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Livro - Eletroterapia Pratica Baseada em Evidências - Sheila Kitchen
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Head, Division of Physiotherapy King's College London, London, UK
Após consulta prévia com
Sarah Bazin MCSP
Director of Therapy Services, Department of Physiotherapy, Solihull Hospital, Solihull, UK
Edição anterior intitulada
Inclui bibliografia ISBN 85-204-1453-
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem permissão expressa dos editores. É proibida a reprodução por xerox.
2 â^ edição brasileira – 2003
Direitos em língua portuguesa adquiridos pela: Editora Manole Ltda.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Sumário
Colaboradores vii Prefácio ix
S. Palmer, D. Martin
Apêndice: Segurança na prática 335 S. Bazin
Colaboradores
Kate Ballard BSc(Hons) RGM Clinical Nurse Specialist, Tissue Viability Unit, Guy's Nuffield House, London, UK
Sarah Bazin MCSP Director of Therapy Services, Department of Physiotherapy, Solihull Hospital, Solihull, UK
David Baxter TD BSc(Hons) DPhil MCSP Head of School of Rehabilitation Sciences, University of Ulster, Jordanstown, UK
Sara Carroll BAppSc MSc Sênior Lecturer, Director of Research, School of Physiotherapy, Curtin University of Technology, Perth, Austrália
Robert A. Charman DipTP MCSP FCSP Lecturer in Physiotherapy, Department of Physiotherapy Education, University of Wales College of Medicine, Cardiff, UK
Brian Diffey BSc AKC PhD DSc FInstP FIPEM Head of Regional Medicai Physics Department, Professor of Medicai Physics, Professor of Photobiology, Newcastle General Hospital, Newcastle upon Tyne, UK
Mary Dyson BSc PhD LHD(Hon) FCSP(Hon) Director of Dyderm Ltd; Executive Vice-President of Longport Inc.; Emeritus Reader in the Biology of Tissue Repair at King's College London, London, UK; Visiting Professor, University of Kansas, Kansas City, USA
Shea Palmer BSc(Hons) Lecturer in Physiotherapy, Department of Physiotherapy, Queen Margaret University College, Edinburgh, UK
Oona Scott PhD MCSP Reader, Department of Rehabilitation Sciences, University of East London, London, UK
Shona Scott MSc MCSP Lecturer, School of Life Sciences, Napier University, Edinburgh, UK
Barry Stillman PhD DipPhysio MAPA MCSP FACP School of Physiotherapy, Faculty of Medicine, Dentistry and Health Sciences, University of Melbourne, Parkville, Austrália
Gail ter Haar MSc DSc PhD Head of Therapeutic Ultrasound, Royal Marsden Hospital, Sutton, UK
Margaret Trevor BSc(Hons) MSc CEng MIEE MIPEM ILTM Sênior Lecturer in Medicai Imaging, School of Health, University of Teesside, Teesside, UK
Tim Watson BSc(Hons) PhD MCSP Head of Department of Physiotherapy, University of Hertfordshire, Hatfield, UK
Leslie Wood BSc PhD Sênior Lecturer in Physiology, School of Biological and Biomedical Sciences, Glasgow Caledonian University, Glasgow, UK
Steve Young PhD Director, Tissue Viability Unit, Guy's Nuffield House, London, UK
Prefácio
A eletroterapia tem sido uma das habilidades-chave da fisioterapia, com uma longa história na prática clínica desde seu princípio mais remoto, com o uso de calor, frio e estimulação elétrica. Nos últimos anos, tem-se visto o acréscimo de inúmeros outros agentes de tratamento ao repertório. Apesar dessa história e de sua ampla e contínua utilização, tanto os princípios físicos quanto fisiológicos subjacentes ao seu uso ainda são com freqüência mal compreendidos e as evidências de sua eficácia - ou não-eficácia - geralmente não são levadas em conta na prática diária. Este texto, que foi revisto e ampliado por um grande número de especialistas na área, foi elaborado para dar ao leitor um conhecimento atualizado dos agentes usados mais comumente. Foi expandido considerando o desenvolvimento recente nas pesquisas e abordando certos aspectos que tiveram cobertura limitada na última edição de Eletroterapia de Clayton. Forne- ce ao mesmo tempo ao estudante informações sobre segurança e aplicação apropriada dos tratamentos, porém evitando a abordagem de um "livro de receitas", que inibe uma tomada de decisão clínica consciente. A mudança no título deste livro - Eletroterapia: Prática Baseada em Evidências - tem a intenção de enfatizar a necessidade de praticar as técnicas terapêuticas à luz de uma base de conhecimento sólida e atualizada. Watson (2000) chama atenção para a importância do papel do conhecimento e das evidências na tomada de decisão clínica. Ele observa que tanto a quantidade quanto a qualidade das evidências vêm melhorando de forma regular e fornece um modelo útil para a tomada de decisão em eletroterapia. É essencial que façamos nosso aprendizado a partir das teorias básicas (tanto físicas quanto fisiológicas) e das evidências das pesquisas, assim como de reflexões sobre nossa experiência na prática clínica. Este material pode, portanto, ser usado para selecionar o tratamento adequado para indivíduos cujas metas tera- pêuticas já tenhamos identificado claramente. O modelo desenvolvido por Watson (2000) de tomada de decisão ilustrado (Fig. 1) mostra a inter-relação entre teoria, aprendizado, tomada de decisão e efeitos clínicos. A organizadora deseja agradecer a todos os que contribuíram, oriundos
Watson, T (2000) The role of physiotherapy in contemporary physiotherapy practice. Manual Therapy 5(3): 132-141.
Seção A
Contexto científico
1 Princípios eletrofísicos e térmicos 3
1
Princípios eletrofísicos e térmicos
Os agentes eletrofísicos são usados pelos fisioterapeutas para tratar uma grande variedade de condições. Esses agentes incluem ondas ele- tromagnéticas e sonoras, além de correntes estimuladoras de músculos e nervos. Em parte, essas técnicas são usadas para induzir o aquecimento dos tecidos. Este capítulo contém, em termos simples, uma introdução aos efeitos do calor nos tecidos e à física básica necessária para compreender o restante do livro. As propriedades elétricas das células e suas implicações para a eletroterapia estão descritas no Capítulo 2. Durante séculos, os antigos filósofos especularam sobre a natureza do calor e do frio. As opiniões eram divididas quanto ao fato de o calor ser uma substância ou um efeito do movimento das partículas, mas no século XVIII, os físicos e bioquímicos chegaram à conclusão de que a velocidade de movimento das moléculas constituintes do corpo ou objeto dava aos nossos sentidos a impressão de calor ou de frio. Dr. J. P. Joule, de Manchester, no ano de 1840, desempenhou com precisão uma pesquisa sobre a relação entre o trabalho feito ao se mover um aparelho elaborado para agitar a água e o calor desenvolvido ao realizá-lo. Ele mostrou de maneira muito clara que a quantidade de calor produzido por fricção dependia da quantidade de trabalho feito. Subseqüentemente, seu trabalho também contribuiu para a teoria da correlação das forças e em 1847 ele enunciou a lei da conservação de energia (a base da primeira lei da termodinâmica). Tornou-se aceita a visão que o calor pode ser considerado uma forma de energia que pode ser transformada em outras formas de energia, como elétrica ou mecânica. A teoria supunha que, quando um corpo é aquecido, a elevação
na temperatura deve-se ao aumento da energia do movimento das moléculas naquele corpo. A teoria ia além e explicava a transmissão da energia radiante de um corpo para outro, como a do sol para um indivíduo sobre a terra. Foram encontradas evidências a favor da suposição de que a luz é uma onda eletromagnética e exatamente as mesmas evidências foram obtidas com relação à energia radiante. Apesar do fato das ondas de calor radiante (ou seja, radiações infravermelho) terem um comprimento de onda mais longo do que as ondas de luz, suas características físicas são as mesmas. Sugere-se, portanto, que as moléculas de um corpo quente se acham em um estado de rápida vibração ou são o centro de distúrbios periódicos rápidos, produzindo ondas eletromagnéticas que correm entre o corpo quente e o corpo que as recebe e causando, assim, um movimento similar nas moléculas. O senso de calor pode assim ser estimulado em um organismo por meio de ondas de energia de calor radiante que começam em um objeto quente, do mesmo modo que o sentido da visão é estimulado por ondas de luz que começam em um objeto luminoso. Uma compreensão do movimento das ondas é central para dominar a física de qualquer forma de terapia que utilize energia elétrica ou mecânica. Para isso apresentamos uma descrição geral do movimento das ondas antes de dar um tratamento mais detalhado à eletricidade, ao magnetismo e ao ultra- som.
O movimento das ondas transfere energia de um local para o outro. Pense em uma rolha flutuando em um lago onde cai uma pedra. As ondulações se movem para longe do ponto onde a pedra penetra na água e parte da energia da pedra é transferida para a beira do lago. A rolha sobe e desce boiando, mas não se move dentro do lago. Um modo fácil de demonstrar o movimento das ondas é usar uma mola de brinquedo. Existem dois tipos de ondas: ondas transversas, que podem ser simuladas levantando e abaixando uma extremidade da mola rapidamente, como mostra a Figura 1.1, e as ondas longitudinais, que podem ser demonstradas estendendo a mola em seu comprimento e soltando-a em
oscilação. Uma rolha flutuando no mar bóia subindo e descendo enquanto as ondas passam. A diferença na altura da rolha entre uma crista e uma depressão é o dobro da amplitude. Talvez um modo mais simples de visualizar a amplitude seja como a diferença na altura da água acima da superfície do mar entre um mar calmo e liso e a crista da onda. O número de cristas de onda passando pela rolha em um segundo é a freqüência de onda (/). A freqüência é medida em hertz (Hz), onde 1 Hz é 1 ciclo/segundo. O tempo que decorre entre duas cristas de onda adjacentes passando pela rolha é o período ( T ) da oscilação. Este tem unidades de tempo; se cada ciclo leva T segundos, haverá 1/ T ciclos em cada segundo. O número de ciclos que ocorre em um segundo já foi definido como freqüência e desse modo pode ser escrito do seguinte modo: ƒ= 1/T, ou [1] T=1/ ƒ [2] A distância entre a crista de duas ondas adjacentes é o comprimento de onda (A). A Figura 1.3A e B mostra uma onda congelada em dois momentos, em um curto intervalo de tempo.
Figura 1.3 A e B: A posição de dois pontos A e C no trajeto de uma onda à medida que essa passa por eles. Os deslocamentos mostrados estão congelados em dois momentos diferentes, entre os quais a onda moveu-se uma fração de seu comprimento. C: O
deslocamento do ponto durante dois ciclos. Figura 1.4 Os pontos A e B, e também A^1 e B^1 , ficam sempre na mesma posição relativa na onda. Eles estão em fase. Os pontos A e C estão fora de fase.
Figura 1.5 A fase do ângulo pode ser comparada ao giro de uma roda d'água. Imagine duas rodas, A e B, ambas com uma marca no aro. A não se move, mas B gira e à medida que gira, a marca no aro executa círculos, cada giro completo representando um ciclo. O ângulo através do qual a marca gira em um ciclo é 360° (2 TC radianos). Assim, por exemplo, comparada com A, quando a marca no aro de B moveu-se um quarto de giro (ciclo), o ângulo entre as duas marcas é de um quarto de 360° (90° ou n/2 radianos); após metade de um giro o ângulo entre as duas marcas é de 180° ou jt radianos. Esse ângulo entre as duas marcas é análogo à diferença de fase. À medida que B roda, a altura da marca acima do centro da roda varia. Se a roda gira a uma velocidade constante, a altura da marca traça uma onda seno quando traçada em função do tempo.