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Guias e Dicas
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Manual de Biossegurança em Enfermagem: Princípios e Conceitos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

Um manual para alunos de enfermagem do curso técnico de gamaliel sobre biossegurança, abordando conceitos, princípios, métodos e técnicas, funcionamento de equipamentos, normas e protocolos. O documento também trata sobre riscos ergonômicos, físicos, químicos e biológicos, e como evitá-los.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2015

Compartilhado em 23/08/2015

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SISTEMA DE ENSINO GAMALIEL
Sistema de Ensino Gamaliel – SEG. Livro manual do aluno: A Biossegurança nas Ações de Enfermagem. Ed.
FACULDADE GAMALIEL, Tucuruí, 2014
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SISTEMA DE ENSINO GAMALIEL

Sistema de Ensino Gamaliel – SEG. Livro manual do aluno: A Biossegurança nas Ações de Enfermagem. 1ª Ed. FACULDADE GAMALIEL, Tucuruí, 2014

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A BIOSSEGURANÇA NAS

AÇÕES DE ENFERMAGEM

GESTÃO DO SISTEMA DE ENSINO GAMALIEL
SISTEMA DE ENSINO GAMALIEL

Sistema de Ensino Gamaliel – SEG. Livro manual do aluno: A Biossegurança nas Ações de Enfermagem. 1ª Ed. FACULDADE GAMALIEL, Tucuruí, 2014

preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação à biossegurança em saúde. Essa área compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. O manual do aluno da disciplina de Biossegurança nas Ações de Enfermagem do Curso Técnico de Enfermagem do Sistema de Ensino Gamaliel contém um acervo de sobre os principais conceitos e princípios de biossegurança, trabalhando métodos e técnicas, funcionamento de equipamentos de biossegurança, além de normas básicas e protocolos, com objetivo nortear os estudos e aprimorando os conhecimentos e organizando a aprendizagem através de questões desenvolvidas a partir do trabalho na biossegurança direcionada aos profissionais da saúde.

SUMÁRIO

Capítulo 1 - PRINCÍPIOS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA 6 CAPÍTULO 2 – TÉCNICAS DE LIMPEZA 13

  • CAPÍTULO 3 – PROCESSAMENTO DE ARTIGOS E SUPERFICIES
  • CAPÍTULO 4 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
  • CAPÍTULO 5 – TÉCNICAS ASSÉPTICAS
  • CAPÍTULO 6 – MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO
  • CAPÍTULO 7 – PRODUTOS QUÍMICOS DE SOLUÇÕE: PRINCÍPIOS ATIVOS
  • CAPÍTULO 8 – ISOLAMENTO
  • CAPÍTULO 9 – INFECÇÃO HOSPITALAR
  • CAPÍTULO 10 – RISCOS DE CONTAMINAÇÃO POR RADIOATIVIDADE
  • CAPÍTULO 11 – NORMAS BÁSICAS E PROTOCOLOS
  • CAPÍTULO 12 – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PRINCIPIOS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA

Biossegurança é “o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos trabalhos” (Teixeira Valle, 1994). Essa prática envolve a análise dos riscos a que os profissionais de saúde e de laboratórios estão constantemente expostos em suas atividades e ambientes de trabalho. A avaliação de tais riscos engloba vários aspectos, sejam relacionados aos procedimentos adotados, as chamadas boas práticas em laboratório (BPLs), aos agentes biológicos manipulados, à infraestrutura dos laboratórios ou informacionais, como a qualificação das equipes. Tipos de Risco A Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho, aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. De acordo essa legislação, consideram-se os seguintes tipos de riscos: Riscos de Acidentes Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. Riscos Ergonômicos Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. Riscos Físicos Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Riscos Químicos Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. Riscos Biológicos

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Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros. Especificamente para os trabalhadores da área da saúde, a NR-32 que estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, identifica os riscos biológicos de acordo com: a) Fontes de exposição e reservatórios ; b) Vias de transmissão e de entrada:

  • Direta (transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores)
  • Indireta (transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores). c) Transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente; d ) Persistência do agente biológico no ambiente; Classes de Risco Biológico De acordo com as Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, elaborado em 2004 pela Comissão de Biossegurança em Saúde - CBS do Ministério da Saúde, os tipos de agentes podem ser classificados com base no seu risco biológico em 5 Classes:
  • Classe de Risco I Escasso risco individual e comunitário
  • Classe de Risco II Risco individual moderado; risco comunitário limitado
  • Classe de Risco III Risco individual elevado; risco comunitário limitado
  • Classe de Risco IV Elevado risco individual e comunitário
  • Classe de Risco V Elevado risco de contaminação em animais e do meio ambiente Níveis De Biossegurança (Nb) Conforme os cuidados necessários para contenção do tipo de agente patológico: Nível de Biossegurança 1 - NB-1: necessário ao trabalho com os agentes biológicos da Classe de Risco I; recomenda-se utilização de equipamentos de proteção adequados e observação das Boas Práticas de Laboratório (BPLs). Nível de Biossegurança 2 - NB-2: exigido para o desenvolvimento de trabalhos com agentes da Classe de Risco II; são aplicados a laboratórios clínicos e hospitalares de níveis primário de diagnósticos, onde, além da adoção das BPLs, se faz necessária a
  • Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado com o trabalho dentro do laboratório.
  • Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais que necessitem de proteção contra contaminação.
  • Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de aerossóis, tais como operações com grandes volumes de culturas ou soluções concentradas. Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre copos de segurança), misturadores tipo Vortex (use tubos com tampa), homogeneizadores (use homogeneizadores de segurança com copo metálico), sonicagem, trituração, recipientes abertos de material infeccioso, frascos contendo culturas, inoculação de animais, culturas de material infeccioso e manejo de animais.
  • Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta (mesmo uma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos.
  • Coloque as cabines de segurança biológica em áreas de pouco trânsito no laboratório, minimize as atividades que provoquem turbulência de ar dentro ou nas proximidades da cabine.
  • As cabines de segurança biológica não devem ser usadas em experimentos que envolvam produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se capelas químicas.
  • Descontamine todas as superfícies de trabalho diariamente e quando houver respingos ou derramamentos. Observe o processo de desinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado.
  • Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a prova de vazamento, antes de removê-los do laboratório para autoclavação.
  • Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de laboratório, etc..., seguindo as recomendações para descarte desses materiais.
  • Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção.
  • Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e seringas. Use-as somente quando não houver métodos alternativos.
  • Seringas com agulhas ao serem descartadas devem ser depositadas em recipientes rígidos, a prova de vazamento e embalados como lixo patológico.
  • Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes rígidas rotulada “vidro quebrado” e descartada como lixo geral.
  • Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor de incêndio. Saiba como usá-los.
  • Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo.
  • Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa de limpeza e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície.
  • Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específica sobre boas práticas laboratoriais e princípios de biossegurança aplicados ao trabalho que irá desenvolver.
  • Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado à chefia do laboratório, registrado em formulário específico e encaminhado para acompanhamento junto a Comissão de Biossegurança da Instituição.
  • Fique atento à qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários sob sua responsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarréias, dores de cabeça, enxaquecas, tonturas, mal estar em geral, etc... e notifique imediatamente à chefia do laboratório. Barreiras Barreiras Primárias Equipamento de Proteção Individual – EPI São dispositivos de uso pessoal, destinados a proteção da saúde e integridade física do trabalhador. O uso dos EPI no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria no. 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o equipamento servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. São exemplos:
  • Jalecos
  • Avental impermeável, Capote de manga comprida
  • Gorro
  • Máscara com filtro químico
  • Máscara PFF2/N
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Capítulo 2

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TÉCNICAS DE

LIMPEZA

TÉCNICAS DE LIMPEZA

A limpeza hospitalar é uma das medidas eficazes de prevenção e controle para romper a cadeia epidemiológica das infecções. A limpeza e a desinfecção com um desinfetante são eficazes em reduzir a infecção cruzada, veiculada pelo ambiente. A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto. Deve ser estabelecida uma rotina de limpeza periódica, de acordo com a área hospitalar em que se encontram e sempre que houver sujidade visível. Princípios básicos para a limpeza:

  • De cima para baixo;
  • Do mais distante para o mais próximo;
  • De dentro para fora; da enfermaria;
  • De trás para frente, sentido único Classificação de áreas Para tirar a duvida entre a necessidade de limpeza ou desinfecção, o ambiente hospitalar foi classificado de acordo com o risco de contaminação em áreas:

a. Áreas Críticas

São as que oferecem maior risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas onde se realizam procedimentos invasivos e/ou que possuem pacientes de risco ou com sistema imunológico comprometido.

b. Áreas Semicríticas São áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento.

c. Áreas Não-Críticas São todas aquelas áreas não ocupadas por pacientes e onde não se realizam procedimentos clínicos, como as áreas administrativas e de circulação. TIPOS DE LIMPEZA

a. Limpeza Concorrente

transferências, óbitos (desocupação do local) ou nas internações de longa duração (programada). Material: água com detergente, desinfetante álcool 70% , hipoclorito 1%, quaternário de amônia. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS

FREQUÊNCIA

Áreas Crí�cas Semanal (data, horário, dia da semana preestabelecido). Áreas Semicrí�cas Quinzenal (data, horário, dia da semana preestabelecido). Áreas Não-Crí�cas Mensal (data, horário, dia da semana preestabelecido). Áreas Comuns (Data, horário, dia da semana preestabelecido).

Procedimento

  • Proceder como indicada na Limpeza Concorrente acrescentando a limpeza do piso com maquina;
  • Incluir a limpeza criteriosa da unidade do paciente.

c. Desinfecção Concorrente É realizada após contaminação com material orgânico (fezes, urina, vômito, sangue, secreções). Retirar o material orgânico, passar hipoclorito 1% deixar agir por 10 minutos, enxaguar, lavar com água e sabão, enxaguar, repetir o processo com hipoclorito 1%. Material: água com detergente, desinfetante álcool 70% , hipoclorito 1%, quaternário de amônia.

d. Desinfecção Terminal É realizada após limpeza terminal quando da alta, óbito ou transferência do paciente. Material: água com detergente, desinfetante álcool 70% , hipoclorito 1%, quaternário de amônia MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES

a. Limpeza Manual Úmida Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas umedecidas em solução detergente, com enxágüe posterior com pano umedecido em água limpa. Esse procedimento é indicado para a limpeza de paredes, divisórias,

mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação. A limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada para a remoção de sujidade muito aderida.

b. Limpeza Manual Molhada Consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar com escova ou esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa em sucessivas operações de empurrar com o rodo ou mop para o ralo. c. Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira automática É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente que é dosado diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco para o trabalhador.

d. Limpeza Seca Consiste-se na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador. A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como estacionamentos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve ser feita com aspirador.

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PROCESSAMENTO DE ARTIGOS E SUPERFÍCIES

É recomendado que todo processamento de artigos seja centralizado, por motivos de custo, eficiência de operacionalização, facilidade de manutenção do padrão de qualidade e aumento do tempo de vida útil dos mesmos. O manuseio de artigos requer que cada procedimento seja acompanhado da indicação do Equipamento de Proteção Individual (EPI) especifico, em relação à natureza do risco ao qual o pessoal hospitalar se expõe. Os riscos são em relação ao material biológico, químico e térmico. Considerar no processamento de artigos que:

  • Independentemente do processo a ser submetido, todo artigo deverá ser considerado como “contaminado”, sem levar em consideração o grau de sujidade presente;
  • Seus passos seqüenciais devem ser: a limpeza ou descontaminação, desinfecção e/ou esterilização ou estocagem, conforme o objetivo de uso do artigo;
  • É necessário classificar o artigo de acordo com o risco potencial de infecção envolvido em seu uso e definir o tipo de processamento a que será submetido (desinfecção ou esterilização);
  • Para que a remoção da sujidade ou matéria orgânica não se constitua em risco a pessoa que os manuseia e ao local onde esta limpeza ou descontaminação é realizada, é imprescindível o uso de EPI, como preconizado nos procedimentos de precauções universais e de segurança. Artigos Os artigos compreendem instrumentos, objetos de natureza diversa, utensílios (comadres, papagaios, etc.), acessórios de equipamentos e outros. a. Críticos: são os artigos destinados à penetração através da pele e mucosas adjacentes, nos tecidos sub epiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. Estes requerem esterilização para satisfazer os objetivos a que se propõem. b. Semi-críticos : são os artigos destinados ao contato com a pele não-íntegra ou com mucosas íntegras e requerem desinfecção de médio ou de alto nível, ou esterilização para ter garantida a qualidade do múltiplo uso destes. Se forem termorresistentes, poderão ser submetidos à autoclavagem. (Autoclave é um tipo de equipamento que realiza o processo de esterilização através de vapor aquecido e sob pressão. É reconhecido em todo o mundo como o mais
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eficiente método de esterilização. Este aparelho foi inventado pelo auxiliar de Louis Pasteur.). c. Não-críticos : são os artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente e requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível. O manuseio de artigos requer que cada procedimento seja acompanhado da indicação do EPI específico, em relação à natureza do risco ao qual o profissional da saúde se expõe. Os riscos são em relação ao material biológico, químico e térmico. Limpeza A limpeza de artigos poderá ser feita por qualquer das seguintes alternativas: a. fricção mecânica, utilizando água e sabão, auxiliada por esponja, pano, escova ( padronizar pia ou recipiente para este fim); b. máquina de limpeza com jatos de água quente ou detergente; c. máquinas de ultra-som com detergentes / desencrostantes; Descontaminação

É o processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfícies, tornando-os aptos para o manuseio seguro. É feita por: fricção auxiliada por pano e álcool à 70%. A descontaminação de artigos poderá ser feita por:

  • (^) fricção auxiliada por esponja, pano, escova, etc.; embebidos com produto para esta finalidade;
  • imersão completa do artigo em solução desinfetante acompanhada ou não de fricção com escova/esponja;
  • pressão de jatos d’água com temperatura entre 60 e 90 graus centígrados, durante 15 minutos ( maquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão, termodesinfetadoras e similares);
  • imersão do artigo na água em ebulição por 30 minutos;
  • autoclavagem previa do artigo ainda contaminado, sem o ciclo de secagem. A escolha da alternativa deve ser baseada nas possibilidades do estabelecimento, obedecendo a natureza do artigo em processamento. Enxágüe Após a limpeza e/ou desinfecção, a água deve ser potável e corrente. Secagem