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Guias e Dicas
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LIVRO - EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ALGUMAS REFLEXÕES, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ciências da Educação

Educação matemática, traz uma abordagem mais clara de metodologias de ensino nessa área.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2013
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Compartilhado em 04/04/2013

jonkacio
jonkacio 🇧🇷

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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA
E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ALGUMAS
REFLEXÕES
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Baixe LIVRO - EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ALGUMAS REFLEXÕES e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Ciências da Educação, somente na Docsity!

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA

E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ALGUMAS

REFLEXÕES

Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão

Diretor - Antonio Carlos Aleixo

Vice-Diretor - Éder Rogério Stela

Editora da FECILCAM

Diretora - Ana Paula Colavite

Vice-diretora - Dalva Helena de Medeiros

Coordenadora Geral - Rosangela Maria Pontili

Coordenador Consultivo- Edson Noriyuki Yokoo

Conselho Editorial

Presidente - Ana Paula Colavite

Cristina Satiê de Oliveira Pátaro

Frank Antonio Mezzomo

Luciana Aparecida Bastos

Mário de Lima

Editora da FECILCAM

Av. Comendador Norberto Marcondes, 733

Campo Mourão - Paraná - CEP 87303-

editorafecilcam@gmail.com

www.fecilcam.br/editora/

Copyleft © 2010. É permitida, com autorização dos organizadores

Willian Beline e Nielce Meneguelo Lobo da Costa, a reprodução parcial

ou total desta obra e sua difusão por todos os meios eletrônicos para uso

pessoal do leitor, desde que não tenha fins comerciais.

Arte de Capa

Alemão

(alemaogod@hotmail.com)

Diagramação

Fernando Árthur de Medeiros Machado

(fernando_amm@hotmail.com)

Editoração e composição

Editora da FECILCAM

Revisão

Célio Escher

celiorevisor@gmail.com

B4315e Educação Matemática, Tecnologia e Formação de Professores:

algumas reflexões. / Organização de Willian Beline e Nielce

Meneguelo Lobo da Costa. Campo Mourão: Editora da

FECILCAM, 2010. 272 p.

15x21 cm

Vários Autores.

ISBN 978-85-88753-09-

1. Matemática. 2. Tecnologia. 3. Formação de Professores.

CDD 370.

Educação Matemática, Tecnologia e Formação de Professores: algumas

reflexões

Autores

Carlos Alves Rocha

Glaucia da Silva Brito

Maria Aparecida Mendes de Oliveira

Marcus Vinicius Maltempi

Marilena Bittar

Maurício Rosa

Mônica Karrer

Nielce Meneguelo Lobo da Costa

Rosana Figueiredo Salvi

Silmara Alexandra da Silva Vicente

Suely Scherer

Tânia Maria Mendonça Campos

Tatiani Garcia Neves

Willian Beline

Organizadores

Willian Beline

Nielce Meneguelo Lobo da Costa

In Memorian

Ivonélia Crescêncio da Purificação

Chateaubriand Nunes Amâncio

Ronaldo Marcos Martins

Renato Gomes Nogueira

10 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

133 Professor de Matemática: Uma Proposta de Formação Continuada para

o Uso de Recursos Tecnológicos em sua Prática Pedagógica por meio da

Espiral de Capacitação

Willian Beline e Rosana Figueiredo Salvi

153 Prática docente de professores que ensinam Matemática com o uso do

software Cabri-Géomètre: o novo e o desafio

Ivonélia Crescêncio da Purificação

171 A formação de professores indígenas: reflexões sobre o currículo de

matemática numa perspectiva intercultural

Chateaubriand Nunes Amâncio, Ivonélia Crescêncio da Purificação, Renato

Gomes Nogueira e Maria Aparecida Mendes de Oliveira

PARTE II - TECNOLOGIAS DIGITAIS E O ENSINO E A

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA

185 A Tecnologia Lúdico-Educativa como “Atriz” na Construção do

Conhecimento Matemático

Maurício Rosa e Marcus Vinicius Maltempi

215 A escolha do software educacional e a proposta pedagógica do professor:

estudo de alguns exemplos da Matemática.

Marilena Bittar

243 Função logarítmica: a utilização do software Winplot na exploração de

situações gráficas

Tânia Maria Mendonça Campos, Mônica Karrer e Silmara Alexandra da

Silva Vicente

PREFÁCIO

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO

DE PROFESSORES: ALGUMAS REFLEXÕES

Maria Tereza Carneiro Soares^1

Universidade Federal do Paraná - UFPR

Quem somos nós, professores de Matemática, que ao assumirmos o

desafio de inovar nossas práticas pedagógicas, ao longo de nossa profissionali-

zação, aceitamos também nos aventurar para além das salas de aula da escola

básica e partilhar nossas crenças com nossos pares? O que temos a contar

sobre nossa própria qualificação e desenvolvimento profissional quando nos

dispomos a refletir sobre nossas peripécias no campo da pesquisa acadêmica

sobre o ensino na área da Educação Matemática, mais especificamente no que

tange à inovação dessa prática de ensino por meio da Tecnologia de Informação

e Comunicação, as tão propaladas TICs?

Prefaciar este livro que trata de temática contemporânea, com foco no

uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na formação de professores,

escrito por autores marcados pela diversidade de seus percursos acadêmicos e

profissionais, é uma honra, mas principalmente um desafio.

Empreitada que não é somente prefaciar uma obra que congrega

textos intrigantes que trazem uma contribuição às perspectivas em foco, mas

principalmente a de homenagear, quatro dos autores ( in memorian ), uma

professora e três professores de Matemática, cujas trajetórias guardam muitas

semelhanças com boa parte dos professores de matemática brasileiros que

1 mariteufpr@gmail.com

PREFáCIO 13

idealizadora primeira desta obra que me coube prefaciar.

Trata-se de memorial por ela escrito por ocasião de um concurso

público para o ensino superior e a mim enviado para leitura, e que contem um

relato de seu desenvolvimento profissional vivido, em meio a conjunturas e

circunstâncias determinantes, e que em meu entendimento expressa conside-

rações que remetem aos temas abordados no livro.

InIcIeI mInha vIda profIssIonal em 1982, como professora da rede

públIca paranaense. lecIonava na cIdade de paranavaí em uma escola rural,

de sala multIserIada, na qual trabalhava com alunos da 1ª à 4ª sérIe do

ensIno fundamental.

após este InícIo, desenvolvI ao longo de mInha trajetórIa profIs-

sIonal, atIvIdades pedagógIcas com alunos do curso regular de 5ª à 8ª sérIe

do agora denomInado ensIno fundamental, com alunos do então curso de

magIstérIo e no ensIno superIor. nessa trajetórIa, procureI entender a grande

“ ojerIza” que muItos alunos demonstravam com a dIscIplIna de matemátIca.

com o objetIvo de buscar novas formas de ensIno- aprendIzagem, comeceI de

forma voluntárIa a desenvolver , de 1992 à 1998, atIvIdades no laboratórIo

de InformátIca educatIva da ufpr^2. envolvera - me, enfIm, com um grupo de

pessoas entusIasmadas e que, tanto quanto querer aprender muIto desejavam

Igualmente mudar a ação escolar. achávamos que, utIlIzando as novas

tecnologIas, maIs especIfIcamente o computador , obteríamos mudanças

sIgnIfIcatIvas na aprendIzagem dos alunos. dessa forma, InteresseI- me muIto

pelo ensIno da matemátIca alIado ao uso da InformátIca.

neste percurso, realIzamos atIvIdades com crIanças que apresentavam

dIfIculdades de aprendIzagem, trabalhamos com crIanças margInalIzadas

e prIncIpalmente com alunos de escolas públIcas que não tInham acesso a

laboratórIo de InformátIca. o que maIs chamou a atenção do grupo foI o

salto que esses alunos apresentavam em sua autoconfIança, no ânImo de

querer resolver uma sItuação apresentada e, prIncIpalmente, na troca que

realIzavam com os colegas no InterIor do ambIente InformatIzado. em nossas

reflexões, tanto IndIvIdualmente, quanto em grupo, buscávamos dIscutIr

quaIs os objetIvos educacIonaIs envolvIdos, que conteúdos trabalhar, qual

2 Universidade Federal do Paraná

14 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

a metodologIa de trabalho e como avalIarmos o trabalho desenvolvIdo.

em paralelo, trabalheI na formação de professores para a utIlIzação

das novas tecnologIas, no caso específIco , para o uso do computador e de

softwares educatIvos. entretanto , naquela época , não conseguIa IdentI-

fIcar mudanças na prátIca pedagógIca dos professores, e me questIonava se

realmente os alunos, ao utIlIzarem os softwares educatIvos, auferIam alI

algum aprendIzado.

assIm, apesar de nesses cursos na área de tecnologIa, que fIz e que

fuI docente , um novo artefato dIdátIco estIvesse sendo destacado e uma

reflexão sobre uma socIedade cada vez maIs tecnológIca fosse InduzIda, não

foI possível de forma prátIca realIzar mudanças em sala de aula, devIdo

às condIções de Infraestrutura físIca em que se encontravam as escolas

públIcas.

uma questão, entretanto , me InquIetava : quaIs as contrIbuIções das

tecnologIas, maIs especIfIcamente dos computadores , para a aprendIzagem

de conceItos matemátIcos?

para pesquIsar no mestrado partI da seguInte Indagação: ao utIlI-

zarem o software cabrI-géomètre em uma sItuação de ensIno- aprendIzagem,

os alunos avançarIam no nível de compreensão de conceItos geométrIcos?

o trabalho objetIvou analIsar avanços do pensamento geométrIco

de sujeItos ao utIlIzarem o software educacIonal cabrI-géomètre. tomeI

como referencIal teórIco , além dos adotados na elaboração do software

cabrI, a teorIa dos níveIs de desenvolvImento do pensamento geométrIco do

casal van hIele. esses autores IdentIfIcaram níveIs de pensamento geométrIco

em alunos da escola básIca e defenderam ser possível caracterIzar e ordenar

esses níveIs , como também desenvolver um encamInhamento metodológIco

para avanço dos mesmos. os níveIs por eles apresentados foram: vIsualI-

zação, análIse, dedução Informal, dedução formal e rIgor. e os cInco níveIs

de aprendIzagem, descrItos por van hIele, para elevação desses níveIs foram:

Informação, orIentação guIada, explIcItação, orIentação e Integração. a

pesquIsa foI desenvolvIda com sujeItos de uma escola públIca, localIzada

na cIdade de curItIba, onde cursavam a 8ª sérIe do ensIno fundamental. a

hIpótese era que sujeItos , ao utIlIzarem o software cabrI-géomètre em uma

sItuação de ensIno- aprendIzagem, avançarIam do nível vIsual para o nível de

dedução Informal, com base na teorIa proposta pelos van hIele, o que pode

16 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

sobre matemátIca crítIca , foI solIcItado aos alunos que dIalogassem e

“ crIassem” uma famílIa caracterIzada por suas condIções socIo- econômIcas.

os alunos sImularam famílIas e apresentaram suas famílIas fIctícIas, conver-

sando com a turma sobre as questões socIaIs envolvIdas e a necessIdade de

modelar matematIcamente algumas das sItuações IndIcadas.

nessa época , também realIzeI junto com a professora dra. sônIa

crIstIna vermelho, a pesquIsa IntItulada “a percepção dos docentes

quanto ao uso da I nformátIca na educação ”. por um lado, havIa dIscursos

proferIdos por educadores que vIam nas tecnologIas a solução para todos

os problemas, fossem eles de IndIscIplIna, de apreensão de conteúdos , de

compreensão da ImportâncIa da educação e por outro , nos vImos dIante de

educadores que estavam se qualIfIcando no uso de tecnologIas InformátIcas

com o uso do computador , por ImposIção externa à sua vontade e que vIam

estes recursos como maIs um “ modIsmo” da educação.

também no mesmo período, atueI como docente em curso de especIa-

lIzação, oferecIdo pela faculdade de cIêncIas e letras de campo mourão

  • pr (fecIlcam). nele fuI responsável pelas seguIntes dIscIplInas: cIên-

cIas, tecnologIa e o ensIno de matemátIca ; códIgos , lInguagens e o ensIno

de matemátIca ; dIdátIca da matemátIca ; ferramenta InformátIca, ensIno

de matemátIca e formação de professores e tópIcos de geometrIa métrIca

e representação geométrIca. os alunos desses cursos eram em sua grande

maIorIa, professores de matemátIca que estavam em formação contInuada

buscando Inovar suas ações.

na mesma época , partIcIpeI do cabrI world - 99 na puc – sp

onde apresenteI dados parcIaIs da pesquIsa do mestrado em educação ,

defendIda naquele ano na ufpr. ocasIão em que pude trocar experIêncIas

com pesquIsadores daquela e outras InstItuIções do país. após a defesa

da dIssertação ( dezembro de 1999), apresenteI os resultados fInaIs no

em2000 – l’ enseIgnement des mathématIques, dans les pays francophones,

au xxè sIècle, et ses perspectIves pour le début du xxIè sIècle, na unIversIté

grenoble – frança que ocorreu de 15 a 17 de julho de 2000. concomI-

tantemente , escrevI junto com mInha orIentadora do mestrado , prof. dra.

em pediam aos alunos que fizessem uma família imaginária e depois distribuir uma

quantia entre elas.

PREFáCIO 17

marIa tereza carneIro soares um artIgo publIcado na revIsta teorIa e

prátIca da educação. marIngá, v 4, n.º 8, 2001 p73-91. Issn 1415-837x,

IntItulado, cabrI-géomètre e teorIa van hIele: possIbIlIdades de avanços na

construção do conceIto de quadrIláteros.

em 2000, retorneI para mInhas atIvIdades na secretarIa de educação

do estado do paraná – seed, junto à coordenação pedagógIca do

cetepar – centro de excelêncIa em tecnologIa educacIonal do paraná.

mInha atuação no cetepar era assessorar os ntes – núcleos de tecno-

logIas na educação , na capacItação de professores no uso da InformátIca,

bem como na elaboração de projetos de capacItação em tecnologIas para

professores em faxInal do céu, na então denomInada unIversIdade do

professor.

mas, como expressa paulo freIre, como um ser que se reconhece

Inacabado e Inconcluso e que apresenta InquIetudes na busca de mudanças

na educação , e em especIal na educação matemátIca , procureI o camInho

do doutorado. fIz doutorado na pontIfícIa unIversIdade católIca de são

paulo , no programa de pós-graduação em educação : currículo. a tese

cabrI-géomètre na formacão contInuada de professores das sérIes InIcIaIs

do ensIno fundamental: possIbIlIdades e lImItes foI defendIda e aprovada em

abrIl de 2005.

o objetIvo daquela InvestIgação foI IdentIfIcar e analIsar a recons-

trução de conceItos geométrIcos (quadrIláteros) por professores das sérIes

InIcIaIs do ensIno fundamental que, com o uso do software cabrI-géomètre ,

desenvolvIam um processo de reflexão sobre a próprIa aprendIzagem e

sobre - para a prátIca pedagógIca. o estudo foI estruturado na seguInte

seqüêncIa: uma entrevIsta semI- estruturada; aplIcação do teste de van

hIele; entrevIsta estruturada usando o recurso do paInt brush; encontros

com os pesquIsados usando o software cabrI-géomètre ; realIzação de uma

atIvIdade pelos professores com seus alunos usando o mesmo software ;

dIálogo com os professores sobre o trabalho realIzado com a pesquIsadora no laboratórIo de InformátIca da escola e sobre a prátIca realIzada com

seus alunos usando o software cabrI-géomètre no mesmo laboratórIo.

este estudo embasou- se nos pressupostos teórIcos orIundos de textos de

autores que tratam da reflexão na formação de professores, da tomada

de conscIêncIa da próprIa aprendIzagem e dos regIstros de representação

PREFáCIO 19

na formação contInuada. no questIonárIo esclarecem que procuravam ser

autodIdatas ou buscaram esclarecImentos em outros locaIs de Instrução.

Isso confIrma que a formação de professores é um processo lento, e que

necessIta do comprometImento de todos os envolvIdos com a educação. tal

constatação é confIrmada em mInha experIêncIa profIssIonal e pessoal, o

que me fez InferIr que os projetos educatIvos somente alcançarão o êxIto

desejado quando a formação de professores posIcIonar- se como uma das

prIncIpaIs pautas dos programas de polítIcas educacIonaIs.

num processo InquIetante de compreender a construção de

conceItos geométrIcos pelos graduandos , realIzeI em 2002 uma InvestIgação

com alunos do curso de pedagogIa e matemátIca que foI apresentada na

anped – sul – 2002 – florIanópolIs, cujo tema era: pensamento geomé-

trIco dos graduandos de matemátIca e pedagogIa segundo a teorIa van

hIele. pude observar que o pensamento geométrIco dos graduandos de

pedagogIa e matemátIca , conservando as especIfIcIdades dos cursos, aInda

apresenta um baIxo nível se levarmos em consIderação as propostas currI-

culares quanto ao conteúdo de matemátIca de cada curso, Isso, segundo o

referencIal teórIco adotado.

a busca constante pela compreensão do processo de construção e

reconstrução de conceItos, alIada a reflexões sobre a prátIca , levaram- me

a realIzar em parcerIa com a profa. dra. marIa tereza carneIro soares

  • ufpr uma pesquIsa com professores das sérIes InIcIaIs do ensIno funda-

mental. naquele trabalho , InvestIgamos as reconstruções geométrIcas

que professores de matemátIca das sérIes InIcIaIs do ensIno fundamental,

em formação contInuada, apresentam ao utIlIzarem recursos tecnológIcos

do software cabrI – géomètre e quaIs as ImplIcações dessas reconstru-

ções geométrIcas em sua prátIca pedagógIca. observamos que as maIores

dIfIculdades manIfestaram- se no desenvolvImento conceItual, podendo ser

dIstInguIdas das habIlIdades com os recursos tecnológIcos. mesmo com

receIo, os professores experImentaram em nossos encontros, um trabalho

com conceItos de geometrIa - sImetrIa, InserIdo em um projeto maIor com

o tema prImavera e construção de Ikebana. nesse processo, o computador

foI um recurso na ação e reconstrução conceItual de professores, alunos

e pesquIsadoras. a noção de formação remete à IdéIa de um processo de

ensIno- aprendIzagem, em que o professor necessIta refletIr sobre sua estra-

20 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

tégIa de aprendIzagem e pensar sobre quaIs condIções são favoráveIs para

esse processo, centrado no crescImento do próprIo professor, protagonI-

zando os seus projetos IndIvIduaIs e coletIvos. alguns dos resultados dessa

InvestIgação foram apresentados no cerme 3: thIrd conference of the

european socIety for research In mathematIcs educatIon que ocorreu de

28 de fevereIro a 3 de março de 2003 em belarIa, na ItálIa. este trabalho ,

também , mostrou algumas trIlhas a serem percorrIdas na metodologIa da

tese do meu doutorado.

no ano de 2003, em parcerIa com a profa. dra. glaucIa da sIlva

brIto da ufpr, lanceI o lIvro educação , professor e novas tecnologIas:

em busca de uma conexão real, pela edItora protexto - curItIba. lIvro este,

resultante do desejo de dIvulgar publIcamente nossas experIêncIas teórIcas

e prátIcas sobre a Inserção das tIce no contexto educacIonal.

a trajetórIa até aquI descrIta é o que me levou a me Inscrever e

realIzar o concurso para professor neste setor de educação na área/

dIscIplIna ensIno da matemátIca e dIdátIca. entendo que a formação de

professores requer um “ reconhecImento” de que o contexto escolar é cons-

tItuído por seres humanos que necessItam refletIr sobre o seu sentIr, seu

pensar e seu agIr, para alcançar uma mudança educacIonal, numa sItuação

de respeIto ao dIferente e comprometIda com um projeto colaboratIvo de

transformação.

acredIto que a formação de professores necessIta entrelaçar ações

que propIcIem reflexões educatIvas, nas quaIs, Interroguemos e tematIzemos

as grandes fInalIdades da educação, que deslInde e procure dar conta do

emaranhado de problemas e antInomIas que se colocam a quem queIra pensar

serIamente as questões educatIvas; ações que propIcIem a reflexão polítIca

e InstItucIonal que Interroguem o sIgnIfIcado e as funções da InstItuIção

escolar; e ações que propIcIem a reflexão epIstemológIca e InterdIscIplInar

que suscIte a conscIêncIa crítIca do professor relatIvamente ao seu próprIo

saber e lhe permIta equacIoná- lo na complexa sItuação atual de saberes.

contudo , concordo com shulman, ao argumentar que para se

ensInar, não basta ter uma grande capacIdade de reflexão. é necessárIo

um conjunto de fatores , dentre eles conhecer o conteúdo a ser ensInado

e as formas de torná- lo maIs compreensível e sIgnIfIcatIvo aos alunos. ou

seja, a reflexão e a tomada de conscIêncIa pelo professor sobre o próprIo