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Judy a Menina Que Desmaiava ao Ver Sangue, Exercícios de Psicopatologia

Judy a Menina Que Desmaiava ao Ver Sangue

Tipologia: Exercícios

2020

Compartilhado em 25/05/2022

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

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“Mãe grávida espera uma criança substituta de um morto, num luto ainda
não terminado, fazendo com que não desse a esse morto, a liberdade de
estar morto”.
Um rapaz de 14 anos passeava com uma sacola de canhotos de cheques,
vasculhando latas de lixo para recolher recibos e canhotos. Não conseguia
viver sem esse conjunto de representações de dívidas. Além disso, o rapaz
alegremente anunciava falências, dizendo "é, a grande firma tal abriu falência".
A conduta do rapaz não causava muitas perturbações, até que o mesmo
começou a agredir verbalmente as mulheres falando de suas "tetas". Ele dizia:
"Como é que são as suas tetas? Quem me dera ver as suas tetas!". Além
disso, o rapaz começou a tentar apalpar decotes das mulheres. Após o início
desse comportamento, foi indicada psicoterapia psicanalítica em tratamento
ambulatorial.
O relato do caso apresenta trechos dos diálogos entre o rapaz e a psicanalista.
No trecho a seguir, uma comunicação sobre os pontos citados e uma
proposta por parte do rapaz:
Psicanalista: "por trás de disso tudo deve haver uma história"
Rapaz: "há sim, e que história! mas você é a primeira pessoa que percebeu
isso! você também tem tetas?"
Psicanalista: "sim, todo mundo tem mas ..., mas podemos falar da história e
não das minhas tetas"
Rapaz: "sim, mas e a falência?"
Psicanalista: "todo mundo vai a falência de vez em quando"
Rapaz: "sim, um desenho às vezes diz mais que qualquer outra coisa"
Assim, o rapaz propôs à psicanalista que se produzisse um desenho. O
desenho apresentava uma mulher grávida, com uma barriga enorme, andando
na rua. Atrás, no ar, existia uma espécie de polvo, cujos tentáculos alcançavam
a barriga da mulher grávida. Além disso, o rapaz escreveu algumas palavras:
mulher grávida "fulana" (o nome de sua mãe), "25 anos", "cicrana" (o polvo),
"18 anos", a casa "falida". Continua outro trecho, dessa vez explicando o
desenho:
Psicanalista: e você, onde está?
Rapaz: ora, é visível, se vê eu! mostrou a barriga da mãe e disse "o seio",
não as tetas, o "seio". Ele havia desenhado um sutiã sobre as tetas
Rapaz: eu estou aqui (mostrando a barriga)
Psicanalista: mas e os tentáculos que querem atacar sua barriga?
Rapaz: é aquela que não queria que eu nascesse, acrescentou - ela faliu,
então nasci.

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“Mãe grávida espera uma criança substituta de um morto, num luto ainda não terminado, fazendo com que não desse a esse morto, a liberdade de estar morto”. Um rapaz de 14 anos passeava com uma sacola de canhotos de cheques, vasculhando latas de lixo para recolher recibos e canhotos. Não conseguia viver sem esse conjunto de representações de dívidas. Além disso, o rapaz alegremente anunciava falências, dizendo "é, a grande firma tal abriu falência". A conduta do rapaz não causava muitas perturbações, até que o mesmo começou a agredir verbalmente as mulheres falando de suas "tetas". Ele dizia: "Como é que são as suas tetas? Quem me dera ver as suas tetas!". Além disso, o rapaz começou a tentar apalpar decotes das mulheres. Após o início desse comportamento, foi indicada psicoterapia psicanalítica em tratamento ambulatorial. O relato do caso apresenta trechos dos diálogos entre o rapaz e a psicanalista. No trecho a seguir, há uma comunicação sobre os pontos citados e uma proposta por parte do rapaz: Psicanalista: "por trás de disso tudo deve haver uma história" Rapaz: "há sim, e que história! mas você é a primeira pessoa que percebeu isso! você também tem tetas?" Psicanalista: "sim, todo mundo tem mas ..., mas podemos falar da história e não das minhas tetas" Rapaz: "sim, mas e a falência?" Psicanalista: "todo mundo vai a falência de vez em quando" Rapaz: "sim, um desenho às vezes diz mais que qualquer outra coisa" Assim, o rapaz propôs à psicanalista que se produzisse um desenho. O desenho apresentava uma mulher grávida, com uma barriga enorme, andando na rua. Atrás, no ar, existia uma espécie de polvo, cujos tentáculos alcançavam a barriga da mulher grávida. Além disso, o rapaz escreveu algumas palavras: mulher grávida "fulana" (o nome de sua mãe), "25 anos", "cicrana" (o polvo), "18 anos", a casa "falida". Continua outro trecho, dessa vez explicando o desenho: Psicanalista: e você, onde está? Rapaz: ora, é visível, só se vê eu! mostrou a barriga da mãe e disse "o seio", não as tetas, o "seio". Ele havia desenhado um sutiã sobre as tetas Rapaz: eu estou aqui (mostrando a barriga) Psicanalista: mas e os tentáculos que querem atacar sua barriga? Rapaz: é aquela que não queria que eu nascesse, acrescentou - ela faliu, então nasci.