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Infecções por G. lamblia (Giardíase ou lamblíase), Notas de estudo de Parasitologia

O documento apresenta as características do ciclo de G. lamblia e as suas aplicações na prática médica, como sinais e sintomas associados à infecção.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 16/04/2025

IsaacNonato0
IsaacNonato0 🇧🇷

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Parasitologia - Giardíase ou lamblíase 1. Apresentação É a doença causada pelo parasita Giardia duodenalis (G. lamblia). É a parasitose intestinal mais comum. G. lamblia é um parasita unicelular monoxeno que possui 2 formas, que são trofozoítos ou cistos. 2. Morfologia 2.1 Trofozoítos São piriformes e simétricos bilateralmente. Reproduzem-se de maneira assexuada por fissão binária. Locomovem-se com os seus 4 pares de flagelos. Representam a fase metabolicamente ativa do parasita. — é a fase do parasita que causa a doença e seus sintomas. Possuem estruturas chamadas “discos adesivos”, que são responsáveis pela fixação do parasita nas células epiteliais do intestino. Seus corpos parabasais ainda possuem função desconhecida. Nutrem-se por meio da pinocitose. 2.2 Cistos Possuem formato ovalado ou elipsóide. São as formas de resistência, ou seja, as que aguentam as variações do ambiente para manter o parasita vivo. — é a forma de transmissão do parasita. Internamente, as estruturas são as mesmas dos trofozoítos, só que duplicadas em número. — acredita-se que um cisto é capaz de produzir 2 trofozoítos no desencistamento. A resistência do cisto contra as mudanças no ambiente ocorre principalmente pela presença de uma parede celular glicoproteica. 3. Ciclo biológico 1. O cisto é ingerido pela via oral, passam pelo esôfago e pelo estômago até chegar no duodeno, no intestino delgado. — o cisto é capaz de resistir ao pH estomacal. —— ystvall Axonemes Retracted fagella No duodeno, os cistos desencistam e transformam-se em trofozoítos. — não se sabe quais são os fatores que estimulam a passagem do cisto para trofozoito. 3. 4. 5. Os trofozoitos, no intestino delgado, começam a se reproduzir de maneira assexuada por fissão binária para colonizar a região. — formam um tapete de parasitas sobre as microvilosidades intestinais. Provavelmente, fatores como a mudança de pH e a concentração de sais biliares promovem o processo de encistamento do trofozoito. Os trofozoítos tornam-se cistos para serem eliminados nas fezes do hospedeiro. — não são todos os trofozoítos que se tornam cistos! — Observações A infecção por G. lamblia ocorre principalmente com a ingestão dos cistos eliminados nas fezes. Animais silvestres ou domésticos também podem transmitir o parasita para o ser humano. 4. Alterações no organismo A manifestação da infecção por G. lamblia depende de fatores como: virulência das cepas de Giardia, nº de cistos ingeridos e o estado imunitário do hospedeiro. Uma das hipótese propõe que os parasitos formam uma barreira mecânica (entapetamento) na mucosa intestinal que impede a absorção de nutrientes. — pouco provável quando se compara a área funcional do intestino delgado e as dimensões do parasita. Alguns pacientes apresentam lesões como a atrofia dos vilos e a hiperplasia das criptas intestinais. A alteração mais frequente na giardíiase é a diminuição da atividade enzimática do intestino delgado, como da maltase, da tripsina e da lipase. — essa diminuição da atividade leva à menor absorção de nutrientes. A inflamação da mucosa, a apoptose dos enterócitos e o aumento da secreção de cloreto levam ao acúmulo de líquidos no lúmen intestinal. 4.1 Observações Na maioria dos casos, a infecção é autolimitada, ou seja, o sistema imune é capaz de erradicar de maneira efetiva. Os pacientes infectados que não apresentam sintomas são os que requerem mais atenção, pois não se tratam e podem atuar como um canal de transmissão. Poucos pacientes vão apresentar a sintomatologia mais importante da giardíase. A G. lamblia não é capaz de invadir os tecidos adjacentes, como os vasos sanguíneos, então não causa o aparecimento de sangue nas fezes (melena). 5. Sintomatologia 5.1 Aguda É caracterizada por uma doença diarreica que dura de 2 a 4 semanas. Os sinais e sintomas mais comuns são a esteatorreia e o desconforto abdominal, podendo haver náuseas, vômitos e perda de peso. Nas fases iniciais, a diarreia é frequentemente explosiva e com odor fétido.