Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Implementacao de projectos de abastecimento, Manuais, Projetos, Pesquisas de Politica Social

Este manual deve ser lido e utilizado em conjunto com os documento seguintes: • PNA (Política Nacional de Água) •MIPAR (Manual para Implementação de Projectos de Abastecimento de Água Rural) •Manual Social para a Implementação de Projectos de Água Rural.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019
Em oferta
30 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 12/08/2019

Armindo97
Armindo97 🇲🇿

4.5

(2)

4 documentos

1 / 80

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
República de Moçambique
Ministério de Obras Públicas e Habitação - Direcção Nacional de Águas
PRIMEIRO PROJECTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE ÁGUA RURAL
Produzido pelo: Consórcio ER África
Manual Técnico:
Para a Implementação de Projectos de
Abastecimento de Água e Saneamento Rural
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
Discount

Em oferta

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Implementacao de projectos de abastecimento e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Politica Social, somente na Docsity!

República de Moçambique

Ministério de Obras Públicas e Habitação - Direcção Nacional de Águas

PRIMEIRO PROJECTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE ÁGUA RURAL

Produzido pelo: Consórcio ER África

Manual Técnico:

Para a Implementação de Projectos de

Abastecimento de Água e Saneamento Rural

1.3.1 Fase de Planificação

4.3 FUROS PROFUNDOS (ATÉ 200 M DE

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

Fase 1

PROMOÇÃO

Fase 2

CONSCIENCIALIZAÇÃO

Fase 3

PLANIFICAÇÃO

Fase 4

IMPLEMENTAÇÃO

CICLO

DO

PROJECTO

Fase 5

MONITORAÇÃO E

AVALIAÇÃO

SUMÁRIO EXECUTIVO

Este manual foi produzido com vista a assistir e promover um entendimento da contextualização da componente técnica em qualquer projecto de água.

O ciclo normal de um projecto de água compreende cinco fases a saber:

Embora este manual não trate em detalhe as Fases de do ciclo do projecto, o mesmo fornece muita da informação necessária para a condução das fases de Promoção, Consciencialização e M&A. A informação específica contida neste manual, cobre a informação inerente à fase de consciencialização para a identificação da opção da fonte de água, das opções técnicas e dos procedimentos de Operação e Manutenção (O&M). O principal propósito deste manual é portanto o de:

  • Fornecer ao utilizador e à comunidade, a informação geral necessária sempre que se avalia uma opção técnica de fonte de água em determinado projecto.
  • Promover a consciencialização sobre as diferente fontes e opções técnicas e as respectivas necessidades de O&M.

A fase de Promoção é tratada em detalhe no Plano Estratégico de Comunicação enquanto que, a de Consciencialização e de M&A são discutidas em detalhe no Manual Social.

O presente Manual Técnico trata especificamente as fases de Planificação e Implementação de projectos de abastecimento de água rural.

Relativamente à fase de Planificação o mesmo aborda os seguintes aspectos:

  • Identificação das necessidades de água das comunidades
  • Identificação e avaliação das diferentes opções de fonte de água e avaliação dos aspectos quantitativos e qualitativos à elas referentes.
  • A identificação das opções de fonte de água mais

adequadas para responder as necessidades de água das comunidades

  • A identificação e avaliação das diferente opções técnicas disponíveis de elevação distribuição da água
  • A determinação dos custo inerentes à(s) combinação(-ões) identificadas de fonte/dispositivos de elevação e distribuição
  • A planificação para a implementação do projecto

A fase de Implementação aborda os seguinte aspectos:

  • A planificação e as considerações de dimensionamento
  • Os procedimentos inerentes à construção/instalação
  • Os procedimentos recomendados de operação e manutenção
  • Avaliação dos custos de investimento e de O&M
  • Os Check list para implementação de:
  • As listas de verificação possíveis fontes de água designadamente:
    • Poços manualmente escavados
    • Furos pouco profundos
    • Furos profundos
    • Nascentes
    • Fontes superficiais– (albufeiras de barragens e diques rios)
    • Captação da água da chuva
  • e das possíveis opções técnicas de Elevação e distribuição designadamente
  • Bombas manuais
    • Bombas Solares
    • Moinhos de Vento
    • Electrobombas e motobombas
    • Sistemas de captação de águas pluviais

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

  • Pequenos sistemas canalizados
  • Este manual é um guião técnico detalhado e compreensível que permitirá as comunidades e a pessoal técnico implementar com sucesso projectos de abastecimento de água rural de natureza diversa.

1. INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTO

Este manual deve ser lido e utilizado em conjunto com os documento seguintes:

  • PNA (Política Nacional de Água)
  • MIPAR (Manual para Implementação de Projectos de Abastecimento de Água Rural)
  • Manual Social para a Implementação de Projectos de Água Rural.

1.2 OBJECTIVOS DO MANUAL

Este manual foi produzido para servir de instrumento de referência e de apoio à implementação de projectos de abastecimento de Água Rural em Moçambique.

O objectivo deste manual não é somente o de providenciar uma informação geral para fins promocionais mas também o de fornecer descrições detalhadas do que deve ser feito para a promoção e implementação dos projectos e também, fornecer ferramentas de trabalho tais como listas de verificação implementação dentre outros.

1.3 O CICLO DO PROJECTO

Por definição, o Ciclo do Projecto compreende as cinco fases indicadas no diagrama indicado á seguir. Neste manual somente as fases 3 & 4 serão discutidas em detalhe uma vez que a Fase 1 é tratada em detalhe no Plano Estratégico da Comunicação e as Fases 2 & 5 são discutidas em detalhe no Manual Social.

De ponto de vista técnico, caso se pretenda assegurar uma implementação com sucesso dos respectivos projectos, e a sustentabilidade, a longo prazo, das referidas intervenções a implementação de um projecto deve considerar as duas fases (3 & 4), que são parte do ciclo total do projecto. As duas fases em questão são:

  • Planificação
  • Implementação – Construção
  • Operação e manutenção

1.3.1 Fase de Planificação

Do ponto de vista técnico, a Fase de Planificação deve responder às seguintes questões: (vide Matriz de Planificação)

PERGUNTA 1:
QUAL A NECESSIDADE EM ÁGUA DA COMUNIDADE A
SERVIR?

A necessidade em água é expressa através do conhecimento de :

  • Número de pessoas á servir
  • A capitação individual (litros de água por indivíduo e por dia).
  • A necessidade para outras utilizações (uso pelo gado, para actividades agrícolas etc.)
  • As necessidades futuras da(s) mesma(s) comunidades.

PERGUNTA 2: QUAIS AS FONTES DE DISPONÍVEIS PARA RESPONDER A NECESSIDADE ÁGUA EM TERMOS DE QUALIDADE E QUANTIDADE?

Identifique as fontes de água disponíveis e que podem fornecer água em quantidade suficiente e com qualidade aceitável para a(s) comunidade(s) em questão. Faça a escolha entre:

  • Poços
  • Furos pouco profundos
  • Furos profundos
  • Água superficial (albufeiras, rios, lagos, lagoas)
  • Nascentes
  • Água da chuva

Fase 1 PROMOÇÃO

Fase 2 CONSCIENCIALIZAÇ ÃO

Pase 3 PLANIFICAÇÃO

Fase 4 IMPLEMENTAÇÃO

CICLO DO

PROJECTO

Fase 5 MONITORAÇÃOE AVALIAÇÃO

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

1 PLANIFICAÇÃO

PERGUNTA 1: QUAIS AS NECESSIDADES EM ÁGUA?
QUAL A POPULAÇÃO A SERVIR?
QUAL A CAPITAÇÃO?
OUTRAS UTILIZAÇÕES, P. EX. ABEBERAMENTO DO GADO, AGRICULTURA, ETC?
QUAL A PREVISÃO DE CRESCIMENTO FUTURO DAS DEMANDAS?
PERGUNTA 2: QUAIS AS FONTES POSSÍVEIS/DISPONÍVEIS
OPÇÃO DE FONTE
QUAIS DESTAS FONTES PODEM SATISFAZER A DEMANDA DE ÁGUA EM TERMOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS?
LISTE AS OPÇÕES DE FONTES QUE PODEM SATISFAZER A DEMANDA
PERGUNTA 3: QUAIS OS MÉTODOS MAIS APROPRIADOS?
OPÇÕES DE ELEVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO IDENTIFICADOS PARA FONTES DE ÁGUA IDENTIFICADOS

Ponto de Água / Fonte Isolada Sistema Canalizado Água da Chuva

Liste as opções de Elevação e Distribuição Aplicáveis à Situação em Questão

PERGUNTA 4: QUAIS AS IMPLICAÇÕES FINANCEIRAS DAS OPÇÕES DISPONÍVEIS?
CUSTOS DAS COMBINAÇÕES POSSÍVEIS DA FONTE/DISPOSITIVO DE ELEVAÇÃO / OPÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO
FONTES ISOLADAS: SISTEMAS
CANALIZADOS
ÁGUA DA CHUVA

Furo pouco profundo com bomba manual

Furo com bomba manual

Furo com electro- bomba

Furo com bomba solar

Sistema canalizados de distribuição

Captação e aproveitamento da água da chuva

ACONSELHAMENTO À COMUNIDADE E ESCOLHA PELA COMUNIDADE
PLANO OU PROJECTO TÉCNICO PLANO OU PROJECTO TÉCNICO PLANO OU PROJECTO TÉCNICO

Dados populacionais Detalhes sobre a capacidade de produção Desenhos, detalhes de quantidade e Planos O&M

Comité de Água e Funções Treinamento de Voluntários Grupos de Manutenção Acordos assinados entre Comunidade, AD e DA

Procedimentos para Obtenção de fundos Custos de O&M por famíia E compromiso de recolha da contribuição inicial Estimativa de custos Lista de materiais

POÇO FURO POUCO
PROFUNDO
FURO
PROFUNDO
ÁGUA
SUPERFICIAL
NASCENTE ÁGUA DA
CHUVA

Bomba Manual

Electrobomba Bomba Solar

Por bombagem

Por gravidade Armazenament o de Água da Chuva

Moinho de Vento

Furo com moinho de Vento

$ Capital $ O&M

$ Capital $ O&M

$ Capital $ O&M

$ Capital $ O&M

$ Capital $ O&M

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

1.3.2 Fase de Implementação

Após a comunidade ter tomado decisão sobre a fonte de água e sobre a combinação técnica de elevação e distribuição e ter aprovado os Planos Técnico Organizacional e Financeiro submetidos, a combinação de fonte escolhida deve ser implementada.

A Fase de implementação, compreende as seguinte duas sub- fases:

A Fase de Construção

Durante a fase de construção o projecto é implementado conforme o plano feito durante a Fase de planificação. A Fase de construção compreenderá:

  • A escolha do empreiteiro e do fiscal.
  • A própria actividade de construção e a respectiva Fiscalização.
  • O treinamento do(s) grupo(s) de manutenção.
  • O fornecimento e entrega de ferramenta e peças sobressalentes.
  • A inspecção final e entrega do projecto à comunidade.

A Fase de Operação e Manutenção

Concluída a construção da infra-estrutura, esta deve ser operada e mantida correctamente como forma de assegurar uma vida útil longa e um fornecimento fiável de água (sem interrupções). Esta parte do projecto será da inteira responsabilidade do(s) grupos(s) de manutenção treinados durante a fase de construção da infra-estrutura.

Em termos práticos o processo inerente à Fase de implementação pode ser ilustrado conforme o diagrama que se segue:

CONSTRUÇÃO

APPROVAÇÃO DO PROJECTO
CONTRATAÇÃO DO
CONSTRUTOR E FISCAL
CONSTRUÇÃO E FISCALIZAÇÃO
TREINAMENTO DOS GRUPOS DE
MANUTENÇÃO E FORNECIMENTO
DE FERREMENTAS E PEÇAS
SOBRESSALENTES
INSPECÇÃO FINAL E ENTRÉGA DA
INFRA-ESTRUTURA Á COMUNIDADE
M&A MONTORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO

melhoria ou é feita substituição da mesma. Dependendo do tipo de componente/infraestrutura, o seu horizonte de vida é estimado em:

Bombas Manuais Tempo de vida esperado Sem manutenção adequada - 2 a 5 anos Com manutenção adequada - 10 a 15 anos

Bombas alimentadas por painéis solares Tempo de vida esperado Sem manutenção adequada - 2 a 5 anos Com manutenção adequada - 15 a 20 anos

Bombas movidas por moinhos de vento Tempo de vida esperado Sem manutenção adequada - 2 a 5 anos Com manutenção adequada - 15 a 20 anos Motobombas (diesel)

Tempo de vida esperado Sem manutenção adequada - 2 a 5 anos Com manutenção adequada - 10 a 15 anos Electrobombas Tempo de vida esperado Sem manutenção adequada - 5 anos Com manutenção adequada - 10 to 20 anos Pequenos sistemas canalizados de Abastecimento de água Tempo de vida esperado Sem manutenção adequada - 2 a 5 anos Com manutenção adequada - 10 - 15 anos

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

2.2.4 Previsão de crescimento populacional Para o cálculo da demanda diária, é preciso conhecer:

  • Os dados de população presente
  • As taxas de crescimento oficialmente aprovadas para uso em modelos de previsão de crescimento populacional (no caso de Moçambique, aprovadas pelo INE). Para meios rurais a taxa de crescimento oficialmente recomendada pelo INE é de 0 a 2.5%/ano.
  • O Horizonte do projecto (em anos).

2.2.5 Previsão para variações na demanda de água A demanda diária de água conforme calculada anteriormente, representa a demanda média de água para a população servida num período contínuo de 24 horas/dia. Na prat as pessoas tendem a usar mais água em certos períodos do dia (picos diários) e/ou sazonais (picos de verão p.ex:). Significa isto que na prática, o consumo de água procee variar ao longo dos períodos e essas variações têm que ser consideradas quando se faz o dimensionamento dos diferente constituintes do sistema projectado.

Os principais tipos de variação do consumo (picos de consumo ou factores de ponta) de água que devem ser considerados quando se faz o dimensionamento de sistemas de abastecimento de água, são:

Picos sazonais ou factor de ponta sazonal Representam as variações sazonais do consumo de água i.e. entre o inverno e verão. Em termos práticos o consumo tende a ser mais altos no verão devido ao calor. Tipicamente para uma zona urbana a demanda de água crescerá durante o verão com um factor da ordem dos 1,5. O impacto que esta factor terá no caso do dimensionamento de um sistema rural, dependerá do seguinte:

  • Tipo de uso da água ex: doméstica, jardinagem e gado
    • Neste caso, se a água for usada para irrigação e abeberamento do gado e se a existência de fontes alternativas é limitada, a demanda mostrará um crescimento significativo no verão.
  • Tipo de distribuição de água (níveis de serviço)

Nos casos em que a água é distribuída através de uma rede canalizada com distribuição domiciliar, o impacto das variações sazonais será maior que nos casos em que a distribuição é através de fontanários ou fontes isoladas (casos em que são usados recipientes para carretar água para casa).

Pico Diário ou factor de ponta diário A demanda de água calculada anteriormente, é a média durante um período de 24 horas/dia. Contudo os consumidores usam mais água durante as horas vivas do dia daí que alguns picos de consumo ocorrerão durante horas específicas do dia que serão determinadas pelos hábitos rotineiros domésticos. Se por exemplo os consumidores beneficiam de ligações

domiciliares, espera-se que a maior proporção da demanda diária seja verificada na primeiras horas do dia (nas manhãs) e no final da tarde, altura em que a maioria das pessoas se encontra em casa (preparando-se para sair num caso e de regresso à casa noutro). Em termos práticos, caso a infraestrutura não tenha capacidade para satisfazer a demanda de ponta, o consumo de água será limitado à capacidade de fornecimento do sistema o que obviamente trará restrições no consumo e inconvenientes para os utilizadores. O Regulamento Moçambicano considera que quando não há dados suficientes para avaliação prática dos picos diários de consumo, se recorra à fórmula seguinte para o cálculo do factor de ponta diário:

Pf = 2 + 17/(população) 1/2,

onde Pf é o factor de pico horário.

2.2.6 Folha de cálculo da demanda de água Em termos práticos, qualquer indivíduo envolvido no cálculo da demanda de água de determinado aglomerado populacional, pode usar uma folha de cálculo semelhante à que se ilustra na figura que se segue. Para o uso desta folha de cálculo, o projectista precisa de ter informação facultada pelo agente técnico, no que diz respeito aos números, crescimento populacional e respectiva(s) taxa(s) de crescimento, para poder fazer correctamente as projecções da demanda de água. A informação a ser facultada pelo agente deve no mínimo, cobrir os aspectos até ao ponto (b) da figura, se possível.

2.3 Distância aos pontos de consumo de água A distância aos pontos de água é o segundo critério a ser respeitado no dimensionamento de um sistema de abastecimento de água. A nível dos sistemas rurais (e não só), a água deve estar mais acessível dos utilizadores pois só assim se assegura que todos utentes consigam transportar volumes adequados de água para as suas residências. Deste modo, contribui-se para a minimização dos problemas de saúde e higiene associados à carência de água. Em termos práticos:

  • A distância aos pontos de consumo do tipo poços e furos, deve ser preferencialmente menor que 500 m.
  • Independentemente do tipo de fonte, a distância ao pontos de consumo inseridos em pequenos sistema canalizados de água, deve ser preferencialmente menor que 200m.

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

3. ESCOLHA DA FONTE DE ÁGUA

3.1 Generalidades

A escolha do tipo de fonte mais adequada, e a respectiva combinação com a opção tecnológica de elevação e distribuição, de água deve ser feita após avaliação cuidadosa da situação existente em termos de geologia, geo-hidrologia, hidro-química e informação técnica disponível para a selecção dos meios de elevação e distribuição. A planificação cuidadosa da execução de fonte e da investigação da opção tecnológica mais apropriada para a situação em estudo, são parte integrante do projecto de abastecimento de água que visa fundamentalmente assegurar eficiência e economia no custo e no tempo associados ao projecto executado.

Na execução prática de projectos de água rural, em muitas comunidades as equipas do projecto irão ser confrontadas com experiências históricas de acesso e aproveitamento de fontes naturais de água subterrânea, (tais como nascentes e poços de pouca profundidade) que muito provavelmente irão influenciar a decisão final sobre escolha da fonte. Significa isto que o aproveitamento de recursos hídricos subterrâneos para efeitos de abastecimento de água não deve ser limitado somente à abertura/construção de furos/poços mas também incluir o aproveitamento e protecção das nascentes, a abertura de furos de pequena profundidade (escavação manual) , captação e aproveitamento da água da chuva e a integração de todas estas opções num único sistema de abastecimento de água.

As opções técnicas para o aproveitamento de fontes de água superficial são por natureza, condicionadas pelas condições específicas da região ou local onde se pretende implementá- las daí que neste trabalho as mesmas só serão abordados duma forma geral e, apenas como opção de abastecimento de água secundária à opção subterrânea.

3.2 Disponibilidade de Água em Moçambique

Informação mais detalhada sobre a disponibilidade de fontes de água em Moçambique. Pode ser consultada em Mapas e cartas hidro-geológicas elaboradas para Moçambique cujas referências são indicadas de seguida.

  1. Carta das captações mais adaptadas as diferentes ocorrências de água subterrânea a escala 1: 2 000 000.
  2. Carta Hidro-geológica a escala 1: 100 000.

De forma geral porém, as alternativas de obtenção de água para abastecimento de água resumem-se a três tipos principais de fontes:

  • Água subterrânea Captação de água através de poços pouco profundos, nascentes, furos pouco profundos e furos profundos.
  • Águas superficiais Captação de água em charcos, lagos/lagoas, albufeiras de pequenas e grandes barragens, linhas de água, canais e rios.
  • Água da Chuva Captação e armazenamento da água da chuva.

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

O mapa ilustrado na figura seguinte pode também ser usado como indicação geral da provável existência de uma fonte de água de determinado tipo.

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

  • Determinar a viabilidade da utilização de outro tipo de fontes ( P.e: águas superficiais) ao invés da fonte subterrânea,
  • Dar recomendações precisas à comunidade, sobre o(s) local(is) para a abertura e desenvolvimento da nova fonte e sobre qual é a opção de fonte mais viável para a área deles.

Estabelecimento de uma base de dados

FINALIDADE E OBJECTIVO

  • A existência de uma base de dados completa e actualizada, constitui um instrumento poderoso para a correcta gestão de recursos de águas superficial e subterrânea,
  • Quando integrada á um Sistema de Informação Geográfica (GIS) a base de dados torna-se ainda mais poderosa e importante na planificação e gestão de recursos,
  • A base de dados servir de depositário obrigatório de toda a informação gerada pelo sector de águas. Os dados nela contidos, podem ser manipulados, procurados, extraídos e divulgados em numerosas formas de apresentação (relatórios, tabelas, gráficos etc.).
  • A criação e actualização contínua de bases de dados, constituem uma forma eficaz de minimização de custos e gastos de tempo associados à produção de informação para projectos futuros. O uso da informação contida na base de dados permite essa minimização de custos, por evitar a duplicação de dados e a abertura de furos negativos por falta de informação.
  • A base de dados constitui portanto um arquivo onde dados de diversa natureza podem facilmente ser convertidos em informação útil para projecto.

A adequação de determinada fonte de água depende fundamentalmente de três factores designadamente:

  • se a mesma tem capacidade suficiente para fornecer o volume (quantidade) de água necessária i.e., satisfazer a demanda de água?
  • Se a qualidade da água obtida é aceitável para o fim a que se destina?
  • Se o seu uso é economicamente viável para o utilizador?

3.3.1.2 Recomendação e Aprovação da fonte

i) Avaliação da Capacidade das Fontes

Generalidades

A avaliação da quantidade de água abrange a recolha e processamento de dados de disponibilidade de água das diferentes fontes de água escolhidas para análise. Na base dos dados colhidos e processados, o potencial da fonte em questão pode ser comparado com a necessidade de água do(s) aglomerado(s) em questão e, caso satisfaça, a melhor opção tecnológica de exploração, recomendada.

O processo de avaliação pode ser resumido conforme ilustrado na figura seguinte

Importância da avaliação da capacidade de fontes de água.

A realização de ensaios ou testes de capacidade de fontes subterrâneas (ensaios de caudal de furos, poços e nascentes) tem por finalidade:

  • Determinar a quantidade de água disponível no(s) aquífero(s) e a previsão temporal de sua utilização sob determinadas condições de exploração.,
  • identificar possíveis problemas à enfrentar durante a construção do(s) furo(s),
  • Determinar a quantidade de furos/poços necessários para satisfazer a demanda, a distância relativa entre eles a profundidade e o diâmetro dos mesmos ,
  • Determinar a melhor bomba e a respectiva profundidade de instalação,
  • Determinar o caudal óptimo de exploração ,
  • Determinar a produtividade máxima do furo/poço/nascente,
  • Identificar potenciais restrições no rendimento do furo/poço e na exploração dos recursos de água subterrânea,
  • Prevenir/evitar uma operação não económica do furo/poço ou uso excessivo da fonte, levando à sua sobre- exploração.

A avaliação do potencial de fontes de águas superficiais (água de barragens, rios, riachos e chuva) tem por

RECOMENDAÇÃO DA FONTE (pelo consultor)

APROVAÇÃO DA FONTE (pela comunidade e intervenientes)

Aspectos quantitativos de cada fonte

Aspectos qualitativos de cada fonte

Percepção dos utilizadores com (percepção económica)relação á fonte

AVALIAÇÃO DA
CAPACIDADE
DAS FONTES

importancia da avalição da^ Entendimento sobre a quantidade das fontespotenciais

Recolha e processamentode dados

Interpretação dos dados e recomendadação final sobre aquantidade da fonte

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

finalidade:

  • Determinar a viabilidade do uso da fonte,
  • determinar a quantidade máxima de água pode ser captada sem comprometer o equilíbrio ecológico na zona (riachos e rios),
  • determinar a sustentabilidade à longo prazo, dessa exploração.

A avaliação do potencial da captação e aproveitamento da água da chuva tem por finalidade :

  • Determinar quanta água é possível explorar com esta fonte,
  • Determinar as dimensões das instalações de captação e armazenamento da água de chuva tendo em vista a racionalização da sua utilização,
  • determinar a sustentabilidade à longo prazo desse tipo de exploração.

O trabalho inerente à recolha e processamento do tipo de dados discutido anteriormente, deve ser feito por um especialista em fontes de água ou um consultor. Os dados tipo a serem recolhidos bem como a natureza do respectivo processamento, são discutidos na secção 4 deste manual.

i) Avaliação da Qualidade da água das Fontes

Geral

A qualidade da água de qualquer fonte deve ser analisada antes da sua distribuição para consumo pois só dessa forma se consegue proteger a saúde dos consumidores.

A análise da qualidade da água é feita com o intuito de :

  • Determinar a adequação da água para o consumo humano (responder á questão: será a água segura para beber?).
  • Determinar o tipo e grau de tratamento necessário para torná-la própria para consumo (apropriada para uso doméstico)

Para avaliar a qualidade da água, esta deve ser analisada e na base desses resultados classificá-la em termos da sua adequação para as respectivas exigências de utilização. Nessa avaliação, o projectista ou avaliador, deve usar as Normas da OMS (Organização Mundial da Saúde) para determinar os parâmetros e níveis de comparação.

A nível doméstico, a água é usada para diversos fins que incluem:

  • NECESSIDADES CORPORAIS – beber e preparação de alimentos.
  • HIGIENE PESSOAL E CASEIRA – lavagem de roupa, banho e remoção de detritos
  • PARA REGA – rega de hortaliças ou de jardins ornamentais.

É importante notar que uma água que seja considerada imprópria para o consumo humano (i.e. beber) pode ainda ser segura para outros usos doméstico tais como a higiene pessoal ou lavagem de roupa.

A avaliação da qualidade da água abrange a recolha e processamento de dados relativos às propriedades microbiológicas, físicas e químicas da água, que determinam o seu estado (bom ou mau) para uso. Usando os resultados dos dados recolhidos e processados, a água pode posteriormente ser classificada em própria ou imprópria para consumo. No último caso pode-se ainda recomendar sobre a melhor opção de tratamento antes de se rejeitar por completo a fonte em questão.

O processo completo de avaliação da qualidade e adequação de determinada fonte de água pode ser resumido como se segue : Percepção sobre o conceito da qualidade da água

O conceito qualidade de água abrange o conjunto de propriedades microbiológicas, físicas e químicas que determinam a sua adequação para determinado uso.

  • QUALIDADE MICROBIOLÓGICA : refere-se à presença de organismos que não podem ser vistos a olho nu (tais como protozoários, bactérias e vírus) muitos dos quais estão associados à transmissão de doenças infecciosas relacionadas com a água, tais como gastrenterites e a cólera. A presença de Coliformes Fecais e Totais constitui um indicador da probabilidade de contaminação da água com organismos de origem fecal.
  • QUALIDADE FÍSICA: Refere-se às propriedades qualitativas da água que
SOURCE
QUALITY
ASSESMENT

termos de adequabilidade para^ Classifcação da água em consumo doméstico

tratamento para melhorar aAvalição de opções de qualidade da água da fonte

importância da avalição daEntendimento sobre a quantidade das fontespotencias

Recolha e processamento de dados

4. CONSTRUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE

FONTES DE ÁGUA

De um modo geral, as fontes de água para abastecimento doméstico, classificam-se em três grandes categorias designadamente: fontes superficiais, fontes subterrâneas e o aproveitamento da água da chuva. As formas de exploração de cada uma destas fontes são, designadamente:

Água Subterrânea

  • Poços escavados manualmente
  • Furos Manuais l
  • Furos profundos
  • Nascentes

Água superficial

  • Barragens/diques/represas
  • Rios Água superficial
  • Captação e armazenamento da água da chuva Água da Chuva
  • Captação e armazenamento da água da chuva Nos próximos parágrafos desta secção do presente Manual, discute- se em detalhe as várias opções tecnológicas de exploração e aproveitamento das fontes de água mencionadas anteriormente. No quadro a seguir faz-se uma comparação dos diferentes métodos de exploração das fontes, conforme listado anteriormente.

Tabela 4.1 Comparação entre opções tecnológicas de exploração de fontes de água

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

PPooççoo eessccaavvaaddoo FFuurroo MMaannuuaall FFuurroo MMeeccâânniiccoo CCaappttaaççããoo ddaa áágguuaa ddaa cchhuuvvaa LLaaggooaass,, llaaggooss,, aallbbuuffeeiirraass ddee RRiiooss ee rriiaacchhooss NNaasscceenntteess ee ppoonnttoossss mmaannuuaallmmeennttee ((ffuurroo pprrooffuunnddoo)) ppeeqquueennaass bbaarrrraaggeennss sseeeeppss

30 dias 4 to 12 dias 7 dias 20 dias depende do método depende do método depende do método

Moderado Baixo a elevado Elevado devido ao Moderado para captação Moderado a elevado devido Moderado a elevado Moderadamente baixo. dependendo do equipamento usado e na cobertura e elevado à necessidade de bombagem devido à necessidade Se associados à sistem método usado habilidades necessárias para a captação no terreno e tratamento da água de bombagem e as canalizados de tratamento distribuição o custo pode ser elevado

Moderada a boa Moderada a boa Moderada a muito boa Moderada a má. Moderada à boa em lagoas Boa para rios e riachos Boa qualidade. Desinfecção é grandes, e lagos. Má à montanhosos. Pobre Recomenda-se a imprescindível moderada no caso de em rios e riachos desinfecção após a pequenas linhas de água. localizados em baixas. construção da fonte. Tratamento é geralmente Tratamento é geralmente necessário. obrigatório.

Moderada a boa. Moderada a boa Moderada a boa Moderada a boa Geralmente elevada baixando Moderada a boa. Boa e com pequenas Sofre variações ligeiramente durante a Variações sazonais são variações no caso de sazonais estação seca significativas. Algumas nascentes artesianas. linhas de água secam Variável em função da completamente durante estação do ano para o a estação seca. caso de nascentes freáticas.

Moderado. Sujeita à Elevado se a sua Elevado se a sua exploração Elevado apenas em zonas Moderado a bom. Exige um Dependente dos níveis variações do lençol exploração for for antecedida de ensaios com níveis de precipitação programa de manutenção de manutenção freático antecedida de ensaios de bombagem e os caudais Ao elevada. Exige alguma cuidada dos sistemas de providenciada à fonte, de bombagem e os de exploração manutenção para manter bombagem e tratamento. sistemas de bombagem caudais de exploração recomendados forem a fiabilidade das fontes. e de tratamento. recomendados forem respeitados Exigências de respeitados manutenção elevadas para os sistemas de bombagem. Fiabilidade pode ser aumentada por recurso à poços filtrantes na margem do

TIPO DE FONTE

DURAÇÃO MEDIA DE CONSTRUÇÃO (VALOR INDICATIVO)

CUSTO

QUALIDADE DA ÁGUA

QUANTIDADE

NÍVEL DE CONFIANÇA

Manual Técnico: Para a Implementação de Projectos de Abastecimento de Água e Saneamento Rural

Figura 4.2(a) Perfil (em profundidade) de um poço manual já concluído

4.1 POÇOS MANUAIS

Figura 4.1: Exemplo de construção de um poço escavado manualmente l

4.1.1 Considerações de Concepção e dimensionamento

i) Generalidades A localização de poços, depende fundamentalmente de dois factores: a existência de água no local onde se pretende instalar e as exigências da(s) comunidade(s) relativas à localização dos pontos de água.

ii) Vantagens e Desvantagens

iii) Adequabilidade de poços em função da zona de construção (ver mapa para mais pormenores )

O recurso à Poços Manuais para abastecimento de água, só é tecnicamente viável nas seguinte condições:

  • Em aquíferos primários com lençol freático à menos de 10m de profundidade,
  • Em aquíferos primários onde não existam o large boulders

O recurso à Poços Manuais para abastecimento de água, não é tecnicamente viável nas seguinte condições::

  • Em zonas rochosas ou com o nível freático bastante profundo,
  • Em aquíferos primários com o lençol de água bastante profundo ,
  • Em aquíferos primários com lençol freático próximo mas onde existam large boulders presente. 4.1.2 Procedimentos construtivos i) Considerações de segurança durante a construção IMPORTANTE AS INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA INDICADAS À SEGUIR, DEVEM SER FORMALMENTE ANUNCIADAS À TODAS AS PESSOAS ENVOLVIDAS NA CONSTRUÇÃO DA FONTE, DEVENDO TAMBÉM FAZER PARTE DAS SESSÕES DE SENSIBILIZAÇÃO E TREINAMENTO CONDUZIDAS ANTES DO INÍCIO DA CONSTRUÇÃO.. •O RISCO DE DESABAMENTO DO POÇO DURANTE A CONSTRUÇÃO, É UMA AMEAÇA SÉRIA À VIDAS DAS PESSOAS ENVOLVIDAS NA ESCAVAÇÃO. ASSIM, TODO O PROCESSO DE ESCAVAÇÃO PARA ABERTURA DE POÇOS DEVE SER ACOMPANHADA DA ENTIVAÇÃO DAS PAREDES DO POÇO POR FORMA A MINIMIZAR ESTE RISCO.. •DEVE-SE EVITAR O USO DE MÁQUINAS DE COMBUSTÃO INTERNA (DIESEL OU GASOLINA) DENTRO DO POÇO POIS OS GASES DA COMBUSTÃO (FUMOS) PODEM CAUSAR A MORTE POR ASFIXIA, DAS PESSOAS TRABALHANDO DENTRO DO POÇO. •DEVE-SE TER ATENÇÃO ESPECIAL AO RISCO DE ELECTROCUSSÃO DEVIDO AO USO DE MATERIAL ELÉCTRICO EM CONDIÇÕES HÚMIDAS. CABOS E OUTRO TIPO DE CONDUTORES ELÉCTRICOS EXPOSTOS À SUPERFÍCIE PODEM FACILMENTE SER DANIFICADOS (POR EXEMPLE PELA PASSAGEM DE MÁQUINAS) AUMENTANDO DESSE MODO O RISCO DE ELECTROCUSSÃO DOS TRABALHADORES. •DEVE-SE VERIFICAR DIARIAMENTE, O ESTADO DE TODO O EQUIPAMENTO USADA NA ELEVAÇÃO (P.EX: TRIPÉ, GUINCHO ETC.), DE MATERIAIS E OUTROS EQUIPAMENTOS PARA ASSEGURAR QUE O SEU USO NÃO CONSTITUI PERIGO PARA OS TRABALHADORES (PRINCIPALMENTE OS QUE TRABALHAM DENTRO DO POÇO). •CORREIAS, GANCHOS E CORRENTES DE TODO EQUIPAMENTO, DEVEM SER SUBSTITUÍDOS LOGO QUE SE NOTAR OS PRIMEIROS SINAIS DE DESGASTE MESMO QUE OS REFERIDOS SINAIS SEJAM LOCALIZADOS. •DEVE-SE TER CUIDADO AO SE MANUSEAR FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS DE PEQUENA DIMENSÃO (CHAVES, MARTELOS, PÁS ETC.) POIS ESTES PODEM FACILMENTE CAIR PARA DENTRO DOS POÇOS FERINDO AS PESSOAS QUE LÁ ESTIVEREM A TRABALHAR. •TODAS AS PESSOAS TRABALHANDO OU CIRCULANDO NA ZONA DE CONSTRUÇÃO DO(S) POÇO(S), DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE EQUIPADOS COM FARDAMENTO, CAPACETE E BOTAS. DEVE-SE TAMBÉM COLOCAR AVISOS EM PONTOS VISÍVEIS DO LOCAL DA OBRA INDICANDO A OBRIGATORIEDADE DE USAR ESTES FARDAMENTOS NO LOCAL DA OBRA. •DEVE-SE EVITAR A CIRCULAÇÃO, NO LOCAL DA OBRA, DE PESSOAS NÃO ENVOLVIDOS NA CONSTRUÇÃO OU MESMO DE ANIMAIS. •PARA POÇOS COM MAIS DE 20 M DE PROFUNDIDADE, É OBRIGATÓRIA A INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS/EQUIPAMENTOS DE VENTILAÇÃO PARA EVITAR A MORTE POR SUFOCAÇÃO DOS TRABALHADORES ENVOLVIDOS NA ESCAVAÇÃO E/OU LIMPEZA

VANTAGENS DESVANTAGENS

  • Materiais para a sua execução • A sua construção é trabalhosa e facilmente alocáveis demorada quando comparada com as demais técnicas de construção de fontes(pode durar várias semanas).
  • Faz-se uso de técnicas comuns de • Limitados à uma profundidade de construção daí não se exigir <10m devido à questões de pessoal qualificado para a segurança sua execução
  • À excepção de zonas rochosas e • Fiabilidade facilmente influenciada where large boulders are presente, por variações do nível freático. podem ser construídos em qualquer tipo de solos.
  • Dependendo do diâmetros usado • Solução inadequada para zonas na construção, desempenham rochosas e onde existam large também a função de reserva. boulders.
    • Dependendo do diâmetro, podem • Custo de construção moderado acomodar diferentes tipos de quando comparado com a produção instalações de elevação.
    • Podem ser construídos com base • Facilmente contamináveis por águas em mão de obra comunitária superficiais de vários tipos inclusive por caudais pluviais. Deve-se tomar sempre medidas protectivas contra a infiltração de águas superficiais.
      • Risco elevado de contaminação por latrinas, o que depende do tipo de solos, e da distância entre poços e latrinas.

Passeio

Minimo 0.9m

Enchimento com brita ou cascalho Extrata da formaças aquifera

Manilhas em betão armado – 1 nivel

Selo em betão

Manilhas em betão armado – 2 nivel

Manilhas em betão armado – 3 nivel

Fundo do poço. Consiste em placas de betão, brita ou areia em camadas