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Logística da Banana nos Platôs de Guadalupe: Desafios e Oportunidades, Manuais, Projetos, Pesquisas de Administração Empresarial

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção de certificado em Técnico em Administração pelo Centro Estadual de Educação Profissional Rural Frei José Apicella. Prof. Orientadores: Fernando Matos Brito Osmary Ribeiro Vilanova Kleber Diego Moreira

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 03/05/2020

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ESTADO DO PIAUÍ
SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL RURAL
FREI JOSÉ APICELLA
TÉCNICO INTEGRADO AO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO
LOGÍSTICA E VIABILIDADE DA BANANA EM GUADALUPE
CÉLIA ONNING KRAMARCZUK
GUADALUPE-PI
2018
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ESTADO DO PIAUÍ

SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL RURAL

FREI JOSÉ APICELLA

TÉCNICO INTEGRADO AO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO

LOGÍSTICA E VIABILIDADE DA BANANA EM GUADALUPE

CÉLIA ONNING KRAMARCZUK

GUADALUPE-PI

CÉLIA ONNING KRAMARCZUK

LOGÍSTICA E VIABILIDADE DA BANANA EM GUADALUPE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção de certificado em Técnico em Administração pelo Centro Estadual de Educação Profissional Rural Frei José Apicella. Prof. Orientadores: Fernando Matos Brito Osmary Ribeiro Vilanova Kleber Diego Moreira GUADALUPE -PI 2018

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, meu senhor e salvador que me acompanha em todos os momentos e sabe dos meus sonhos e das minhas barreiras para alcança-los, onde muitas vezes foi meu consolador, minha força e meu refúgio no decorrer deste curso. Agradeço a todos os professores que estiveram comigo no decorrer do curso, mas de modo especial ao prof.° Kleber Diego Moreira e sua esposa Silvone Ataídes Moreira que sempre me apoiaram, incentivaram, amigos que conheci aqui neste estado piauiense, sendo minha família de coração. E como não poderia faltar, agradeço meu cônjuge Rogério Carlos Kramarczuk e minha filha Maria Karolina Kramarczuk por todo apoio e força.

RESUMO

Esse trabalho visa avaliar a situação atual dos produtores rurais do Perímetro Irrigado Platôs de Guadalupe, buscando melhorar a rentabilidade por meio da logística a favor do agricultor e proporcionar maior qualidade no produto e maior poder de negociação. O presente trabalho vem mostrar a importância da logística por se tratar de um produto perecível, por ter um mercado muito concorrido, demonstrando a ideia de viabilizar o negócio, uma vez em que a produção nos Platôs de Guadalupe e, em especial, no segundo semestre do ano, torna-se inviável. Procura-se explanar ideias para o grande e pequeno produtor de como subsistir na cultura frutífera em destaque, expondo a extrema importância da mesma para o município, crescendo significativamente no âmbito da economia do estado do Piauí, bem como, no país, sendo a fruta mais consumida no mundo e a segunda mais consumida no mercado nacional, ficando atrás apenas da laranja. Para o empreendedor que busca investir na produção de frutas, a banana apresenta um ótimo retorno nos Platôs de Guadalupe, Perímetro este com clima propício para a produção, pecando apenas com o mercado no segundo semestre em todos os anos por contas dos preços que não atendem aos custos de produção e investimentos. Palavras-chave: Logística, Viabilidade e Fruticultura.

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 -Demonstrativo de custo operacional....................................... Tabela 02 -Demonstrativo do preço do produto ....................................... Tabela 03 - Variação de receita.................................................................

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 -Fluxograma............................................................................... Figura 02 - Marketing ................................................................................

9 1- INTRODUÇÃO A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo explorada na maioria dos países tropicais. No Brasil, ela é cultivada em todos os estados, desde a faixa litorânea até o planalto central constituindo-se como a segunda fruta mais apreciada pelos consumidores brasileiros, atrás apenas da laranja. É consumida em quase sua totalidade na forma in natura, o que faz dela parte integrante da alimentação da população de baixa renda, não só pelo seu alto valor nutritivo, como também por seu custo relativamente baixo. O Brasil tem alcançado índices cada vez maiores de produção de frutas, tendo como meta principal o mercado externo. Uma dessas frutas é a banana, um dos poucos produtos agrícolas que não têm períodos de safra e entressafra e pode ser produzido o ano todo com o auxílio da fruticultura irrigada levando sempre em consideração a sazonalidade de produção, fator essencial devido à influência sobre o mercado. Por possuir diferentes variedades que competem entre si, é possível impedir que o preço da banana se eleve muito nos principais centros consumidores. Fatores agronômicos também influenciam no desempenho da produção da banana , entre eles cabe destacar: a necessidade de calor abundante por ser uma fruta tropical, solos profundos e com boa drenagem, recebimento de pelo menos 30% de luz em caráter permanente e recursos hídricos em abundância. A forma de comercialização do fruto depende do peso (quilos ou em milheiros) e altera conforme a variação do diâmetro, tamanho e peso. Devido ao descumprimento dos padrões vigentes de embalagem, esses pesos são muitas vezes teóricos, pois na maioria das vezes o produtor repassa caixas desse produto com pesos que variam entre 20 e 22 kg .O intermédio dessa comercialização da banana geralmente é realizado por uma Associação de Produtores que atinge seus objetivos visto que além de promover a comercialização, promove a assistência técnica e aquisição e distribuição de insumos. A agricultura irrigada é uma atividade imprescindível nos dias atuais, pelo aumento da demanda de alimentos, devido ao crescimento populacional e a busca por uma melhor qualidade de vida. Esta atividade vem despontando no Nordeste brasileiro, acarretando produções e rendimentos mais elevados ao setor, destacando-se a fruticultura (MOREIRA et al., 2005). No município de Guadalupe, Estado do Piauí, além do consumo desta frutífera, a mesma se destaca por ser responsável em gerar a maior parte dos empregos formais e

10 informais, afetando diretamente na renda das famílias e contribuindo para o desenvolvimento do Município e Estado em destaque. Atualmente, o Perímetro Irrigado Platôs de Guadalupe possui uma área de 1. hectares de banana plantada, sendo o perímetro uma área total de 1.540 hectares irrigados, tendo a produção de banana em plena ascensão. A área em destaque é administrada por 115 pequenos produtores e 3 empresários, sendo estes últimos, um no ramo da soja, um no ramo da cana-de-açúcar e apenas um no ramo da bananicultura com os chamados pequenos irrigantes. Ou seja, todos os associados contribuem para que o Perímetro tenha destaque no cenário do Estado e região. A logística, um ramo da administração, não é só transporte, más sim, é uma especialidade da administração responsável por prover recursos e informação para a execução de todas as atividades de uma organização. Operacionalmente a logística possui uma visão organizacional. A logística da banana em Guadalupe por tema busca saber o destino da banana produzida, os estados consumidores, os principais clientes e maneiras de distribuir com quantidade e qualidade, facilitando e aumento dos lucros para os produtores e viabilizando o negócio. Este estudo tem como objetivo identificar a problematização da logística da banana em Guadalupe/Piauí e mostrar formas de subsistência da cultura na região. Como objetivos específicos, se faz necessário apontar projetos de tecnologias uteis, garantido a obtenção de ganhos em eficiência e lucratividade, explanando a relação direta da logística e viabilidade e demostrando que apesar dos altos custos de produção é possível manter o negócio com eficácia.

12 2.3 FRUTICULTURA A fruticultura é o ramo da agricultura que vista produzir economicamente e racionalmente frutos em geral com o intuito de comercializar os mesmos. É uma atividade de grande importância para a humanidade, tanto no aspecto econômico e social, como por representar uma fonte de nutrientes para dieta de crianças e adultos, fazendo parte das frutas mais consumidas, sem qualquer contraindicação. A fruticultura é um dos segmentos da economia brasileira que mais tem se destacado nos últimos anos e continua em plena evolução tanto no que diz respeito à produção de frutas in natura, como na industrialização de sucos e néctare.

13 3- METODOLOGIA O presente trabalho tem caráter exploratório, mediante coletas de dados junto a Associação Central dos Irrigantes do Perímetro Irrigado da cidade de Guadalupe-PI e da ADAPI (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí). O Perímetro em destaque, no ano de 2018, possui 1.050 hectares de banana irrigada, dentro dessa características do perímetro, Foram coletados dados de preço da variedade em estudo, vendas da produção com CFO (certificado fitossanitário de origem), estimativa de venda sem o CFO, variação dos preços do produto durante o ano, comparando a rentabilidade com o modo de comercialização nos demais locais que possuem características semelhantes, além de pesquisas em sites de autores dominadores do assunto da bananicultura e logística.

15 Tabela 2: Demonstrativo do preço/Kg do produto comercializado e produção colhida referente a média 8 hectares aos meses de janeiro a novembro 2018 MÊS PREÇO/Kg Produção (Kg) Valor Recibo (R$) JANEIRO R$ 1,15 44307,69 R$ 50.953, FEVEREIRO R$ 1,00 44307,69 R$ 44.307, MARÇO R$ 1,30 44307,69 R$ 57.600, ABRIL R$ 1,40 36923,08 R$ 51.692, MAIO R$ 1,20 36923,08 R$ 44.307, JUNHO R$ 1,20 30769,23 R$ 36.923, JULHO R$ 0,60 29538,46 R$ 17.723, AGOSTO R$ 0,50 15384,62 R$ 7.692, SETEMBRO R$ 0,50 15384,62 R$ 7.692, OUTUBRO R$ 0,50 15384,62 R$ 7.692, NOVEMBRO R$ 0,50 59076,92 R$ 29.538, Total 372307,69 R$ 356.123, Fonte: KRAMARCZUK 2018 Considera-se a média de produção relativamente alta, pois, cada cacho entre o 1° ano e o 2°ano de produção tem uma média de produção de 372.307, Kg/ lote, tendo uma média de 33.846 Kg/há. Outro fator relevante é como a variação da receita dentro do ano comercial consegue ou não custear as despesas de manutenção de um lote, conforme a tabela descrita abaixo: Tabela 3: Variação de receita durante o ano. (2018) Fonte: KRAMARCZUK (2018). MÊS Percentual de Receita Arrecadada JANEIRO 14,31% FEVEREIRO 12,44% MARÇO 16,17% ABRIL 14,52% MAIO 12,44% JUNHO 10,37% JULHO 4,98% AGOSTO 2,16% SETEMBRO 2,16% OUTUBRO 2,16% NOVEMBRO 8,29%

16 Analisando a tabela acima, observa-se que no 1° semestre obtemos 80,25% da receita anual, assim neste caso, o produtor não conseguir produção suficiente no 1° semestre, para custear seu empreendimento, ou seja, dentro deste cenário, o 2° semestre não satisfaz as condições para manter o empreendimento. Uma solução viável para que o produtor deixe de entregar sua mercadoria ao chamado “Comerciante Livre” é comercializar de forma direta com redes de supermercados (consumidores finais), explorando novos mercados por meio da logística e buscando as melhores formas de transporte para maiores distâncias, até mesmo para o mercado internacional, abrindo um leque de oportunidades. Figura 01 - Panorama-do-mercado-da-banana-no-Brasil.pdf FORTES C.F Embrapa, (2016). Levando em conta que o pequeno produtor detentor de apenas um lote no Perímetro não tem condições de firmar negócio com redes de supermercados por terém

18 Fonte: KRAMARCZUK (2018). Conforme o Gráfico 2 acima e o gráfico 3 abaixo, foi observado que o maior consumidor da frutífera em destaque é a cidade de Belém, capital do Estado do Pará. Em seguida, vem a cidade de São Luis, capital do estado do Maranhão, e em menor escala, os municípios de Viçosa, no estado do Ceará e Santana no estado do Amapá. No segundo semestre do ano, a produção nas regiões anteriormente citadas é em larga escala, somado com as frutas de época, causando a rejeição da banana produzida em Guadalupe e baixando o preço. Gráfico 3 - Destino da banana produzida em quantidade (Kg) SÃO LUIS BELEM VICOSA SANTANA 0 100000 200000 300000 400000 500000 600000 355000 460000 45000 0 314000 394000 12000 12000 557000 555000 10000 AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO 0 Fonte: ACIPE (2018). As ocorrências no primeiro semestre do ano tendem a alavancar os preços da banana, por se tratar de um período onde a oferta dos principais concorrentes vizinhos, como os estados do Pernambuco e do Ceará, sofrem por conta da seca, além de catástrofes naturais, em sua maioria, com fortes rajadas de vento que dizimam áreas de grande porte. Ou seja, o Piauí, e em especial, o Perímetro em estudo, sofre menor vulnerabilidade quanto às catástrofes mencionadas anteriormente. Sendo assim, para o mercado, se a oferta da concorrência diminui, a demanda busca novas alternativas de aquisição do produto, sendo o município de Guadalupe o foco central do fornecimento de banana na região. Portanto, o preço por Kg assume um patamar acima da

19 concorrência, sendo a qualidade da produção o motor de partida para obtenção da lucratividade. Em contrapartida, no segundo semestre, os Perímetros concorrentes vivenciam uma ampla produção, resultado dos cuidados obtidos durante o inverno, fazendo com que a oferta cresça significativamente para os destinos citados neste trabalho. Ou seja, a oferta aumenta e a demanda consome outras opções de frutíferas cultivadas e apreciadas neste período como manga, caju, melancia, entre outros. Para tanto, a demanda diminui e com o intuito do comerciante vender, se faz necessário reduzir os preços de venda. 5- CONCLUSÃO Pode-se concluir que nossa fruticultura precisa de muitas coisas, que o governo incentive as feiras, que se criem e facilitem políticas de descentralização do consumo de frutas (algo que já vem sendo feito em países europeus e até no nosso vizinho Chile), planejamento, com investimentos. Precisa de organizar-se para usar a economia de mercado a seu favor, investir em tecnologia, ganhar produtividade, elevar a qualidade Planejamento da produção, é inadmissível que 50% do que produzimos não chega a boca das pessoas por falta de estrutura e planejamento. O governo deveria tomar ações e fazer parte do processo de planejamento. A maioria dos produtores, pequenos e médios vendem sua produção a um valor 20% menor que a cotação de mercado. Não estão conseguindo comercializar tudo que produz, em média perdem 15% da produção, assim ficando descapitalizados para tratar seus bananais. Casa de embalagem com plataformas (paletizar, caixas de papelão e refrigeração na propriedade), custo de frete aumentando, não será viável caminhão ir e vir com caixas de reuso, com caixas descartáveis, o frete custará somente na ida, desenvolver embalagens modernas que valorizam nosso produto, melhorem sua acomodação e menores perdas e estará recebendo o peso real da embalagem, fortalecer sua marca, agregar valor. Investir em marketing, massificar o consumo, levar até o consumidor informações das propriedades da fruta. Figura 2 - Panorama do mercado da banana no Brasil.