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Uma detalhada descrição da anatomia da mucosa oral e dos dentes, incluindo a divisão da mucosa em três grupos, a composição da submucosa em diferentes regiões, a função dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua, a estrutura do dente e da polpa dentária, e a importância do ligamento periodontal. O texto também aborda a estrutura e função das papilas linguais, tonsilas e gengiva.
Tipologia: Resumos
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HISTOLOGIA DA CAVIDADE ORAL
A cavidade bucal é a porta natural de entrada de alimentos para o organismo e a abertura do sistema digestivo. É constituída por uma cavidade virtual, o Vestí- bulo (a região que circunscreve a gengiva e as arcadas dentárias) , e uma cavidade real, a Cavidade Oral propriamente dita (a região posterior à gengiva e às arcadas dentárias). Está associada a funções básicas e essenciais para o bem-estar da pes- soa como mastigação, fonação e deglutição.
Por uma questão meramente didática, todas as vezes que citarmos Cavidade Bucal estaremos nos referindo à boca como um todo (vestíbulo mais cavidade oral propriamente dita). Quando citarmos Cavidade Oral , estaremos nos referin- do a cavidade bucal propriamente dita. A cavidade bucal é limitada anteriormente pelos lábios; posteriormente pelo istmo das fauces; lateralmente pelas bochechas; inferiormente pelo assoalho bucal e superiormente pelo palato duro e pelo palato mole. 9.1 MUCOSA BUCAL Formada por duas camadas de tecido de origens embriológicas distintas: o epitélio e a lâmina própria. O epitélio pode ser do tipo não-queratinizado, para- -queratinizado ou queratinizado ( Quadro 9.1 ), e é classificado como estratificado pavimentoso. O tecido conjuntivo que forma a lâmina própria é composto por fi- bras colágenas, fibroblastos, células de defesa, vasos sanguíneos e nervos. Os dois tecidos interagem por meio das papilas conjuntivas da lâmina própria e as cristas epiteliais que se formam no epitélio sobrejacente.
A mucosa da cavidade bucal é dividida em: mastigatória, de revestimento e especializada. A divisão da mucosa em três grandes grupos está relacionada ao tipo de epitélio que reveste o tecido conjuntivo subjacente. Nas regiões nas quais são maiores os impactos sofridos pela mastigação são maiores, a mucosa deve ser mais firme e resistente e, portanto, recoberta por um epitélio que pode variar entre o paraqueratinizado e o queratinizado. Nas áreas nas quais a deman- da mastigatória não é tão grande, o epitélio de revestimento é normalmen- te bastante fino e composto por células não queratinizadas. A região lingual distingue-se das demais áreas da cavidade bucal por apresentar uma grande quantidade de botões gustativos. Por esta razão, a região do dorso da língua é classificada como mucosa especializada.
respectivamente. Na porção lateral e no 1/3 posterior da língua reveste as papilas folheadas e valadas. As papilas valadas, em torno de 8 a 12, situam- -se no “v” lingual e têm papel importante para a percepção do sabor. Ao longo das paredes de cada uma destas papilas, que podem variar em número, encontra-se uma grande quantidade de botões gustativos. 9.2 LÁBIOS Localizados anteriormente ao vestíbulo, são duas pregas musculares (músculo orbicular da boca), formadas de músculo estriado esquelético, e re- vestidas em suas três faces. Externamente, é revestido por pele. Nesta região, o epitélio de revestimento é pavimentoso estratificado queratinizado. No teci- do conjuntivo abaixo, encontramos pelos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. A porção intermediária, conhecida como zona vermelha do lábio, apresenta um epitélio estratificado pavimentoso levemente queratinizado, e cujo tecido conjuntivo adjacente é ricamente capilarizado. Finalmente, a face interna é recoberta pela mucosa bucal. Nesse caso, o epitélio é estratifica- do pavimentoso não queratinizado, com lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. No tecido conjuntivo, encontramos inúmeras glândulas mucosas, as glândulas labiais. 9.3 BOCHECHAS Em vez de três faces, apresentam apenas duas: mas, da mesma forma que os lábios, apresentam um músculo central, o músculo bucinador, formado de fibras musculares estriadas esqueléticas. Externamente são resvestidas por pele e inter- namente por uma mucosa de epitélio estratificado pavimentoso não queratiniza- do e tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas que se prendem ao músculo da bochecha, evitando o pregueamento da mucosa durante o processo mastigató- rio, especialmente quando a boca está fechada.
É ordinariamente dividido em duas porções – corpo e base da língua – sepa- radas pelo “v” lingual, localizado na sua parte mais posterior. O corpo da língua constitui os dois terços anteriores do dorso da língua e apresenta uma grande quantidade de pequenas projeções da mucosa chamadas papilas linguais. Dependendo de suas características morfológicas, são chamadas de: papilas filiformes, papilas fungiformes ou papilas circunvaladas. Papilas filiformes. Alongadas e cônicas, apresentam um eixo de tecido con- juntivo denso recoberto por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, têm de 2 a 3 mm de comprimento e recobrem praticamente todo o dorso do corpo da língua. Não apresenta botões corpúsculos gustativos (descritos abaixo). Papilas fungiformes. Distribuídas isoladamente entre as papilas filiformes, são mais numerosas nos lados, bem como próximo ao ápice da língua. Como o próprio nome se refere, têm forma de cogumelo e apresentam uma região central de tecido conjuntivo denso, rico em capilares sanguíneos, e são recobertas por epitélio estratificado não queratinizado. Apresentam poucas papilas gustativas. Papilas circunvaladas. Com cerca de 2 mm de diâmetro, são as maiores pa- pilas. Elas estão afundadas na mucosa, mas sobressaindo-se ligeiramente sobre a superfície da língua. Essas papilas são circundadas por uma fenda, característica que lhes dá o nome. O interior de tecido conjuntivo é revestido por epitélio pa- vimentoso estratificado não queratinizado. Nas superfícies laterais, encontramos numerosos corpúsculos gustativos. Glândulas serosas (de Von Ebner), cujas por- ções secretoras estão localizadas entre o tecido muscular subjacente, desembo- cam no fundo das fendas. A secreção dessas glândulas “limpam” continuamente a superfície dos botões gustativos, deixando-os sempre prontos para um novo estímulo. As papilas circunvaladas desenham o “V” lingual, e são em número que varia de oito a 12. Botões ou corpúsculos gustativos. Apresentam-se pouco corados no interior do epitélio. São ovais, em forma de barril, e com o eixo maior em torno de 72 μm, indo da lâmina basal até próximo a superfície. O epitélio sobre cada corpúsculo gustativo apresenta uma pequena abertura, o poro gustativo ou fosseta gustativa. Três tipos celulares são encontrados nos corpúsculos gustativos:
nervosas são encontradas próximas a essas células; e
mente de forma perpendicular à superfície da dentina e, em seguida, são alvo de uma inclinação pronunciada em direção à borda incisal ou oclusal. Circundando os prismas há uma região um pouco mais rica em matéria orgânica, a bainha do esmalte. No momento da erupção dentária, o contato com a sua célula formadora - ameloblasto - é perdido e ela degenera, o que impossibilita reparo ou regeneração do tecido.
O tecido duro dentinário é forrado, internamente, por uma camada de célu- las chamadas odontoblastos. Elas são responsáveis pela secreção da matriz orgâ- nica, formada por fibras colágenas do tipo 1, e pequena quantidade de substância fundamental amorfa. A matriz inorgânica é constituída principalmente de fosfato de cálcio (hidroxiapatita), numa concentração menor do que a do esmalte, mas ainda maior do que a dos tecidos ósseos. Na dentina encontramos inúmeros canalículos, os túbulos da dentina , que se irradiam desde a cavidade pulpar até a periferia. Prolongamentos apicais dos odontoblastos estendem-se para dentro dos canalículos, formando as chamadas fibras de Tomes.
É onde o ligamento periodontal se conecta ao dente. Possui células chamadas de cementócitos na região apical da raiz, localizadas em lacunas, semelhantes aos osteócitos, e responsáveis pela síntese de matriz orgânica. Também apresentam prolongamentos que ocupam canalículos. Da mesma forma que os ossos, sua ma- triz orgânica é formada por colágeno e substância fundamental amorfa, e tem um conteúdo mineral de aproximadamente 50% de hidroxiapatita. Além da função de ancoragem do dente ao osso alveolar adjacente por meio do ligamento perio- dontal, o cemento tem outras funções. Por ser menos suscetível a reabsorção que a dentina, serve como camada protetora ao processo patológico de reabsorção dentária. Além disso, a deposição contínua de cemento na região apical compensa o rápido desgaste da superfície oclusal.
Ocupando a cavidade pulpar, é constituída no jovem por tecido conjunti- vo mucoso, e no adulto por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras colágenas
orientadas em todas as direções. Os odontoblastos, citados anteriormente, loca- lizam-se na polpa, adjacentes à dentina. O tipo celular predominante no tecido conjuntivo pulpar são os fibroblastos; mas também são encontradas células de de- fesa, como, macrófagos, linfócitos, plasmócitos e eosinófilos. Encontramos ainda células-tronco pulpares, capazes de se diferenciarem em variados tecidos, quando devidamente estimuladas. A polpa é rica em vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, que entram e saem da cavidade pulpar por meio do forâmen apical, que é uma abertura do ápice da raiz do dente.
É um tecido conjuntivo fibroso, constituído, principalmente, de espessas fi- bras colágenas, que circunda a raiz do dente e liga o dente, por meio do cemento, ao tecido ósseo adjacente. A orientação das fibras varia em variados níveis nos alvéolos, permitindo, porém, certo grau de movimentação dos dentes dentro dos mesmos. A membrana periodontal serve também de periósteo para o osso al- veolar. Entre as fibras, especialmente próximo ao cemento, encontramos vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, imersos em tecido conjuntivo frouxo. Embora a função mais óbvia do ligamento periodontal seja a de unir o dente ao cemen- to, todo este arranjo tecidual permite que o ligamento periodontal não só evite a reabsorção do osso alveolar por absorver grande parte da pressão que seria exercida sobre o mesmo durante a mastigação, mas também participe da con- tínua remodelação óssea que se ajusta à ininterrupta demanda dos movimentos dos dentes (importante também durante a movimentação dentária ortodôntica). Adicionalmente, o ligamento periodontal participa da nutrição das estruturas ad- jacentes e tem funções de própriocepção. 9.7 GENGIVA É a parte da mucosa oral que reveste o osso alveolar. É subdividida em gengiva livre e gengiva inserida, dependendo da região. É composta de tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado com numerosas papilas de conjuntivo denso que se projetam à base do epitélio. A gengiva inserida está firmemente presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e ao colo dos dentes. A mucosa gengiva livre tem normalmente epitélio não queratiniza- do. Entre o epitélio da gengiva livre e o esmalte, há um pequeno sulco circun- dando a coroa, o sulco gengival.