HPV- Atualização, Notas de estudo de Enfermagem

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HPV:

a proteção

chegou

Enfª Amanda C. Lorencini

Conceito e Epidemiologia

• É uma doença de desenvolvimento lento, que pode cursar sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados (INCA, 2014).
• Devido a sua alta incidência e mortalidade, o câncer o colo do útero é um importante problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento ( SESSC-SUS, 2014).

Fatores de Risco

• Fatores de risco que podem determinar a regressão, a persistência ou a progressão da infecção pelo HPV estão ligados à imunidade, à genética, ao comportamento sexual e ao tabagismo (SESSC- SUS, 2014).
• Desta forma, o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais, a multiparidade e o uso de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de câncer do colo do útero.
• A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente (ICESCC, 2006).

Papiloma Vírus Humano

• O HPV é um vírus que apresenta mais de 150 genótipos diferentes; pode ser classificado em tipos de baixo e de alto risco de desenvolver câncer.
• Existem 12 tipos identificados como alto risco, os mais comuns são o HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
• Os HPVs de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, aparentemente, não oferecem nenhum risco de progressão para malignidade ( INCA, 2006).

Manifestações Clínicas

• As lesões clínicas mais comuns ocorrem nas regiões anogenitais como vulva, vagina, ânus e pênis. Porém esta infecção pode aparecer em qualquer parte do nosso corpo, bastando ter o contato do vírus com a pele ou mucosa com alguma lesão, ou seja, pele e mucosa não íntegras.
• O período necessário para surgirem as primeiras manifestações da infecção pelo HPV é de aproximadamente 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos ( MS, 2003)

Diagnóstico

• A maioria das mulheres descobre que tem HPV por intermédio de um resultado anormal do Preventivo, exame que ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, por isto é importante fazer o exame de Preventivo regularmente.
• Nos homens, é detectado através do exame urológico (pênis) e dermatológico (pele), quando detectado sinais e sintomas suspeitos de HPV.

Prevenção

• As medidas de prevenção mais importantes são:

1. Uso de preservativo nas relações sexuais.
2. Evitar muitos parceiros ou parceiras sexuais.
3. Realizar higiene pessoal;
4. VACINAR-SE CONTRA O HPV.

Vacina contra o HPV

• (^) Foram desenvolvidas, até o momento, duas vacinas contra HPV. A quadrivalente recombinante, protegendo contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18, e a vacina bivalente, protegendo contra os tipos 16 e 18.
• A vacina quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção de lesões genitais pré- cancerosas de colo do útero, de vulva e de vagina em mulheres, e anal em ambos os sexos, relacionadas aos HPVs 16 e 18, e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionadas aos HPVs 6 e 11 (MS, 2014).
• A vacina quadrivalente será ofertada pelo SUS, a partir de Março de 2014. Podendo vacinar-se, adolescentes do sexo feminino de 11 a 13 anos, 11 meses e 29 dias e adolescentes do sexo feminino indígenas de 9 à 13 anos, 11 meses e 29 dias.

Vacina contra o HPV

Vacina contra o HPV

Referências

• Ministério da Saúde, Boletim Informativo Vacinação contra o HPV no SUS, 2014.
• Ministério da Saúde, Informe Técnico sobre a Vacina Papilomavírus Humano na Atenção Básica, 2014.
• Ministério da Saúde, Guia Prático sobre o HPV: Perguntas e Respostas, Brasília: 2013.
• www2.inca.gov.br. HPV, On-line: 2014.