovigilância? Todos os serviços de hemoterapia, que realizam procedimentos inte- grantes do processo do ciclo de sangue, deverão se organizar para que te- nham controle informatizado do processo do ciclo do sangue, da distribuição e da utilização da bolsa de sangue. 2.3 Fluxo de informações, níveis de atuação e responsabilidades Espera-se, num futuro próximo, que todo o sistema aconteça sem papel, que as notificações sejam feitas via internet e estejam disponíveis nos níveis municipal, estadual e federal. Enquanto esse estágio não for atingido, e consi- derando que as instituições ou estados chegarão a ele em momentos distin- tos, a ficha estará disponível em papel. O modelo de ficha de notificação e investigação de incidentes transfu- sionais é um instrumento resumido de uma investigação e conclusão de um caso. Os serviços bem como a vigilância sanitária também deverão e sentirão necessidade de desenvolver instrumentos e mecanismos baseados nos rotei- ros e algoritmos de investigação aqui propostos para registro, acompanha- mento e condução de suas investigações. O fluxo dessas informações, bem definido e conhecido, é fator crítico de sucesso para a implantação de qualquer sistema de vigilância. Propõe-se que cada serviço que realiza transfusão deverá ter um comitê ou um responsável pelas atividades de hemovigilância, assim como se faz ne- cessário um coordenador estadual dessas atividades. Proposta para estruturação do Sistema de Hemovigilância
Manual Técnico de Hemovigilância
Manual Técnico de Hemovigilância Incidentes Transfusionais 3.1 Definição Incidentes transfusionais são agravos ocorridos durante ou após a trans- fusão sangüínea e a ela relacionados. Podem ser complicações relacionadas com a contaminação bacteriana, reações hemolíticas agudas – especialmente as ocasionadas por incompatibilidade do sistema ABO –, edema pulmonar por excesso de volume, etc. 3.2 Tipos de incidentes Os incidentes transfusionais podem ser classificados em imediatos ou tardios, de acordo com o tempo decorrido entre a transfusão e a ocorrência do incidente. Na literatura, estão disponíveis vários pontos de corte: (I) o Sistema de Hemovigilância do Reino Unido (SHOT) considera um incidente como imediato aquele ocorrido até 24h após a transfusão; (II) o modelo de hemovigilância francês considera incidente imediato aquele ocorrido até oito dias após a transfusão; (III) o modelo de hemovigilância português considera incidente ime- diato aquele ocorrido até 24 horas e, agudo, até oito dias após a transfusão; (IV) livros especializados consideram incidentes imediatos aqueles que ocorrem durante a transfusão ou em até duas horas após. Para efeito deste manual técnico, considera-se incidente transfusional imediato aquele que ocorre durante a transfusão ou em até 24 horas após. E incidente transfusional tardio aquele que ocorre após 24 horas da transfusão realizada.
13 Manual Técnico de Hemovigilância Incidentes Transfusionais Imediatos 4.1 Definição Incidente transfusional imediato é aquele que ocorre durante a trans- fusão ou em até 24 horas após. Os incidentes transfusionais imediatos desta- cados para serem notificados são: reação hemolítica aguda, reação febril não hemolítica, reações alérgicas (leve, moderada, grave), sobrecarga volêmica, contaminação bacteriana, edema pulmonar não cardiogênico/Trali, reação hipotensiva, hemólise não imune. Por tratar-se da fase de implantação do sis- tema, existe o campo “outros” para especificação de um incidente não previsto nos campos acima. 4.2 Algoritmo de notificação e investigação dos incidentes transfu- sionais imediatos Ocorrência de um incidente durante a transfusão ou até 24 horas após Adoção de conduta preestabelecida e preenchimento inicial da FIT Recolhimento de bolsa e anexos do hemocomponente envolvido com o incidente transfusional, amostras de sangue do receptor, quando necessário, e encaminhamento para realização das análises/exames pertinentes Checagem e registro da indicação e solicitação da transfusão, do hemocomponente enviado e das condições da administração Encaminhamento da notificação – FIT Condução e acompanhamento da investigação (continua...)
Manual Técnico de Hemovigilância envolvido com o incidente transfusional, amostras de sangue do receptor, quando necessário, e encaminhamento para realização das análises/exames pertinentes Encaminhamento da notificação – FIT Condução e acompanhamento da investigação Registro na FIT dos resultados dos exames realizados e da conclusão do caso Tomada das ações corretivas e preventivas pertinentes Encaminhamento da conclusão – FIT 4.3 Roteiro de investigação dos incidentes transfusionais imediatos 4.3.1 Objetivo Descrever a rotina de investigação de um incidente transfusional imediato. 4.3.2 Roteiro de investigação
Manual Técnico de Hemovigilância dentro da instituição. Torna-se fundamental, portanto, uma coorde- nação estadual para gerenciar e articular toda a investigação. 4.4 Conduta frente à ocorrência de um incidente transfusional 4.4.1 Objetivo Descrever e padronizar a conduta a ser adotada, tanto à beira do leito como no laboratório, diante de uma reação transfusional. 4.4.2 Conceitos
Manual Técnico de Hemovigilância Manifestações: cólica abdominal, febre, diarréia, náuseas, vômitos e choque.
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Manual Técnico de Hemovigilância 4.4.4. 2 Reação alérgica À Beira do Leito Em reações leves, o médico deve: