Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Infecções por E. histolytica (Amebíase), Notas de estudo de Parasitologia

O documento apresenta as características do ciclo de E. histolytica e as suas aplicações na prática médica, como sinais e sintomas associados à infecção.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 16/04/2025

IsaacNonato0
IsaacNonato0 🇧🇷

5

(1)

30 documentos

1 / 4

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
pf3
pf4

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Infecções por E. histolytica (Amebíase) e outras Notas de estudo em PDF para Parasitologia, somente na Docsity!

Parasitologia - Amebíase 1. Apresentação Refere-se ao parasitismo humano por Entamoeba histolytica ou Entamoeba dispar, com manifestações clínicas ou não. E. histolytica e E. dispar são morfologicamente iguais e se distinguem por fatores bioquímicos, genéticos e epidemiológicos. São parasitos monoxenos. Seu ciclo vital compreende 3 formas: trofozoito, cisto e pré-cisto. A epidemiologia aponta para uma maior incidência dos casos na região amazônica, com apenas 10% dos casos apresentando a forma invasiva da infecção (mais grave). 2. Morfologia 2.1 Trofozoítos Representa a fase metabolicamente ativa do parasita. São pleomórficos (possuem formato irregular) e possuem 1 núcleo. Seu núcleo é dividido em endoplasma e ectoplasma. Movimentam-se com a projeção de pseudópodes. — também servem para a fagocitose de estruturas. à Reproduzem-se de maneira assexuada por | 1? Eca fissão binária. dlntattnto o As formas invasivas tendem a apresentar hemácias em seu interior. 2.2 Pré-cistos Representam a fase intermediária entre os trofozoítos e os cistos. Não apresentam características muito marcantes. 2.3 Cistos Representa a fase de transmissão do parasita. Possuem formato esférico/ ovalado, podendo apresentar de 1 a 4 núcleos. São envolvidos por uma parede cística rígida. Em seu interior, localizam-se vacúolos de glicogênio que servem como reserva energética. 3. Fisiologia Habitam principalmente no intestino grosso, com os trofozoitos sendo os responsáveis por colonizar a região. A forma cística é a única capaz de sobreviver no ambiente externo. As formas mais invasivas são capazes de penetrar no epitélio intestinal e dividem-se intensamente na região submucosa. São parasitas microaerófilos, ou seja, utilizam pequenas quantidades de oxigênio para sobreviver. Não possuem mitocôndrias, mas sim mitossomas. 4. Ciclo biológico não-invasivo 1. 2. Para que a infecção inicie, o hospedeiro deve ingerir um cisto maduro, para que ele resista ao pH estomacal e passe pelo intestino delgado. Na porção final do intestino delgado, os cistos liberam formas metacísticas que transformam-se em trofozoítos, que começam a colonização do intestino grosso. Os trofozoítos possuem proteínas de adesão (lectinas) que auxiliam a fixação no intestino grosso. A ameba pode se alimentar por pinocitose, fagocitose ou por transporte através de membrana. Ao chegarem na porção final do intestino grosso, os trofozoítos começam a apresentar a membrana cística e transformam-se em cistos para serem liberados para o meio exterior. 5. Ciclo biológico invasivo 1. 2. 3. O início do ciclo é o mesmo para os dois casos. Os trofozoítos aderem-se à camada de muco do epitélio intestinal com o auxílio das proteínas lectinas. Após a adesão, os trofozoítos começam a secretar enzimas glicosidases e proteases com o objetivo de degradar os polímeros que compõem o muco intestinal. Após a degradação do muco, as amebas dirigem-se aos enterócitos, que são as células-alvo do parasita. A interação entre os enterócitos e o parasita pode resultar em processos como a apoptose ou a trogocitose. A interação entre o trofozoíto e o enterócito pode levar à expressão de fosfatidicolina na membrana celular do enterócito, o que ativa os mecanismos de apoptose da célula. A trogocitose ocorre quando o trofozoíto internaliza fragmentos de enterócitos vivos, aumentando a concentração intracelular de cálcio e causando a morte da célula. Os enterócitos que passaram por apoptose ou por trogocitose são ingeridos por fagocitose pela ameba. A morte dos enterócitos culmina na ativação do processo inflamatório, o que leva ao aumento da erosão da região e permite que as amebas penetrem em camadas mais profundas, possibilitando a propagação para outros órgãos por meio dos vasos sanguíneos. 6.2 Amebiíase extraintestinal — Necrose amebiana do fígado — No pulmão Ocorre quando a ameba consegue atingir os vasos sanguíneos para se disseminar para outros órgãos do hospedeiro. Seus sintomas variam de acordo com o órgão afetado. É caracterizada por dor no hipocôndrio direito de início súbito acompanhada de febre. Causa hepatomegalia. Afeta principalmente os homens. Pode ser atingido diretamente ou de maneira secundária à infecção do diafragma, que está próximo ao fígado. — Outros locais Raramente o cérebro apresenta focos de necrose amebiana, mas há possibilidade. Podem afetar a pele, principalmente na região perianal. 7. Diagnóstico É realizado principalmente com o Exame Parasitológico de Fezes (EPF). Em fezes diarreicas ou disentéricas são encontrados principalmente os trofozoítos. — devem ser analisadas frescas ou com conservantes, pois os trofozoitos possuem degeneração rápida. Em fezes formadas, encontram-se principalmente os cistos, com o auxílio de métodos de concentração. Os métodos moleculares permitem a distinção entre E. histolytica e E. dispar. O exame mais sensível para a diferenciação das espécies de Entamoeba é a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Casos de necrose amebiana no fígado são melhor diagnosticados com o auxílio de exames de imagem, como a ultrassonografia ou a tomografia computadorizada. 8. Profilaxia Envolve principalmente a melhoria das condições do saneamento básico e ações de educação em higiene pessoal.