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Neste livro, Marcelo de Carvalho Borba e Miriam Godoy Penteado apre- sentam o resultado de mais um trabalho em conjunto sobre informática educativa. Eles trabalham há mais de dez anos em uma das principais tendências da Educação Matemáti- ca: a informática. Os autores apresentam exemplos do uso de informática com alunos e professores, para, então, debaterem desde temas ligados às políticas governamentais para a informática educativa até questões epistemológicas e pedagógicas relacionadas à utilização de computadores e calculadoras gráficas em Educação Matemática. Este livro se dirige aquele que ainda não está familiari- zado com essa Tendência e também àquele que gostaria de conhecer a visão particular dos autores sobre esse tema. I www autenticaeditora.com.br 0800 2831322 [22424 - E)pBUSJLN 08522NP3 9 B>jeuoju| 342] ÁOPOS UIPHIIA / PQJOG OYJ2AL) Op O) mu eoigue: 851:004 72]ã be] w autêntica Informática e Educação Matemática Marcelo de Carvalho Borba Miriam Godoy Penteado MU! COLEÇÃO 01040100142550 Tendências em Educação Matemática edu Informática e Educação Matemática COPYRIGHT O 2001 BY MARCELO DE CARVALHO BORBA E MIRIAM GODOY PENTEADO COORDENADORA DA COLEÇÃO “Tendências em Educação Matemática” Marcelo de Carvalho Borba — gpimemQrc unesp.br CONSELHO EDITORIAL Airton Carrião/Coltec-UFMG; Arthur PowellRuigers University; Marcelo Borba/UNESP; Ubiratan D'Ambrosio/PUC-SP/ISPAJNESP; Maria da Conceição Fonseca/UFMG. CAPA Jairo Alvarenga Fonseca UNIGESTE Campus de Foz do Iguaçu REVISÃO ES Erick Ramalho Nº Reg: 6) EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Waldênia Alvarenga Santos Atafdl Todos os direitos reservados pola Autêntica Editora. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia 2007 xerográfica, sem a autorização prévia da editora. BELO HORIZONTE Rua Aimorés, 981, 8º andar . Funcionários 30140-071 , Belo Horizonte . MG Los Tel: (55 31) 3222 68 19 21 na TetevenDas: 0800 283 13 22 ” NE www autenticaeditora.com.br e-mail: autenticaQautenticaeditora.com.br AUTÊNTICA EDITORA SÃO PAULO Rua Visconde de Ouro Preto, 227 . Consolação 01 303-600 . São Paulo-SP. Tel.: (55 11) 3151 2272 Borba, Marcelo de Carvalho 87261. Informática e Educação Malesnática/ Marcelo de Carvalho Borba, Miriam Godoy Penteado. — 3. ed. 2. reimp. — Belo Horizonte: Autêntica, 2007 100p. (Coleção Tendências em Educação Matemática, 2) ISBN 85-7526-021-9 1. Matemática, 2. Informática, 3. Penteado, Miriam Godoy. . Titulo. E Série. CDU ST 813 Ficha Catalagráfica elaborada sor Rinaldo ce Moura Faria — CRB6-1006 Agradecimentos Queremos agradecer aos nossos colegas do GPIMEM pela colaboração nas diversas fases da elaboração des- te livro. Contribuíram em muito para a redação final do texto as leituras e sugestões feitas por Ana Karina Cancian, Ana Paula Malheiros, Audria Bovo, Heloisa da Silva, Jonei Barbosa, Jussara Araujo, Maria Helena Bizelli, Mónica Villarreal, Nilce Scheffer, Norma Alle- vato, Rubia Amaral. De forma especial, queremos des- tacar a colaboração de Telma Gracias e Geraldo Lima pela revisão cuidadosa e confecção de gráficos e tabe- las e pela imensa colaboração que têm dado ao nosso trabalho ao longo dos últimos dez anos. Agradecemos também ao CNPq, CAPES, FAPESP e Texas Instruments que têm dado apoio às nossas pes- quúsas cuja uma parte está discutida neste livro. Nota do coordenador Envas a produção na área de Educação Matemática tenha crescido substancialmente nos últimos anos, ainda é pre- sente a sensação de que há falta de textos voltados para proles- sores e pesquisadores cm fase iricial. Esta coleção surge em 200 buscando preencher esse vácuo sentido por diversos materiá- ticos e edicadores matemáticos. Bibliotecas de cursos de Li- cencialura, que têm títulos em Matemática, não tinham publi- vações em Educação Matemática ou textos de Matemática voltados para o protessor. Em cursos de Especialização, Mestrado e Doutorado com ênfase em Educação Matemática ainda há falta de material que apresente de forma sucinta as diversas tendências que se consolidam nesse campo de pesquisa. A coleção “Tendências em Educação Matemáica” é voltada para futuros professor: epara profissionais da área que buscam de diversas formas re- fletir sobre cssc movimento denominado Educação Matemáti- ca, o qual está embasado no princípio cie que todos podem pro- duzir Malemática, nas suas ciferentes expressões, A coleção busca também apresentar tópicos em Matemática que tenham Lido desenvolvimentos substanciais nas últimas décadas e que possam se fransiormar em novas tendências curriculares dos ensinos fundamer'tal, médio c universitário. Essa coleção é escrita por pesquisadores cem Educação Ma- temálica, ou em uma Cada área da Matemática, com larga ex- periência docente, que pretendem estreitar as inlerações entre a Universidade que produz pesquisa e os diversos cenários onde se realiza a Educação. Cada livro indica uma extersa bibliografia na qual o leitor poderá buscar um aprofundamento em uma daça Tendência em Educação Matemática. a [a] IV- Implicações para a prática docente... Introdução 57 “ema de risco. = Reação dos professores diante dos riscos... 66 Rede Interlink........ 67 V- Interação a Distância. ai Informática: 4 º Educação a Distância. 74 problemas & soluções O modelo do curso a distância "lerdências em Educação Malemática” ER VI- Possibilidades, limites e acesso........ 87 « Apêndice 91 bl fi 93 Entormática e Educação! Esse tem sido um tema de de- Bibliografia... bate recorrente nas últimas duas décadas no Brasil, e, há um j pouco mais de tempo, em outros lugares do mundo. Talvez aínda seja possíve” lemb &os discursos sobre o perigo que a utilização da informática poderia trazer para a aprendizagem dos alunos. Um deles era o de que o alunoária só apertar te- as e obedecer a orientação dada pela méguina. Isso contri- buiria ainda mais vara torná-lo um mero repe:idor de tarefas. Na verdade, ainda hoje essa preocupação sempre surge nos diversos cursos, palestras v aulas que temos ministrado. Tal argumento está presente quando consideramos a educação de modo geral, mas é ainda mais poderoso dentro de parte da comuricade de educação matemálica. Em especial para aque- les que concebem a matemática como à matriz do pensamen- to lógico. Nesse sentico, se o raciocínio matemático passa a ser realizado pelo computador, o aluno não precisará racioci- nar mais e deixará de desenvolver sua inteligência, Por ouíro lado, tem havido, mais recentemente, argumen- tos que apontam “o computador” como a solução para os pro- blemas educacionais. Entretanto, diferentemente do que acon- tece quando se trata de apontar as perigos, nem sempre aperece de forme explícita para qual prob'ema o computador é a solu- ção. Nem sempre é feita a pergunta: “qual é o problema?” ou “qual é o problema para o qual o computador é a resposta?” Conrção “TENDÊNCIAS Ed TE JCAÇÃO MATERÁTICA Em particular, es matemática. ergunia também (az sentido na educação Hã também de ser perguntado sc, entre a postura que assume que o computador é ruim para o aluno e aquela que ssume que ele melhora o ensino, há espaço para outros posi- cionamentos. Nesle livro pretendemos sugerir que a relação entre a informática e a educação matemática não deve ser pen- sada da forma dicolômica esboçada na primeira frase deste pa- rágrafo, mas sim como lransformação da própria prática edu- cativa. Nos diferentes capítulos deste livro vamos apresentar idéias que sugerem que os argumentos sobre a piora ou me!ho- ra da prática educativa lalvez 'jam os mais adequados. Parece-nos mais relevante analisar o novo cenário educacional «ue se constitui a partir da entrada desse “novo ator”, a tecno- Jogia informática. Aqui, interessam-nos as possibilidades e difi- culdades que sc apresentam, sem compaxar se são melhores ou piores do que aquelas nas quais essa tecnologia não é utilizada. Porém, antes de entrarmos nessa discussão, queremos retomar algumas das preocupações daqueles que defendem. o argumento da não adequação do uso de tecnologia informári- ca na escola. “Se meu aluno utilizar a caleuladora, como ele aprenderá a fazer conta?” “Se a estudante do ensino médio aperta uma tecla do computador e o gráfico da função já ap: rece, como ele conseguirá, “de fato”, aprender a Lraçá-lo?” M: nifestações dessa natureza sempre estiveram presentes nos discursos de muitos educadores desde quando os computa- dores começaram a ocupar espaço ro mundo do trabalho e no mundo do lazer no final dos ano: da hoje, em diversos fóruns que reúnem prof sadores no país e no O e início dos anos 90, Ai- pres e pesqui- 's das pergun- sle parégrafo são apresentadas quando o debate sobre o papel da tecnologia envolve o que deve ser feito em sala de aula, erior, diferentes vers tas listadas no início Uma forma de refletirmos sobre essas perguntas seria relormulá-las dentro do contexto do use de lápis c papel. Per- guntamos: será que o aluno deveria evitar o uso intens; lápis e papel para cue não fique dependente dessas mí Informática e Ecucação Maremítica Em geral, as pessoas ficam perplexas diante de tal questão. “Como assim?” Parece que não considere o lápis c o papel como Lecnologias, da mesma forma que o fazem com o com- putador. Para clas, o conhecimento produzido quando o lápis é papel estão disponíveis não causa dependência. É como sc a canela, por exemplo, fosse “lransparente” para os que advo- gam essa posição. Para nós, entretanto, sempre há uma dada mídia envolvida na rodução de conhecimento. Dessa forma, essa dependência sempre exisliá e estará bastante relaciona da ao contexto educacional em que nos encontremos. Esse con- texto está sempre geográfica e historicamente determinado e sua constituição depende também da disponibilidade de mí- dias como a otalidade, lápis-e-papel e a inform ca. Em ma- temática, por exemplo, as demonstrações são fruto da dispo- nibilidade da escrita em diversas sociedades. Além dessa preocupação com c desenvolvimento dos alu- nos, um outro arigumento utilizado pelos que são “contra a informática na escola” é a questão econômica. Muitos questi- oram: Como comprar computadores para as escolas, se nem. mesmo há giz em várias delas? Como pensar em computado- res na escola, se os professores continuam sendo mal remime- rados? De acordo com esse argumento, temos primeiro que melhorar as condições da escola, cs salários dos professores, para que, em vma segunda ctapa, possamos pensar em teeno- logia ce ponta. No nosso ponto de viste, há vários problemas com essa argumenta: O primeiro deles é a suposição de que, caso o dinheiro não seja ulilizado por nossos governantes para a compra de computadores, ele seria utili lo para à melhoria da infraestrutura e da dramática questão salarial dos professores da rede pública de ensino e também de boa parte da rede particular. É fácil observar que os governantes geram leis que os “proíbem” de fazer transferências de recursos de acordo com os anseios ce diversos segmentos sociais, como, vor exemplo, o dos professores. Vejamos um acontecimento recente: o governo privatiza as ervresas de telecomunicações, preços e juros abaixo do mercado, subsidiados pelo con- inte e impõe uma cláusula nos contratos de pj ivalização Conuçãos “TENDNCINS UM TIEJCAÇÃO Mairmánica? mática educativa sabe que, de modo geral, é verdade que alu- nos ou professores que participam de cursos ganham novo seo com q uso da informática, caso possíveis medos iníci- ais sejam superados. Não temos em nosso grupo de pesquisa dados sobre o tema e não conhecemos também trabalhos de outros pesquisadores sobre iss Há indícios superficiais, en- Assim, um dado tretanto, de que “tal motivação” é passageira. software utilizado em sala pode, depois de algum tempo, se tornar enfadonho da mesma forma que para mM sitos uma aula com uso intensivo de giz, ou outra bascad: textos, pode também não motivar. Um outro argumento, um tanto nebuloso, é aquele que a em discussão de para enfatiza a importância do uso da informática em educa preparar o jovem para à mercado de trabalho. É razoável pen sui conhecimentos nessa área esteja mais sau que aquele que poss preparado para O mercado de trabalho. É praticamente certo que alguém que possua conhecimento em Informática tenha mais facilidade de conseguir empregos do que alguém que não consiga ligar o computader e trabalhar com alguns apli- cativos básicos. Assim, cada vez mais à tecnologia informática interfere no mercado de trabalho. Ela tem sido a vilã do de- dito estrutural, e o seu domínio tem servido de base semprego, ções no ce decisão sobre quem vai assumir determinadas po: mercado de trabalho. Porém, ainda que esta seja a situação atual, consideramos bastante questionável que a educação deva <«er uma via de mão única em direção ao mundo do lxabalho. O perigo de se assumir essa posição é que a oducação Lorne-se mais uma instância a ser oralmente privatizada, passando a ter o seu currículo e sua própria organização totalmente su- bordinados às grandes empresas que ditam o que é adequado para este setor. Entendemos que uma visão mais ampla da eduvação deva subordiná-la à noção de cidadania e nossa po ição é a de que devemos lutar para que anação sobre o que é cidadão inclua os wdinados aos iníeresses apenas ão, se escola e empresa existem e as sociedades itos não su deveres e os d! das grandes corporações. En fazem parte direta ou indiretamente for dive 16 Informática e Eclucação: Matemática complexas na mundo att], não podemos pensar a escola como empresa, nem subordinar os interesses da primeira ao dl: gunda, conforme enfatiza Machado (1997). Esse autor dliseuis de forma abrangente como a noção de cidadania deve est : jorada aos projetos individuais e coletivos de uma aúeies dade poessa forma, educação para a cidadania deve envolver ' ussÃo) sobre valores pessoais e «da sociedade coro um lodo. Educação deve promover a critica em relação a: prios valores que a envolvem. CEP ic no amos que, nesse sentido, a discussão sobre infor- at ação matemática deva ser compreendida.fO acesso à informática deve ser visto como um direito e, port to, nas escolas públicas e particulares o estudante dedo oder cume de uma RR CaçãO que no momento atual inclua no o, uma “alfabetização tecnológica “ia abeti Lçá deve ser vista não como um Curso PRA rg como um aprender a ler essa nova mídia. Assim dó com ta dar deve estar inserido em alividades essenciais, tais como aprender a icr, escrever, compreender textos, entender eráfi- cos, contar, desenvolver noções espaciais eteJE, nesse démiido, ai rmálica » q E ndormálica na escola passa a ser parte da resposta a ques tões ligadas à cidadania. cas . Deve ser enfatizado que, embora o acesso a informática Há escola possa contribuir para promover a cidadania, ela não surgiu como Tesposta a esse tipa de problems. Não cab ag neste livro uma discussão sobre a aistória da informátio no sim, assinalar que ela sc Lorna um fenômeno culta dae gunda metade do século XX cepois de permear o ma do « ciência, da guerra e dos negócios empresarixis e se pa dio per praticamente todas nossas atividaces, direta ou 1: direta. menrc. É apenas tardiamente que a informát 3 Preseio a se faz presen- 2, acesso à informática n E deve ser visto não apena. oiro parto como um cireilo, ma: de um projetc X ê eso acrsso projeto coletivo que prevê a democ “ização de ace. ab ogias rolvid. : cencioias desenvolvidas per essa mesma sociedace. É des- sas duas formas que a informática na educação deve 17 - atção TenoNcIas EM EDLCAÇÃO Mltaáca” As pesquisas que nós realizamos junto ao GPIMEM têm servido de fonte de inspiração e orientação para as reflexões como as que estão aqui colocadas. Mas, como afirmamos an- teriormente, nosso maior interesse tem sido analisar e com- preender as cara terísticas das cenários educacionais, espe- cialmente em educação matemática, que incluem “atores informatizados”. Buscamos fazer essa compreensão sem ne cessariamente estabelecer com parações com 05 cenários com vencionais. Assim, procuramos focalizar nossa atenção nana: tureza do conteúdo que pode ser est udado num ambiente informatizado, O conhecimento produzido, a demanda para o trabalho do professor e ouitas possibilidades educacionais que possam ser exploradas. fi com esse foco que queremos apresentar nossas diseus; ese livro. Iniciamos com uma preve sínlcse dos diver- sos programas governamentars feitos no Brasil na área de in- formática educativa. Em seguida, discutimos exemplos de diversas formas de uso de informática por alunos € professo- s por nós realizadas e sões ne: res, São exemplos oriundos de pesqui que servirão de hase para questões que serão consideradas nos No terceiro capítulo apresentamos tuma so relacionando seres hu- capítulos seguin! visão teórica que sustenta nossa posiç manos e tecnologias da irtormação e comunicação. O quarto capítulo aborda a questão reletiva aos professores que, como já discutimos nesta Introd ção. é um ator fundamental no pro- cesso de chegada da informática à escola. Dedicaremos, então, o quinto € apítulo ao uso da Internet em educação matemática, pítulo, os quesliona- interiores. e finalizaremos retomando, no sexto ca mentos apresentados ao iongo dos capítulos Programas governamentais de implementação da informática na escola Discussões sobre a forma como a tecnologia infori ca(TI ide utilize i ' ( ) fem side utilizada e a implicação desse uso para a « nização da soci ; RA oi : sociedade atual tem estado conslantemente nt sentena literatura. Nas es: i jo ceueno me atura. Nas escolas, tal discussão surge como fruto cum sior disseminação de programas educacionais que volvem o uso de informáti e : É álica. Nes Ít g pad te capítulo apresentamo sses programas 8 ; Ego programas para as escolas brasileiras do ersire ande e mécio e argumentamos sobre a importância s serem arti À õ É rem articulados com ações de menor escala desen- volvidas por escolas e univers es. Essa articulação é vista a s e unive iciades é Essa articula ia ndamo) ara «ue se consiga usufruir N e fundamental para que s siga us] (o) potencial que a intormálica tem a oferecer para a educaç “Ações governamentais Lim nó al, uma das primeiras au sertid vel nacional, uma da iras ações no se: de estimula nover a implementação ds ' Ti j de : e promc Pp tação do uso de L o gia informática nas escolas brasileira: em 198 m a as sileiras ocorre realização do 1 Seminário nal rá À a : a : vi Semii o Nacional de Inf á E nálie: once estiveram presentes educadores de diversos estados pa am presen ducadores d E 'v bi sileiros. Foi a partir desse evento que surgiram projetos como: 5. d to que surg) dei E Educom, Former e Proninfe, ne , - o no (COMputadores na EDUcação) fo: lançad: p nistério da Fducação e Cultura (MEC) e pe'a Secretaria 19 Cotição “Ttnnti CAÇÃO MATEMÁTICA” tas em impressoras, câmera de vídeo, softwares e acesso à Internet. Os softwares, cerca de 40 títulos, tratam de diferentes assuntos. Dentre esses, os que têm sido mais utilizados pelos professo- res de Matemática são: Cabri II, Supermáticas, Frecionando, Divide and Conquer, Excel, Factory, Bulding Perspective. Para o uso desse equipamento, o ministério recomen- da que eles sejam integrados em atividades que estejam em consonância com as atuais propostas educacionais. Nesse sentido, a referência, no momento, lem sido os Parâmetros Curriculares Nacionais e sua ênfase em atividades de pro jetos temáticos. Projetos — essa é a pelavra que os professores mais têm ouvido nos últimos anos. É preciso trahalher com projetos — recomendam os orientadores pedagógicos que, constantemen- te, enviam para as escolas sugestões de Lemas a serem desen- volvidos. Em 1998, muitas escolas se envolveram com o tema da Copa do Mundo. Em 1999, 9 lema mais presente foi o dos “500 anos do descobrimento do Brasil”. A informática é colocada como um recurso fundamenta! para o desenvolvimento desses projetos. Por exemplo, a Inter- net pode dar suporte à pesquisa de dados e disseminação dos resultados. Existe, inclusive, uma atividade dentro do progra- ma “A escola nova na era da informática” chamada “Internet “ que visa, em especial, estimular a nso da informá- Lica nos trabalhos de projetos. Para parlicipar dessa atividade o professor precisa saber utilizar e-meii, construir páginas, além de usar outros recursos da Internet? na Escola Limites e possibilidades Como vemos, existe um movimento dos órgãos governa- mentais no sentido de impulsionar a chegada dos computado- res nas escolas. Sem dúvida, é possível notar o resultado dessas ações quando visitamos algumas escolas públicas do Estado de ão Paulo, as quais frequentamos regularmente. Os Núcleos Regionais de Tecnologia Educacional estão oferecendo cursos avi ex algumas dessas atividades na página http://www educacao.sp.gow 1» 3 Info-mática é Erlucação Matemática de capacitação para os professores e a verba cortinua sendo liberada para que as escolas possam atualizar e ampliar as salas de computadores. Assim, já podemos encontrar salas com mais de 10 computadores, aparelho de DVD, ligação dos compulta- dores a uma TV com tela plana de 29 polegadas e a conexão com a Internet via ADSL (linha digital assimétrica do assinam: te). Essa conexão libera a linha telefônica c oferece uma Lrans- missão mais rápida quando comparada à conexão via modem. O interesse e envolvimento de diretores e coordenado- scentes e, sem dúvida, dependendo do local onde focamos nossa atenção, temos a impressão de que a área de res são informática educativa está ganhando força nas escolas. Porém, é preciso estar atento pera o lato de que essas ações alendem a um número bastante reduzido de escolas, além de que o su- primento técnico, embora fundamental, não é garantia de uso dentro dos padrões esperados. Há de se notar também que, até o presente momento, embora o governo tenha manifestado apoio crescente à área de informática educativa, existe sempre o iemor de que a po- lítica possa influenciar a contiruidace dos programas gover- namentais. O receio é de que uma mudança na politica impli- que uma diminuição ou mesmo cancelamento de verbas, como já aconteceu, por exemplo, com os Cieds na década de 80, Eles deixaram de receber apoio do govemo federal e, nos casos em que o governo estadual não assumiu, ficaram estagnados e sem força de atuação na capacitação dos professores. Ouro ponto para o qual atentar é a forma como a informá- Lica educativa é coordenada ras escolas, Embora em muitas o trabalho com informá.ica tenha receoico apoio incessante da co- e direção, isso não é regra geral e podemos encontrar escolas onde'a sala de in'ormática é sub-ulilizada. Existem casos em que es diretores colocam tantas normas para à uso dos equi- pamentos que inviabilizam qualquer iniciativa do professor no sentido de utilizá-los. Por exemplo, alguns ciretores solicitam que seja apresentado um plano detalhado sobre cada alivicade que será desenvolvida nos computadores. Outros permitem o uso, mas não sem antes ressaltar que o professor será responsabliza- 23 Co nçãos *linacêncas ata Educação: Marimar” do por qualquer danonas máquinas causado durante a sua aula. E temos, ainda, a caso em que o acesso à chave da sala fica quase impossível, porque ela está em poder de um determinado fun- cionário da escola que nem sempre está presente. Além da chave, a senha do servidor da rede também é de conhecimento de pou- cos. Assim, não há atividade com computadores, se a pessoa que possui a chave e/ou a senha do servicior não estiver na escola. Além da restrição no uso, existe também a dificuldade imposta pela localização e espaço físico das salas ambientes de informática. Em algumas escolas ela ocupa um espaço menor do que 6 metros quadrados, impossibilitando o trabalho com turmas de mais de 10 alunos. O que fazer com os quase 30 alunos que restaram? Alguns professores deixam parte deles na sala de informática e parte na sala de aula normal, Ficam caminhando de um lado para o outro durante a aula. Em al- ção, guns casos, a localização das salas não dificulta tanto essa aí mas há casos em que o professor tem que subir e descer esca: das várias vezes. Na maioria das escolas não existe uma pes- soa com quem o professor possa dividir essa tarefa. inda dentro da infraestrutura é preciso pensar no apoio lécnico. Um técnico em informática deveria fazer parte do qua- dro de funcionários da escola. Não é possível desenvolver qual quer alividade com compuladores que apresentam problemas com o manilor que não liga, a impressora que não imprime, conílitos de configuração na rede, os sufriveres desaparecem e os vírus atacam. É preciso um suporie constente. Qualquer um que usa computador sabe o quanto o seu uso pode ser in- viabilizado por pro>lemas técnicos. E numa escola onde o iluxo deu reza. É prec algumas escolas a sala de informática fica sem uso por vá meses, porque não há verba para pagar a visita de um técnico. ários é grande não hê como evitar problemas dessa natu- o alguém que assuma essa responsabilidade. Em e Outro ponto a destacar é o acesso à Internet. Parece irô- nico pensarmos no uso da Internet para dar suporte ao desen- volvimento dos projetos Lemáticos, numa escola em que há somente uma linha telefônica e a mesma fica ocupada o dia Lodo com tarefas sâmiristrativas. É preciso uma linha exclusiva 24 Informática e [ducação Matemática para o uso dos alunos professores. Nesse sentido, é extrema- mente positiva a inicialiva de conexão 24 hores pela Lecnolo- gia ADST (Linha Digital Assimétrica do Assinante). Tsso vai estimular que professores e alunos se aproximem da Internet e tirem vantagem da pesquisa em bancos de dados c da conva- nicação com pessoas de outros lugares. É necessário, entretan- to, que tais ligações sejam estendidas a escolas de periferia e não se res:rinjam àquela: Des: so que, além do equipamento, os pro- gramas do governo incentivem e fiscalizem a infraestrutura da érea central, forma, é preci oferecida pelas escolas. Se a atividade com informática não for reconhecida, valcrizada e sustentada pola Cireção da esco- la, Lodos os esforços serão pulverizados sem provocar qual- quer impacte ne sala de aula. Mas essa valorização e esse re- conhecimento dependem do diretor. Porém, a organização e esse gerenciamento do uso dos equipamentos informáticos são algo novo na profissão de muitos deles e, para que possam agr com competência, precisam de formação e orientação so- bre como atuar nessa árca. Neste momento podemos pensar: e agora? Exisle algu- ma possibilidade de enfrentar Ludo isso? Reconhecemos que a complexidade da rede de escolas brasileiras impõe muitos desafios a ra a área de informática educativa e que é preciso o empenho de diferentes setores para encontrar formas de en- frentamento e superação de aiguns deles. Consideramos que uma possível forma disso vir a acon- tecer é reconhecer e favorecer a expansão ce ações isoladas Ao longo da história da informática educativa no Brasil, tas dessas ações têm se constituído em fonte de inspiração e suslenlação para a atuação do govemo e v'ce-versa. Como exemplo, podemos destacar c múcleo de Informáti- ca Aplicada à Educação — Nied, da Universidade de Campinas. Os Pesquisadores do Nied estiveram envolvidos na concepção de vários projetos governamentais. Foi tum dos pólos do projeto Lducom na década de 80 e onde aconteceram os dois cursos de especialização do projeto Formar. São mulas as pesquisas que Experiências em Educação Matemática N. apítulo anterior apresentamos e disculimos os pro- gramas governamentais que estão sende iryplementados para equipar às escolas com computadores e promovex o seu uso Neste capítulo queremos ap-esentar 2'guns exemples de como a informática pode ser inserida em situações de ensir.e e apren- dizagem da Matemática. Esses exemplos são oriundos de es- tudos € pesquisas realizados por nossa equipe de pesquisa. O primeiro exemplo que apresentaremos diz respeito ao uso da calculadora grética. Ela pode ser vista come um computa- dor portátil com programas que permitem o trabalho com Geo- metia, Cáiculo Diterencia,, Estalística e Funções entre outros. Além de fazer judo que uma calculadora científica faz, a calcula dora gráfica possibilita o traçado de gráficos de “unções, tais como $ = cos(x). Com esse recurso ela se tora um ator importante no ensino de funções, desemperhardo a papel de softuares como Excel) FUN? Grapiomatica* e outros voltados para funções. O fato de a calewadora ter uma tela pequena, com reso- tução pior que a do computador, pode vir a ser um problema * Softuure para construção de planilhas eleirônices, da Microso!t Corporation. Sefiware para o estudo de funções, criado por Marcelo de Carvalho Borba e