Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Leguminosas - Amendoin Forrageiro, Notas de estudo de Engenharia Florestal

O amendoim forrageiro, pertence ao gênero Arachis. É originário da América do Sul com cerca de 70 a 80 espécies encontradas no Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Em 1954, o Professor Geraldo Pinto, coletou um acesso de Arachis na localidade denominada Boca do Córrego, município de Belmonte (BA), o qual foi classificado como Arachis pintoi Krapov. & W.C. Gregory, espécie hoje conhecida internacionalmente, lançada como cv amarilho na Austrália e com outras denominações em alguns paíse

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 19/07/2010

Éder_Naves78
Éder_Naves78 🇧🇷

4.9

(14)

126 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
LEGUMINOSAS - AMENDOIM FORRAGEIRO
AMENDOIM FORRAGEIRO cv Belmonte
O amendoim forrageiro, pertence ao gênero
Arachis. É originário da América do Sul com cerca de 70 a 80 espécies encontradas no
Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Em 1954, o Professor Geraldo Pinto,
coletou um acesso de Arachis na localidade denominada Boca do Córrego, município de
Belmonte (BA), o qual foi classicado como Arachis pintoi Krapov. & W.C. Gregory,
espécie hoje conhecida internacionalmente, lançada como cv amarilho na Austrália e
com outras denominações em alguns países das América do Sul e Central.
A partir de 1962, o Cepec, incluiu nos seus estudos de avaliação de forrageiras alguns
acessos do gênero, inclusive o amarilho, tendo-se destacado o cultivar ora denominado
Belmonte, a qual corresponde ao acesso registrado no CENARGEM/EMBRAPA, sob o
número BRA 031828. Este material, identicado pelo Dr. Krapovickas como sendo
pertencente à espécie A. pintoi tem provavelmente a mesma origem do cultivar amarilho
e foi introduzido na sede da Superintendência da CEPLAC, em Ilhéus-Bahia, há pelo
menos 20 anos, para ns de jardinagem, e no campo agroecológico do Cepec, localizado
neste mesmo município, para ns de avaliações preliminares quanto ao seu potencial
forrageiro.
Estas avaliações foram seqüenciadas em 1992, com a utilização de animais em pastejo,
realizadas na Estação de Zootecnia do Extremo Sul, no município de Itabela. Os
resultados obtidos em termos de persistência na pastagem e produção animal foram
extremamente promissores assegurando, portanto o seu lançamento como um novo
cultivar de leguminosa adaptado às condições do sul da Bahia.
Descrição Morfológica
O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea perene, de crescimento rasteiro,
estolonífera cm 20 a 40 cm de altura. Possui raiz pivotante que cresce em média até
cerca de 30 cm de profundidade. As folhas são alternas glabas, mas com pêlos sedosos
nas margens. O caule é ramicado, cilíndrico, ligeiramente achatado com entrenós
curtos e estolões que podem chegar a 1,5 cm de comprimento. A oração é
indeterminada e contínua, com as inorescências axilares em espiga. Cálice bilabiado
pubescente com um lábio inferior simples e um lábio superior amplo cm quatro dentes
pequenos no ápice, proveniente da fusão de quatro sépalas.
A corola é formada por um estandarte de cor amarela, com asas também amarelas e
delgadas. A quilha é pontiaguda, curvada e aberta ventralmente na base, muito delgada,
e de cor amarelo claro.
O amendoim forrageiro é uma espécie geocárpica, ou seja, o fruto se desenvolve dentro
do solo. O fruto é uma cápsula indeiscente que contém normalmente uma semente, às
vezes duas e raramente três sementes. O cultivar Belmonte apresenta pouca oração e
baixíssima produção de sementes, sendo a sua multiplicação feita de forma vegetativa.
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Leguminosas - Amendoin Forrageiro e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Florestal, somente na Docsity!

LEGUMINOSAS - AMENDOIM FORRAGEIRO

AMENDOIM FORRAGEIRO cv Belmonte

O amendoim forrageiro, pertence ao gênero Arachis. É originário da América do Sul com cerca de 70 a 80 espécies encontradas no Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Em 1954, o Professor Geraldo Pinto, coletou um acesso de Arachis na localidade denominada Boca do Córrego, município de Belmonte (BA), o qual foi classificado como Arachis pintoi Krapov. & W.C. Gregory, espécie hoje conhecida internacionalmente, lançada como cv amarilho na Austrália e com outras denominações em alguns países das América do Sul e Central.

A partir de 1962, o Cepec, incluiu nos seus estudos de avaliação de forrageiras alguns acessos do gênero, inclusive o amarilho, tendo-se destacado o cultivar ora denominado Belmonte , a qual corresponde ao acesso registrado no CENARGEM/EMBRAPA, sob o número BRA 031828. Este material, identificado pelo Dr. Krapovickas como sendo pertencente à espécie A. pintoi tem provavelmente a mesma origem do cultivar amarilho e foi introduzido na sede da Superintendência da CEPLAC, em Ilhéus-Bahia, há pelo menos 20 anos, para fins de jardinagem, e no campo agroecológico do Cepec, localizado neste mesmo município, para fins de avaliações preliminares quanto ao seu potencial forrageiro.

Estas avaliações foram seqüenciadas em 1992, com a utilização de animais em pastejo, realizadas na Estação de Zootecnia do Extremo Sul, no município de Itabela. Os resultados obtidos em termos de persistência na pastagem e produção animal foram extremamente promissores assegurando, portanto o seu lançamento como um novo cultivar de leguminosa adaptado às condições do sul da Bahia.

Descrição Morfológica

O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea perene, de crescimento rasteiro, estolonífera cm 20 a 40 cm de altura. Possui raiz pivotante que cresce em média até cerca de 30 cm de profundidade. As folhas são alternas glabas, mas com pêlos sedosos nas margens. O caule é ramificado, cilíndrico, ligeiramente achatado com entrenós curtos e estolões que podem chegar a 1,5 cm de comprimento. A floração é indeterminada e contínua, com as inflorescências axilares em espiga. Cálice bilabiado pubescente com um lábio inferior simples e um lábio superior amplo cm quatro dentes pequenos no ápice, proveniente da fusão de quatro sépalas.

A corola é formada por um estandarte de cor amarela, com asas também amarelas e delgadas. A quilha é pontiaguda, curvada e aberta ventralmente na base, muito delgada, e de cor amarelo claro.

O amendoim forrageiro é uma espécie geocárpica, ou seja, o fruto se desenvolve dentro do solo. O fruto é uma cápsula indeiscente que contém normalmente uma semente, às vezes duas e raramente três sementes. O cultivar Belmonte apresenta pouca floração e baixíssima produção de sementes, sendo a sua multiplicação feita de forma vegetativa.

Adaptabilidade edafoclimática

O amendoim forrageiro se adapta bem a altitudes desde o nível do mar até cerca de 1.800 m, desenvolve-se bem quando a precipitação é superior a 1.200 m. O cultivar Belmonte se adaptou muito bem nas condições pluviométricas do sul da Bahia, onde as precipitações anuais estão entre 1.200 e 1.400mm. Não é muito tolerante a períodos secos prolongados, embora nas condições de cerrado, este cultivar tenha se mostrado superior a outros cinco acessos avaliados. Esta leguminosa é bem adaptada a solos ácidos, de baixa a média fertilidade. Tem exigência moderada em fósforo, sendo, no entanto eficiente na absorção deste elemento quando em níveis baixos no solo. Existem informações de elevada atividade de micorrizas associados ao seu sistema radicular. Em Itabela (BA), tem se obtido boa produção de matéria seca e persistência na pastagem, com adubações anuais de 20 Kg de P 2 O 5 /ha. Adapta-se bem em solos de textura franca, sendo medianamente tolerante à encharcamento. Resultados preliminares indicam bom nível de reciclagem de nitrogênio em pastagens com amendoim forrageiro. Há registros de a espécie fixar 80 a 120 Kg de N/ha/ano.

Estabelecimento e Capacidade de Consorciação

Como A pintoi cv Bemonte produz pouquíssima quantidade de sementes, para a sua efetiva propagação recomenda-se o uso de mudas ou estolões bem desenvolvidos. O plantio pode ser feito em sulcos espaçados de 0,5m ou em covas com espaçamento de 1,0 x 0,5m. O consumo de material vegetativo é de 500 a 600 Kg/ha, quantidade esta que pode ser obtida a partir de uma sementeira de 500 m^2. Para maior rapidez no estabelecimento recomenda-se o plantio em faixas alternadas gramínea x leguminosa, com 2,0 a 3,0 m de largura.

A calagem é feita no mínimo 45 dias antes do plantio procurando-se obter um coeficiente de saturação de base de 50%. A adubação de plantio para os solos dos tabuleiros costeiros do sul da Bahia deve ser de 50 Kg/ha de P 2 O 5 /ha, preferencialmente utilizando-se superfosfato simples. O adubo deve ser colocado no sulco ou na cova de plantio. Após o pegamento das mudas ou estolões fazer adubação em cobertura com 40 Kg de K 2 O/ha.

Em função da sua agressividade em cobrir o solo e tolerância em cobrir o solo e tolerância ao sombreamento, esta leguminosa se consorcia muito bem com espécies de gramíneas igualmente agressivas como as do gênero Brachiaria. No sul da Bahia há experiência acumulada de consorciação com B. humidicola e com B. dictyoneura , onde a mesma vem persistindo sob pastejo contínuo há cinco anos, na proporção de 6,6 a 16% do pasto disponível, com taxas de lotação variando de 1,6 a 4,0 novilhos/ha.

Valor Nutritivo e Produção Animal

A digestibilidade do cv Belmonte ainda não foi determinada, mas não deve ser muito diferente da encontrada para o cultivar amarilho, que apresentou digestibilidade i n vitro da matéria seca entre 60 e 70%.

A média de proteína bruta obtida durante quatro anos de avaliação em Itabela foi de 19%, valor muito bom para leguminosas tropicais, e que a torna recomendável para

O primeiro pesquisador a estudar a planta foi Geraldo Pinto, da Comissão Executiva do

Plano de Lavoura Cacaueira (CEPLAC) que fez coletas de plantas nativas em 1954,

perto da foz do Rio Jequitinhonha, em Belmonte, na Bahia. Desde então, muitos outros

pesquisadores se dedicaram ao estudo do amendoim forrageiro.

No Acre, o amendoim apresenta 22% de concentração de proteína, taxa quase três vezes

maior que a encontrada normalmente em capins, além de ter uma capacidade de

produção de matéria seca em torno de 20 toneladas por ano. Por meio do consórcio de

capins e amendoim, somando-se a outras técnicas, pode-se aumentar a capacidade de

suporte das pastagens para até três cabeças por hectare.

Trabalhos desenvolvidos pela Embrapa, desde 1997, com pequenos produtores de leite,

também têm mostrado que o uso do amendoim forrageiro como banco de proteína quase

dobrou a produção de leite das vacas, saindo de 2,5 litros para 4,6 litros por dia.

O Dia de Campo na TV é transmitida ao vivo do estúdio da Embrapa Informação

Tecnológica, em Brasília, para todo o país, via satélite. Para assistir, basta sintonizar

uma antena parabólica na polarização horizontal, banda C, transponder 6A2, freqüência

3930 MHz, sinal aberto, ou uma antena doméstica, banda L, freqüência 1220 MHz. O

programa também é exibido pelo Canal Rural (Net, Sky e parabólica: freqüência 4171

MHz, transpondes 12A2, polarização horizontal).

O Dia de Campo na TV é interativo. As dúvidas do público sobre a tecnologia

apresentada são esclarecidas, ao vivo, por especialistas a partir de perguntas recebidas,

durante o programa, pelo telefone 0800-701-1140 (ligação gratuita), pelo fax (61)

273-8949, ou ainda pelo endereço eletrônico diacampo@sct.embrapa.br.

Mais informações:

Soraya Pereira (MTB 26165/SP)

Embrapa Acre

Contatos: (68) 212 – 3274 - soraya@cpafac.embrapa.br

Jorge Macau (978/04/98/MA)

Embrapa Informação Tecnológica

Contatos: (61) 448-4278 - diacampo@sct.embrapa.br

Amendoim forrageiro cv. Belmonte

O Amendoim forrageiro ( Arachis pintoí cv. Belmonte) é uma leguminosa perene, estolonífera, adaptada às regiões com precipitação de 1000 a 1200 mm, e solos de média fertilidade textura variando de arenosa a franco argilosos. Tem bom valor nutritivo e com boa persistência quando consorciada com gramíneas agressivas. Não tolera seca prolongada, não sendo recomendada para o semi-árido. A propagação é feita através de mudas e estolões. 1 kg de mudas planta 40 a 50 m^2. Mais informações técnicas no site www.ceplac.gov.br ou jmarques@cepec.gov.br.

A Ceplac está comercializando um kit de aproximadamente 8 kg, por R$ 200,00 incluindo embalagem em isopor. Os custos de remessa via sedex são por conta do cliente e serão cobrados antecipadamente, acrescidos ao preço do kit.

Encomendas devem ser feitas por uma dessas vias:

  • Fones: (73) 3214- (73) 3214-
  • Fax (73) 3214-
  • Correio: Ceplac/Cepec, Km 22 Rod. Ilhéus/Itabuna, Caixa Postal 7

CEP: 45600-970 Itabuna-BA

  • E-mail amendoimbelmonte@cepec.gov.br Obs.: Citar nome e endereço completos para envio.

Para solicitar o kit, favor seguir orientações abaixo:

1. Depositar o valor do kit mais despesa do sedex, de acordo com a tabela abaixo no: Banco do Brasil S.A, nominal a FUNPAB/Amendoim Belmonte Agência 3175-5, Conta 5.961- 2. Encaminhar comprovante do depósito e endereço completos via fax: (73) 3214-3204 ou correio no endereço acima citado.

Tabela - Correio / Sedex + Kit

Escala Peso (kg) Estadual BA

AL, SE ES, PB, PE, RN

CE, DF, MA, MG, PI, RJ

GO, MS, SP

MT, PA, PR, SC, TO

AP, RS AM, RO RR AC

Sedex 7 a 8 16,30 51,00 61,60 78,40 87,10 95,50 105,20 116,00 125,40 136, Kit UN 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200, Total 216,30 251,00 261,60 278,40 287,10 295,50 305,20 316,00 325,40 336,