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Introduçãoa Lógica cap1-Sistemas de numeração, Notas de estudo de Informática

Algebra Booleana

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 07/08/2012

diego-veiga-11
diego-veiga-11 🇧🇷

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FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPIDES SOARES DA ROCHA”
CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA
UNIVEM
Bacharelado em Sistemas de Informação
Disciplina
Introdução a Lógica
Capítulo I
Sistemas de Numeração
período – 2012
prof. - Ildeberto de Genova Bugatti
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FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPIDES SOARES DA ROCHA”

CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA

UNIVEM

Bacharelado em Sistemas de Informação

Disciplina

Introdução a Lógica

Capítulo I

Sistemas de Numeração

período – 2012

prof. - Ildeberto de Genova Bugatti

1. Sistemas de Numeração

Breve Histórico

Não sabemos precisar a origem do número. Provavelmente o conceito de número surgiu com a necessidade do homem em quantificar e comparar grandezas, quantidade de objetos ou riquezas, tais como distância, quantidade de cabeças de gado de um rebanho, quantidade sacas de alimentos, valor de pedras preciosas e jóias. Essa necessidade intensificou-se com o incremento do comercio ou troca de mercadorias. Para representar essas grandezas o homem utilizou primeiramente vocábulos e conseqüentemente foram criados os símbolos referentes a esses vocábulos nas mais diversas línguas que foram associados ao conceito de número. Para representar a quantidade de cabeças de gado de um rebanho houve a necessidade de empregar os números e para quantificar essa quantidade houve a necessidade de contar e, para obter um resultado de uma contagem o homem precisou criar um sistema de numeração. Para representar esses resultados o homem utilizou diversos formas e vocábulos representados por caracteres especiais que através dos tempos sofreram modificações e evoluções que culminaram com a criação dos algarismos que utilizamos atualmente: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0. Existiu uma infinidade de sistemas de numeração até o advento do sistema atual. Um dos primeiros sistemas de numeração utilizado foi o quinário, sistema em que as unidades se agrupam de cinco em cinco. A cada cinco unidades é obtida uma coleção denominada quina. Assim, 7 camelos, são representados pela seqüência “12”, e lida da seguinte forma: “uma quina e mais dois”. Nesse sistema o algarismo da esquerda vale cinco vezes mais do que o da direita. Ou seja, a posição do algarismo tornou-se importante (sistema de notação posicional). Os matemáticos dizem que a base desse sistema é cinco (5). Na Babilônia foi utilizado um sistema cuja base era “60”. Assim a grandeza 128 era representada pela seqüência 28 e interpretada da seguinte forma duas coleções de sessenta mais 8. Parece óbvio que o sistema decimal (base dez) utilizado atualmente é conseqüência dos dez dedos existentes em nossas mãos. Os primeiros sistemas de numeração decimal utilizavam os algarismos representados pelos vocábulos: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito e nove. Para representar coleções de “ dez ” eram utilizados além do sistema de representação posicional alguns sinais auxiliares como: d, c, m; para indicar dezenas, centenas e milhares. Esses símbolos eram utilizados ao lado dos algarismos. Por exemplo, o número 8.762 era representado pela seqüência “ 8m7c6d2 ”. Esses vocábulos adicionais foram necessários até a criação, pelo povo Indiano ou Maia ou Árabe do dígito “0” (zero).

1.1.1- Notação Posicional

Um número expresso numa base “ b” , possui dígitos que representam os seguintes valores:

0, 1, ..., b – 1

As bases mais utilizadas são as bases: dez, dois, quatro, oito (octal) e dezesseis (hexadecimal). A base dez por ser utilizada no mundo real para representar grandezas. As bases dois, quatro, oito e dezesseis utilizadas em sistema computacionais ou sistemas eletrônicos digitais de forma geral. Será enfatizada a representação de números representados na base dois (binária), pois essa base é utilizada para representar grandezas dentro dos sistemas computacionais.

A base 10 ( decimal ) possui os dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,8 e 9. A base 2 ( binária ) possui os dígitos 0 e 1 A base 4 possui os dígitos : 0, 1, 2, e 3. A base 8 ( octal ) possui os dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. A base 16 ( Hexadecima l) possui os dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F. Os símbolos A, B, C, D, E e F representam, respectivamente, as grandezas 10,11,12,13,14 e 15.

A tabela abaixo mostra a representação dos valores maiores ou iguais a zero até o valor quinze (15) nas bases dez, dois, quatro, oito e dezesseis.

Valor Dez (10) Dois (2) Quatro (4) Oito (8) Dezesseis (16) 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 2 2 10 2 2 2 3 3 11 3 3 3 4 4 100 10 4 4 5 5 101 11 5 5 6 6 110 12 6 6 7 7 111 13 7 7 8 8 1000 20 10 8 9 9 1001 21 11 9 10 10 1010 22 12 A 11 11 1011 23 13 B 12 12 1100 30 14 C 13 13 1101 31 15 D 14 14 1110 32 16 E 15 15 1111 33 17 F

1.2- Representação de Dados Numéricos nas bases 2, 4, 8, 10 e 16.

Uma grandeza qualquer pode ser representada por uma seqüência de dígitos de um sistema numérico qualquer. Ou seja, uma grandeza pode ser representada por um número representado em qualquer base. Num sistema cuja base é b, um número positivo N expresso nessa base, é representado através da utilização do polinômio que segue.

N(b) = aq-1 b(q-1)^ + aq-2b(q-2)^ +...+ a 0 b^0 + a-1b(-1)^ +...+ a-pb(-p) onde:

b →→→→ base

ai →→→→ dígitos da base b

aq-1 ... a 0 →→→→ dígitos da parte inteira do número expresso na base b

a-1 ... a-p →→→→ dígitos da parte fracionária do número expresso na base b

q →→→→ quantidade de dígitos da parte inteira do número

p →→→→ quantidade de dígitos da parte fracionária do número

N(b) →→→→ representação da grandeza através de um número expresso na base b.

A resolução do polinômio fornece o valor decimal do número representado na base “ b ”. Ou

seja, esse polinômio é também utilizado para transformar um número positivo representado em

qualquer base “ b ” para a base Dez. Para tanto ele assume a seguinte forma:

N(10) = aq-1 b(q-1)^ + aq-2b(q-2)^ +...+ a 0 b^0 + a-1b(-1)^ +...+ a-pb(-p) onde:

b →→→→ base

ai →→→→ dígitos da base b

aq-1 ... a 0 →→→→ dígitos da parte inteira do número expresso na base b

a-1 ... a-p →→→→ dígitos da parte fracionária do número expresso na base b

q →→→→ quantidade de dígitos da parte inteira do número

p →→→→ quantidade de dígitos da parte fracionária do número

N(10) →→→→ representação na base Dez do número expresso na base b.

No texto que segue será utilizada a seguinte notação: N(b) →→→→ número expresso na base b

Exemplo 1.4- Utilização do polinômio para representar e transformar o número 3201,23(4) (base Quatro) para a base Dez (225,6875(10)) 3201,23(4) = 6*4^3 + 2*4^2 + 041 + 14^0 + 2*4-1^ + 3*4-

onde: b=4 →→→→ base

q =4 →→→→ quantidade de dígitos da parte inteira

aq-1 =a 3 =3; aq-2=a 2 =2; aq-3=a 1 =0 e a 0 =1 →→→→ dígitos da parte inteira

p=2 →→→→ quantidade de dígitos da parte fracionária

a-1= 2 e a-2 = 3 →→→→ dígitos da parte fracionária do número

N(10) = 364 + 216 + 04 + 11 + 20,25 + 30,0625 =

N(10) = 192 + 32 + 0 +1 + 0,5 + 0,1875 = 225,6875(10)

Exemplo 1.5- Utilização do polinômio para representar e transformar o número 1101101,1001(2) (base Dois) para a base Dez (109,5625(10)) 1101101,1001(2) = 1*2^6 + 1*2^5 + 0*2^4 + 1*2^3 + 1*2^2 + 0*2^1 +1*2^0 + 12-1+ 02-2+ 02-3+ 1 2-

O nde : b=2 →→→→ base

q =7 →→→→ quantidade de dígitos da parte inteira

aq-1 =a 6 =1; aq-2=a 5 =1, a4=0; a3=1; a2=1; a1=0 e a 0 =1 →→→→ dígitos da parte inteira

p=4 →→→→ quantidade de dígitos da parte fracionária do número

a-1= 1 ; a-2 = 0 ; a-3= 0 e a-4= 1 →→→→ dígitos da parte fracionária do número

N(10) =164 +132 + 016 + 18 + 14 + 02 + 11 = 10,5 +00,25 +00,125 +1*0,0625 =

N(10) = 64 + 32 + 0 + 8 + 4 + 0 + 1 + 0,5 + 0,0 + 0,0 + 0,0625 = 109,5625(10)

1.2.1- Representação de Números Binários (Base 2)

A base dois é composta pelos dígitos “ 0 ” e “ 1 ”. Todo e qualquer número representado nessa

base utiliza apenas esses dois dígitos. Daí a denominação “ bit ” que significa “ binary digit ” (dígito

binário). Para definir o conceito de bit, foi utilizado um mnemônico formado pelas duas primeiras letras da palavra inglesa “ bi nary ” concatenadas com a última letra da palavra “ digi t ”.

  • bit é a menor unidade de informação representada em um equipamento digital, um bit pode assumir o valor “zero” (0) ou “um” (1). Então, para representar qualquer grandeza em um sistema computacional são utilizados os bits, ou seja, um número representado na base dois, cujos dígitos assumem os valores “ zero” (0) e “ um” (1).

Como o homem, no mundo real, representa grandezas utilizando a base dez, há a necessidade de transformar essas grandezas (decimais) em uma grandeza representada utilizando apenas os dígitos da base dois. Para transformar um número representado na base dois para a base dez pode ser utilizado o polinômio dado.

Exemplo 1.6- Transformação de um número binário inteiro(1101(2)) para a base Dez (27(10)): (^1101) (2) = 1*2^4 + 1*2^3 + 0*2^2 + 1*2^1 + 1*2^0 = 16+8+0+2+1 = 27(10)

Exemplo 1.7- Transformação do número binário fracionário 10,11(2) para a base Dez (2,75(10))): 10,11(2) = 1*2^1 + 0*2^0 + 1*2-1^ + 1*2-2= 2,75(10)

1.2.2- Representação de Números Octais (Base 8)

A base oito ou octal é composta pelos dígitos “0”, “1”, “2”, “3”, “4”, “5”, “6” e “ 7 ”. Todo e qualquer número representado nessa base utiliza apenas esses 8 dígitos. Para transformar um número representado na base oito para a base dez pode ser utilizado o polinômio dado.

Exemplo 1.8-Transformação de um número octal fracionário 25,4(8) para a base Dez (21,5 (^) (10)): 25,4(8) = 2*8^1 + 5*8^0 + 4*8-1^ = 16 + 5 + 0,5= 21,5 (^) (10)

1.2.3- Representação de Números Hexadecimais (Base 16)

A base dezesseis ou hexadecimal é composta pelos dígitos “0”, “1”, “2”, “3”, “4”, “5”, “6” , “ 7”, “8”, “9”, “A”, “B”, “C”, “D”, “E” e “F”. Todo e qualquer número representado nessa base utiliza apenas esses 16 dígitos. Para transformar um número representado na base hexadecimal ou dezesseis para a base dez pode ser utilizado o polinômio dado. Para efeito de cálculos para realizar transformações de bases os dígitos representados por letras na base dezesseis assumem os seguintes valores: A=10; B=11; C=12, D=13; E=14 e, F=15.

Exemplo 1.9- Utilização do polinômio para representar e transformar de um número Hexadecimal fracionário (B7,A3(H)) para a base Dez (183, 63671875(10)): B7,A3 (H) = 11*16^1 + 7*16^0 + 10*16-1^ + 3*16-2^ = = 176 + 7 + 10*0,0625 + 3 * 0,00390625 = = 183 + 0,625 + 0, = 183, 63671875(10)

1.3.1- Transformação de uma base qualquer para a base 10 (Saída de Dados)

Conforme visto nos itens anteriores, para transformar-se uma representação de um número representado em uma base qualquer para a base 10, aplica-se o “ polinômio” dado.

1.3.1.1- Regra prática : para transformar um número inteiro positivo representado

numa base qualquer para a base dez aplica-se o algoritmo que segue: “1- Inicie pelo dígito mais significativo (dígito à esquerda); 2- Desloque para a direita uma posição; 3- Multiplique o valor do dígito mais significativo pela base e some o dígito atingido obtendo-se um valor parcial; 4- Repita os deslocamentos, multiplicando os valores parciais já obtidos pela base e somando o dígito atingido, até atingir o dígito menos significativo. O algoritmo utilizado é obtido através da fatoração dos termos que representam a parte inteira de um número representado pelo polinômio “ N(b)” pela base “ b” “q-1” vezes.

Exemplo 1.11- Transformação do número 234(8) representado na base Octal para a respectiva representação na base Dez (156(10)): (^2 3 4) (8) = ?(10)

19 156 28+3 198+ p 1 p 2

passo p 1 →→→→ 2*8+3=

passo p 2 →→→→ 19*8+4= 156(10)

Exemplo 1.12- Transformação do número 110010(2) representado na base Binária para a respectiva representação na base Dez ( (^50) (10) ): (^1 1 0 0 1 0) (2) = ?(10)

3 6 12 25 50 p 1 p 2 p 3 p 4 p 5 passo p 1 → 12+1 = 3 passo p 2 → 32+0 = 6 passo p 3 → 62+0 = 12 passo p 4 → 122+1 = 25 passo p 5 → 25*2+0 = 50(10)

Passos

Passos

Exemplo 1.13- Transformação do número D7(H) representado na base Hexadecimal para a respectiva representação na base Dez ( (^215) (10) ): D (^7) (H) = ?(10)

passo p 1 →→→→ 13*16+7 = 215 (10)

p 1

1.3.2- Transformação da base 10 para uma base qualquer (Entrada de Dados)

Conforme já relatado, o processo de Comunicação entre o mundo real e os equipamentos digitais é necessário para realizara a comunicação entre os homens e as máquinas digitais, implementando a atividade de entrada de dados nos equipamentos, transformando a representação desses dados, geralmente analógicos, em códigos numéricos discretos que os equipamentos consigam interpretar e processar. Para realizar esse processo é preciso realizar a transformação de dados representados na base dez para as bases dois, quatro, octal e hexadecimal. Essa transformação requer processos distintos para transformar a parte inteira e fracionária dos números representados na base dez. Portanto veremos um processo para transformar a parte inteira do número decimal e outro para transformar a parte fracionária do número decimal.

1.3.2.1- Transformação de números inteiros da base 10 para qualquer base

O processo de transformação da parte inteira de um número expresso na base dez para qualquer base é denominado “ algoritmo de divisões sucessivas ”. O processo consiste da realização de divisões inteiras sucessivas da parte inteira do número representado na base 10 pela base b. Em cada divisão inteira é obtido um quociente parcial e um resto que deve ser memorizado (guardado). Repete-se as divisões sucessivas até que o quociente parcial seja igual a zero. O número desejado será formado pelos restos das divisões, na ordem inversa da obtenção dos mesmos.

Exemplo 1.14- Transformação do número 19(10) para a base binária (19(10) -> ?(2)):

19 2 1 9 2 1 4 2 resultado: (^19) (10) →→→→ (^10011) (2) 0 2 2 0 1 2 Ordem 1 0 Inversa

Verifique, no exemplo 18, que o processo de transformação da base dez para a base dois foi exato. Esse fato ocorre em um número muito pequeno de transformações de números fracionários. A maioria das transformações de números fracionários não é exata.

Exemplo 1.19 : C onverter a fração 0,384(10) para a base 16 (0,85(10) →→→→ ?(H)):

X 16

X 16

X 16

X 16

D ←←←← 13 ,

X 16

D ←←←← 13 ,

X 16

X 16

F ←←←← 15 ,

Exemplo 1.20- Converter a fração 0,85(10) expressa na base 10 para a base 2 (0,85(10) →→→→ ?(2)):

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

X 2

Resultado: 0,85(10) →→→→ 0,110 11001100 (2)

Resultado: 0,384(10) →→→→ 0,624DD2F(H)

Valor da fração parcial obtida diferente de zero caracteriza uma transformação não exata.

Resultados parciais repetem-se. Configurando uma dízima e, portanto a conversão não é exata.

Valor da fração parcial obtida diferente de zero caracteriza uma transformação não exata.

Exemplo 1.21- converter a fração 0,384(10) para a base 16 (0,85(10) →→→→ ?(H))

X 16

X 16

X 16

X 16

D ←←←← 13 ,

X 16

D ←←←← 13 ,

X 16

X 16

F ←← ←← 15 ,

Resultado: 0,384(10) →→→→ 0,624DD2F(H)

1.4- Ênfase na Representação Binária

Todos os processos de conversões de base até agora explanados envolviam a base 10. Foram vistos processos de conversões de um número representado na base 10 para qualquer base e um número representado em uma base qualquer para a base 10. É possível realizar conversões entre as bases : Dois, Quatro, Oito e Hexadecimal (2, 4, 8 e

  1. sem utilizar a conversão para a base Dez. Isso acontece quando a conversão envolve duas bases que sejam potências de dois. Assim, as conversões de bases envolvendo as bases 2, 4, 8, 16 podem ser realizadas ser envolver conversões para a base 10, pois:

2 = 2^1 4 = 2^2 8 = 2^3 16 = 2^4

1.4.1- Mudança entre bases que sejam potências de 2 (2, 4, 8 e 16)

Os processos de conversões entre bases que são potências de 2 são simples e rápidos. Os dígitos das bases 4, 8 e 16 podem e são representados dentro dos circuitos eletrônicos digitais por um conjunto de zeros e uns. Ou seja, para cada dígito das bases 4, 8 e 16 é utilizada uma combinação de dígitos da base dois.

Resultados parciais repetem-se. Configurando uma dízima e caracterizando uma conversão não exata,

Exemplo 1.22- Representar o número 11000101011110110110(2) nas bases 4, 8 e 16. Associando-se os dígitos dois a dois teremos a transformação para a base 4 automaticamente:

(^1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0) (2)

(^3 0 1 1 1 3 2 3 1 2) (4)

Resultado: 11000101011110110110(2) = 301113231(4) Associando-se os dígitos três a três teremos a transformação para a base 8 automaticamente: (^0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0) (2)

Associando-se os dígitos quatro a quatro teremos a transformação para a base 16 automaticamente:

(^1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0) (2)

C 5 7 B 6 (H)

Resultado: 11000101011110110110(2) = C57B6(H)

Exemplo 1.23- Representar o número 5307(8) nas bases 4 e 16: O método mais rápido para realizar estas conversões é transformar primeiramente o número dado para a base dois e, após essa transformação, realizar o procedimento do exemplo anterior. (^5 3 0 7) (8)

(^1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1) (2)

A C 7 (H)

Resultado: 5307(8) = 101011000111(2) = AC7(H)

Apesar da necessidade de realizar processos de conversão de bases para inserir e retirar e retirar dados de um sistema computacional, o sistema binário possui vários benefícios que são verificados através de fatos concretos que é a diversificação de aplicações e universalização do uso de sistemas que são construídos utilizando a tecnologia digital. Entre os benefícios auferidos pode relacionar os seguintes:

  • o sistema digital facilita a construção física de componentes eletrônicos por utilizar sistema discreto para representar informações (facilidade de projeto);
  • o sistema digital apresenta precisão e velocidade de processamento de informação;
  • o avanço ininterrupto da tecnologia viabiliza produção de equipamentos em grande escala, possibilitando diminuição constante de custo, socializando o acesso de toda a sociedade a esses equipamentos;
  • possibilidade de armazenar grande quantidade de dados pelo tempo que for necessário;
  • operações matemáticas podem ser implementadas com versatilidade e com a precisão desejada, através da combinação de “hardware” (componentes eletrônicos) com “software” (técnicas de programação);
  • facilidade de imunizar equipamentos contra ruídos do meio ambiente;
  • com o desenvolvimento de circuitos que transformam informações analógicas em sua equivalente representação digital, conversores análogo/digital, e também informações digitais em sua equivalente representação analógica, conversores digital/análogo, aconteceu uma explosão e diversificação do uso de equipamentos digitais. Esses componentes são denominados de forma genérica de conversores D/A e conversores A/D. Apesar das incontáveis vantagens da utilização de sistemas digitais (binários) existe uma restrição ou desvantagem no uso desses sistemas que está diretamente relacionado a natureza analógica do mundo Real. Assim, para a utilização de sistemas digitais sempre existirá a necessidade de realizar conversões de representações de grandezas naturais e reais em uma forma de representação digital. Para a utilização eficiente dos sistemas digitais são necessárias três etapas importantes: a - converter o mundo real (grandezas analógicas) em representações digitais (processo de entrada de dados); b - processar a informação na sua representação digital gerando resultados; c - converter os resultados obtidos e representados na forma digital para a representação, geralmente analógica, utilizada no mundo real (processo de saída de dados).

(2) e “ 0 ” quando o resultado a soma for igual a “1” ou “0” (um ou zero). Ou seja, a coluna “Vai” assume o valor “1” quando o resultado da operação de adição ultrapassa o valor da base. Esse fato é comumente denominado como estouro (overflow) da base. Adição Binária Entradas saídas a b Vem Soma Vai 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 A adição de dois números de n dígitos é realizada de forma seqüencial e interativa. Iniciando o processo de adição pelos dígitos menos significativos e repetindo-o até atingir os dígitos mais significativos. Dessa forma, os n dígitos são somados sucessivamente através da aplicação da tabela que define a operação “adição binária”. Deve ser observado que a coluna “ Vem ” assume o valor “ 1 ” quando a soma de dois dígitos menos significativos excede a capacidade de representação da base e o valor “ 0 ” quando o valor da soma dos dígitos menos significativos pode ser representado por um único dígito da base dois. Ou seja, a coluna “ Vem” utilizada na adição de dois dígitos do número assume o valor da coluna “ Vai” gerado no processo de adição dos dois dígitos imediatamente menos significativos. A diferença entre os dois está apenas nos instantes de geração e utilização do estouro da base. Exemplo 1.24- Mostra o processo de adição binária dos valores 25(10) e 9(10) representados na base dois pelas sequencias 11001(2) e 01001(2) respectivamente. O resultado na base dez é 24(10) ena base “dois” é 100010(2).

Adição Base Dez

Vai Gerado

Adição Binária (Base Dois)

Restos na ordem inversa de obtenção

Exemplo 1.25- Realização da adição binária dos números 1110(2) 1101 (2) e a respectiva operação de adição dos mesmos valores expressos na base Dez: (^1110) (2) -> (^14) (10) ⊕⊕ ⊕⊕ (^1101) (2) -> (^13) (10) (^11011) (2) -> (^27) (10)

1.5.1.1- Operação de adição nas bases 4, 8 e 16 As bases 4, 8 e 16 também são utilizadas em alguns sistemas digitais. Assim, o exemplo que segue ilustra a operação de adição nas bases 4, 8 e 16. O processo de obtenção da soma de dois operandos é idêntico para qualquer base. A única diferença é a própria base. Os cálculos devem levar em consideração a base utilizada. Na base decimal as unidades agrupam-se de dez em dez. Assim, quando ciframos o valor (^47) (10) na base dez, interpreta-se a sequencia de dígitos da seguinte forma: 4 dezenas mais 7. Na base octal as unidades agrupam-se de oito em oito. A seqüência representada pelos dígitos 75 (8) na base oito, é interpretada da seguinte forma: 7 octais mais 5, equivalendo ao valor (^61) (10) na base dez..

Exemplo 1.26- Realizar nas bases 4, 8 e 16, a soma dos números 348(10) e 61(10), representados na base Dez: Resolução: Primeiramente os valores 348 (10) e 61 (10) devem ser transformados para as bases 4, 8 e 16. Para tanto, deve ser utilizado o algoritmo de divisões sucessivas para obtenção das representações nas respectivas bases. Na base 16 o processo tem a seguinte seqüência:

348 16 28 21 16 12 5 1 16 1 0

C 5 1 (H)

Portanto, o valor 348 (10) assume a seqüência 15C (H). Repetindo o processo para as base 4 e 8 obtem-se os seguintes resultados: (^348) (10) = 15C (H) = 534 (8) = 11132 (4)