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Descrição do mosquito vetor da Leishmaniose
Tipologia: Notas de estudo
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Faculdade Unida de Campinas FacUnicamps
Curso de Graduação em Enfermagem
BRUNO MATOS SANTANA GEORGE OLIVEIRA SILVA KENIA FERREIRA DOS SANTOS LINDAURA ANGÉLICA SOARES FIGUEREDO THIAGO HENRIQUE GOMES SABINO
Artigo apresentado ao curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Unida de Campinas, como requisito para obtenção de nota de Parasitologia conforme descrito pela Professora Doutora Lindomar Guedes.
Orientador (a): Profª. Drª. Lindomar Guedes Freire Filha
2002). Fazem parte do reino Animalia , de filo Arthropoda , da classe Insecta , ordem Diptera , da família dos Psychodidae. O gênero Lutzomyia apresenta bastante complexidade devido ao grande número de espécies que o abrange, no Brasil estima-se pelo menos 330 espécies, aproximadamente 122 (36,9%) são encontradas na região amazônica. O gênero é bastante estudado devido ao seu papel como vetor na transmissão dos agentes causais das leishmanioses (REBÊLO et al.,1996) Para transmitir informações concentradas, focaremos a espécie Lutzomyia longipalpis, responsável pela transmissão do agente etiológico Leishmania Chagasi causador da leishmaniose visceral americana (SILVA et al., 2007) O objetivo deste estudo é discorrer sobre o Lutzomyia Longipalpis nos seus vários aspectos e particularidades.
Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, descritivo-exploratório, com análise integrativa, sistematizada e qualitativa.
Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados de saúde em literaturas estruturadas, obtidas de livros e artigos científicos provenientes de bibliotecas convencionais e virtuais. especificamente na Biblioteca Digital da USP. Foram utilizados os descritores: Lutzomyia e Flebótomos.
Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica e interpretativa, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de importância (BRASILEIRO e SILVA, 2011).
A seguir, os dados apresentados foram submetidos à análise de conteúdo. Posteriormente, os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas científicas e livros, para a construção do relatório final.
A leishmaniose é uma antropozoonose cujo agente etiológico é o protozoário Leishmania sp. A transmissão ocorre pela picada da fêmea do flebotomíneo Lutzomyia longipalpis (figura 1), que tem sido registrado tanto em ecótopos naturais como em ambientes rurais e urbanos, próximos a animais domésticos e habitações humanas (SILVA et al, 2007).
Os flebotomíneos adultos são insetos pequenos com comprimento do corpo não passando de 3 milímetros. São densamente cobertos por cerdas e quando pousam, mantêm as asas semi-abertas acima do abdômen (figura 2). Tanto os machos como as fêmeas necessitam de se alimentar de substâncias açucaradas tais como seiva de plantas, néctar de flores e secreções de insetos como fonte de energia. A hematofagia é exercida apenas pelas fêmeas e esse tipo de dieta propicia nutrientes para o desenvolvimento do ovário e a produção de ovos. As peças bucais dos flebotomíneos são curtas e rígidas, por isso não se alimentam de sangue diretamente nos vasos sanguíneos. Assim, para obterem alimento as fêmeas dilaceram a pele do hospedeiro formando uma poça subcutânea de sangue e restos de tecido que então são ingeridos. Esse processo é chamado de telmatofagia e contribui para a transmissão das leishmanioses, uma vez que o parasito é encontrado principalmente na pele do hospedeiro vertebrado (VALE, 2008).
Na pele, o parasita de Leishmania é fagocitado pelo macrófago, cuja atividade respiratória aumenta, libera radicais, como óxidos, hidroxilas, hidróxidos e superóxidos, altamente tóxicos. Em decorrência disto, o parasita produz moléculas de glicoproteínas e glicofosforoglicano que recobrem sua membrana.
Após a interiorização no macrófago, o mesmo promove a fusão dos lisossomos com o fagossomo e o parasita se adapta ao novo ambiente, onde agora possui a forma amastigota. A forma amastigota se multiplica por divisão binária, e o processo se repete intensamente até o rompimento da parede celular do macrófago, liberando a forma amastigota que será fagocitada por novos macrófagos, completando o ciclo, quando o vetor fizer um novo repasto sanguíneo (esquema na figura 5).
Os cães são o grande reservatório para a leishmaniose. São eles que alojam o parasita. Quando o artrópode ( Lutzomya longipalpis) portador do protozoário pica o cachorro, o animal acaba infectado. Outros insetos que picarem esse cão ajudarão a espalhar mais ainda a leishmaniose, o que aumenta os riscos de que a doença chegue ao homem (figura 6) (MINISTÉRO DA SAÚDE, 2011). Portanto, é aconselhável manter atenção aos sinais que podem indicar um animal doente. O cachorro infectado de leishmaniose apresenta sintomas como excessiva queda de pêlos, unhas compridas, emagrecimento, conjuntivite e lesões de pele. Apesar disso, pode haver animais infectados que não desenvolvem nenhum desses sintomas. Se o cão estiver infectado, deve ser eliminado. O Ministério da Saúde recomenda não tratar animais infectados ou doentes, pois, apesar de reduzir os sinais clínicos, o cão continuará transmitindo a doença. De acordo o Ministério da Saúde, para se proteger da leishmaniose é essencial evitar o contato com o vetor, especialmente, no final de tarde e no início da manhã, quando o inseto transmissor da doença sai em busca de alimento. Também é importante construir casas afastadas da mata - entre 300 e 400 metros de distância. Uma das principais medidas de combate é o manejo ambiental, com a retirada de entulhos, folhas ou materiais que podem favorecer a proliferação do vetor, proporcionando condições ideais de procriação, como locais úmidos e sombreados. Outras importantes medidas são o controle químico, o uso de inseticida para reduzir a quantidade de vetores, a vigilância canina e eliminação dos cães
infectados e a educação permanente para sensibilizar profissionais e população para o diagnóstico e tratamento precoce da doença.
Este estudo teve por objetivo discorrer sobre o Lutzomyia Longipalpis, artrópode transmissor da leishmaniose, nos seus vários aspectos e particularidades.
Após a análise dos estudos, foi possível identificar que a hematofagia é exercida apenas pelas fêmeas e que para obterem alimento elas dilaceram a pele do hospedeiro formando uma poça subcutânea de sangue e restos de tecido que então são ingeridos, transmitindo assim, o agente etiológico da doença, o Leishmania sp. Os cães são um grande reservatório dessa zoonose, mas no caso desses animais, quando detectado a infecção, recomenda-se não tratá-los e sim eliminá-los para que não continuem transmitindo a doença.
A partir do exposto, pode-se contatar que a principal forma de prevenção da Leishmaniose é evitar o contato com o agente transmissor, o Lutzomyia Longipalpis.
Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade Federal De Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2009.
Figura 1Figura 1 : Lutzomyia : Lutzomyia longipalpis longipalpis
Figura 2 : Fotografias de flebotomíneos do gênero Lutzomyia : fêmea (esquerda) e macho (direita). [ Fonte: VALE, 2008].
Figura 3: Formas dos parasitas Leishmania sp. Responsáveis pela transmissão da Leishmaniose. 2A. Formas promastigotas flageladas. 2B. Formas amastigotas não flageladas [ Fonte: SIQUEIRA, 2010]
Figura 4: Lesão provocada pela leishimania. [ Fonte: ROCHA, CAMPOS, 2006]
Figura 5 – Ciclo de vida de Leishmania sp. [ Fonte: CIQUEIRA, 2010].
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Figura 1 : Lutzomyia longipalpis