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Resumo da matéria de histologia animal avançada. Aborda temas como o sistemas e suas características. No fim há um questionário de exercício, porém não tenho certeza se as respostas estão corretas.
Tipologia: Resumos
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tirosinase. Desse modo, esta enzima quebra a tirosina em DOPA, que sobe em direção as projeções citoplasmáticas. Nas extremidades a DOPA é convertida em melanina, que é exocitada e injetada nas células das diversas camadas de queratinócitos. A melanina se deposita sempre acima do núcleo, para que esta proteja o mesmo dos raios UV. Patologias associadas aos melanócitos: vitiligo é uma doença autoimune, onde o S.I. ataca os melanócitos. A neoplasia dos melanócitos é chamada de melanoma. As células de Merkel são as responsáveis pela transdução sensorial (tato). São células pequenas e cúbicas de difícil visualização na coloração de H&E, que estão conectadas à uma terminação nervosa. Desse modo, são encontradas na camada basal da epiderme, sendo especialmente abundante em algumas partes do corpo, como os coxins. Por fim, as células de Langerhans são as responsáveis pela fagocitose e apresentação de antígeno na epiderme. São as únicas que não possuem origem embrionária na ectoderme e sim na medula óssea. Derme Composta por tecido conjuntivo, contendo vasos sanguíneos, terminações nervosas e fibra elástica. A espessura pode variar de acordo com o local. Conferem um aspecto de casca de ovo na porção adjacente à camada basal da epiderme. Sua composição é de tecido conjuntivo frouxo, além de células sentinelas (histiócitos) que possuem a função de proteger o tecido. Por possuir vasos sanguíneos (arteríolas e vênulas), é responsável por nutrir as células da epiderme, além de atuar na termorregulação do animal. As áreas do corpo com menos pelos possuem maior quantidade de papilas dérmicas, o que consequentemente significa uma maior quantidade de sangue passando e uma maior troca de calor com o meio externo, configurando uma melhor termorregulação. Essa característica torna- se importante especialmente em espécies, como nos suínos, que não possuem glândulas sudoríparas. Geralmente são porções de pele mais grossas. Animais com muito pelo, ou nas porções do corpo que possuem muito pelo, não possuem papilas dérmicas. Desse modo, a camada papilar não existe, tendo apenas uma camada se derme superficial, também composta de tecido conjuntivo frouxo e fibra elástica. Adjacente à camada papilar, está a camada reticular, que é formada por tecido conjuntivo denso não modelado e fibras reticulares, especialmente em partes de pele grossa. Além disso, possui fibras elásticas e é a camada em que estão inseridos os anexos cutâneos, como glândulas e folículos pilosos.
As principais células são os fibrocitos, porém há alguns melanócitos, que dão cor aos pelos e garras. Hipoderme Composta por tecido conjuntivo frouxo, está adjacente à camada reticular da derme. Tem como característica a presença de panículos adiposos, cuja função é de modelar, bem como auxiliar na termorregulação/termoproteção e de reserva. Anexos cutâneos Vasos e receptores sensoriais são exemplos de anexos cutâneos. Os receptores podem ser mecanorreceptores, encapsulados ou terminações livres (tato/dor - Merkel). Dentre os exemplos de receptores sensoriais podemos destacar os corpúsculos de Paccini (propriocepção), corpúsculos de Meissner (tato e pressão), corpúsculos de Krause (frio) e corpúsculos de Ruffini (calor). Vale lembrar que os corpúsculos de Paccini e Meissner também são encontrados nas vísceras.
Obs: as áreas sem pelo são denominadas de glabras. Os pelos são encontrados na superfície corporal dos mamíferos domésticos. Sua função é de isolante, tanto hídrico como térmico. A proteção térmica acontece a partir do momento em que o músculo eretor do pelo se contrai (no frio) e forma uma camada de ar, que funciona como um cobertor. Os pelos podem ser classificados como primários, que são os maiores, ou secundários, visto em algumas espécies específicas e filhotes. O folículo piloso é envolto por uma lâmina basal/membrana vítrea, que o separa da derme. É composto por tecido epitelial e se forma a partir da papila dérmica. Possui a porção da medula, mais macia que pode alojar estruturas parasitárias/fungos, córtex e cutícula, que é extremamente compacta e formada por queratinócitos, esta é a porção que se projeta para fora da pele. Além disso, possui uma bainha externa, sem queratina, e uma interna, que possui queratina, além de melanócitos na parte basal do pelo. Os folículos pilosos podem ser simples, ou seja, conter apenas um pelo, ou compostos, com mais de um pelo. Os
citoplasma da célula é liberada com a secreção. Glândula sebácea Presente em todos os mamíferos, é uma glândula alveolar simples/composta holócrina que sempre desemboca em um folículo piloso (exceto no lábio, mamilo, glande e pequenos lábios da vagina). Todo folículo piloso possui pelo menos uma glândula sebácea. O canal que conecta a glândula no folículo é denominado de pilossebáceo. Além disso, por ser uma glândula holócrina, possui uma alta taxa de renovação celular. As células presentes são chamadas de sebácito, que é uma célula grande e repleta de vesículas que armazenam o sebo (gordura). Essas vesículas apresentam-se incolores ou levemente basofílicas em coloração H&E. O sebo é um importante lubrificante, além de servir como proteção hídrica e física e possuir em sua composição imunoglobulinas e ácidos graxos. Algumas glândulas sebáceas são especializadas, como por exemplo, a membrana nictante, ou terceira pálpebra, responsável por liberar um sebo menos oleoso e mais líquido, que protege física e imunologicamente o olho, além de lubrificá-lo. Obs: a conjuntivite seca é uma doença imuno mediada onde ocorre a destruição da glândula nictante. Outro exemplo de glândula sebácea especializada é a perianal, que produz feromônios. Essa glândula possui importância clínica, pois costuma entupir ou apresentar tumores. Em ambos os casos a remoção cirúrgica é a solução. Além disso, em casos de inflamação pode-se tratar com antibióticos também. Glândula sudorípara É uma glândula tubulosa simples enovelada predominantemente apócrina, podendo também ser merócrina. As glândulas sudoríparas apócrinas liberam suas secreções no folículo piloso, enquanto as merócrinas liberam diretamente na pele, sem contato com o folículo. Assim como as glândulas sebáceas, algumas glândulas sudoríparas são especializadas, como por exemplo, as da região carpal dos suínos. Essas produzem feromônios importantes para a detecção do ciclo estral. Estruturas especiais O ouvido externo (orelha ou pina) possui uma estrutura tegumentar especial, composta por cartilagem elástica entre duas camadas de pele. A camada externa de pele é uma superfície convexa que apresenta mais pelo, além de glândulas sebáceas e sudoríparas. Por sua vez, a superfície interna é côncava e apresenta uma menor quantidade de pelo e glândulas sebáceas especializadas na produção de cera. Tegumento das aves O sistema tegumentar das aves é diferenciado dos mamíferos. As aves apresentam uma epiderme muito fina, enquanto a camada dérmica é mais grossa e mais gordurosa. Além disso, não possuem glândula sebácea ou glândula sudoríparas. Em contrapartida, possuem uma célula especializada, os seboqueratinócitos, que além de acumular queratina, acumula também sebo. A epiderme das aves apresenta menos camadas e uma maturação celular mais rápida, ainda que ocorra de modo semelhante à vista nos mamíferos. A primeira é a camada basal, seguida da intermediária e, por fim, o estrato córneo. A derme das aves precisa ser mais grossa, pois é de lá que saem as penas, que são muito maiores e pesadas que os pelos, portanto, precisam de mais sustentação. As patas das aves apresentam uma composição tecidual distinta do resto do corpo, onde a camada da derme é mais fina e a epiderme é mais grossa.
A pena das aves é separada por partes, onde a porção que se insere na derme é chamada de cálamo (base), repleta de vasos sanguíneos e terminações nervosas. A haste principal é chamada de ráque, que parte do cálamo até quase a parte final da pena. A parte colorida e brilhosa é chamada de pluma. Na maior parte das espécies, a pluma é formada de uma conjunção de barbas e bárbulas/barbelas. As barbas saem da ráque e de cada barba saem bárbulas ou barbelas que se orientam distalmente ou proximalmente a ave. Essas bárbulas se conectam através de ganchos para manter uma superfície única e lisa. Além disso, na porção da ráque que se insere na derme, existe o umbigo inferior e na parte mais acima, onde começa a pluma, há o umbigo superior. No umbigo inferior entram os vasos sanguíneos, que nutrem a pena. Na estrutura histológica da pena podemos ver que ao redor há um tecido adiposo, mas a estrutura geral é semelhante ao folículo piloso, logo, as aves não possuem papilas dérmicas penetrando em sua epiderme. A lubrificação da pena é feita a partir da liberação de sebo pela glândula uropigia (acima da cloaca), uma glândula semelhante à sebácea, portanto, acinar composta holócrina. A ave passa o bico sobre a glândula e depois na pena, para que distribuir a secreção. Sistema cardiovascular (circulatório) O sistema cardiovascular é responsável pela circulação sanguínea e linfática e realiza essa tarefa com o auxílio do coração, dos músculos e da gravidade. Quando o animal se movimenta, a contração muscular pressiona os vasos sanguíneos, auxiliando o fluxo do sangue. Como parte do sistema temos as artérias, que são quaisquer vasos que levam sangue para fora do coração, e as veias, que são quaisquer vasos que levam sangue para dentro do coração. Além disso, temos também aos vasos de menores calibres, que são as arteríolas e vênulas, além dos capilares. Podemos dividir a circulação em duas, a grande circulação, que leva sangue para todo o corpo, e a pequena, que leva o sangue para realizar a troca gasosa no pulmão. O sangue arterial sai do ventrículo esquerdo do coração por uma artéria de grande calibre (A. aorta), que se ramifica em artérias de médio calibre e depois em arteríolas. Das arteríolas é formada uma rede de vasos sanguíneos extremamente pequenos que são os capilares, onde ocorre a troca gasosa com os tecidos. Agora com sangue venoso, os capilares se fundem em vênulas, veias de médio calibre e depois veias de grande calibre, até que se unem na veia cava (superior ou inferior) e
pouco maiores. Ainda é recoberto de lâmina basal, que é seletiva. Encontrado especialmente no TGI.
rica em lipídios e tem aspecto esbranquiçado) e alguns axônios amielinizados (axônios curtos não necessitam de mielina). A substância branca se compõe de coleções de tratos (chamados fascículos ou lemniscos em certos casos). Um trato é formado de fibras nervosas funcionalmente correlatas com origem e destinação similares. A ausência ou escassez de mielina resulta numa coloração cinzenta do tecido do SNC. A substância cinzenta é rica em corpos celulares neuronais (pericárdio), células gliais e neurópilos. Neurópilo refere-se aos axônios, ramos terminais, dendritos e processos gliais que, coletivamente, formam uma matriz de fundo para os corpos celulares observados ao microscópio óptico. A maioria das sinapses ocorre no neurópilo. Encéfalo A substância cinzenta na superfície do cérebro e do cerebelo é chamada de córtex. O cérebro é composto por hemisférios cerebrais pareados. A superfície de cada hemisfério possui giros (cristas) demarcados por sulcos. O neurônio característico do córtex cerebral tem o corpo celular em forma de pirâmide, com seu ápice direcionado para a superfície. A substância cinzenta do cérebro é dividida em seis camadas, que histologicamente não são bem diferenciadas. São elas, da mais superficial à mais profunda: camada molecular, granular externa, piramidal externa, granular interna, piramidal interna e fusiforme.
A superfície cerebelar exibe fólios (cristas estreitas) separadas por sulcos. Assim como no cérebro, a superfície é revestida por substância cinzenta, chamada de córtex cerebelar. Outra semelhança com o cérebro é o fato de ser dividido em dois hemistérios, que nesse caso é separado pelo vermis. O córtex cerebelar é dividido em três camadas bem distintas. A camada mais externa é a molecular, composta por poucas células, tanto neurônios como células da glia. Os neurônios predominantes nessa camada são os que possuem formado te cesto. A segunda camada é chamada de camada de Purkinje e recebe esse nome pelas células predominantes serem as células de Purkinje. Esses neurônios possuem formato piriforme e muitos dendritos, que se projetam para a camada molecular, deixando pouco espaço para as células típicas daquela camada. Por fim, a terceira camada é chamada de granulosa. Seus neurônios possuem formato de cesto com os axônios voltados para baixo (invertido) e estão presentes em grandes quantidades, sendo compactados. Medula espinhal A medula espinhal pode ser dividida em segmentos que são demarcados pelo surgimento bilateral de raízes dorsais e ventrais de nervos espinhais. Uma secção transversal da medula espinhal apresenta um canal central (ou canal ependimário) circundado por um perfil em forma de H de substância cinzenta, que, por sua vez, está circundado por substância branca. É pelo canal ependimário que circula o líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. O canal é revestido por células cilíndricas, com uma conformação semelhante ao
o espaço subaracnoide não possui uma lâmina basal, é possível uma troca limitada de líquido, pequenas moléculas e células imunocompetentes entre o líquido cerebrospinal e os compartimentos da aracnoide e da pia-máter. Quando um vaso penetra o SNC, fica circundado por um espaço perivascular. Em contraste com a maioria das células endoteliais do corpo, as células endoteliais dos capilares no SNC geralmente não são fenestradas, e são interligadas por junções estreitas. Essas características endoteliais são responsáveis pela barreira hematoencefálica, que impede a difusão de moléculas hidrofílicas provenientes da corrente sanguínea para o SNC. A influência trófica das projeções podálicas terminais dos astrócitos em contato com a lâmina basal que circunda os capilares do SNC induz as células endoteliais a se tornarem não fenestradas e a se interligarem por junções estreitas. Fluido cerebroespinhal O líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor é formado dentro das cavidades ventriculares do SNC nos plexos coróides. Essas estruturas são formadas por dobras e invaginações da pia-máter altamente vascularizada, formada por tecido conjuntivo frouxo revestido por um epitélio cúbico simples. O LCR é definido como um fluído corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnóideo no encéfalo e medula espinhal. Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células. Possui diversas funções vitais, entre elas: proteção mecânica e biológica do SNC, troca de metabólitos, controle da pressão intracraniana e sustentação. A reabsorção/drenagem deste líquido é realizada pelas vilosidades aracnoides que se projetam formando o seio sagital. Sistema nervoso periférico Todas as informações produzidas ou processadas no SNC necessitam transitar da periferia para o encéfalo e vice-versa. As sensações são trazidas para o SNC através de nervos e gânglios, que compõe o sistema nervoso periférico. A bainha de mielina no sistema nervoso periférico é feita a partir das células de Schwann (neurolemócitos). A união da bainha de mielina com os axônios compõe as chamadas fibras nervosas. Cada célula de Schwann se enrola em uma parte do axônio para formar uma porção da bainha de mielina. Fibras nervosas As fibras nervosas podem ser de dois tipos, as mielínicas e amielínicas. A fibra
mielínica é quando há um axônio de diâmetro grande e comprimento longo com uma célula de Schwann dando diversas voltas em um mesmo local, ou seja, com bainha de mielina completa. Essas fibras mielínicas têm a capacidade de enviar o impulso nervoso mais rápido e em uma distância maior. São chamadas fibras amielínicas aquelas compostas por uma célula de Schwann envolvendo diversos axônios finos, ou seja, não completando diversas voltas em um único axônio como nas mielínicas. Ocasionalmente podem até existir axônios expostos. Fibras curtas e próximas ao SNC não precisam de mielina e, justamente por serem curtas, conseguem passar impulsos nervosos de modo rápido e eficaz até o SNC. Todas as células de Schwann apresentam uma lâmina basal formada por tecido conjuntivo (colágeno), agindo como uma barreira seletiva. Mesaxônio é o nome dado há a região em que a membrana da célula de Schawnn se dobra para envolver um axônio em uma fibra amielínica. Alguns axônios não se apresentam envolvidas completamente pela célula de Schwann. Outros axônios até são envolvidos completamente, mas ainda assim a célula de Schwann não chega a se enovelar como nas fibras mielínicas. Na fibra mielínica, a lâmina basal mais uma vez está presente na parte externa, o núcleo da célula de Schwann está lateralizado e o axônio centralizado. O citoplasma da célula de Schwann se enrola diversas vezes em volta desse axônio. Assim, em fibras mielínicas são vistas duas dobras, uma externa (mesaxônio externo) formada quando o citoplasma começa a se enovelar, e uma interna (mesaxônio interno). As fibras mielínicas são diferenciadas em fibras A e B. As fibras A são as que possuem a maior espessura (5- 10 μm) e uma alta velocidade de transmissão do impulso nervoso. São exemplos de fibras A os neurônios motores e alguns sensitivos (dor, calor, pressão etc.). As fibras mielínicas do tipo B possuem uma espessura (2- 3 μm) e velocidade de transmissão médias. Alguns exemplos de fibra B são os neurônios sensitivos e alguns motores, especialmente associado com o sistema nervoso autônomo. As fibras amielínicas são sempre classificadas como tipo C, tendo um calibre pequeno (0,5-1,5μm) com uma baixa velocidade de transmissão. Como
Gânglios Os acúmulos de neurônios (pericários) localizados fora do sistema nervoso central são chamados de gânglios nervosos. Em sua maior parte, os gânglios são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados à nervos. Alguns gânglios reduzem-se a pequenos grupos de células nervosas situadas no interior de determinados órgãos. A informação vinda pelo nervo aferente passa pelo gânglio antes de entrar na medula espinhal. Depois de passar pela medula, a informação pode seguir dois caminhos: ir para o SNC para que a informação seja processada e para o interneurônio na medula espinhal, que irá imediatamente gerar uma resposta para o neurônio motor (eferente). De forma geral, todos os gânglios são envolvidos externamente por uma cápsula de tecido conjuntivo. Os corpos celulares tendem a se concentrar na periferia do gânglio, enquanto o interior é mais abundante em fibras/axônios. Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser: sensoriais (aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes). Os gânglios sensoriais recebem fibras aferentes, que levam impulsos para o sistema nervoso central. Os neurônios dos gânglios sensoriais são pseudounipolares. Histologicamente, os gânglios do sistema nervoso autônomo são idênticos aos gânglios sensoriais. A diferença é que nos gânglios do sistema nervoso autônomo os neurônios geralmente são multipolares, para que haja uma intensa comunicação entre os neurônios.
O sistema nervoso autônomo relaciona- se com o controle da musculatura lisa, com a modulação do ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Sua função é ajustar algumas atividades do organismo, a fim de manter a constância do meio interno (homeostase). Embora seja, por definição, um sistema motor, fibras que recebem sensações originadas no interior do organismo acompanham as fibras motoras do sistema autônomo. Anatomicamente, ele é formado por aglomerados de células nervosas localizadas no sistema nervoso central, por fibras que saem do sistema nervoso central através de nervos cranianos e espinais, e pelos gânglios nervosos situados no curso dessas fibras. O sistema nervoso autônomo é formado por duas partes, distintas por sua anatomia e por suas funções: o sistema simpático e o parassimpático. Os núcleos nervosos do simpático se localizam nas porções torácica e lombar da medula espinal. Axônios desses neurônios saem pelas raízes anteriores dos nervos espinais dessas regiões; por isso, o sistema simpático é chamado também de divisão toracolombar do sistema nervoso autônomo. Os gânglios do sistema simpático formam a cadeia vertebral e plexos situados próximo às vísceras. O mediador químico das fibras do simpático é a norepinefrina (fibras adrenérgicas). Os núcleos nervosos do parassimpático situam-se no encéfalo e na porção sacral da medula espinal. O parassimpático é denominado também divisão craniossacral do sistema autônomo. O mediador químico liberado pelas terminações nervosas do parassimpático é a acetilcolina. Essa substância é rapidamente destruída pela acetilcolinesterase, uma das razões pelas quais os estímulos parassimpáticos são de ação mais breve e mais localizada do que os estímulos do simpático. A maioria dos órgãos inervados pelo sistema nervoso autônomo recebe fibras do simpático e do parassimpático. Em geral, nos órgãos em que o simpático é
estimulador, o parassimpático tem ação inibidora, e vice-versa. Por exemplo, a estimulação do simpático acelera o ritmo cardíaco, enquanto a estimulação das fibras parassimpáticas diminui esse ritmo. Sistema linfático A principal função do sistema linfoide é proteger o corpo de patógenos, como bactérias, vírus e parasitas, e células infectadas ou alteradas, como em células infectadas com vírus ou neoplásicas. O sistema imune é organizado em órgãos e tecidos que são funcionalmente unificados por via sanguínea e linfática. Os órgãos linfáticos são divididos em primários, que fabricam e amadurecem as células do sistema imune (linfócitos), e secundários, que armazenam as células. As células-tronco mieloides são precursoras das células mieloides (eritrócitos, granulócitos, monócitos e plaquetas), enquanto as células-tronco linfoides são predecessoras das células linfoides (linfócitos T, B e NK). A maturação em linfócitos T funcionais ocorre no timo antes da migração para regiões específicas dos tecidos linfoides periféricos. Elas são responsáveis por eliminar células danificadas/infectadas. A maturação dos linfócitos B ocorre na medula óssea, enquanto a diferenciação em células plasmáticas produtoras de anticorpos ocorre nos tecidos linfoides periféricos (por exemplo, linfonodos, baço e tecido linfoide difuso). Órgãos linfoides primários Os órgãos linfoides primários consistem na medula óssea, onde ocorre a maturação dos linfócitos B, e timo, onde ocorre a maturação dos linfócitos T.
A medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Distinguem-se a medula óssea vermelha, hematógena, que deve sua cor a numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação, e a medula óssea amarela, rica em células adiposas e que não produz células sanguíneas. No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e, portanto, ativa na produção de células do sangue. Com o avançar da idade, porém, a maior parte da medula óssea transforma-se na variedade amarela. Em mamíferos a medula óssea é o principal órgão linfoide, responsável por fabricar todas as células de defesa do sistema imune.
O timo é um órgão linfoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Envolto por uma capa de gordura e uma cápsula fina/delgada de tecido conjuntivo frouxo. A cápsula origina septos, que dividem o parênquima em lóbulos/folículos contínuos uns com os outros. É um órgão muito desenvolvido em fetos e filhotes e regride conforme a idade do animal, sendo substituído por gordura (atrofia tímica). Cada lóbulo é formado de uma parte periférica, denominada zona cortical, que envolve a parte central, mais clara, a zona medular. A zona cortical cora-se mais fortemente pela hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall. Medula córtex Cápsula
coroa, onde os linfócitos são armazenados por pouco tempo antes de migrarem para o lado de fora, passando da coroa para a cripta e, por fim, para o lúmen, onde encontram os agentes infecciosos. Em processos infecciosos intensos é comum que a cripta se feche, formando os corpúsculos salivares, que consiste no acúmulo de plasmócitos (linfócitos), neutrófilos, macrófagos e microrganismo (pus).
Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados (tecido conjuntivo) constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. São encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e, em grande quantidade, no tórax e no abdome, especialmente no mesentério. Os linfonodos em geral têm a forma de rim e apresentam um lado convexo e o outro com reentrância, o hilo, pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem as veias. A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional (exceto em suínos). Ela atravessa os linfonodos, penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão (vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes). A cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para o seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. O parênquima do linfonodo apresenta a região cortical, que se localiza abaixo da cápsula, ausente apenas no hilo, e a região medular, que ocupa o centro do órgão e o seu hilo. Entre essas duas regiões encontra-se a cortical profunda ou região paracortical. A região cortical superficial é constituída por tecido linfoide frouxo, que Nódulos linfáticos; Centro germinativo Corpos salivares Seio subcapsular Cápsula Trabécula
forma os seios subcapsulares e peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfáticos (condensações esféricas de linfócitos). Os nódulos linfáticos podem apresentar áreas centrais claras, os centros germinativos. As células predominantes na cortical superficial são os linfócitos B, ocorrendo também alguns plasmócitos, macrófagos, células reticulares e células foliculares dendríticas. As células foliculares dendríticas não são células apresentadoras de antígenos (não processam antígenos), mas retêm antígenos em sua superfície, onde eles podem ser "examinados" pelos linfócitos B. Os seios dos linfonodos são espaços irregulares delimitados de modo incompleto por células endoteliais, células reticulares com fibras reticulares, e macrófagos. Os seios têm um aspecto de esponja e recebem a linfa trazida pelos vasos aferentes, encaminhando-a na direção da medular. O espaço irregular dos seios dos linfonodos é penetrado por prolongamentos das células reticulares e dos macrófagos. A região cortical profunda ou paracortical não apresenta nódulos linfáticos e nela predominam os linfócitos T, ao lado de células reticulares, e alguns plasmócitos e macrófagos. A região medular é constituída pelos cordões medulares, formados principalmente por linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares e macrófagos. Os plasmócitos, geralmente, são mais numerosos na medular do que na cortical. Separando os cordões medulares, encontram-se os seios medulares, histologicamente semelhantes aos outros seios dos linfonodos. Os seios medulares recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do linfonodo. Os linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos linfáticos eferentes, que confluem com outros vasos linfáticos até se formarem os grandes vasos linfáticos que desembocam em veias. Pelo sangue, os linfócitos retornam aos linfonodos através das vênulas, encontradas na região paracortical. Os linfócitos contêm em suas membranas glicoproteínas para as quais há receptores nas células endoteliais presentes nas vênulas. Eles são retidos por ligações fracas com esses receptores e migram, por diapedese, passando entre as células da parede do vaso. Após atravessarem as vênulas, os linfócitos entram no tecido linfático e finalmente saem do linfonodo pelo vaso linfático eferente. Graças a esse processo, os linfócitos recirculam numerosas vezes pelo linfonodo. Cápsula (^) Córtex Zona paracortical Medula Folículo Centro germinativo