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Tratamento da Insuficiência Mitral: Etapas para Tomar Decisões, Notas de estudo de Cardiologia

As etapas para avaliar e decidir o tratamento adequado para pacientes com insuficiência mitral, incluindo avaliação da etiologia, sintomas, complicadores e escolha do tipo de intervenção.

Tipologia: Notas de estudo

2020

Compartilhado em 20/04/2020

danielammdo
danielammdo 🇧🇷

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TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA MITRAL
O tratamento da insuficiência mitral possui particularidades que podem
gerardúvidasnatomadadedecisãoquantoaotipodetratamentoeomomentoideal
paraqueocorraaintervenção.Avaliarocontextoespecíficodecadasituaçãoemque
opacienteseencontra,antesdedeterminarumaintervenção,sejaelafarmacológica,
invasivaouambas,éfundamental.Vejamoscadacasodessesseparadamente.
PASSO
1INSUFICIÊNCIA MITRAL PRIMÁRIA IMPORTANTE
PASSO
2ETIOLOGIA: FR, Prolapso, Outras causas
PASSO
3SINTOMAS: Dispneia Classe II-IV
PASSO
4
COMPLICADORES: FE < 60%,
DsVE ≥ 40 mm, Vol. AE ≥ 60 mL/m3
PSAP ≥ 50 mmHg (repouso) ≥ 60 mmHg
(esforço) FA de início recente
PASSO
5INTERVENÇÕES: Cirurgia
(Plastia ou troca valvar), MitraClip®
SIM
NÃO
SIMSIM
NÃO Seguimento
Individualizado
Oprimeiro passoconsiste emdiagnosticar opaciente comIM
importantenoqualháumaalteraçãoestruturalvalvarquegera
o refluxo, ou seja, primária. Veremos separadamente como
devemosconduziraquelespacientescomIMsecundária.
Aseguir,énecessáriodefiniraetiologiaquelevouàmodificação
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éavaliarse aetiologiaéreumáticaounãoreumática,uma vez
queessadefiniçãotemimpactodiretonotipodeprocedimento
a ser escolhido, caso o paciente seja selecionado para a
intervençãovalvar.
Oterceiro passovisa definir seo pacienteéassintomático ou
não.Umpontoimportantenessaetapaéconfirmarseopaciente
realmente está assintomático ou se existe uma tolerância
menoraoesforço que nãofoirelatada espontaneamente pelo
paciente.Paraisso,otesteergométricopodeserútiltantopara
confirmarquantoparaacompanhamentodessepaciente.
Caso você esteja diante de um paciente comprovadamente
assintomático, você passa para a etapa 4 em que é preciso
avaliarseessepacientepossui“complicadores”ou“marcadores
depior prognóstico” quejustificama intervenção nessecaso,
considerando o risco vs. benefício. Se não houver nenhum
desses parâmetros alterados, o paciente pode continuar o
seguimentoambulatorialcomsegurança.Nasituaçãoemqueo
pacienteforsintomático (dispneiaouredução datolerânciaao
esforço),deve-se “pular” opasso4 e seguirdiretamentepara
o passo 5. Entretanto, antes de o paciente ser submetido ao
procedimentointervencionista,pode-sebuscaracompensação
clínicado pacientepor meiodotratamentomedicamentoso.A
terapia medicamentosa pode ser indicada de forma exclusiva
nos pacientes com sintomas e/ou disfunção naqueles que
não são candidatos a tratamento cirúrgico ou transcateter
porcausa da idade,oude outras comorbidadesou de fatores
contribuintes. Esses pacientes devem receber tratamento-
padrão para a insuficiência cardíacacom inibidores da ECA e
agentesbloqueadoresbeta-adrenérgicos.
No quinto passo, define-se a indicação e a escolha do tipo
procedimento para correção da valvopatia que leva em
consideraçãotambémo tipode alteraçãoestruturalda valvae
ascondiçõesclínicasdopacientenomomentodessadefinição.
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WWW.CARDIOAULA.COM.BR

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TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA MITRAL

O tratamento da insuficiência mitral possui particularidades que podem gerar dúvidas na tomada de decisão quanto ao tipo de tratamento e o momento ideal para que ocorra a intervenção. Avaliar o contexto específico de cada situação em que o paciente se encontra, antes de determinar uma intervenção, seja ela farmacológica, invasiva ou ambas, é fundamental. Vejamos cada caso desses separadamente.

PASSO

INSUFICIÊNCIA MITRAL PRIMÁRIA IMPORTANTE

PASSO

ETIOLOGIA: FR, Prolapso, Outras causas

PASSO

SINTOMAS: Dispneia Classe II-IV

PASSO

COMPLICADORES: FE < 60%,

DsVE ≥ 40 mm, Vol. AE ≥ 60 mL/m PSAP ≥ 50 mmHg (repouso) ≥ 60 mmHg (esforço) FA de início recente

PASSO

INTERVENÇÕES: Cirurgia (Plastia ou troca valvar), MitraClip®

SIM

NÃO

SIM SIM

NÃO

Seguimento Individualizado

O primeiro passo consiste em diagnosticar o paciente com IM importante no qual há uma alteração estrutural valvar que gera o refluxo, ou seja, primária. Veremos separadamente como devemos conduzir aqueles pacientes com IM secundária.

A seguir, é necessário definir a etiologia que levou à modificação da estrutura da valva mitral. Um ponto fundamental nessa etapa é avaliar se a etiologia é reumática ou não reumática, uma vez que essa definição tem impacto direto no tipo de procedimento a ser escolhido, caso o paciente seja selecionado para a intervenção valvar.

O terceiro passo visa definir se o paciente é assintomático ou não. Um ponto importante nessa etapa é confirmar se o paciente realmente está assintomático ou se existe uma tolerância menor ao esforço que não foi relatada espontaneamente pelo paciente. Para isso, o teste ergométrico pode ser útil tanto para confirmar quanto para acompanhamento desse paciente.

Caso você esteja diante de um paciente comprovadamente assintomático, você passa para a etapa 4 em que é preciso avaliar se esse paciente possui “complicadores” ou “marcadores de pior prognóstico” que justificam a intervenção nesse caso, considerando o risco vs. benefício. Se não houver nenhum desses parâmetros alterados, o paciente pode continuar o seguimento ambulatorial com segurança. Na situação em que o paciente for sintomático (dispneia ou redução da tolerância ao esforço), deve-se “pular” o passo 4 e seguir diretamente para o passo 5. Entretanto, antes de o paciente ser submetido ao procedimento intervencionista, pode-se buscar a compensação clínica do paciente por meio do tratamento medicamentoso. A terapia medicamentosa pode ser indicada de forma exclusiva nos pacientes com sintomas e/ou disfunção naqueles que não são candidatos a tratamento cirúrgico ou transcateter por causa da idade, ou de outras comorbidades ou de fatores contribuintes. Esses pacientes devem receber tratamento- padrão para a insuficiência cardíaca com inibidores da ECA e agentes bloqueadores beta-adrenérgicos.

No quinto passo, define-se a indicação e a escolha do tipo procedimento para correção da valvopatia que leva em consideração também o tipo de alteração estrutural da valva e as condições clínicas do paciente no momento dessa definição.

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