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Leptospirose em cães, Notas de estudo de Doença Infecciosa

Informações sobre a leptospirose em cães, uma zoonose causada por uma bactéria. São abordados tópicos como transmissão, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e prognóstico. O texto destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para aumentar as chances de sucesso no tratamento e prevenir a disseminação da doença para humanos e outros animais.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 15/01/2023

Vetannajulia
Vetannajulia 🇧🇷

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Clínica médica de pequenos animais
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Leptospirose
A Leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial
causada por uma bactéria. Parece ocorrer com mais
incidência em cães jovens com idade entre 1-4 anos e em
machos, aumento da incidência da doença em épocas do
ano mais quentes e no período de chuvas. Associada a IRA +
Hepatopatia + Icterícia.
Mucosas de um canino apresentando icterícia e
característica macroscópica de sua urina
Transmissão
Após entrarem em contato com o hospedeiro (ratos, urina
altamente infecciosa) pelas mucosas nasais, orais ou
conjuntivais, da pele lesada ou após contato prolongado
com a água contaminada, as leptospiras rapidamente
promovem infecção sistêmica através da corrente
sanguínea, atingindo e replicando-se em diversos tecidos,
incluindo rim, baço, fígado, sistema nervoso central, olhos e
trato genital. Esta fase inicial, denominada leptospiremia,
pode persistir por até 10 dias, até o hospedeiro montar uma
resposta imunológica efetiva contra a bactéria, eliminando
o organismo da corrente sanguínea e da maioria dos
tecidos, persistindo somente em locais imunoprivilegiados,
como os olhos e os túbulos renais, dando início à fase de
leptospiúria, quando o animal elimina as leptospiras no
ambiente, via urina
Sinais clínicos
Anorexia Diarreia
Dor abdominal Febre
Hepatomegalia Icterícia
Letargia Melena
Tosse Vômito
Oligúria uveíte
Anúria petéquias
Lesão no sistema respiratório
Perda de peso
Halitose urêmico
Hematúria/hemoglobinúria
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames sorológicos, além
da anamnese, sinais clínicos e exames hematológicos do
paciente.
Hemograma: Anemia não regenerativa, Leucocitose
com desvio a esquerda acentuado, Trombocitopenia
Bioquímica: Aumento das enzimas de lesão e colestase
hepáticas
EAS: Bilirrubinúria
Imunológico - sorologia para Leptospirose
O teste de soro-aglutinação microscópica (SAM) é o exame
padrão recomendado pela Organização Mundial de Saúde
para o diagnóstico confirmatório da doença e consiste na
detecção de anticorpos aglutinantes, a partir da reação de
diluições do soro do animal com leptospiras vivas.
Tratamento
O tratamento consiste em antibioticoterapia e terapia de
suporte para os diferentes sistemas acometidos do
organismo. As leptospiras são sensíveis a uma ampla
variedade de antibióticos, dentre eles a penicilina, ou
derivados, e a doxiciclina (usada para eliminar as leptospiras
dos túbulos renais). O tratamento via intravenosa com
penicilina ou derivados (penicilina G, ampicilina ou
amoxicilina) para tratar a leptospiremia e finaliza-se com a
doxiciclina para tratar a leptospiúria
Fluidoterapia IRA (Estimulação da diurese e
considerar diálise)
Antibioticoterapia Recomendado é a penicilina e
pode associar com a doxiciclina por 10 dias a cada 12hrs
intramuscular
Prognóstico
A Leptospirose canina, quando diagnosticada na forma
inicial e dado início ao tratamento adequado quando surge
a suspeita do diagnóstico, as chances de sucesso no
tratamento são maiores. Além disso, por se tratar de uma
zoonose, deve-se ter em mente que não apenas o animal
acometido está em risco, como também seus proprietários
e toda a equipe que entrará em contato com o animal
durante o tratamento, sendo de extrema importância
medidas sanitárias de proteção.
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Clínica médica de pequenos animais

Leptospirose

A Leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial causada por uma bactéria. Parece ocorrer com mais incidência em cães jovens com idade entre 1-4 anos e em machos, aumento da incidência da doença em épocas do ano mais quentes e no período de chuvas. Associada a IRA + Hepatopatia + Icterícia. Mucosas de um canino apresentando icterícia e característica macroscópica de sua urina

Transmissão

Após entrarem em contato com o hospedeiro (ratos, urina altamente infecciosa) pelas mucosas nasais, orais ou conjuntivais, da pele lesada ou após contato prolongado com a água contaminada, as leptospiras rapidamente promovem infecção sistêmica através da corrente sanguínea, atingindo e replicando-se em diversos tecidos, incluindo rim, baço, fígado, sistema nervoso central, olhos e trato genital. Esta fase inicial, denominada leptospiremia, pode persistir por até 10 dias, até o hospedeiro montar uma resposta imunológica efetiva contra a bactéria, eliminando o organismo da corrente sanguínea e da maioria dos tecidos, persistindo somente em locais imunoprivilegiados, como os olhos e os túbulos renais, dando início à fase de leptospiúria , quando o animal elimina as leptospiras no ambiente, via urina

Sinais clínicos

→ Anorexia →Diarreia → Dor abdominal →Febre → Hepatomegalia →Icterícia → Letargia →Melena → Tosse →Vômito → Oligúria →uveíte → Anúria →petéquias → Lesão no sistema respiratório → Perda de peso → Halitose urêmico → Hematúria/hemoglobinúria

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de exames sorológicos , além da anamnese, sinais clínicos e exames hematológicos do paciente. → Hemograma: Anemia não regenerativa, Leucocitose com desvio a esquerda acentuado, Trombocitopenia → Bioquímica: Aumento das enzimas de lesão e colestase hepáticas → EAS: Bilirrubinúria → Imunológico - sorologia para Leptospirose O teste de soro-aglutinação microscópica (SAM) é o exame padrão recomendado pela Organização Mundial de Saúde para o diagnóstico confirmatório da doença e consiste na detecção de anticorpos aglutinantes, a partir da reação de diluições do soro do animal com leptospiras vivas.

Tratamento

O tratamento consiste em antibioticoterapia e terapia de suporte para os diferentes sistemas acometidos do organismo. As leptospiras são sensíveis a uma ampla variedade de antibióticos, dentre eles a penicilina, ou derivados, e a doxiciclina (usada para eliminar as leptospiras dos túbulos renais). O tratamento via intravenosa com penicilina ou derivados (penicilina G, ampicilina ou amoxicilina) para tratar a leptospiremia e finaliza-se com a doxiciclina para tratar a leptospiúria → Fluidoterapia → IRA (Estimulação da diurese e considerar diálise) → Antibioticoterapia → Recomendado é a penicilina e pode associar com a doxiciclina por 10 dias a cada 12hrs intramuscular

Prognóstico

A Leptospirose canina, quando diagnosticada na forma inicial e dado início ao tratamento adequado quando surge a suspeita do diagnóstico, as chances de sucesso no tratamento são maiores. Além disso, por se tratar de uma zoonose, deve-se ter em mente que não apenas o animal acometido está em risco, como também seus proprietários e toda a equipe que entrará em contato com o animal durante o tratamento, sendo de extrema importância medidas sanitárias de proteção.

Anna Júlia Martins - 2022

Controle e profilaxia Dedetização de roedores, cuidados com saneamento básico e enchentes, isolamento do animal contaminado. Além de vacinação. Protocolo de imunização