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História da Igreja
Tipologia: Notas de estudo
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Recuando no tempo, podemos perceber o quanto os movimentos protestantes que surgiram no contexto sócio-politico-religioso do século XVI foram marcantes e decidíveis para a História da Igreja. De um lado a religião com suas burocracias predominava e sentia dona da fé de seu povo. Do outro mentes que questionavam o papel da religião frente ao poder que exercia e frente ao que ensinava na sociedade. Assim, o mundo abria as portas para um novo pensamento que protestasse a concepção de uma doutrina que em vez de ensinar o verdadeiro caminho para Verdade, se perdia não só pelo desregrado caminho da concupiscência como também pela falta de preparação doutrinal. No entanto, nosso objetivo, não é escrever especificamente sobre o Luteranismo, Calvinismo, Aglicanismo e contra Reforma, mas apresentar estas no contexto histórico do século XVI, destacando sua preparação e suas conferencias. Para tal, usamos como base os texto de Guido Zagheni – A IDADE MODERNA – Giacomo Martina – HISTÓRIA DA IGREJA DE LUTERO A NOSSOS DIAS e do mesmo autor no mesmo livro: Teses sobre as causas da Revolução Protestantes.
Desde a Idade Média a Igreja Católica tinha total predomínio sobre a Europa ocidental. Apesar de ter surgidos várias heresias, ela ainda era quem regia a doutrina, os costumes, a moral e os problemas sócio-econômico da sociedade. Com o surgimento dos Estados modernos no contexto politico da Europa do século XVI, príncipes, papas, imperadores e reis são personagens principais para surgimento dos protestos contra a Igreja católica. Dentro deste mesmo quadro, se damos conta também do movimento renascentista que vinha desde o século XIV e que no século XVI se tornava universal valorizando as artes, a cultura, a Filosofia e a Ciência e reagindo contra “à fuga do mundo” e tudo que era subordinado a religião. Neste sentido, a Igreja frente aos problemas que surgia no seu interior encontrava meios para se firmar com o renascimento moderno. O antropocentrismo que era um dos ideais do renascimento tomava frente em muitos assuntos que discutiam sobre a sociedade e a religiosidade. O homem agora seria o centro de tudo. O teocentrismo perdia espaço nesse contexto. No século XVI também por querer salvaguardar a fé e ensinar o verdadeiro caminho que leva à Verdade, iniciou-se a reforma com Martin Lutero. Para ele, a Igreja com o seu clero não sabia transmitir a doutrina e nem facilitava o fiel a encontrar a Verdade. O Sacro Império estende- se principalmente os Estados Germânicos, onde são divididos em vários principados. No seu interior predominava o trabalho escravo ao passo que em algumas cidades o comércio crescia. No entanto, o título de “imperador” já desaparecera com a queda do Império Romano, mas o Papa Leão III recriou com “Imperator Augustus” para Carlos Magno, Rei do Francos. Contudo, esse título passou a vigorar nos reinos germânicos onde depois lhes é conferido o título de Sacro. No ano de 1519, Carlos V assume o trono sendo rei dos países baixos desde 1515 e rei da Espanha desde 1516, tem o ideal de unificar seus vastos domínios e estabelecer uma monarquia universal católica, nisso, o imperador foi obrigado a lutar contra os príncipes germânicos, que não apoiava a idéia dele e eram contra a centralização do seu poder. Entretanto, com os confrontos envolvendo a idéia de centralização do poder imperial e os anseios dos principados germânicos foi uma luta constante desde a formação do Sacro Império Germânico. No meio de todas essas guerras territoriais e politicas, aparece a figura de Martin Lutero, segundo a História, um monge agostiniano alemão, professor de teologia e responsável por dá inicio e desencadear a reforma protestante. Lutero, ganhava a simpatia de uns e antipatias de outros. Os príncipes alemães o apoiava na idéia reformista da Igreja Católica porque via no imperador o interesse de reforçar seu poder através da Igreja e do clero. Por sua vez, os camponeses também apoiavam Lutero porque a Igreja já não lhes ofereciam uma espiritualidade autentica e consistente diante da realidade da vida. Martin Lutero acreditava na doutrina da justificação, ou seja, o homem terá a salvação mediante só a fé e não as obras. Assim, muitos foram
Pelas próprias palavras de João Calvino, podemos perceber o quanto ele já estava tocado pela pela reforma de uma Igreja mais comprometida com a fé. Calvino acabou simpatizando com as novas idéias de Lutero que questionavam a hierarquia da Igreja Católica, a simonia praticada por seus representantes e sua teologia, para Lutero, desconectada do ensino bíblico. Calvino foi obrigado a deixar a cidade em busca de segurança pessoal e paz espiritual. Paris tornava-se uma cidade perigosa para ele uma vez que os catedráticos da Sorbone repugnavam as reformas propostas pelo monge alemão e pressionaram o rei Francisco I a tomar um posicionamento mais firme em relação ao novo perigo que ameaçava a religião cristã. Ao fugir de Paris, Calvino refugiou-se em Genebra, na Suíça, e lá permaneceu a maior parte do tempo até a sua morte aos cinqüenta e cinco anos. Nessa cidade recém convertida ao protestantismo, Calvino exerceu as funções de líder religioso e escritor incansável e foi nela também que suas práticas revelaram, tanto quanto seus escritos, que ele queria educar o homem não apenas para a salvação, mas também para a felicidade terrena no cumprimento de sua vocação. A educação se tornou essencial em sua luta contra a ignorância dos homens para com a Palavra de Deus. A sua Instituição da Religião Cristã , considerada por ele como um “compêndio de instrução”, um manual para a compreensão bíblica, segundo definições do próprio autor, era uma cartilha que todo fiel precisava conhecer. Sua obra- prima é em si mesma um enorme tratado pedagógico da doutrina cristã. Com essa obra Calvino buscou reunir de forma clara e didática todo o pensamento Reformado. Diferente, mas no mesmo contexto surgia outro movimento reformador na Inglaterra, o Anglicanismo. Segundo a História o cristianismo chegou na Inglaterra por volta do século III. Nessa época o território pertencia ao Império Romano. Mercadores, soldados e administradores levavam para colonia sua cultura, leis e religião. Com isso, o povo aderiam a fé do cristianismo, e a Igreja começava a se formar e consolidar no território bretanico. Mas séculos depois os romanos abandonaram a Grã-Bretanha, permitindo a invasão dos anglo-saxões, que destruíram as igrejas e reduziram a prática da fé cristã durante quase 150 anos. Neste sentido, começa a missão pela evangelização da Inglaterra. O papa Gregório, envia vário monges sob controle do Abade Agostinho para converter os bretões. A obra missionária iniciada por Agostinho foi consolidada por uma segunda missão romana liderada por Teodoro de Tarso. Contudo, os sinais de Reforma começa aparecer com a nomeação de Anselmo como arcebispo de Cantuária. Anselmo exigia que as propriedades da igreja fossem devolvidas pelo rei e que o arcebispo fosse reconhecido como conselheiro do rei nos assuntos religiosos. A luta que inciou-se entre a coroa e a igreja confirmou, mais tarde, que a Inglaterra fez sua reforma religiosa apoiada sobre si mesma. A questão agora avançava e estava relaciona a caroa Britânica que lutava contra o poder eclesiástico. Neste cenário, o rei Henrique VIII (1491 – 1547)
teve grande importância na consolidação da reforma religiosa. Henrique VIII e a Igreja já tinham uma relação pouco amistosa quando, no ano de 1527, ele exigiu que o papa anulasse seu matrimonio com a rainha espanhola Catarina de Aragão. Henrique VIII alegava que sua esposa não teve condições para lhe oferecer um herdeiro forte e saudável que o sucedesse. Mas, o papa Clemente VII, não atendeu a solicitação rei inglês, porque o tio de Catarina de Aragão, Carlos V estava prestando favor a Igreja Católica contra os avanços dos luteranos no Sacro Império Germânico. Por sua vez, Henrique VIII, inconformado com a decisão do papa, resolve obrigar o parlamento britanico a votar uma série de leis onde a Igreja ficasse submissa ao Estado, com isso, cria o ato de supremacia declarando oficialmente seu rompimento com a Igreja Católica, e criando a Igreja Anglicana. Segundo as regras da nova Igreja, o rei da Inglaterra teria o poder de nomear os cargos eclesiásticos e seria considerado o principal mandatário religioso. A partir dessa nova medida, Henrique VIII casou-se com Ana Bolena. Além disso, realizou a expropriação e a venda dos feudos pertencentes aos clérigos católicos. Essa atitude por parte do rei inglês fez com que os nobres, fazendeiros e a burguesia mercantil passassem a exercer maior influência política. Contudo, os anglicanos se consideravam cristãos mas não sob o controle papal. No governo de Elizabeth I, novas medidas foram tomadas para reafirmar o poder da Igreja Anglicana. Alguns dos traços do protestantismo foram incorporados a uma hierarquia e uma tradição litúrgica ainda muito próximas às do catolicismo. Essa medida tinha como objetivo minimizar a possibilidade de um conflito religioso que desestabilizasse a sociedade britânica. No seu governo foi assinado o Segundo Ato de Supremacia, que reafirmou a autonomia religiosa da Inglaterra frente à Igreja Católica. Portanto, assim como os outro reformadores, Henrique VIII, não teve a intenção de fundar uma nova Igreja, mas separar a Igreja da tutela do poder papal por motivos por motivos políticos, econômicos, religiosos e até pessoais.
O século XVI como é percebido é marcante para a História universal e da Igreja, até hoje